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História Fire and Steel - Found you - História escrita por dudabraga_b - Spirit Fanfics e Histórias
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História Fire and Steel - Found you


Escrita por: dudabraga_b

Notas do Autor


OLÁ MEUS AMORES! NUNCA TIVE A CHANCE DE AGRADECER PELOS 100 FAVORITOS!
AMO VOCÊS!

Capítulo 11 - Found you


Fanfic / Fanfiction Fire and Steel - Found you

  Colônia de Hilltop, Virgínia - 2016.

  Jesus pegou no braço do homem enquanto o ajudava a passar pela abertura dos portões guardados de Hilltop. Já fazia mais de uma hora que os salvadores haviam deixado a comunidade e, de acordo com o pedido de Theresa Fraser, ele tinha tido o cuidado ao transportar o sobrevivente para dentro de Hilltop.

Não iria mentir, tamanha fora sua surpresa quando descobrira que o que Tessa havia lhe dito era verdade. Glenn Rhee estava realmente vivo e isso era um choque para Paul. Estava extremamente feliz que isso fosse verdade, não via a hora de ver um sorriso brotar no rosto de Maggie Greene.

— Maggie... ela está bem, não está? — Glenn perguntou ao lado de Jesus, olhando para o homem atentamente. — O bebê...

Jesus sorriu, tentando tranquilizar o coreano.

— Ela é forte, e está se tornando uma figura de respeito aqui. — Jesus respondeu, enquanto eles passavam pelos trailers que eram espalhados pela comunidade. Guiava Glenn até o cemitério, sabia muito bem tanto Maggie quanto Sasha deviam estar nos túmulos representativos de Glenn e Abraham. — O bebê está bem, O doutor Harlan está cuidando do pré-natal.

Quando os dois viraram a esquina de um dos trailers e se depararam com o pequeno cemitério improvisado ao lado dos muros, Jesus pôde observar os corpos de Maggie, agachada em frente aos túmulos que continham balões verdes, Sasha de pé, e a garota amiga de Carl Grimes, Enid, ao lado de Maggie.

Sentiu o corpo de Glenn se retesar ao seu lado e olhou para o coreano. Ele possuía o rosto enfaixado e um dos olhos tampados pelas bandagens brancas. Olhava com tanta emoção, com o único olho a mostra escorrendo lágrimas, para as costas da esposa, que chegava até mesmo a estremecer e cambalear um pouco.

Sasha foi a primeira a olhar para trás quando ouviu o som de uma arcada vinda de Glenn. A mulher negra arregalou os olhos e pôs a mão sobre a boca, extremamente surpresa e emocionada.

— Ah meu Deus... — ela murmurou, chamando a atenção das outras duas ali.

Enid rapidamente se levantou do chão, encarando Glenn com os olhos verdes arregalados de lágrimas. Tocou no braço de Maggie e a mulher também olhou na mesma direção e pareceu travar durante alguns segundos.

— Maggie... — Glenn sorriu.

Maggie arfou e começou a chorar descontroladamente. Um choro tão forte que chegava a abrir a boca e nenhum som saia de seus lábios. Afastou as lágrimas que turvavam sua visão e a impedia de enxergar com clareza, e se aventurou a dar alguns passos para frente. Estava com medo, temia que aquilo fosse apenas um sonho, uma miragem que quando ela se atrevesse a chegar perto demais, ele desapareceria como fumaça entre seus dedos.

Isso não aconteceu.

Maggie tocou o rosto enfaixado do homem com as pontas dos dedos, se certificando de que ele era feito de carne e osso. Observou cada bandagem que cobria o rosto de seu marido e viu que ele era de verdade quando percebeu as marcas que Negan havia deixado sobre ele também eram extremamente reais.

Soluçou e chorou mais ainda quando lançou os braços ao redor do pescoço do homem, o apertando, com a intenção de nunca mais o soltar. Sentiu as mãos de Glenn apertarem sua cintura e o corpo de seu marido trêmulo contra o seu, resultado do choro.

— Glenn... — Maggie disse entre lágrimas, enquanto aguardava o rosto do homem e mantinha perto do seu, grudando os lábios com os dele a todo segundo, beijando cada parte de seu rosto, ferida ou não. — Meu Deus, Glenn...

O coreano sorriu, fechando os olhos e pousando a cabeça contra a da mulher, deixando sentir a sensação de sua pele contra a dela novamente.

— Eu disse que ia te encontrar, não disse? — ele sussurrou ao ouvido de Maggie.

A mulher sorriu entre lágrimas, assentindo freneticamente e voltando a abraçar seu pescoço.

— Eu te amo... — ela sussurrou, e sorriu mais ainda quando sentiu as mãos do marido sobre seu ventre. — Nós te amamos...

 

***

 

O Santuário, Virgínia - 2016.

