Pierre e Unai estavam juntos de Maia e Julian na sala da fisioterapeuta. Naquela manhã de terça-feira, os dois homens mais velhos foram ver como estava o andamento da recuperação de Draxler, e tiraram a conclusão já prevista: o alemão realmente estava progredindo demasiado. Thonks não pudera evitar sorrir ao ver as expressões satisfeitas de seu chefe e do técnico do clube, e melhor ainda fora quando Pierre dissera a ela “que sabia que havia feito a escolha certa” ao sair da sala e ir cuidar do resto dos jogadores.
— Ae! - Julian comemorara abraçando Maia assim que ficaram sozinhos.
A garota se separou, o encarando num misto de surpresa e desentendimento.
— Estamos indo bem. Você viu, bem, ouviu... eles disseram - o alemão disse, e Thonks assentiu positivamente. — Sabe, Maia... eu acho que desde que você apareceu, e já me fez caminhar em poucas semanas de trabalho, eu não te agradeci pelo o que fez. Então, muito obrigado, de verdade - a inglesa não respondera, apenas abriu um grande sorriso, cheio de gratidão e orgulho próprio.
E Julian também sorrira ao ver sua fisioterapeuta o fazendo, e sem saber o motivo, fora difícil para ele desviar o olhar, uma vez que os olhos verdes de Maia lhe pareceram muito atrativos. Mas Julian quebrara o contato, movimento a cabeça na busca de afastar aquela estranha atração que o atraíra.
— Então... - raspou a garganta. — Eu estive conversando com Adrien...
— Ah não, Julian, não acredito que você ainda não esqueceu esta história - Thonks disse, interrompendo-o.
— Maia - suspirou. — Acredite em mim: eu sei das coisas. Vou te ajudar com Rabiot, e estaremos quites por tudo, uhn?! - Deu uma piscadela, e a inglesa bufou em resposta. — Retomando... conversei com ele, e vocês vão sair hoje.
— Me desculpa?
— Isso mesmo. Já até reservei o restaurante para vocês.
— Julian... - Maia começara, mas o alemão logo a interrompeu.
— Sem “Julian”, Thonks. E se você continuar, eu mesmo irei levá-la, para me certificar de que você foi.
— Eu te odeio, Draxler.
— Não. - Ele se aproximou novamente, e botou as mãos nos ombros da garota, aproximando seus rostos. — Você me adora, e muito - disse por mim, encarando novamente a imensidão verde médio de Maia, e prendendo-se novamente.
Com as respirações lentas e quentes sendo sentidas em seus rostos, o espaço entre os dois fora diminuindo, mas então, como se tivesse acordado de um transe, Julian desviou o olhar, e se afastou bruscamente de Maia, que por sua vez, soltou um suspiro - que não fora de alívio.
— Te pego às sete e meia - O jogador disse, pondo fim ao constrangedor silêncio que se instalara na sala, e rumou para a porta, saindo do local.
Com uma inspiração profundamente, Thonks sentiu suas pernas fracassarem, e caiu sentada na cama em que Draxler estivera anteriormente fazendo os exercícios e alongamentos de força.
“Que diabos fora aquilo?”
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Às seis horas Maia finalmente criou coragem para ir se arrumar. Tomou um banho lavando os cabelos, e logo os deixou secar naturalmente, definitivamente, não estava nenhum pouco entusiasmada com o encontro com Rabiot.
Maquiou-se, e botou um vestido vermelho que achara em seu guarda-roupa. Não se lembrava se havia comprado-o, ou ganho de alguém, mas era realmente bonito, e usa-lo aumentou gradativamente seu humor. Colocou alguns acessórios, e com o cabelo ainda solto de forma natural, fez cachos em sua maioria. Por fim, pegou sua bolsa, e saiu de seu apartamento, indo para a frente do prédio, onde Julian já se encontrava escorado em um táxi.
Maia sorriu com a cena, e aproveitou a distração do alemão que estava concentrado em seu celular, aproximando-se lentamente. Mas Julian sentiu outra presença, e ao levantar o rosto e ver sua fisioterapeuta em toda aquela produção, assumiu, inconscientemente, uma expressão de surpresa, e sentiu seu coração bater acelerado.
— Maia - ele disse abobado, sorrindo.
— Julian - ainda sorria.
— V-você está muito bonita.
— Obrigada. - Maia disse, e viu o silêncio se instalar entre os dois pela segunda vez no dia.
— Bem, vamos então? Acredito que Adrien já tenha chegado - e revirando os olhos, a inglesa entrou no táxi, desejando em seu interior, que seu parceiro aquela noite, fosse seu paciente, e não Rabiot.
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