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História Fix You - Fragilidade - História escrita por Beladantas - Spirit Fanfics e Histórias
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História Fix You - Fragilidade


Escrita por: Beladantas

Notas do Autor


Hello darllings!
Aqui está mais um capítulo depois de longos dias... Eu não sei se vocês sabem, mas o Coldplay vai vir para o Brasil e novembro... E eu como um ótima fã, fui tentar comprar os ingressos...
Pra quê?
Sofri, um monte de cambista furando fila, o site não funcionou, passei 11 fucking horas na bendita fila física pra nada!!
Não consegui e ainda voltei muitíssima frustada!
Que inferno!
Mas enfim, a eu recebi um voto de minerva para a votação do capítulo passado, e quem ganhou foi o número 2, o Draco. E, bem... É isso, agora a história vai seguir determinado rumo, mas quem votou no Harry não desamine! Vai dar tudo certo!! Hahaha
*-*
Espero que gostem desse capítulo e já adianto que o próximo vai ser bem diferente, e acho que vai surpreender vocês!!
=^.^=

Capítulo 55 - Fragilidade


Harry POV’S

 

“Domingo, 25 de Setembro.

 

Prezado diário, posso dizer que estou nas nuvens. Hei que pus-me a gracejar a linda donzela vinda do Brasil. É, de facto algo arriscado, no entanto, sinto me por demasiado contente, por ter meus sentimentos retribuídos que, de nenhuma forma poder-me-ia ignorar tal felicidade.  Se não lhe escrevo, prezado diário, é porque estou muitíssimo feliz com Renata, a brasileira, para de alguma forma perder tempo com trivialidades. [...]”

 

“[...] Ah, como amo-a! Esse sentimento tão profundo não há como ser de qualquer forma errado ou incerto… Quero pedir sua mão. Desde que tomei coragem para conversar com minha amada rapariga não tive mais um segundo de silêncio em meu coração angustiado. Tudo é tão belo, inquieto e dourado… Por vezes um pouco desesperador também. Mas com o desespero lidar-me-hei de qualquer forma. [...]”


 

“Quarta-Feira, 13 de Fevereiro.

 

Não sei mais o que fazer, prezado diário. Mamãe pôs-se enfurecida com a descoberta de nosso relacionamento. Quisera eu, casar-me às cegas, sem a necessidade de envolvê-la, e, logo em seguida, fugir para bem longe, no entanto, os preconceitos de minha mãe são mais fortes, estou desesperado diário, a danada está louca. Temo o que ela pode fazer conosco. No entanto não há nada que posso fazer além de argumentar o quanto nossas peles não definem nossas almas.”


 

***

 

— Você acha que ela os matou? — Questionei, alarmado ao constatar que não haviam mais folhas escritas no caderno. — Por… Você sabe… — Murmurei, sem saber exatamente quais palavras usar.

— Por ela aparentemente ser uma velha sádica e preconceituosa? Acho que não… Provavelmente ele só se esqueceu de completar o caderno.

— Mas… Praticamente todas as outras histórias tiveram um final parecido. Um final trágico com eles separados e mortos… Você não acha que isso aconteceu com eles também?

— Pode ser… Não disse que não era, mas eu realmente acho que ele parou de escrever por outro motivo, dá para notar que ele não escrevia todos os dias, só quando algo extraordinário acontecia… Esquecer do caderno e perder ele em algum canto não deve ser tão difícil assim.... Para ser honesto, eu prefiro as memórias, são mais fiéis à realidade e não deixam o final em aberto.

— Concordo mas… E se ela realmente matou eles? Não sei se gosto disso…

— Não acho que você deva se preocupar com isso, não foi minha mãe mesmo que te disse que Dumbledore estava exagerando ao dar essas coisas para nós? Tenho mais medo que você acabe enlouquecendo desse jeito… Essas memórias não irão determinar o nosso futuro Harry. É passado, e como passado deve ser superado.

— Não sei… Sempre ouvi que as aulas de História da Magia serviam para conhecer o passado, que quando a gente entende ele, acaba compreendendo melhor o presente também e, consequentemente evitando os mesmos erros no futuro. — Argumentei.

— Não estou falando que devemos esquecer ou ignorar nada disso aqui, mas que devemos superar. — Ponderou. — Usar o passado como forma de entendimento é muito importante, mas a gente não pode viver nele. Temos que superá-lo às vezes.

