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História Flame of Desire - Capítulo 18 - História escrita por regalsdark - Spirit Fanfics e Histórias
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História Flame of Desire - Capítulo 18


Escrita por: regalsdark

Notas do Autor


Iria postar amanhã, mas fiquei com dó de vocês. 🙊💋

Capítulo 19 - Capítulo 18


Fanfic / Fanfiction Flame of Desire - Capítulo 18

Era segunda-feira quando Regina entrou no escritório com um óculos escuro no rosto. Estava com o humor péssimo.

— Bom dia, Rub... — parou de falar quando avistou a recepção lotada de flores — Mas o que significa tudo isso?

— A sra. Delícia está lhe mandando flores desde a hora em que cheguei.

Regina engoliu em seco. Tentou ignorar o coração disparando.

— O que Emma está pensando? Que meu escritório virou uma floricultura? — disse a advogada, fingindo indiferença enquanto caminhava até a sua sala.

Regina havia ignorado todas as suas ligações desde sábado. Quando entrou em sua sala, haviam mais flores. Ela fechou a porta e suspirou. Andou até a sua mesa onde havia um cartão com uma caixa de chocolates.

"Vou lhe encher de flores até que você me atenda.

E."

Regina soltou um sorriso de leve.

***

— Bom dia — disse Andrew, entrando no escritório de Emma — Soube que você esteve com a mamãe.

— Como foi que você soube disso?

— A tia Mary contou para a tia Rose, que contou para a Jacinda.

— As fofocas correm rápido nesta família.

Andrew puxou uma cadeira.

— Como foi?

Emma fechou a cara. Ela estava fula com Ariel e um pouco brava com Regina por ignorá-la.

— O que foi? — perguntou Andrew, vendo a expressão da mãe — Não quero saber dos detalhes íntimos. A mamãe vai contar tudo para a tia Mary e eu vou acabar sabendo de qualquer jeito.

— Onde está o relatório de vendas semanal?

Andrew se retraiu.

— Você quer falar de negócios?

— Nós estamos no escritório, não estamos?

— Mas...

— Como acabou a historia com Liam Lundin?

Aquele caso da falsa alegação de doença a importunou toda a semana. Não que ela quisesse adotar o estilo de trabalho de Regina. Só queria compreender o que havia acontecido e descobrir como evitar que isso se repetisse no futuro.

— Por acaso está querendo me dizer que o fato de eu lhe perguntar sobre a mamãe no horário de trabalho pode ser comparado ao que ele fez?

— Depende de quanto tempo você vai se ater ao assunto. Ele foi demitido?

— Eu vou falar com o RH esta tarde.

— O que lhe diz a sua intuição?

O filho parecia confuso.

— Ora, você já dispõe de todos os dados que pudemos comprovar.

Podia ser, mas ela continuava ouvindo a voz de Regina perguntando-lhe o quanto ela realmente conhecia seus empregados.

— E quanto aos não-comprovados?

— Nada relevante, mãe.

— Existe algum?

— Bem, Liam afirma que estava levando a mãe para uma clínica de oncologia.

— Alguém da equipe checou essa informação?

— Não havia motivo para isso.

— Como não, Andrew?

— Nossos empregados não têm direito a dispensa para levar familiares a consultas médicas.

— E como é que eles fazem, então?

Emma havia saído com Regina várias vezes durante o horário de trabalho. Ela havia encomendado flores para ela durante o horário de trabalho. Se Regina tivesse ficado doente, ela com certeza a teria levado ao médico durante o horário de trabalho.

— A respeito de quê? — perguntou o filho.

— Consultas médicas de familiares. Emergências.

Andrew ergueu as mãos.

— Eu não sei.

— Bem, talvez devêssemos pensar nisso. Você acha que a mãe de Liam está mesmo doente?

— Ele não costuma faltar. Só deixou de vir uma vez no ano passado, e duas no ano interior.

— Vamos deixar isso de lado — disse Emma, guardando a carta que deveria assinar.

— Mas a minha reunião...

— Cancele. Dê uma chance ao rapaz.

— E o que vai acontecer da próxima vez que algum empregado quiser levar um familiar ao médico?

— Boa pergunta, filho.

