História Fire and Ice - Capítulo Extra - Daqui por diante

Eu o olhava nos olhos e sentia que poderia morrer de felicidade. Eu o pedi em namoro e ele me beijou... Era um sinal que ele aceitava, certo?
                - Isso foi um sim? – Perguntei. Eu não conseguia disfarçar a minha felicidade.
      Kuina escondeu seu rosto em meu pescoço, sua respiração contra a minha pele me deixava arrepiado.
                - Isso foi um “Com certeza eu aceito.”
        Ele falou baixo mas eu pude ouvir muito bem... Meu pedido de namoro foi aceito. O pedido que eu fiquei com tanto medo de fazer, que ensaiei tanto com receio, foi aceito. Finalmente eu o tinha oficialmente só pra mim.
                - Kuina... – Ele me encarou e eu sorri – Meu Kuina...
       Meu coração batia tão rápido, era uma sensação estranha pra mim, ninguém nunca havia mexido dessa maneira comigo. O que esse garoto tinha?
                - Subaru... – Disse Kuina encostando sua testa na minha.
             - Eu estou tão feliz... – Confessei – Acho que nunca senti uma felicidade tão grande assim.
       Kuina riu baixo me dando um selinho.
                - Meu namorado – Falei, roçando meu nariz ao dele – Meu namorado.
      Eu jamais cansaria de repetir isso, era como se eu falasse pra cair na real, porque ainda parecia um sonho. Kuina era meu namorado. Meu e só meu. A pessoa com quem eu compartilharia minha vida e que seria a razão dela. Por quem eu seria alguém melhor.
       Ele me aceitou de volta, mesmo depois de tudo que fiz à ele, era mais uma motivação pra eu dar o meu melhor, pra mostrar pra ele que eu mudaria sim, mudaria por ele e seria a pessoa que ele merece ter ao lado.

Eu podia sentir meu corpo esquentando, as mãos de Kuina passavam pela minha cintura deixando caricias cada vez mais ousadas, subi a minha mão até sua nuca e entrelacei meus dedos em seu cabelo, puxando levemente.
                - Subaru...
         Meu nome era pronunciado tão eroticamente por ele nessas horas, eu estava perdendo a sanidade lentamente.
        Mordi seu lábio e puxei lentamente. Suas mãos subiram pelas minhas costas e ele agarrou minha camiseta, levei meus lábios até sua orelha e mordi seu lóbulo.
                - Eu te quero, Kuina... – Falei baixo.
        Kuina gemeu em resposta.
       Eu o queria, eu precisava dele. Senti cada centímetro do meu corpo pedindo pelo corpo dele.
         Levantei sua blusa e passei minhas unhas por ali, notei que seu corpo todo arrepiou.
                - Vem, vamos pro quarto... – Falei em seu ouvido.

