- É melhor eu não falar sobre isso! – disse Emma sem graça.
- Se assim prefere... – disse Regina.
- Você é uma mulher bastante interessante, Regina... – disse Emma.
- É bem interessante mesmo ficar em um bar tentando esquecer a vida... – disse Regina.
Emma sorriu.
- Estamos na mesma... – disse Emma sem desfazer o sorriso.
- Talvez... – respondeu Regina sem desviar o olhar.
- O que eu quis dizer é que... você é bastante misteriosa, não gosta de demonstrar seus sentimentos... – disse Emma arriscando.
- Para estar no comando é necessário ser fria e imparcial em relação a sentimentos... – disse Regina.
- Mas me parece que você está se fechando para a vida também. – disse Emma.
- São as consequências que pagamos! – disse Regina deixando uma das mãos sobre o balcão.
- Não precisa ser assim a vida inteira! – disse Emma colocando a mão sobre a mão de Regina. Seus olhares se contestaram.
- Tem razão... – respondeu Regina sem desfazer o toque de Emma.
- Emma... quanto tempo! – disse Rose dando um selinho em Emma.
Regina ficou surpresa com o “beijo” que havia presenciado. Emma ficou vermelha por isso ter ocorrido na frente de sua chefe.
- Rose? O que faz aqui? – perguntou Emma.
- Vim me distrair e encontro você, que coincidência! – disse Rose sem desfazer o sorriso.
- Que coincidência, né! – disse Emma sem graça.
- Desculpe, atrapalhei vocês? É um encontro? – perguntou Rose.
- Não! – disse Emma e Regina num uníssono.
- Nos encontramos aqui por coincidência também. – disse Regina.
- É que vocês estavam juntas... as mãos... – disse Rose.
- Não é nada disso! Ela é minha... chefe! – disse Emma pausando para terminar a frase.
- Eu preciso ir! – disse Regina levantando-se.
- Fique mais um pouco! - pediu Emma tocando em Regina.
Regina olhou para as mãos de Emma e parou um instante.
- Desculpe, eu não queria ter atrapalhado! – disse Rose saindo.
- Ela é sua... – perguntou Regina.
- Amiga! – disse Emma.
- Preciso ir, amanhã tenho que estar cedo na delegacia e já são quase 23h! – disse Regina olhando no relógio do pulso.
- Tudo bem, eu irei também! – disse Emma.
Despediram-se. Emma ficou intrigada com a pergunta de Regina sobre Rose.
No dia seguinte, Zelena estava aguardando a chegada do primeiro paciente.
- Dra. Zelena? O paciente Arthur chegou. – disse Ashley no telefone.
- Mande-o entrar! – disse Zelena.
O paciente era branco, alto, forte, olhos claros, muito bonito. Chamou a atenção de Zelena logo quando entrou no consultório.
- Arthur.. conte-me em que posso ajudá-lo. – pediu Zelena acariciando as mãos do homem.
- Bom eu... sou muito ansioso... – disse Arthur.
- Em quais situações? – perguntou Zelena.
- Para tudo, desde coisas mais simples a mais complexas. Sempre fico nervoso, ansioso, não consigo me controlar e isso está acabando comigo... – disse Arthur.
- Transtorno de ansiedade... – disse Zelena.
- Provavelmente... – respondeu Arthur balançando as pernas.
- Fique tranquilo... – disse Zelena.
A dra. Prescreveu o tratamento e usou a técnica de hipnose, como tem feito com todos. A secretária de Zelena tinha o costume de olhar todos prontuários, fichas, endereços e diagnósticos dos pacientes, estava sempre atenta no que a doutora fazia e naturalmente sabia tudo que se passava no consultório.
Nesta mesma noite, Arthur estava em um motel com uma companhia inusitada.
- Que bom que veio! – disse Zelena.
- Como prometi! – respondeu Arthur tirando a camisa.
Zelena passou a mão no peito de Arthur para sentir o quão forte era. O homem não perdia tempo para agarrar a ruiva, queria devorá-la o mais rápido possível. Zelena tirou a calça de Arthur colocando o membro para fora e iniciou uma cavalgada.
- Começaram sem mim? – disse Hades saindo do banheiro.
- Junte-se a nós! – chamou Zelena sem sair de cima de Arthur.
O homem nem questionou, Zelena recebeu dupla penetração do marido e de Arthur. Logo Hades pediu para Arthur penetrá-lo e Zelena se masturbava com a cena.
O casal foi embora deixando Arthur sozinho.
- Bom dia! – disse Emma ao chegar na delegacia.
- Bom dia! – todos responderam.
- A senhorita está atrasada! – disse Regina com os braços cruzados.
- Regina... me desculpe! – pediu Emma.
- Dra. Regina! – disse Regina.
Kristin deu um sorrisinho achando graça da situação.
- Dra. Regina, meu celular não despertou... – tentou explicar Emma.