— Obrigado.

Emma acionou a comunicação interna.

— Belle?

— Sim?

— Nós temos uma cópia do regulamento?

— Temos. Quer que eu a leve aí?

— Ainda não.

— Tudo bem.

Andrew se curvou para frente.

— O que é que você está fazendo?

— Respondendo à sua pergunta.

— Quer ver o relatório de vendas agora?

Emma levantou e relaxou os ombros.

— Não. Você cuida disso. Avise-me se houver alguma coisa que eu precise saber.

— Tem certeza?

— Você é um gerente de vendas muito eficiente. Eu já lhe disse isso alguma vez?

— Mãe?

Ela saiu de trás da mesa e deu um tapinha no ombro do filho.

— Você é realmente muito bom nisso.

— Mãe, você está bem?

— Não — disse ela, conduzindo Andrew até a porta — Mas estou me esforçando para ficar.

Andrew olhou para a mãe com estranheza, porém se deixou levar até a recepção.

Depois que ele foi embora, Emma parou do lado da mesa de Belle.

— Será que você pode fazer uma pesquisa?

Belle pegou papel e caneta.

— Claro.

— Descubra se as companhias do mesmo porte que a nossa, dispensam seus empregados para tratar de assuntos familiares.

— Assuntos familiares?

— Se eles têm direito de faltar quando é preciso levar alguém da família ao médico.

— Isso tem alguma coisa a ver com Liam Lundin?

— Você é realmente muito esperta — brincou Emma.

— Vou tratar disso agora mesmo — disse Belle.

Emma já entrava na sala quando resolveu voltar.

— Como vai a sua família?

Ela estranhou a pergunta.

— Eles estão bem.

— Seus filhos estão agora com...

— Violet tem sete e Gideon nove.

— Certo. Eles gostam da escola?

— Sim.

Emma assentiu.

— Isso é bom.

A editora tamborilou os dedos na mesa de Belle antes de voltar para o seu escritório.

Violet e Gideon. Tinha de anotar isso em algum lugar.

Emma reclinou-se na cadeira e pegou o fone.

— Escritório de Regina Mills.

— Olá, Ruby. É Emma.

— Tenho ordens para não passar suas ligações.

— Eu imaginei.

— Quer me subornar?

Emma riu. Estava gostando cada vez mais dela.

— O que preciso fazer?

— Que tal uma caixa daqueles chocolates maravilhosos que Regina ganhou?

— Vão estar na sua mesa em uma hora.

— Regina pode falar com você agora mesmo — disse ela, transferindo a chamada.

— Regina Mills.

— Sou eu. Não desliga — pediu Emma.

Silêncio.

Regina suspirou, havia sentido falta da voz da ex-mulher.

— Eu segui o seu conselho hoje.

Regina estranhou.

Emma ficou esperando.

— Que conselho?

Bingo!

— Encomendei uma revisão do regulamento.

Regina sorriu.

— Encomendou?

— É, pedi à minha secretária para pesquisar. A propósito, os filhos dela se chamam Violet e Gideon.

— Você teve de ir atrás dessa informação, não foi?

— O que importa é que eu descobri.

— Certo. Eu vou lhe dar um crédito por isso.

Emma aproveitou a deixa.

— Saia comigo de novo, Regina.

— Emma...

— Por favor, meu bem.

— Eu acho que...

— Para onde você quiser. Qualquer coisa.

— Emma, isso não vai dar certo.

O pânico ameaçou tomar conta da loira.

— Você não tem como prever isso. O que é que a sua intuição está lhe dizendo, Regina?

— A minha intuição?

— É, o seu instinto. Esqueça a lógica...

— Esquecer a lógica?

— Deixe-se levar pela emoção, Regina. Você também pode seguir o meu conselho.

A voz da advogada ficou mais suave.

— Isso não é justo, Emma...

A loira usou o mesmo tom que ela.

— E quem foi que falou em justiça?

Regina suspirou.

— Qualquer lugar?

— Qualquer um.

— Um piquenique. Na praia.

— Domingo às seis da tarde.

Ela ainda hesitou por alguns instantes.

— Está bem.

— Eu pego você.

— Nada de limousines.

