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História Fix You - Culpa do Profeta - História escrita por Beladantas - Spirit Fanfics e Histórias
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História Fix You - Culpa do Profeta


Escrita por: Beladantas

Notas do Autor


Acho que não tenho muito o que falar... Heheh, só espero que gostem!!
^.^

Capítulo 47 - Culpa do Profeta


Harry POV’S

 

 

            Foi na Sexta–Feira, dois dias antes do baile de inverno, quando foi divulgada para a imprensa a série de ataques que vinham ocorrendo. Não é como eu acreditasse em tudo que vejo nos jornais, mas ainda assim, é coisa demais para ser ignorada. Desde o Equinócio de Outono, mais de sete ataques ocorreram, a maioria deles em bairros trouxas onde o ministério teve de obliviar e justificar muitos desses ataques. Tudo isso foi mantido em silêncio pelo ministério no intuito de não apavorar a população Bruxa. No entanto depois desse último ataque a uma creche trouxa, seguida de uma invasão á Azkaban, a pressão fora demais para manter a informação em sigilo. A desculpa para a chacina na creche foi dada a uma empresa de gás vizinha e quanto á invasão, que só foi notada muitas horas depois, uma vez que o mundo bruxo estava em pânico com a ideia de comensais da morte atacando novamente, Muitos desses presos tiveram suas alas trocadas, entre eles o próprio Gellert Grindewald teve de ir para uma cela mais segura. Além do mais, a segurança ao presídio foi reforçada... As pessoas estão em pânico com a ideia de alguém como Grindewald conseguir escapar e se juntar a Voldemort, gerando uma nova era das trevas.

 

            Me pergunto se Dumbledore tinha conhecimento disso... Porque ele não me avisara? Porque não convocou uma reunião da Ordem? Porque deixar a situação chegar a esse ponto crítico? Abraço a mim mesmo, pensativo.

 

            — Você está bem Harry? — Ouço Neville perguntar e aceno que sim com a cabeça.

 

            Mas eu sabia que o meu frio repentino era muito mais do que feitiços de aquecimento feitos errado.

 

            Mal eu terminara de comer e senti minha mente divagando. Uma dorzinha de cabeça constante no fundo do meu cérebro causando enjoos.

 

            Tentei levantar da cadeira, mas senti meu corpo mole, caindo logo em seguida.

 

            “Harry”. Ouvi uma voz dizer ao fundo, meu corpo cansado demais para conseguir responder.

 

***

 

 

            “Como você pode dizer isso? Olha o estado dela! Eu me surpreendo que ela ainda não tenha morrido!” Gritou uma mulher que eu desconhecia. Era bonita, sua pele tinha uma coloração meio tom de mel, bronzeada.

 

            “O que você queria que eu fizesse? Eu não posso ficar me lamentando por isso, estou sendo realista! Nossa filha é uma drogada e você sabe disso! Não me surpreende que quem tenha a criado seja você!” Gritou o homem, ele era alto e seus cabelos eram de um forte tom de negro, assim como seus olhos.

 

            Me sentia um pouco letárgica e cansada... Olhei ao redor para as paredes brancas... Parecia uma espécie de... Hospital?

 

            “O que você está insinuando com isso? Está querendo dizer que a culpa é minha da nossa filha ser assim é minha? Se alguém aqui é culpado tem de ser você! Afinal quem nunca esteve lá para controlar ela foi você! Você que foi embora!” A mulher continuou a gritar, os olhos de cor clara marejados.

 

            Nesse momento, um médico entrou, este parecia ter entre vinte e trinta anos, os cabelos eram cacheados e castanhos e seus olhos tinham uma cor acinzentada.

 

            “Com licença senhores, mas acredito que aqui não seja o lugar mais adequado para esse tipo de discussão... Se me permitem, existe uma cafeteria lá em baixo onde podem conversar com mais calma.”

 

            “Isso não termina aqui.” O homem falou saindo do quarto com uma carranca, sendo logo seguido pela mulher.

 

            “Olá...” O médico olhou a caderneta que tinha em mãos para logo continuar, me fitando. “Valentina?” Perguntou e eu assenti. “Bonito nome... Significa uma pessoa forte, valente, sabia?”

 

            Ele me olhou com calma e eu o fitei desconfiada... E talvez, apenas talvez com um pouco de vergonha.

 

            “Bem, de qualquer maneira, meu nome é Dereck. Dereck Darcy e eu sou seu médico a partir de hoje.” Falou quando percebeu que eu não diria nada em relação ao nome. “Então... Tina, posso te chamar assim?” Concordei. “Quantos anos você tem?”

 

            “17” Respondi, a boca seca.