O deitei na cama e tirei sua blusa, passando a distribuir beijos pela sua barriga e peito. Fiz questão de deixar rastros e marcas por ali.
                - Subaru... – Eu ficava excitado ao ouvi-lo gemer meu nome.
        Desci minhas unhas pela lateral do seu corpo e subi minha língua pelo seu pescoço. Suas mãos agarraram minha cintura em uma tentativa de pressionar meu corpo ao dele. Encarei Kuina e dei um sorriso malicioso.
                - Você é meu. – Falei – É todinho meu...
       Kuina mordeu os lábios, senti que me faltou o ar. Suas mãos puxaram minha camiseta e eu o ajudei a tirá-la.
                - Suas mãos estão geladas... – Comentei ao sentir seus dedos em meu peito.
                - Desculpe. – Ele falou as retirando.
                - Não! Vem, pode me tocar... Gosto de sentir seus toques.
     Notei certo rubor em sua face, Kuina ficava uma graça quando tímido, me deixava totalmente encantado.
        Suas mãos foram para o meu peito e senti seu dedo indicador contornar meu mamilo, não pude evitar soltar um gemido baixo, então desci minha mão pelo seu corpo parando no cós de sua calça, passando a abrir seu cinto. Kuina fechou os olhos e inclinou a cabeça para trás, enlaçando suas pernas em minha cintura.
       Tirei sua calça e a joguei de lado, indo beijá-lo, ele se certificou de abrir meu cinto e calças também, passei a ajuda-lo e assim que estava livre daquela peça de roupa, passei a roçar meu corpo ao dele. Segurei seus braços pra cima e passei minha língua pelos seus lábios.
       Kuina se contorceu embaixo de mim e mordeu seus lábios, vê-lo daquele jeito só me excitou mais ainda... Como ele conseguia ser tão lindo e perfeito?
        Peguei com os dentes uma de suas argolas da boca e puxei levemente, Kuina tentava mover seu corpo para o meu em busca de contato, então soltei seus braços e me afastei dele lentamente que me olhava enquanto umedecia os lábios, subi minhas mãos pelas suas coxas até sua boxer e a retirei jogando em qualquer canto, rapidamente fechei meus dedos em seu membro e comecei com movimentos lentos. Kuina suspirou e fechou os olhos, então parei.
                - Subaru...?
          Eu sabia que ele iria reclamar.
             - Quero que olhe pra mim, quero ver suas reações. – Falei dando um sorriso malicioso.
          Ele gemeu em resposta.
         Voltei a masturba-lo com movimentos mais rápidos, Kuina fez o que pedi, manteve seus olhos em mim o quanto pode, então logo passei minha língua pela sua glande o fazendo gemer mais alto.
              - Como consegue ser tão fofo e erótico ao mesmo tempo? – Falei dando um riso baixo.
     Ele desviou o olhar o que me fez rir, minha mente só conseguia pensar “Como ele é lindo...”.
     Voltei a deslizar minha língua pelo seu membro e ele voltou a gemer, notei que se apoiou com os cotovelos na cama e passou a me observar, por conta disso resolvi aprofundar os movimentos, pressionando para colocar seu membro todo em minha boca, claro que isso lhe deu mais prazer, Kuina levou uma de suas mãos até minha cabeça e entrelaçou seus dedos em meu cabelo. Passei levemente meus dentes pela sua glande e então o encarei.
                - Faz em mim? – Pedi.
     Era esperado que ele ficasse um pouco tímido e com receio, a primeira e última vez que fiquei com ele assim, Kuina estava bêbado, embora se lembrasse de tudo o que rolou. Porém, ele apenas balançou a cabeça, afirmando e se levantou, ficando de joelhos na cama, então me deitei e ele veio por cima de mim, me beijando. Desci minhas mãos pelas suas costas até suas nádegas e as apertei, ele gemeu baixo e desceu distribuindo beijos pelo meu pescoço, peito e barriga.
     O toque gélido de seus piercings me causava arrepios enquanto deslizavam pela minha pele. Ele desceu minha boxer e fechou os dedos em meu membro, não demorou a passar sua língua por ele todo e sugar, um gemido arrastado saiu pelos meus lábios. Eu mantive meus olhos nele, era tão bom vê-lo fazer aquilo.
                - Não fica me olhando... – Kuina disse – Tenho vergonha.
                - Mas é tão excitante... – Confessei – Eu deixei você ficar me olhando.
                - Mas eu não consigo se você ficar olhando.
                - Tá, tudo bem então... – Fechei os olhos e suspirei.
     Eu não o observava mais, mas o sentia distribuir leves chupões por todo meu membro intercalando com movimentos de vai e vem com a mão. Levei minha mão até sua cabeça e acariciei seu cabelo, abri meus olhos lentamente e passei a observá-lo.
                - Te disse para não olhar! – Não demorou muito e fui notado.
                - Me dá tanto prazer te ver fazendo isso... – Sussurrei.
                - Vai ficar olhando mesmo?
                - Não, tudo bem...  – Desviei o olhar, encarando o teto – Continua...
     Entrelacei meus dedos em seu cabelo e movimentei meu corpo contra ele, Kuina realmente continuou.
           - Você está muito bom nisso... – Falei entre gemidos – Andou treinando com mais alguém?
       Kuina me encarou desconfiado, eu acabei rindo.
                - Como tem coragem de perguntar isso? – Ele falou – Claro que não!
       Eu ri mais ainda.
                - Eu sei anjo, estou brincando.
       O puxei e beijei, invertendo as posições e deitando por cima dele, notei que Kuina tentou roçar seu corpo ao meu, levei dois dedos aos seus lábios e os deslizei por ali.
                - Lambe... – Falei em um tom quase inaudível.
      Kuina escutou e obedeceu, sugando meus dedos, os retirei quando estavam bem molhados e levei até sua entrada. O fiquei encarando enquanto forcei para penetrar um dígito, ele mordeu os lábios e movimentou seu corpo de encontro a mim.
      Penetrei dois dígitos e fiz movimentos para que Kuina se acostumasse, quando notei que ele não se sentia mais incomodado, retirei e me posicionei entre suas pernas até que meu membro roçasse em sua entrada.
                - Posso...? – Perguntei.
                - Aham... – Kuina mordeu os lábios – Vai...
       Ele falou baixo, mas o suficiente pra eu ouvir e penetrá-lo lentamente. Uma onda enorme de prazer me tomou, eu queria me movimentar logo, mas me segurei, eu teria que esperar Kuina me dar um sinal que eu poderia me mexer, não queria machuca-lo e entendia que aquilo era dolorido pra ele.
       Logo Kuina me encarou, vi em seus olhos um pedido mudo para eu prosseguir, então passei a fazer movimentos lentos em seu interior, coloquei meus braços ao seu redor e ele colocou suas mãos em meus ombros, as deslizando ali. Fui aos poucos aumentando a intensidade das investidas, conforme eu percebia que Kuina já começava a gemer de prazer.
                - Subaru...
        Eu enlouquecia cada vez mais quando ele gemia meu nome, sua expressões, seu cheiro, sua voz, seus gemidos e o calor de seu corpo no meu, tudo ali ia tirando minha sanidade. Levei meus lábios ao seu pescoço e passei a distribuir beijos e chupões pelo local, notei que sua pele branquinha ia ficando marcada.
       Kuina desceu suas unhas pelo meu ombro e inclinou sua cabeça para trás, movimentando seu quadril contra o meu, soltando um gemido mais alto. Segurei sua perna, a colocando em volta de minha cintura e movimentei mais meu corpo contra o seu. Kuina me encarou e sorriu, não saiu som algum de sua boca, mas vi que seus lábios contornaram um “Eu te amo”... Por alguns segundos eu esqueci como se respira, rocei meus lábios nos seus e distribui selinhos.
                - Meu anjo... Meu amor... – Sussurrei.
       Senti seus braços enlaçarem meu pescoço, encostei minha testa na sua e sorri.
                - Eu te amo... – Falei.
      Era a segunda vez que eu dizia isso e eu me sentia tão bem em dizê-lo.
      Levei uma mão até seu membro e passei a masturba-lo.
                - Não. – Kuina protestou – Se você fizer isso, eu já vou gozar... Não quero ainda. Não quero que esse momento acabe.
     Mas e eu? Eu sentia que logo chegaria ao prazer final. Eu não conseguia mais controlar minhas investidas, eu não conseguia mais parar, não conseguia nem controlar meus gemidos. Agarrei em suas coxas e trouxe seu quadril para o meu colo, Kuina tentou se mover para investir seu corpo contra o meu, passei minhas unhas por suas coxas enquanto o puxava contra mim, apressando as investidas.
      Kuina agarrou o lençol da cama e mordeu os lábios, levei novamente minha mão em seu membro, eu sabia que logo aquilo iria acabar pra mim, e eu não queria ir antes dele.
                - Subaru, n-
                - Shii... – O interrompi – Vamos, goza pra mim...
      Kuina soltou um gemido arrastado e fechou os olhos, passei a masturba-lo com movimentos rápidos, apressando minhas investidas contra ele.
      Não foi por muito tempo, logo senti seu liquido escorrer por entre meus dedos, quase no mesmo tempo em que me desmanchei dentro dele.
                - Subaru... – Ele sussurrou meu nome.
        Dei um sorriso de lado e fui beijá-lo.

