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História Flight of the stars - Armageddon - História escrita por umforadocomum - Spirit Fanfics e Histórias
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História Flight of the stars - Armageddon


Escrita por: umforadocomum

Capítulo 1 - Armageddon


Desde que se entendia por gente as luzes sempre pareciam cercar Dean Winchester.
Não qualquer luz, uma em especial. Mais para um ponto brilhante em destaque em lugares completamente aleatórios, mas que estava sempre ali.
O estranho nessa história era que: 1 - essa luz aparecia e desaparecia, como um pequeno pisca pisca, desses que você compra por aí para iluminar e enfeitar a árvore e a casa no natal. 2 - ninguém além dele mesmo via.
Quando era um garotinho e viu essas luzes pela primeira vez, relatou para seus pais sobre o pontinho que piscava na janela de seu quarto, mas seus pais nunca haviam visto, nem Sam e nem Jody, sua babá e quase uma segunda mãe. Ninguém além dele mesmo.

Quando Spice, seu cachorrinho quando tinha 7 anos, foi atropelado por um caminhão de leite enquanto fugia do banho, Dean chorou por um dia inteiro, e foi quando essa luz brilhou pela primeira vez. E o mais estranho era o efeito que ela causava, o fazendo acalmar seu choro e se sentir mais tranquilo, o que em sua cabeça não fazia sentido algum.
Ela apareceu de novo quando Dean caiu e quebrou a perna jogando futebol com 8 anos; E quando no mesmo ano seu tio Bobby ficou internado por causa de um problema no estômago; Brilhou quando Dean se apaixonou pela primeira vez e a garota o esnobou na escola anos depois; Foi seu conforto depois que Lisa e ele brigaram tão sério que a garota jogou todos os presentes que Dean lhe dera nos quase 2 anos de namoro em frente ao prédio que ele morava; E aqueceu seu peito quando a garota terminou o relacionamento o chamando de babaca infantil e inútil. Fora as inúmeras vezes durante sua adolescência e seu início de vida adulta.
Sempre que alguma coisa desequilibrava os ânimos e o deixava para baixo, a pequena luzinha parecia estar ali por ele.
Sua mãe costumava brincar quando ele era criança que a luzinha era seu anjo da guarda cuidando dele. Dean achava bobo pensar assim, mas às vezes sentia algo parecido com isso em relação a tudo aquilo.

Não comentava mais com ninguém por medo de o acharem louco, já que todo mundo negava ver, mas ele sabia que estava ali. No começo tinha medo por não saber do que se tratava, mas com o passar do tempo apenas foi se acostumando, e sempre buscava o brilhinho e se perdia por alguns minutos nele. Até que Dean se sentisse melhor, a luz não cessava.

Mas por que ela não estava ali agora?
Exatamente no momento em que ele mais precisava de um conforto, de uma luz, uma saída.

— Cadê você, sua luz maldita? Até você me abandonou agora? – O homem de cabelos loiro escuro fala alto e se joga contra o banco em frente a bancada que separava a sala de estar da cozinha.

Havia acabado de voltar do hospital após um dia longo e cansativo, depois de noites sem dormir e trabalhando a base de café, sem conseguir se concentrar, sabendo que o pai estava no hospital desacordado e com aparelhos que respiravam por ele. Mas esse tinha sido o último dia daquela rotina cansativa.

Estava organizando a prateleira dos livros em promoção da semana, quando seu supervisor o chama com um olhar meio perdido e o pede para atender o telefone na gerência da livraria, era uma chamada de Sam, seu irmão caçula.

"Você precisa vir para o hospital agora, Dean. O papai... o papai teve uma parada cardíaca, Dean. Tentaram reanimar ele... mas... o papai morreu, Dean."

Dean ainda ouvia a voz chorosa de Samuel ecoando em sua cabeça. Ainda via a mãe encolhida no canto no sofá na sala de espera chorando, sendo consolada por Sam e Eileen - namorada do irmão -. Ainda sentia o frio da pele pálida do pai de quando o tocou para se despedir antes de retirarem o corpo sem vida do quarto. Ainda sentia cada pedaço de si partido pela perda de sua inspiração maior como homem.

Dean não teve forças para acompanhar a mãe e o irmão para conversar sobre doação de órgãos e essas burocracias todas. Ele apenas saiu do hospital e dirigiu sem rumo pelo Chevy Impala 67 que herdou do pai quando fez 16 anos.
Não sabia pra onde ir. Nem tinha um destino. Ele apenas deixou a estrada o levar para um bar longe dali e bebeu algumas doses de um uísque ruim num copo sujo de uma bodega qualquer, como se aquilo apagasse o fato de que enterraria o homem mais importante de sua vida dali algumas horas.

Dean não queria aceitar aquilo.