— Prometo.

***

Regina só especificou que ela não poderia vir de limousine, mas não disse nada sobre helicópteros.

Elas pousaram no heliporto da casa de praia de Emma. Era uma praia particular e os empregados já estavam à disposição.

Aquilo, porém, não se parecia em nada com o que Regina tinha imaginado. Ok. Era Emma Swan.

Uma mesa redonda fora posta sobre uma faixa lisa de areia que dava para ver as ondas revoltas batendo no mar.

A toalha branca balançava ao sabor da brisa. A mesa estava decorada com um belo arranjo de flores, lamparinas, cristais e porcelana chinesa, e ao lado dela, um maître esperava para servi-las.

Emma pegou uma das cadeiras dobráveis e fez um gesto para que ela se sentasse.

— Pedi que iniciassem os serviços com o pôr-do-sol.

Regina tirou o óculos de sol e olhou para a loira.

— Isso é um piquenique?

O maître se pôs em ação logo que ela se sentou.

— Nós vamos começar com margaritas — disse Emma, acomodando-se à sua frente, do outro lado.

— Margaritas?

— Se você preferir, podemos providenciar...

— Eu gosto de margaritas. O problema é que...

— Sim?

— Isto não é um piquenique.

— Como?

— Emma, um piquenique significa frango assado, torta de chocolate, toalha xadrez no chão, formigas, vinho barato, uma jarra de suco de laranja e copos de plástico. Muito menos usar um paletó!

— Agora você já está de má vontade. Todo mundo bebe margaritas na praia.

— Nos resorts, mas ninguém leva um liquidificador para um piquenique! Não haveria onde ligá-lo!

— Relaxe. O barman está preparando tudo dentro da casa.

As bebidas foram servidas logo em seguida. Estavam deliciosas, embora não tivessem nada de rústico.

— Vamos começar com um coquetel de camarão.

— Pare de tentar me impressionar.

Regina não tinha ido até lá para ver o dinheiro de Emma, mas sim para se encontrar com ela.

— Mas isto é um encontro. Por que razão eu não deveria tentar impressioná-la?

Talvez fosse hora de dizer a Emma que ela já estava devidamente conquistada. Regina estava determinada a chegar até a verdadeira Emma e fazer amor com ela antes do fim da noite.

— O que foi? — perguntou Emma, vendo seu sorriso.

— Eu estava pensando no regulamento.

— Belle fez um ótimo trabalho. Nós vamos enviar uma proposta ao papai.

— Você vai propor a inclusão de dispensa para tratar de familiares doentes?

— Nós vamos tentar.

Regina deu um gole na margarita.

— O que a fez mudar de ideia?

— Quanto a enxergar os meus empregados como pessoas de carne e osso?

— Sim.

— Você, é claro.

Regina sorriu.

— Obrigada.

— Você tanto fez, tanto fez...

— Você me faz parecer insistente desse jeito.

Agora foi a vez de Emma sorrir.

— Eu diria persistente.

— Assim como você.

— Ah, mas eu cedi.

Era verdade. Emma fez um grande esforço para enxergar as coisas a partir do seu ponto de vista, enquanto ela não tinha feito qualquer concessão.

As ondas ficaram mais agitadas e as gaivotas passaram em bando pelo céu.

Regina arrumou o cabelo e olhou para Emma, admirando a beleza da ex-mulher sobre o fim do pôr-do-sol.

— O que foi? — perguntou Emma.

Regina balançou a cabeça e voltou a sorrir.

— Nada. Conte-me sobre a disputa pela presidência da editora. Você acha que vai ganhar?

Emma deu de ombros.

— Estamos vendendo muitas assinaturas pelo site.

— Ainda faltam quatro meses.

— Mas a Charisma sempre vendeu muito bem em dezembro.

Regina assentiu, brincando com sua taça.

— Você vai ficar muito desapontada se perder?

— É claro. Eu jogo para ganhar.

— Eu sei, mas fora essa questão de ego...

— Isso não é uma questão de ego.

— Ora, Emma! — Regina riu.

Emma parecia genuinamente confusa.

— O que foi?

— Você está querendo me dizer que conseguir o posto é mais importante para você do que vencer?

