Emma caiu com o impacto do tiro que recebeu na perna. Escondeu-se atrás de um armário e estava sangrando bastante. Lily subiu ao palco para falar sobre as bem-feitorias da Genese’s.
Regina não viu a mensagem de Emma e a estava procurando. Gretchen chamou Regina para sentar-se na primeira fila. O evento era aberto, haviam uma quantidade de cadeiras reservadas para convidados especiais, pessoas comuns que interessavam-se pelas próteses iam chegando pouco a pouco, ficavam de pé no local.
- Boa noite! Primeiramente quero apresentar-me ao público. Sou a doutora Lilith Page, estou há anos trabalhando para desenvolver essas próteses, essa é a primeira vez que falo a um público aberto, a sensação é diferente. Estou lisonjeada em mostrar o rosto por trás das criações da Genese’s. – disse Lily.
- Isso é porque ela não queria aparecer em público. – disse Gretchen a Regina que estavam em cadeiras lado a lado.
- Talvez ela tenha pensado que seria melhor para ela. – disse Regina.
- Claro que é. – disse Gretchen.
- Estamos aqui para mostrar o quanto a ciência evoluiu. A princípio criamos membros perfeitos, mãos, pernas, pés, braços, o que você precisar, mas agora estamos pensando maior, estamos fabricando órgãos. Imagine você precisar de um transplante de coração, ao invés de esperar anos, ou ter que correr o risco de rejeição, você poderá comprar o órgão perfeito, sem riscos se rejeição? - disse Lily.
Emma estava encurralada, como o evento era fora da Genese’s, tinham poucos seguranças na parte de dentro. Os militares estavam do lado de fora prestigiando a palestra de Lily.
- Saia dai! – disse o segurança.
Emma destravou a sua arma e ficou a espreita.
O segurança aproximou-se do local onde Emma estava.
- Feche as saídas, preciso que impeça uma loira baleada de sair do local, câmbio. – disse o segurança no rádio.
Emma não parava de sangrar e não conseguia correr.
- Última chance, saia dai! – disse o segurança.
Emma levantou-se e atirou nos dois joelhos do segurança, fazendo-o cair imediatamente. Pegou a arma e o rádio.
Percebeu a movimentação de mais homens aproximando. Escondeu-se atrás de uma das cortinas. Pegou o celular e tentou ligar para Regina. O barulho do evento estava impedindo de Regina ouvir o celular tocar.
Gretchen subiu ao palco e falou algumas palavras.
- Como sócio-proletária da Genese’s, quero apresentar a vocês a nossa querida acionista, Regina Mills. Suba aqui, Regina. – disse Gretchen.
Regina não esperava por aquilo, ser apresentada em público como acionista da Genese’s, imaginou que provavelmente Gretchen quisesse expô-la pelo fato de ter sido delegada do FBI e agora uniu-se ao inimigo. As pessoas ao redor dela iam odiá-la ainda mais, além de corrupta durante seu tempo como delegada, agora estava envolvida financeiramente com o caso que ela teria que ter solucionado. Provavelmente queria provocar Emma também.
- Boa noite, sou Regina Mills e agora sinto-me orgulhosa de fazer parte dessa gloriosa e beneficente causa. Estamos caminhando com passos largos para uma grande evolução.... – disse Regina.
- Interessante... – disse Gretchen observando o que Regina dizia.
Emma estava desesperada tentando ligar para Regina.
“Regina atenda por favor” – pensou Emma.
“Estou presa aqui... “ – Emma enviou por Whatsapp.
Regina desceu do palco e caminhou até o seu lugar, olhou no pulso esquerdo para analisar as horas e percebeu que ele estava parado. Pegou o celular para conferir e percebeu as chamadas perdidas de Emma, leu as mensagens e correu para tentar ajudá-la.
Como entraria naquele lugar sem ser reconhecida? Caminhou na multidão e viu um jovem com uma jaqueta com touca.
- Te dou 100 dólares pela jaqueta. – disse Regina.
- Sério? – perguntou o jovem.
Regina pegou o dinheiro e mostrou.
- Feito. – disse o jovem.
Regina vestiu o capuz e tentava livrar-se daquelas pessoas que estavam bloqueando a sua passagem. Percebeu outro adolescente com óculos escuros.
- 30 dólares pelos óculos. – disse Regina.
- 50. – disse o adolescente.
- 25. – disse Regina revirando os olhos.
- Tá bom. – disse o jovem entregando os óculos a Regina.
Foi até a parte de trás do palco, queria entrar pelos fundos.
- Oi, posso ajudar? – perguntou o segurança que estava vigiando a porta.
Emma estava sendo procurada por todo canto e rasgou a sua blusa para estancar o sangue.
Regina conversou com o segurança tentando enganá-lo.
- Pode, é que eu perdi o meu brinco ai dentro. – disse Regina.
- Aqui? – perguntou o segurança.
- Sim, eu estava organizando as coisas antes do evento. – disse Regina.