 

            “E... Posso saber porque uma garota de 17 anos, bonita como você é, está aqui?”

 

            “Eu...” Murmurei envergonhada “Eu ingeri alguns remédios e... Algumas bebidas... Daí eu desmaiei e vim parar aqui.

 

            “Que tipo de remédios?”

 

            “Alguns calmantes só... E... Bem um antibiótico...”

 

            O médico tentou disfarçar sua surpresa mas não conseguiu.

 

            “E você... Bebeu depois disso?”

 

            Concordei.

 

            “Okay...” Ele anotou algo na sua prancheta e logo continuou. “Tina, eu preciso entender, porque você fez isso. Você tem noção da gravidade de beber e tomar esses remédios? Preciso que entenda que você poderia ter morrido! É algo gravíssimo misturar dois remédios desse tipo e ainda mais com bebidas, e pelo estado de intoxicação do seu corpo, vejo que não foi um ou dois golinhos de bebida ou um ou dois comprimidos!” Falou e logo eu começo a chorar desesperadamente.

 

            “Desculpa.” Murmurei assustada. “Eu não tinha a intenção.”

 

***

 

            “Vamos menina, come!” A enfermeira tentava enfiar aquela coisa papenta minha goela abaixo. Bufou ao ver que não iria conseguir nada. “Na hora de se encher com essas porcarias e narcóticos você conseguia não é mesmo?” Falou, maldosa. “Garanto que se você não comer faço de tudo para colocarem um cano na sua goela... Trabalho a menos para mim.”

 

             A porta abriu e logo o mesmo médico que estava ali no dia anterior apareceu.

 

            “Deixa que eu termino aqui Judith.” Falou. A voz era forte, grossa, levemente rouca.

 

             A mulher abaixou a cabeça e saiu, deixando o prato com a papa sobre a cadeira que logo o médico sentou, colocando a papa sobre o colo.

 

            “Ouvi dizer que você está dando problemas para comer, isso é verdade?”

 

            “A comida daqui é ruim... E nojenta...” Choraminguei contrariada.

 

            Ele riu, suave. E dessa vez, diferente do tom autoritário que ele tinha com a enfermeira, ele usava um tom de voz mais suave, gentil.

 

            “Bem, nesse caso, eu tenho de concordar com você... Mas sabe o que é... Eu nunca vou poder te dar alta se você estiver desnutrida.”

 

            “Eu não estou desnutrida... Só não gosto da comida daqui.”

 

            “Não é isso que seus exames de sangue dizem...”

 

            Após alguns segundos de silêncio, continuei.

 

            “Além do mais... Eu não sei se eu realmente quero ir embora daqui...”

 

            “E porque diabos uma adolescente como você gostaria de ficar aqui enfurnada em um hospital? Tenho certeza que você deve sentir falta de alguma coisa... Seus pais? Suas amigas? Um namorado?” Ele perguntava e eu ia negando com a cabeça a cada questão. “Ora, vamos lá... Tem que ter alguma coisa!”

 

            “Talvez minha gata, Alice... Mas ainda assim, sei que ela pode se virar muito bem sem mim... Nem sua dona original eu sou.”

 

            “Como assim?”

 

            “Ela é a gata do vizinho, mas como ela vive lá em casa eu acabei me apegando a ela.” Expliquei. “Mas, de qualquer maneira... Meus pais só sabem brigar. Meu pai quer pegar a minha guarda da minha mãe, ele disse que eu sou uma viciada e que só estou aqui porque a minha mãe não soube me criar... Mas eu sei que não é verdade... Algum tempo atrás mamãe também teve problemas com drogas, acho que é por isso que ele disse aquilo... Além do mais, eu não quero ir com ele, ele é mal comigo... Sempre foi e ficou pior depois que eles se separaram porque daí ele me usa para afetar a mamãe.”

 

            O médico pareceu um pouco triste e sem saber o que falar.

 

            “Mas você não tem nenhum amigo para contar essas coisas? Alguém que você goste?”

 

            “Eu tenho você.”

 

 

***

 

“Okay. Eu desisto de fazer você comer.” Falou, claramente resignado com o fato que eu não comeria aquela papa. “Que tal então, se eu te trouxesse alguma coisa da lanchonete lá em baixo?” Perguntou e senti meus olhos brilharem com a possibilidade. “Mas... Em troca, eu vou querer uma coisa.”

 

            “O que?” Perguntei, mais do que disposta a pagar o preço apenas para comer algo que prestasse.

 

            “Você vai ter que me prometer que nunca mais vai ter uma overdose e que vai se esforçar para comer essa comida aqui durante os outros dias. Você está muito magra.”