 

Tessa observou Carl Grimes olhar para as esposas de Negan um tanto abobalhado. O garoto era corajoso, tinha que dar esse mérito a ele. Carl saíra do caminhão de alimentos com uma metralhadora na mão e conseguira matar cinco salvadores, antes que Negan chegasse com sua calma irritante e seu sorriso convencido no rosto.

Após isso, o líder dos salvadores havia separado o dia para que ele conduzisse uma escurção para Carl ao redor de todo o complexo do Santuário. Havia sumido com o garoto por mais de uma hora até que resolvesse o levar até a sala aonde as esposas ficavam.

Suspirou e ficou ao lado do garoto e cruzou os braços, encarando o garoto com o chapéu de xerife de esguelha. Se perguntou como ele havia conseguido aquele ferimento no olho. O ferimento a bala estava exposto para que qualquer um visse, já que Negan havia o obrigado a remover as bandagens que o protegiam.

Olhou para Carl que observava Negan conversando com Amber, uma de suas esposas, uma mulher loira com cara de anêmica assustada, e suspirou.

— Vai dar merda, claramente. — Tessa comentou, calmamente, atraindo o olhar do garoto sobre ela. — Amber, a garota, o traiu com outro e ela vai ganhar uma punição, psicologicamente dizendo,pelo menos.

Carl levantou uma sobrancelha.

— É assim que esse lugar funciona? — ele perguntou. — Vocês cometem deslize e são torturados?

Tessa o encarou.

— Não. — ela disse. — Nós cometemos um deslize e somos mortos. Ele apenas vai pegar leve com Amber por ser sua esposa.

Tessa não pode dizer mais nada, pois sua atenção foi desviada primeiramente para Sherry que a olhava fixamente e então para Dwight que chegara puxando Daryl Dixon, que possuía uma travessa de petiscos, pelo braço.

Negan se levantou da poltrona em que estava com Amber, e Tessa viu que a mulher loira estava prestes a chorar e foi consolada por Sherry. Suspirou e voltou seu olhar para Daryl, que olhava para Carl, e para Negan que observava o prisioneiro com deboche.

— Carl, pode pegar a bandeja para mim? — Negan perguntou, enquanto palitava um dos petiscos.

Carl apenas olhou de Tessa para o homem e suspirou, andando até Daryl e pegando a bandeja na mão do homem.

— Como o trouxe para cá? — a voz de Daryl Dixon interrompeu os movimentos do garoto.

Negan levantou uma sobrancelha e encarou o homem que o encarava com o queixo erguido. Daryl desviou o olhar de Negan por um milésimo de segundo e o pousou sobre Tessa, que encara a a cena com os olhos arregalados e um olhar temeroso no rosto. Foi aí que entendeu que realmente devia ter feito uma burrada bem grande.

— Nossa! — Negan exclamou, debochadamente. — O que conversamos quando você não está aqui, não é da sua conta! Não me faça enfiar esse palito no único olho bom do garoto. — Negan sussurrou para Daryl, acenando com o palito de dente entre os dedos e suspirou, se voltando para Tessa. — D, desça e prepare a fornalha enquanto eu vou falar com Carson e Tessa... — o homem fez uma pausa e se virou, encarando a mulher que sempre se destacava com suas roupas diferenciadas e o batom rubro nos lábios carnudos. — Leve Carl Grimes para o andar dos trabalhadores para mim.

Tessa assentiu, assim como Dwight, e assim que o líder dos salvadores saiu pela porta, seguido por Dwight que empurrava Daryl, a mulher pôde respirar fundo. Olhou para Carl que ainda mantinha a bandeja em mãos e sorriu levemente. Retirou o objeto das mãos do garoto e deixou na mesinha mais próxima.

— Vamos agora, garoto. — ela disse agarrando sua mão e o puxando para fora do recinto, enquanto o olhava com um olhar cúmplice. — Temos muito o que fazer.

Tessa puxou Carl com insistência para fora do cômodo enquanto eles adentravam mais ainda no interior do prédio, subindo lances de escada ao invés de desce-las. Chegou um ponto em que eles corriam pelos corredores cinzentos do complexo no Santuário. Carl, que parecia cansado de tudo aquilo, resolveu para-la, puxando seu braço bruscamente do aperto firme da mulher e a encarando seriamente.

— O que você está fazendo? — o garoto exigiu, estreitando desconfiadamente a única orbe azul.

Tessa suspirou, revirando os olhos. Porém arregalou os olhos abruptamente quando ouviu passos virarem no final do corredor. Bufou e pegou Carl Grimes pelo braço novamente, o empurrando em direção a um cômodo, abrindo a porta e se enfiando ali dentro junto ao garoto.

Carl olhou ao seu redor, surpreso por se tratar de um quarto de tamanho razoável. Cama de casal, penteadeira, uma televisão grande e boa com vídeo games e aparelho de DVD e uma porta que levava ao banheiro privativo daquela "suíte". Tessa sorriu debochadamente para o garoto que olhava em volta impressionado e pousou as mãos sobre a cintura.