- Desculpe, mas não pode entrar aqui. – disse o segurança estranhando o fato de Regina está de capuz.
- OLHA, ESTÁ ALI, ATRÁS DE VOCÊ! – gritou Regina.
A primeira reação do idiota foi olhar para trás e Regina lhe deu uma coronhada fazendo-o desmaiar. Retirou o rádio e a arma do homem. Adentrou ao local tentando não mostrar o rosto para as câmeras de segurança.
Estava apontando a arma e tomando cuidado para não ser vista. Ouviu um passo do lado esquerdo e virou-se imediatamente, era um dos seguranças, ele ameaçou atirar em Regina mas ela foi mais rápida, apertou o gatilho acertando no coração dele.
- Te achei! – disse um dos homens que estava procurando Emma.
- Largue a arma. – disse o homem.
Emma abaixou-se vagarosamente e colocou a arma no chão.
Regina chegou por trás e colocou a mão em um dos ombros do homem e lhe deu um soco no nariz quebrando-o. Ele levou as duas mãos ao nariz.
- Quem é você? – perguntou o homem.
Regina lhe deu outro soco no estômago, ele tentou reagir, mas ela desviou lhe dando um chute fazendo-o cair no chão.
- Me dê a arma e o rádio. – disse Regina apontando a arma pra cabeça do homem.
- Não! – disse o homem.
Regina colocou o salto no rosto do homem e pressionou.
- Me dê! – disse Regina.
O homem obedeceu e ela lhe deu um golpe na cabeça fazendo-o desmaiar.
- Emma, você está bem? – perguntou Regina.
- Não sei, fui baleada na perna, acho que não consigo correr. – disse Emma.
Regina serviu de apoio para Emma, ela a ajudou a andar. Vieram dois homens em direção a elas e Regina atirou nos dois. Levou Emma para o seu carro e o afastou para um lugar mais distante.
- Tira essa bala. – disse Emma.
- Você precisa de um médico. – disse Regina.
- Vão me procurar nos hospitais. – disse Emma.
- Eles não vão matar uma agente federal em público. – disse Regina.
- Eu não confiaria. Lily ordenou que me pegassem porque acabei falando que sabia de tudo. – disse Emma.
- Eu disse para você não ir lá sozinha, mas você não me deu ouvidos, não me escuta. – disse Regina ressentida.
- Eu tentei não ir, mas não consegui, foi um impulso. – disse Emma.
- Você poderia estar morta agora. Você quer me enfartar? Quando li aquelas mensagens eu fiquei desesperada. – disse Regina.
- Regina, briga comigo depois, por favor. – disse Emma.
- Vou tirar essa bala. – disse Regina pegando um canivete.
Rasgou a calça de Emma. Regina olhou para ela como se estivesse avisando que iniciaria o processo.
- Pode, eu aguento. – disse Emma.
Regina tentou visualizar a bala com a luz do celular. Emma tentava não gritar de dor.
- Calma, estou quase retirando. Aguente firme. – disse Regina.
- Estou tentando. – disse Emma com a respiração ofegante e com o rosto escorrendo suor.
Regina retirou a bala e tapou o ferimento com outro pedaço da blusa de Emma.
- Você aguenta alguns minutos aqui? – perguntou Regina.
- Acho que sim. – disse Emma.
- Fique abaixada. Preciso voltar lá para não suspeitarem. – disse Regina.
Limpou o sangue de suas mãos e voltou para o evento.
- Onde você estava? – perguntou Gretchen.
- Precisei ir ao banheiro. – disse Regina.
- Demorou muito. – disse Gretchen.
- Estava cheio. – disse Regina.
Gretchen percebeu uma mancha de sangue na blusa de Regina.
- Sei. – disse Gretchen.
Em 10 minutos o evento encerrou. Regina despediu-se de Gretchen e correu para o seu carro.
- Emma... voltei. – disse Regina.
- Ainda bem, quero ir embora logo. – disse Emma.
Regina ligou para Zelena.
- Alô?! – atendeu Zelena.
- Você pode ir até a minha casa agora? Emma está com um ferimento na perna e não posso levá-la a um hospital. – disse Regina.
- Por que não? No que estão metidas? – perguntou Zelena.
- Quando chegar em casa eu te explico. – disse Regina.
- Estou indo. – disse Zelena.
Ao chegarem em casa, Regina ajudou Emma a descer do carro. E a levou para cama.
- Regina, me perdoe. – disse Emma.
- Não precisa me pedir perdão, quero apenas que pense bem antes de agir. – disse Regina.
- Eu estava cega, mas a gente aprende com os erros. – disse Emma.
- Não faça mais isso, você colocou a sua vida em risco por besteira. – disse Regina.
- Eu sei, por isso estou te pedindo perdão, você me avisou várias vezes e ainda sim eu fui. – disse Emma.
- Eu não a proibi de fazer nada, apenas te avisei. – disse Regina.