 

            “Prometo.” Falei, sem pensar.

 

            Logo ele saiu e voltou com uma sacolinha escondida sobre o jaleco.

 

            “Aqui está.” Me deu o lanche que eu prontamente abri, deliciada pelo cheiro.

 

            “Obrigada! Obrigada! Muito obrigada!” Respondi entusiasmada, dando uma mordida grande no lanche. “Hm... Isso está muito bom... Quer?” Ofereci e ele prontamente negou, um sorriso dançando em seus lábios.

 

***

 

Os dias passavam e a cada vez mais, eu e Dereck nos tornávamos amigos, e a cada dia mais eu me apaixonava por ele.

 

            “Está sujo aqui”. Falou, uma vez, sua mão tocando meu lábio inferior. Já era a terceira vez que eu o fazia trazer a comida da lanchonete.

 

            Abri um pouco os lábios inconscientemente, ansiando pelo seu toque, suas mãos eram quentes e o toque me era macio.

 

            Ele se aproximou de mim, os lábios encostando os meus em um beijo casto e suave.

 

            Era bom. Era perfeito.

 

            Mas tão repentinamente como começou, o toque acabou, ele se afastou bruscamente me fazendo sentir falta de algo muito importante.

 

            “Eu te amo” Falei contra si.

 

            “Desculpe, eu também.” Murmurou, saindo em disparada do quarto.

 

***

 

 

“Você não escutou menina? Parece que aquele médico... Isso aquele do cabelo cacheado, alto... Então, parece que ele está respondendo um processo na justiça... Diz que teve um caso com aquela menina, a suicida, da ala C. E o pior é que a garota é menor de idade então já viu né...” Ouvi uma das faxineiras cochichando para outra enquanto voltava do banheiro... Então quer dizer que era por isso que ele nunca mais apareceu aqui... Será que eu causei problemas?

“Arght... Que nojo, não entendo como um homem com aquela formação se submete a mexer com uma garota... Um pedófilo, no mínimo, vai saber com que outras crianças ele já não se envolveu?” A outra mulher respondeu.

“Pois é né menina... Vai saber o que passa na cabeça dessa gente...”

 

***

 

“Olhe só... Parece que você está liberada! Já ligue para a sua mãe e ela disse que está vindo te buscar.” A nova médica, Beth falou, depois daquele dia, Beth era quem cuidava de mim. Fiquei decepcionada é claro... Mas toda vez que eu perguntava sobre Dereck, ninguém me respondia... Foi quando percebi que ainda não tinha perguntado á ela sobre isso... “Beth... Você sabe me dizer se o Doutor Darcy ainda trabalha aqui? É que ele era meu médico e de repente mudou e eu fiquei curiosa... Sabe como é né?”

“Oh, você ainda não sabe? Ele sofreu um acidente de carro. Parece que iam demitir ele, e como ele estava nervoso seu carro acabou colidindo com um caminhão. Ele foi para a UTI, mas ao que tudo parece... Não tem muito tempo de vida.”

Senti meu sangue gelar e ao ouvir isso lágrimas grossas começaram a escorrer pelo meu rosto.

“O que eu faria agora?”

 

***

 

 

            Acordei com o coração disparado, um temor e um instinto forte de que havia algo errado. Aos poucos me lembrei que o sonho ainda era um sonho, talvez uma memória e me acalmei, mas ainda assim...

 

— Bom dia. — Pomfrey falou ao meu lado. — Teve um pesadelo?

 

— Si...Sim... Como sabe disso? — Perguntei desconfiado.

 

— Eu trabalho com pessoas como você á anos Potter, eu simplesmente sei das coisas... Por falar nisso, seu noivo acabou de sair daqui, ele estava preocupadíssimo com a sua saúde... Tem se alimentado direito? — Concordei com a cabeça sem saber o que falar. — Deve ter sido apenas uma crise nervosa então... Aposto que foi aquela notícia do Profeta diário hoje de manhã. Me deixou com o estômago embrulhado também, alguém frágil como você não deve ver esse tipo de coisas... Vivo falando para Albus não expor nossos alunos a esse tipo de barbaridade, mas ele não me escuta... Diz algo sobre o choque ajudar a entender a realidade... — Suspirou.

 

— Eu não sou frágil! — Protestei depois de assimilar o que ela queria dizer.

 

— Você não me engana Potter, convivo com pessoas á anos, talvez não demonstre, mas é sim.

 

Bufei contrariado... Quem ela pensa que é para me julgar assim?

 

— Bem de qualquer forma, hoje vai ser um longo dia.

 

— Como assim?

 

— Você dormiu um dia inteiro Potter. Amanhã é o baile.

  



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