Eu não conseguia acalmar minha respiração, Kuina estava deitado ao meu lado ofegante igual, estava agarrado em meu braço e me encarava com um sorriso encantador.
                - Você está bem? – Perguntei.
         Ele apenas afirmou com a cabeça.
         Deslizei uma mão pelo seu rosto, Kuina fechou os olhos.
              - Queria que o tempo parasse agora, pra eu ficar assim pra sempre com você. – Falei.
         O sorriso dele era perfeito, me deixava todo bobo.
                - Eu também. Quero poder ficar com você pra sempre, Subaru.
                - Pra sempre. – Lhe dei um selinho demorado.
          O abracei forte.
                - Não quero que essa noite acabe. – Kuina comentou.
          Nem eu queria... Tempo, você pode parar, por favor?
                - Falando nisso... – Ele continuou – Eu trabalho amanhã, deveria ir dormir em casa.
                - Não, vai dormir comigo.
                - Mas Subaru... Eu vou trabalhar amanhã e-
             - Essa é a nossa primeira noite como namorados e eu quero que você durma aqui, amanhã eu te levo pro serviço, não precisa se preocupar.
                - Mas como eu vou tomar banho e colocar uma roupa limpa? – Ele fez bico e eu quis mordê-lo.
               - Eu te empresto uma roupa. – Ri baixo.
               - Ah, tudo bem então. – Kuina torceu o nariz – Mas então preciso colocar o celular pra despertar e preciso avisar minha mãe que não vou dormir em casa...
     Sorri de lado e Kuina se levantou para pegar o celular. Eu jamais cansaria de observá-lo, tinha todo seu jeito delicado e sensual de se mover e fazer as coisas, ele tinha um corpo lindo, uma voz perfeita e um sorriso que me deixava com cara de idiota... Foi tudo isso e um pouco mais que me conquistou, que foi tomando um pedaço do meu coração a cada dia que passava e agora eu não conseguia imaginar minha vida sem ele. Kuina era uma pessoa incrível e me fazia uma pessoa melhor. O que seria de mim agora sem ele? Ele era mesmo meu anjo...

