— Será que tem como você me explicar o que acabou de acontecer aqui? — perguntou exaltado, assim que a porta da sala se fechou. — Eu pensei que o fato de ter ficado responsável por ele seria pra diminuir os problemas que ele vem causando e não o contrário.
Hashirama caminhou para perto da mesa sentando-se de frente para seu pai e com o semblante meio cabisbaixo, proferiu antes que fosse lhe perguntado novamente:
— Eu não sei o que aconteceu… — ditou quase em um sussurro.
— Como não? Você fez um requerimento para a quimioterapia, era pra você estar com ele no setor de Oncologia assim que o sol nascesse…
— Eu acabei de chegar na instituição — ditou meio relutante. — Eu peguei um trânsito horrível vindo pra cá e isso acabou atrasando meu horário. Pedi pra Shizune ir adiantando as coisas, mas não deu muito certo e pelo que eu entendi, ele nem chegou a sair do quarto pra iniciar a sessão.
Butsuma franziu o cenho.
— Onde você estava?
— Na casa de um amigo. A irmã mais nova dele faleceu e ele não tinha mais ninguém para consolá-lo, a gente dividia o mesmo dormitório quando estudávamos no continente africano. Eu não parecer insensível.
Um olhar incrédulo o encarou de imediato e instante depois, um sorriso sarcástico se formou no rosto do anfitrião.
— Sempre que eu me sento e penso a respeito do seu futuro eu vejo um caminho promissor, mas às vezes o seu coração bom me decepciona. Podia ter dado o seu consolo por telefone. Você chegou atrasado, perdeu o tratamento agendado e ainda ocasionou um susto em todo mundo por não estar onde devia. Você fala o tempo todo que eu estou estressado e que eu não sei lidar com a família, mas quando chega em momentos como esse, como você acha que eu deveria agir?
Hashirama não respondeu de imediato, ficou um tempo em silêncio achando que o mais velho continuaria lhe dando sermões.
— Mesmo que eu estivesse aqui, acredito que eu não teria impedido que tudo acontecesse. Madara não estava tentando fugir, ele estava sendo sequestrado. Quando eu cheguei aqui encontrei o prédio trancado, dei a volta pelos fundos para entrar pela porta de emergência e quando eu cheguei nela eu vi um homem com o paciente desacordado em cima do ombro. Madara usava vestes casuais, perfeitamente disfarçado com chapéu e máscara. Alguém deu roupas pra ele e queria a todo custo tirá-lo daqui, pode olhar as câmeras, pode perguntar para as enfermeiras com quais roupas ele foi socorrido. Minha presença aqui não mudaria muita coisa, se não fosse hoje seria em um momento em que eu também me encontraria ausente…
— Isto aqui é uma instituição privada! Ninguém entra nesta ala sem o devido acesso, até as visitas são limitadas. Então me diga quem e porque alguém tentaria tirá-lo daqui? — perguntou de imediato, mas em um tom pacífico, tentando digerir tudo aquilo que o filho havia lhe dito. Pela primeira vez, ele não havia estourado por conta da pouca paciência que tinha.
— Todos nós escondemos segredos, pai. Talvez Madara Uchiha seja o segredo de alguém — respondeu, fazendo o anfitrião permanecer calado sem um questionamento imediato. — A pessoa que tentava levá-lo é um enfermeiro deste setor, eu o vi poucas vezes, mas Ananda me confirmou que ele trabalha aqui há uns seis meses.
Em meio a face incrédula, Butsuma exalava um leve ar de espanto. O mesmo se sentou na cadeira acolchoada — que até o presente momento estava vazia — e encarou a face despreocupada do mais novo em silêncio.
— Eu te disse na última vez em que conversamos nesta sala: Ele estava com o prontuário na sala de ouro, mas ele é um paciente lúcido e sua ficha se encontra vazia para alguém que necessite tanto de uma morte instantânea. Seu corpo está cheio de hematomas ocasionados por terceiros, os profissionais do hospital malmente me deixam chegar perto dele, os que permitem me observam de longe e os que não se metem me pedem para manter atenção. Você não acha que tem alguma coisa estranha? — perguntou, mas não obteve nada mais do que um suspiro como resposta. — Eu tô chegando perto de alguma coisa, pai…, eu tô sentindo…
— Já comunicou o seu irmão a respeito disso?