— Meu quarto. — Tessa informou ao garoto, que a olhou deveras surpreso. — O que foi, garoto? Pensou que eu não tinha um quarto? Pensou que eu dormia com Negan? — ela passou a falar com um sorriso no rosto. — Não... nem as esposas dele dormem com ele, e apesar delas terem quartos dez vezes melhores que o meu, eu conquistei isso tudo sozinha, sem precisar me casar com o chefe por preguiça. — ela disse e Carl a encarava atenciosamente. — Passei por onde Daryl está agora e cresci aqui dentro por meus próprios méritos... alguns deles não me orgulho, outros sim. Mas o importante é que não me submeti a ele.

Carl a olhou atentamente. Tessa sempre sentia um calafrio ao encarar os olhos do garoto e perceber como eles eram parecidos com o do pai. O garoto tinha aquela mesma característica que Rick, pelo menos quando crescesse mais, que era capaz de te encarar com os olhos azuis estreitos como se estivesse te fodendo, de um jeito bom ou ruim. Tudo dependendo do humor do senhor xerife.

— Isso é bom. — a voz, surpreendentemente leve de Carl Grimes, interrompeu seus pensamentos. — Significa que esse lugar não te quebrou.

Tessa exibiu um sorriso sem dentes e se virou de costas, indo até seu armário e procurando o que havia sido seu objetivo desde que chegara no quarto com o garoto. Quando achou os dois walkie talkies, partiu até a mesa de cabeceira para procurar mais baterias para o comunicador e achou duas, colocando no compartimento para reviver os walkies.

Se levantou com os dois objetos, um em cada mão e olhou para trás, flagrando Carl com o ursinho de pelúcia em mãos, olhando para o brinquedo contemplativamente.

— Isso foi da Sunny. — Carl murmurou, voltando seu olhar para Tessa.

A mulher mordeu os lábios, sentindo a garganta se fechar e abaixou os walkies em suas mãos, ainda encarando o garoto.

— Sim. — ela confirmou.— Foi a única coisa que eu encontrei na minha casa quando, no começo da pandemia, eu consegui fugir da prisão e ir para Cynthiana.

Carl ainda olhava para o ursinho, um pouco abobalhado.

— Eu me lembro dela. — ele dizia. — Me lembro como os cabelos dela eram muito loiros, os olhos muito verdes. Me lembro como ela odiava usar roupas rosas e com babados e rendas. Ela, apesar de ter 8 anos era uma garotinha difícil. A mais difícil da nossa escola. — Carl voltou seu olhar para Tessa. O olho azul estava um pouco marejado. — Ela era minha melhor amiga e lembro como foi horrível me separar dela quando os walkers invadiram Cynthiana. — ele disse. — Foi de manhã, não passava das nove. Estávamos brincando na minha casa. Sunny sempre dormia lá depois que você foi presa. Shane entrou correndo, arrombou a porta e disse que tínhamos que ir embora dali, disse que meu pai ficaria bem, ele seria cuidado pelo exército, mas que nós teríamos melhor chance em Atlanta. — ele contou calmamente, enquanto Tessa contemplava cada palavra. — Minha mãe queria levar a Sunny com a gente, mas a avó dela, sua mãe, Ellen, se negou dizendo que a levaria para Washington aonde o avô da Sunny morava... desde então nunca mais a vi.

Tessa suspirou, exibindo um sorriso triste.

— Por isso eu vim para cá. — ela respondeu. — Para procura-la. Mas nunca a encontrei.

Carl encarou a mulher com um semblante triste.

— Será que nós a reconheceríamos? — ele perguntou — Se a víssemos novamente depois de todos esses anos, quero dizer.

Tessa sorriu, assentindo.

— Sim.

Carl a acompanhou no sorriso.

— Ótimo. — o adolescente disse. — Assim será mais fácil para encontrá-la depois que isso tudo acabar.

Tessa sorriu abertamente. A esperança do primogênito de Rick Grimes a fazia sorrir, a fazia ter esperança também. Mordeu os lábios e estendeu ao garoto um dos walkies em sua mão. Carl a olhou em dúvida.

— Mantenha isso com você quando voltar para Alexandria. Negan levará você de volta. — ela disse. — Ou dê a Rick, precisamos nos manter em comunicação se queremos vencer o diabo.

Carl assentiu imediatamente balançando a cabeça afirmativamente. Aquela atitude a lembrou de quando ele era menor e sedento pela aventura que era o novo mundo.

— Vamos libertar Daryl agora? — o garoto perguntou, já guardando o urso e o walkie entre as dobras de sua grossa jaqueta.

Tessa sorriu, os olhos voltando ao teor normal de malícia, maldade e deboche.

 

 

 

— Vamos até o quarto de Negan para isso. — ela disse, se virando e saindo pela porta do quarto, seguida imediatamente por Carl.


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Comentem e favoritem!
Até o próximo!
- Duda.


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