Assim que Kuina voltou pro meu lado, me abraçou e se aninhou em meu peito.
                - Liguei pra minha mãe e meu celular irá me acordar amanhã pro trabalho, já posso dormir abraçado com você. – Ele falou.
        O abracei e depositei um beijo no alto de sua cabeça, Kuina deslizou um dedo pelos meus lábios e sorriu.

Ficamos nos olhando e trocando caricias por um tempo até que Kuina caiu no sono ali, deitado em meus braços.
        Fiquei um tempo ali, apenas o admirando e acariciando seus cabelos, notei que seu celular estava jogado ao seu lado, o peguei e desbloqueei a tela, vi que ele havia colocado o alarme para uma hora e meia antes do horário de entrada na empresa, então mudei para duas horas e meia antes... Eu queria ter mais tempo com ele no café da manhã.

Ouvi um alarme tocando e abri os olhos, era o do celular do Kuina.
                - Desculpe, te acordei.
                - Tudo bem. – Ri baixo
         Vi que Kuina ficou encarando o celular, deveria ter notado que não estava na hora que ele colocou para despertar.
                - Eu mudei a hora do alarme, espero que não fique bravo. – Expliquei.
                - Por quê? – Perguntou, me encarando.
                - Pra poder ficar um pouco mais com você. – Sorri de canto.
                - Não deveria mexer no celular dos outros sem autorização. Quando fez isso?
                - Não mexi no celular dos outros, mexi no celular do meu namorado... E foi assim que você pegou no sono.
         Kuina fez bico e tive vontade apertá-lo de tão fofo que estava.
                - Não fique chateado, foi por uma boa causa, agora eu posso te curtir um pouco mais antes de você ir embora...
       Me aproximei para beijá-lo, mas ele colocou uma mão na frente.
                - Já disse que acordo com bafo.
        Ri alto.
                - E já disse pra parar de ser tonto!
       E novamente ele fez aquele bico mordível e virou o rosto para o lado, seu pescoço ficou exposto para mim, notei que haviam algumas marcas ali, me senti orgulhoso, então abaixei para beijar e morder aquela área.
               - Subaru... – Kuina falou baixo.
               - Mal comecei e você já ta gemendo meu nome? – Falei para provocar.
               - Para de ser idiota! – Ele protestou - Eu estava te chamando pra pedir que pare... Eu devo estar todo suado.
             - Então... – Suspirei – Já que é assim, você não vai deixar eu te beijar, vamos tomar banho.
        Levantei e o puxei para o banheiro. Liguei a torneira, retirei a boxer que estava vestindo e entrei na banheira, logo Kuina fez o mesmo e se sentou de frente pra mim.
            - Vou querer te ver quando você sair do serviço, você sabe disso né? – Falei sem encará-lo, brincando com a água.
                - Hmm... Tudo bem.
                - Não quer me ver? – O encarei tentando fazer uma expressão chateada.
                - Claro que eu quero!
       Sorri o encarando e ele retribuiu o sorriso me deixando todo abobado.

Depois que Kuina saiu do carro rumo à empresa, eu ainda fiquei um tempo ali, parado no carro, pensando. Agora eu tinha um namorado e era quem eu mais queria, eu mal podia acreditar que minha vida agora, estava completa... Eu faria de tudo para ser merecedor de tê-lo ao meu lado e faria de tudo também para não machuca-lo. Kuina era meu anjo, minha joia mais preciosa, era com ele e por ele que eu queria viver e agora, só isso pra mim importava, ele era o motivo dos meus sorrisos bobos, e eu queria ser o motivo dos dele, queria fazê-lo feliz, queria ser único na vida dele da mesma forma que ele seria na minha.
         E o “pra sempre” seria pouco para nós.

-------------------------------------------------------------------------------------------------