— Não estou entendendo o que você quer dizer. É tudo a mesma coisa.

— Não, senhora. São duas coisas diferentes.

— Como assim?

— Tire o paletó, Emma.

— O quê?

— Você ouviu muito bem.

Ao ver que a loira não se mexia, Regina se levantou e se aproximou da loira. Ela estava com as mãos na lapela do paletó branco de Emma quando um prenúncio de chuva se fez.

Emma abriu as pernas, deixando Regina entre elas.

— O que você está fazendo? — perguntou, admirando o decote generoso de Regina.

A advogada começou a baixar-lhe o paletó.

— Estou tirando as camadas.

— Que camadas?

— Aquelas que mascaram a verdadeira Emma.

— Mas eu sou a verdadeira Emma.

— Como é que você tem tanta certeza? — retrucou Regina, puxando sua manga.

— Porque eu tenho sido verdadeira sempre — disse a loira, olhando Regina nos olhos.

Regina sustentou o olhar e depois voltou sua atenção ao paletó de Emma.

— E o que é que o seu verdadeiro eu quer?

— Você! — respondeu Emma, passando os braços em torno do quadril da morena.

Aquela era uma bela resposta.

Regina não se aguentou e sentou de lado no colo da loira.

— Eu quis dizer profissionalmente.

— Quero ser a presidente da Editora Swan. Não entendo por que acha tão ruim que eu deseje estar no topo de uma firma na qual trabalhei a vida toda.

Regina a puxou pelo colarinho.

— Porque eu acho que a sua família andou colocando coisas na sua cabeça durante todos esses anos, fazendo você acreditar que queria aquilo que, na verdade, eram eles que queriam que você fizesse.

— Como o quê por exemplo?

Regina jogou o paletó sobre a mesa.

— Eu!

Emma olhou para ambos os lados.

— Eu não estou vendo ninguém aqui da minha família me obrigando a ficar com você.

— Mas eles a induziram a se casar comigo.

— Você estava grávida.

— Eles a convenceram a ficar na editora.

— Nós precisávamos do dinheiro.

— Eles lhe disseram para permanecer no país.

— Eu fiquei aqui por sua causa.

Emma pegou uma flor da mesa e colocou atrás da orelha de Regina.

— Ficou aqui porque eles lhe disseram para ficar. De quem foi a ideia de você se casar com Ariel?

— Minha — respondeu a loira, vacilante.

— De quem foi a ideia de você disputar o cargo de presidente da editora?

Emma ficou olhando para ela.

— O que é que você quer, Emma?

Emma queria lhe dizer que desejava passar o resto de sua vida ao lado de Regina.

Os trovões ecoaram mais perto desta vez. Raios riscaram o céu que já havia ficado escuro, enquanto as primeiras gotas de chuva molhavam a areia.

Emma voltou-se para o maître.

— Diga-lhes para trazer o toldo, Bob.

Regina pulou de seu colo.

— Não!

— O quê?

— Nada de toldos.

— Por quê não?

— Camadas, Emma, camadas...

Emma olhou para ela.

— Você por acaso perdeu o juízo?

A advogada se aproximou novamente da loira.

— Pode mandá-lo embora? — a morena apoiou as mãos no ombro de Emma.

— Acha que estarei segura aqui com você?

— Talvez.

A editora hesitou ao ouvir outro trovão.

— Pode entrar, Bob. Está tudo bem.

Bob fez um meneio e seguiu para a casa.

— Então, vamos ficar aqui fora e nos molhar?

— Isso mesmo. A vida não é organizada, Emma. É melhor ir se acostumando.

— Posso ao menos recolocar o paletó?

— Não.

— Você quer usá-lo?

— Não.

A chuva começou a engrossar, e Regina a recebeu de braços abertos.

— O jantar está perdido — disse Emma.

— Nós podemos pedir uma pizza depois.

— E o que é que nós vamos fazer agora?

— Agora? — disse a advogada, pulando de novo em seu colo de frente para ela, tirando o cabelo loiro molhado do rosto de Emma e passando os braços em torno de sua camisa molhada — Agora, nós vamos fazer amor. 


Notas Finais


#AgoraVai! 👅❤🔥


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