- Não tolero atrasos, na próxima vez terá punição! – disse Regina.
- Não acontecerá novamente! – disse Emma.
Pela primeira vez ela foi trabalhar com os cabelos soltos, apertou mais o uniforme deixando a mostra as curvas musculosas que tinha. Regina reparou em tudo mesmo sem querer.
- Claro que não vai! – disse Regina.
- Calma delegada! – pediu Killian.
- Vai sobrar pra você também! – disse Regina.
- Posso te fazer uma massagem relaxante? – perguntou Kristin na maior cara de pau.
Regina deu de ombros e foi para sua sala.
- Corajosa! – disse Killian a Kristin.
- Não posso perder a oportunidade né? – disse Kristin.
- Boa sorte! – disse Killian.
- Você fica dando em cima dela assim? – perguntou Emma a Kristin.
- Por que? Está com ciúmes? – perguntou Kristin.
- Ciúmes? Por que eu teria? – disse Emma ficando vermelha.
- Qualquer um percebe a forma como você olha a delegada, não precisa disfarçar! – disse Kristin.
- Olho pra ela como olho pra todos! – disse Emma.
- Você não olha assim pra mim! – disse Killian.
Emma Revirou os olhos.
- Vocês não trabalham mais não? – perguntou Ruby chegando com alguns laudos.
- Estamos trabalhando! – respondeu Killian com uma xícara de café na mão.
- Toda vez que chego aqui vocês estão fofocando, quero um emprego desses! – disse Ruby.
- Trás meu café, por favor! – pediu Regina no Ramal de Kristin.
- Num segundo! – respondeu Kristin.
- Kris, aproveita, heim! – disse Killian.
Emma estava nervosa porque Regina costuma pedir para ela levar o café e hoje foi diferente.
- Aqui está! – disse Kris.
- Deixe ai! – pediu Regina sem tirar os olhos de alguns papéis que estavam em sua mesa.
- Vai esfriar... – disse Kristin.
- Já vou tomar... – respondeu Regina.
- Você vai mesmo recusar a massagem que lhe ofereci? – perguntou Kristin.
- Estou quase mudando de ideia. – disse Regina.
- Permita-me, chefe! – disse Kristin indo para atrás da cadeira de Regina.
- Vai em frente! – pediu Regina.
- Precisa tirar esse terninho! – disse kristin.
Regina retirou o terno com ajuda da agente. Kristin massageou os ombros da delegada.
- Você está tensa... tá precisando aliviar isso! – disse Kristin.
- Estou mesmo, só não estou conseguindo aliviar isso! – disse Regina.
- Você precisa de alguém para aliviá-la! – disse Kristin no ouvido de Regina.
- Falta esse alguém! – disse Regina.
- Não falta quem queira! – disse Kristin fazendo uma massagem mais provocante.
- Delegada, recebemos uma denúncia... – disse Emma entrando na sala de Regina sem bater.
- Denúncia... ? – perguntou Regina aguardando Emma completar a frase.
Kristin parou a massagem.
- Não pare! – pediu Regina encostando os dedos nas mãos de Kristin.
Emma ficou desconcertada com a cena de Kristin massageando Regina e acabou se perdendo nas palavras.
- Um homem... um corpo encontrado, próximo a rua da minha casa... – disse Emma.
- E onde você mora? – perguntou Regina.
- Na rua Smith. – respondeu Emma.
- Me espere, vamos pra lá agora! – disse Regina.
- Ok! – respondeu Emma saindo.
- Parece que ela não gostou de me ver tão íntima com você! – disse Kristin.
- Coisa da sua cabeça! – disse Regina levantando e desfazendo o contato.
- Observe-a! Eu sei que no fundo você... – tentou dizer Kristin.
- No fundo o quê? - perguntou Regina.
- Nada! – respondeu.
- Está insinuando que eu sinto alguma atração por essa mulher? – perguntou Regina.
- Você que está dizendo. – disse Kristin.
- Nunca! Sou heterossexual. – disse Regina.
- Se é o que pensa... – disse Kristin.
- Vou trabalhar! – disse Regina pegando a chave da viatura.
- Swan, venha comigo! – ordenou Regina.
Emma seguiu a delegada sem questionar. Quando estavam no meio do caminho, Regina lembrou que Ruby ficou para trás, ligou no celular dela mas não foi atendida.
- Killian? Avise a Ruby para vir a rua Smith urgente! – disse Regina no telefone.
Ao chegarem lá, o corpo estava nu, marca cirúrgica na altura do rim, estava rodeado de flores tapando sua nudez. Outras viaturas chegaram logo atrás e Regina ordenou que isolassem o local.
- O mesmo assassino! – disse Emma.
- Sim! Já estou de saco cheio... – disse Regina.
- Todos os assassinatos foram próximos daqui, vamos medir a distância, talvez possamos ter uma noção de onde ele fica. – disse Emma.