— Eu… — Hashirama travou por um instante — eu não quero preocupar o Tobirama com isso, as reuniões da empresa são extremamente longas e estressantes e encher a cabeça dele com os problemas daqui não me ajudará resolvê-los.
Butsuma deslizou a mão pelo mouse presente em sua mesa e logo em seguida iniciou uma série de digitações, mantendo a atenção no monitor em sua frente. O mesmo parecia muito apreensivo e pensativo. Se algo grande fugisse do controle naquele lugar, o Senju mais velho seria capaz de arrancar o restos dos fios grisalhos que restavam em sua cabeça, e ele definitivamente não deixaria que um recém funcionário tirasse o restante da paz que ainda lhe restava.
— Nome?
— Jae-in…, Seon Jae-in.
Em instantes, Butsuma adquiriu uma ficha completa do homem a quem Hashirama se referia. Cabelos lisos, curtos e escuros, olhos negros e pequenos, pele clara e corpo robusto. Sua aparência comum sem características marcantes não o tornava uma pessoa exposta, o que deixava Butsuma com a sensação de que não o conhecia.
— Preciso de uma autorização — aproveitou o momento para pedir.
Butsuma apenas olhou de soslaio para o filho.
— Quero tratar Madara Uchiha como um paciente normal, tendo direito a terapia em conjunto, de circular pela instituição com acompanhantes e de desfrutar de coisas que estejam além das quatros paredes que ele conhece como quarto…
— O fato de ter sido uma tentativa de sequestro não anula o perigo que ele trás. Ou já se esqueceu do incidente com a enfermeira chefe?
— Eu não esqueci, mas…
— Sem contar que minha neta, sua sobrinha, foi encontrada desacordada no mesmo corredor em que ele estava. Ainda não sei o que aconteceu entre eles e até eu descobrir ele não vai sair de onde está!
Hashirama franziu o cenho.
— Tsunade? Ela já está aqui?
— Já está? Então você sabia que ela vinha?
— Sabia — respondeu baixo.
Butsuma não podia sonhar que tinha sido Hashirama quem havia pedido para que Tsunade fosse para a instituição. O Senju mais velho tinha o grande preconceito de não confiar em profissionais jovens, sendo essa a razão pela qual seus filhos passaram a maior parte de suas carreiras atuando em outros países. Para que quando fossem trabalhar consigo a margem de erros ser consideravelmente pequena.
— Me dê uma chance, apenas uma chance e se qualquer coisa fugir do controle eu deixo ele trancado novamente. Prometo que não tentarei fazer nada que não esteja dentro do cronograma. Por favor?
— Você já sabe minha resposta, não entendo porque insiste em perguntar!
Os olhos castanhos apenas observaram as íris alheias desviarem a atenção de si. As conversas que possuía com seu pai eram sempre dessa forma. Hora pareciam que ambos se tratavam como iguais, depois com o Senju mais velho exalando superioridade e quase nunca como se Hashirama houvesse razão. O mais novo mais uma vez se levantou da cadeira e se pôs a andar para o lado de fora, Butsuma que se virasse para resolver a merda que estava se formando.
Hashirama não conseguia acreditar na arrogância que seu pai havia adquirido com o passar do anos e para não perder os lindos dentes que tinha na boca, resolveu deixar o anfitrião sozinho. Seu corpo caminhou de volta para o setor onde Madara estava, mas o mesmo continuou a andar quando a entrada para o quarto provisório do moreno apareceu. Não demorou muito para que ele avistasse a jovem de fios dourados sentada na maca presente na sala ao lado pronta para se levantar, à primeira vista tudo parecia estar bem. Deste modo, Hashirama caminhou na direção dela, no entanto, estacionou seu corpo no batente da porta e ali permaneceu.
— Como a tempestade em dia de sol, você chegou de repente e sem avisar.
Tsunade apenas olhou para o doutor por cima do ombro, mas não respondeu Hashirama como tinha costume de responder, parecia distante daquela realidade.
— Aconteceu alguma coisa? — Hashirama perguntou, referindo-se a sua chegada repentina na instituição, e se aproximando dela à medida que a mesma notava a sua presença no local.
— Não, eu apenas queria fazer surpresa — respondeu, no instante em que o abraçou forte.
— E como uma surpresa te trouxe até aqui? — perguntou olhando em volta.