A forma como tinha acontecido não entrava em sua cabeça. Aquele fim de semana era pra ser de folga, por que a empresa de dedetização escalou seu pai de última hora para ir tão longe? Basicamente no meio do nada! Não tinham outros profissionais que estavam mais perto para irem? 
Era para John e Mary terem ido para as montanhas no sábado a noite, para aproveitarem o fim de semana somente eles e nenhuma preocupação. Não era para John ter ido trabalhar, ele nem estava escalado. Mas ele foi. E a chuva castigou a estrada de terra naquela noite, e mesmo sendo o mais cuidadoso do mundo quando se tratava de trânsito, não podia controlar o pneu e impedir que ele derrapasse naquela terra lisa, e muito menos conseguiu frear ao que perdeu o controle do volante. A ribanceira naquele fim de mundo foi o seu destino cruel.

Dean já havia culpado a empresa do pai, a chuva, a si próprio, e até Deus, mas apontar um culpado não diminuía sua dor.

Respirando fundo, o Winchester esfrega os olhos cheios, impedindo as lágrimas de descerem por mais que já estivessem ali, e segue para seu quarto. Precisava pegar algumas roupas, documentos e algumas coisas importantes para passar uns dias com a mãe, mas mesmo que não morasse com o mais velho, parecia que cada parede do apartamento o lembrava ele. Era inegável que tinha muito de John em cada traço de Dean, e a verdade de que não iria nunca mais vê-lo doía muito mais do que um dia pensou que doeria, muito mais do que era capaz de explicar.
Mas ele precisava se manter forte, precisa engolir a dor quando saísse dali. Lá fora, não muito longe, tinha Mary, tinha Sam, tinha seu tio Bobby, e ele precisava ser forte por eles, para dar o suporte que eles precisavam. A dor dele podia ficar pra depois.
Com esse pensamento, a mochila é preenchida rapidamente, e igualmente rápido o Winchester desce as escadas, se despedindo rapidamente do porteiro ao que ouve um "boa noite" dirigido a si, rumo ao carro do outro lado da rua.

O dia inteiro indicava chuva, mas não havia de fato caído nem uma gota. Agora, quando precisava correr, a chuva resolveu cair pesada, molhando seu casaco grosso só de atravessar de uma calçada para outra.
Abriu a porta e jogou a mochila no banco do carona, pronto para sentar em frente ao volante e seguir viagem, mas sente uma mão em seu ombro que faz seu corpo congelar.

— Você não tem culpa de nada. – A voz grave soa antes que pudesse se virar e ter a visão do homem ensopado e com as roupas um pouco sujas, provavelmente morava na rua. — Tem coisas que você não consegue controlar, que está muito acima de você.

— Obrigado, amigo. – Dean ergue uma sobrancelha e senta no banco do motorista, fuçando no porta luvas e pegando o dinheiro que havia deixado ali mais cedo e entregando para o homem.

— Eu não quero seu dinheiro, Dean. – O homem recusa, arrumando o casaco bege que vestia no corpo.

— Como você sabe meu nome? – O rapaz se assusta, pronto pra dar partida no carro e deixar o estranho pra trás.

— Eu... ando por aí. Eu sei muitas coisas, Dean. E eu sinto muito. Por tudo. Eu queria poder ter evitado.

Ok. Aquele homem era muito estranho. Mas por que Dean não se sentia desconfortável a ponto de expulsar o cara dali e seguir seu caminho? Ele era um completo desconhecido, por que Dean não conseguia simplesmente ser grosso como seu instinto mandava ser?

— Okay, senhor sabichão, eu preciso ir.

— Dean... espera. – O chama e Dean quase revira os olhos. — Seu pai sempre vai estar orgulhoso do homem que você é.

— Como você sabe do meu pai?

— Como eu disse, eu sei de muita coisa. – Esboça um pequeno sorriso. — Vai ficar tudo bem. Acredite.

— Não acredito que vá, mas obrigado. Agora, se me der licença...

— Claro. – O homem estranho se afasta e Dean fecha a porta do motorista, ainda estranhando toda aquela situação. — Eu não sou um psicopata, Dean.

O loiro não diz nada, apenas tinha coisa demais em sua cabeça para se preocupar com um doido que aparentemente ficava o observando. Talvez se preocupasse com isso em outra hora. Agora, tudo o que precisava era de uma boa música e manter sua mente ocupada com qualquer besteira durante o caminho até a casa de sua mãe. Quando Led Zeppelin preenche o carro, Dean dá uma leve olhada pelo retrovisor ao que avança com o automóvel. O estranho ainda estava ali, como se esperasse até que saísse de sua vista para ir sabe Deus para onde.
De onde aquele homem surgiu?

Vendo o Impala se afastar, o homem de cabelos negros suspira fundo e coloca as mãos nos bolsos do casaco longo - agora ensopado pela chuva -.

— Eu temia que isso acontecesse, e eu pensei que poderia evitar. Mas eu vou ficar mais atento agora, Dean. Nada mais vai atrapalhar essa sua vida. Nem que eu dê a minha por isso. – O homem fala sozinho olhando para seus próprios sapatos.

Um trovão alto é ouvido e o homem começa a andar devagar pelas poças de água da rua, desaparecendo entre uma delas como um passe de mágica.




Notas Finais


oioiiiiiii
todos bem?

adivinhem quem voltou a escrever destiel? issooooo
eu mesma kakskskaka

tô pensando em voltar com meus projetos antigos 😅
enfim...
vai ser short fic, vamos nos ver aqui ainda hehe

até a próxima, babes ❤️


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