O celular de Regina tocou.
- Eu vi uma mulher vestida de preto saindo de perto do corpo a poucos minutos! – disse a voz no telefone.
- Em plena luz do dia? – perguntou Regina.
- Só tenho isso a dizer! – disse a voz.
- Espera... ela foi em que direção? – perguntou Regina.
- Norte! – disse a voz desligando o telefone.
- O que houve? – perguntou Emma.
- Uma denúncia anônima que dizia ter visto uma mulher de preto sair de perto do corpo a poucos minutos! – disse Regina.
- Como essa pessoa tem seu celular pessoal? – perguntou Emma.
- Ligação restrita, vou pedir pra tentarem localizar... – disse Regina.
- Vai procurar essa mulher de preto? – perguntou Emma.
- Vamos... – disse Regina indo na direção norte.
Emma a seguiu. Entraram numa mata e não viram ninguém. Acharam um pulseira.
- Olha! – disse Emma pegando o objeto na mão com uma luva.
- Estranho... Zelena tem uma igual! – disse Regina.
- Mas ela não mora aqui perto? – perguntou Emma.
- Mora... – respondeu Regina.
Emma guardou o objeto em um saco plástico. Ouviram um movimento atrás de uma árvore, Regina e Emma sacaram suas armas ao mesmo tempo.
- Quem está ai? – perguntou Regina.
Ninguém respondeu. A pessoa atrás da árvore pisou num galho.
- Saia agora com as mãos para o alto! – ordenou Regina.
A pessoa saiu com as mãos para o alto mas estava armado, apontou a arma para Regina e ameaçou atirar. Emma a empurrou e atirou na direção do homem, mas errou. Regina levantou e correu atrás dele, Emma pegou um atalho e acabaram encurralando-o.
- Jogue a arma ou atirarei! – disse Regina.
O homem jogou a arma e tinha uma bolsa pendurada no braço. Regina continuou com a arma apontada para ele.
- Reviste-o! – ordenou a Emma.
Emma revistou o homem e não encontrou nada, só a bolsa roubada.
- Nada! – disse Emma.
- Droga! Só um ladrão barato... Qual seu nome? – perguntou Regina.
- Will! – respondeu o rapaz.
- Não viu nada suspeito? Uma mulher por aqui? -perguntou Regina enquanto Emma o algemava.
- Não, senhora! – respondeu.
- Tem certeza? – insistiu Regina.
- Sim, senhora! – disse o homem.
Emma o levou até a viatura e o fez entrar. Regina assumiu o volante.
- Desculpe! – disse Emma.
- Pelo quê? - perguntou Regina.
- Por ter errado o alvo! Sempre fui ruim em tiro. – disse Emma.
- O importante é que o pegamos! – disse Regina.
- Sim! – respondeu Emma.
- Posso te ajudar com aulas de tiro ao alvo. – disse Regina.
- Eu quero! – disse Emma.
- Em breve! – disse Regina.
Chegaram na delegacia, Regina pediu para Ruby analisar as digitais da pulseira. Colocaram o ladrão na cela.
- Está disposta a ficar depois do horário para aulas de tiro? – perguntou Regina a Emma.
- Tinha um compromisso mas posso cancelar! – respondeu Emma.
- Com alguém importante ? – perguntou Regina curiosa.
- Não... com aquela amiga que encontramos no pub. – disse Emma.
- A Rose... – disse Regina com a voz pesada.
- Sim... – limitou-se a responder.
- Vá com sua namorada, depois marcamos a aula! – disse Regina.
- Ela não é minha namorada. – disse Emma.
- Ok, então ligue pra ela e avise que estará aqui comigo... – disse Regina.
Emma estranhou o fato de Regina enfatizar que era pra dizer que estaria com ela. Regina a levou para o salão de tiro ao alvo.
- Nervosa? – perguntou Regina.
- Depende... – disse Emma.
- De? – perguntou Regina.
- Não sei... da professora! – disse Emma.
- Eu não mordo! – disse Regina.
Emma sorriu de nervoso.
- Atire para eu ver! – pediu Regina.
Emma mirou no alvo e atirou errando por pouco.
- Mais uma vez... – pediu Regina.
Emma errou novamente por pouco.
- Mais uma! – pediu Regina.
O erro aconteceu de novo.
Regina ficou atrás de Emma segurou em seu abdômen e segurou na mão que ela levava a arma.
- Controle a sua respiração, mire no alvo. – disse Regina.
Emma sentia o perfume de Regina, isso a entorpecia fazendo-a esquecer do propósito de estarem ali. Regina sentiu a respiração de Emma acelerar.
- Calma... mire sem ficar nervosa! – disse Regina.
Regina permanecia com a mão no abdômen de Emma, isso causava uma sensação muito boa em ambas.
- Impossível manter a calma com você segurando assim em mim! – disse Emma.
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