Concordei com a cabeça, as palavras me deixando pensativo.

De alguma forma, eu estava tentando superar meu passado. Não só o de outras vidas, mas o que acontecia agora também. Tentava superar a infância abusiva e o estupro. E bem ou mal, eu já havia feito um grande progresso. Eu não esquecera, como desejara por tanto tempo em minhas noites insones, mas contornara. Como Draco pedia que eu o fizesse agora, com a suposta morte de algum ancestral comum.

Eu podia fazer isso?

A resposta era clara. Sim, eu podia. No entanto, isso não significa que é fácil deixar o passado para trás e reconstruir a sua vida sobre ele. É como um caderno, onde você vai escrevendo em uma folha até enchê-la por completo, uma palavra sobre a outra, e chega um momento em que tudo aquilo está saturado demais para mais uma única palavra, e é quando você vira a página.

As palavras estão ali, mesmo que no verso, e dependendo do caderno você ainda pode vê-las, no entanto se você não virasse a folha, escrever não seria possível.

— Você tem razão. — Admiti. — Eu… Eu… — Hesitei, gaguejando um pouco, a bile amarga no fim de minha garganta. — Eu sei que eu tenho essa dificuldade em deixar o passado para trás, de seguir em frente e… Não sei, parar de remoer isso, deixar a vida seguir seu rumo sem limites, restrições. Às vezes o mundo parece tão… Eu não sei… Sufocante. Limitador. Assustador… Eu tenho tanto medo de esquecer o passado, de deixar o passado passar, e ao mesmo tempo tenho tanto medo do futuro, de deixar fluir, de sofrer. De morrer, mesmo que eu saiba que eu vá morrer um dia e que talvez esse dia não esteja tão distante quanto eu espero que ele esteja.Tenho medo de não viver Draco, tenho medo de viver também. A coragem sempre foi uma característica que prezei, não apenas por ser da Grifinória, mas por odiar com todas as minhas forças os covardes. No entanto, nunca me senti tão covarde quanto agora. Nunca estive tão assustado. Nunca tive tanto medo. Nunca me odiei tanto.

Senti braços ao meu redor em uma tentativa de conforto. Meu coração tão acelerado, tão rápido e o mesmo tempo tão lento. O sangue quente, como lava correndo em minhas veias, o pulso tão rápido quanto posso imaginar, rente ao corpo quente daquele que amava, cada batida tão longa… Infinitas dentro de si mesmas. Angústia crescente. Cheiro amargo de incompreensão e desesperança.

— Não quero estar sozinho. — Pensei, alto.

— Você não está sozinho. Sabe disso. — A voz, um pouco rouca respondeu. Estava certo. Eu sabia disso, mas precisava ouvir. De novo e de novo. Até que suas palavras parassem de fazer sentido, transformando-se em sons ressoando sobre meus tímpanos. Apenas sons. Não a afirmação que eu não me sentiria sozinho mesmo quando estivesse no meio de uma multidão, ou que eu não me sentiria sozinho quando estivesse quieto no silêncio do meu quarto. Só um som, sem nexo.

— Odeio me sentir assim. Angustiado. Confuso. Deprimido. Odeio quando você me vê assim, frágil.

— Existem algumas angústias que são para a vida inteira. Existem algumas pessoas que tem angústias que valem por uma vida inteira. Acontece, faz parte. Você não é menos humano ou menos homem por estar frágil agora. É só um sentimento. Ele vai passar. Ele vai voltar também… Às vezes mais forte, Às vezes mais fraco… Não se sinta inferior por isso.

Sorri, com cautela, absorvendo suas palavras. Colei meu corpo ao seu. Queria dar a ele todo amor que ele pudesse suportar. Ajoelhei-me sobre a cama, minhas mãos em seus ombros, o material áspero de sua camisa sobre a suavidade de meus dedos.

— Eu te amo. — Sussurrei a mais pura verdade ao pé de seu ouvido.

E amamo-nos. Intensamente. Sem barreiras, sem restrições. Nem por minha nem por sua parte, a angústia do exame que viria e me atormentava o tempo todo mais distante que eu podia imaginar. Aquilo não parecia tão importante agora, mesmo que eu soubesse que era.

E era.

 



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