- Eu sei, mas talvez não confie mais em mim. – disse Emma.
- Emma, você não quebrou a minha confiança, eu apenas te aconselhei e você não seguiu o meu conselho. Fiquei chateada sim, mas por você não ter me ouvido. – disse Regina.
- Por isso te avisei por mensagem que estava indo até lá. – disse Emma.
- Não pense mais nisso, já passou. O importante é que nós conseguimos sair. – disse Regina.
Gretchen foi até o camarim de Lily e percebeu que alguns homens estavam feridos e outros mortos.
- Mas que diabos aconteceu aqui? – perguntou Gretchen.
- Tinha uma espiã e eu ordenei que a pegassem, mas pelo visto ela foi mais esperta. – disse Lily.
- Quem era essa espiã? – perguntou Gretchen.
- Emma Swan. – disse Lily.
- Emma? Não é possível! – disse Gretchen
- Ela não deveria estar sozinha, ela não conseguiria derrubar esses seguranças sem ajuda. – disse Lily.
- Jefferson, procure as imagens de segurança, preciso saber se alguém a ajudou. – disse Gretchen.
- Ela é uma ameaça, precisamos eliminá-la. – disse Lily.
- Quem dá as ordens aqui sou eu. – disse Gretchen.
- Eu estou apenas avisando, ela disse que sabe de tudo. – disse Lily.
- Deixe esse assunto comigo. – disse Gretchen.
Gretchen não suportava Emma, se quisesse matá-la, não encaminharia nenhum encarregado, ela iria pessoalmente.
- Senhora, as câmeras de segurança estavam desligadas. – disse Jefferson.
- Como? Vocês são um bando de incompetentes. – disse Gretchen retirando-se.
Regina abraçou Emma.
- Vai ficar tudo bem. – disse Regina.
Zelena chegou.
- Deixa eu ver a sua perna. – disse Zelena retirando o pano que estava enrolado.
- Você que removeu o projétil? – perguntou Zelena.
- Sim. – disse Regina.
Zelena limpou o ferimento de Emma e deu alguns pontos.
- Não vão contar o que está acontecendo? – perguntou Zelena.
- Eu não posso falar. É algo secreto, confie em mim. – disse Regina.
- Se não quer falar, eu respeito. – disse Zelena.
- Não conte a ninguém que nos viu juntas. – pediu Regina.
- Tudo bem. – disse Zelena.
- Obrigada. – disse Regina.
- Ela precisa de antibiótico e remédio para dor.- disse Zelena.
Regina providenciou os medicamentos.
- Como você está? – perguntou Zelena a Emma.
- Com um pouco de dor. – disse Emma.
- Quando tomar o os medicamentos, se sentirá melhor. – disse Zelena.
- Obrigada por me ajudar. – disse Emma.
- Você é da minha família, gosto muito de você. – disse Zelena.
Emma sorriu e abraçou Zelena.
- Melhoras. – disse Zelena.
Regina voltou com os remédios e entregou a Emma para que pudesse beber.
- Preciso de um banho. – disse Emma.
- Tem certeza? É melhor descansar. – disse Regina.
- Eu estou suja de sangue, não conseguirei dormir assim. – disse Emma.
- Vou ajudá-la. – disse Regina ajudando Emma a levantar-se.
A ajudou a tomar banho e logo em seguida fez o mesmo.
- Não pode ir para a delegacia. – disse Regina.
- Eu sei... – disse Emma.
- Parece chateada. – disse Regina acariciando o rosto de Emma.
- E estou... – disse Emma.
- Esqueça isso, meu amor. Tente dormir. – disse Regina.
- Não sei se consigo. – disse Emma.
- Claro que consegue. Ficarei aqui abraçada com você a noite toda. – disse Regina.
Emma deitou a cabeça no peito de Regina enquanto recebia carícias nos cachos dourados.
- Fique tranquila. – disse Regina.
Emma relaxou, sentia paz ao lado de Regina, era como se estivesse nos campos Elíseos.
Emma retribuía aos carinhos de Regina, acariciando seu braço, conversaram sobre coisas aleatórias e adormeceram.
Regina deixou café da manhã preparado para Emma e escreveu um bilhete.
“Não quis acordá-la. Espero que esteja sentindo-se melhor. Eu te amo, não se esqueça disso.”
Regina estava tentando decifrar o ponto de encontro da reunião secreta que teria sobre a Genese’s.
Descobriu que era um terreno abandonado. Em um bairro de difícil acesso e com poucos moradores. Seguiu de táxi para o local, não queria correr o risco de que Gretchen visse o seu carro. Ao chegar lá, tinham cinco pessoas. Gretchen, Lincoln Bruce que era o secretário de Mike pense, o atual presidente Mike Pense, e dois militares. Regina tirou foto, mas não conseguiu ouvir o conteúdo da conversa, estava escondida próximo a um dos carros. Estava agachada.
- Olá, Regina! - disse Jefferson a surpreendendo.
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