— Bom, eu… não me recordo direito… acho que é estresse acumulado, a insônia me consumindo de vez em quando ou as porcarias que eu ando comendo na rua…
Hashirama captou um leve ar de mentira nas palavras dela, mas ele não a questionou e nem prolongou aquela conversa com receio de estar invadindo sua privacidade.
— Você já recebeu alta?
— Já.
Hashirama estendeu a mão para a mesma, entrelaçando seu braço ao dela para que servisse de apoio para a mais jovem andar, trilhando em conjunto o caminho que dava acesso ao lado de fora daquela sala de observação.
— Como anda seu pai?
— Sendo bem sincera, eu não faço a menor ideia — riu sem graça. — Já tem um tempo em que nos falamos, ele não é de manter contato, você sabe como ele é.
— Sempre distante…
Tsunade apenas concordou com a fala do tio.
— Aproveitando que você já está por aqui, se incomoda em conhecer a pessoa que mencionei por telefone? Ele está na sala ao lado.
Todas as salas daquele setor eram salas de observação, baseado no que as enfermeiras lhe disseram mais cedo e agora com o que Hashirama dizia, a jovem soube identificar sobre quem o doutor se referia.
— Tio, eu prefiro deixar pra outro dia, no momento eu só quero voltar pra casa do meu pai e descansar um pouco.
— Claro, sem problemas… — respondeu dando uma pequena pausa. — Itama está fora a meses e nem tem previsão de volta, não quer ficar na minha casa pra não se sentir tão só? Acredito que seja até mais confortável.
— Não precisa, eu não quero tirar sua privacidade — respondeu à medida que se afastava. — Sem contar que tenho umas coisas pra resolver. Te vejo depois?...
Hashirama apenas assentiu em confirmação e colocou as mãos dentro do avental que vestia, observando a sobrinha mantendo distância. Algo havia acontecido com ela no instante em que encontrou Madara Uchiha. Hashirama sabia que a garota adorava um desafio e sabia que a rejeição em conhecer o paciente era consequência de algo grande, só não havia descoberto ainda o que era. Seus pés colocaram-se a caminhar na mesma direção do caminho que havia traçado minutos atrás, e em instantes o doutor avistou o corpo mediano do paciente encostado sobre a maca.
O corpo se contorcia na tentativa falha de se soltar, tendo em vista que o esqueleto do moreno estava preso sobre a cama daquela sala. Madara virava o rosto de um lado para o outro, como se quisesse impedir que alguém lhe tocasse na face, ou que o forçasse a ingerir algo que não queria. Hashirama apenas observou, não podia interferir todas às vezes em que Madara não desejasse fazer algo, mas observá-lo de longe lhe gerava a sensação de que ele estava ao menos o protegendo.
Não tinha muitas opções e formas de agir em relação ao Uchiha, visto as restrições que o seu pai lhe impôs. Se Hashirama quisesse ter algum resultado precisava colocar a cabeça para funcionar e achar uma forma de trabalhar com aquele paciente dentro do que lhe foi proposto. O Senju esperou que a agonia do homem à sua frente passasse e esperou que o profissional lá dentro se retirasse da sala para então entrar.
O ar gélido logo foi de encontro ao seu rosto, os olhos negrumes lhe encararam assustados e após um tempo observado puseram-se a observar o rejunte do piso branco. O mesmo não disse nada, no entanto era perceptível os dedos ágeis buscando uma forma de afrouxar as amarras de couro que enrolavam seus punhos.
— Eu sei que a visão do lado de fora é bem mais bonita do que aqui dentro. É uma pena que não tenha chegado a ver — proferiu ao se aproximar devagar e sentar sobre um banco alto que tinha ao lado da maca. — As pessoas acham que você estava tentando fugir e que merece ser punido por isso.
Os olhos alheios se contraíram.
— Eu não…, eu não estava fugindo!
— Eu sei! Fui eu quem te encontrei desacordo sendo carregado por outra pessoa… — proferiu, fazendo o semblante de Madara olhá-lo de modo abrupto. — Eu que liguei para os enfermeiros te socorrer, eu que pedi pra não te levarem ao setor zero, eu que fiquei aqui no instante em que chegou até alguns minutos antes de acordar…
As íris escuras permaneceram olhando para a face bronzeada, incrédulas, sem reação pelas palavras ditas a si.
— Eu não sei mais o que fazer pra te provar que eu só quero ajudar você!
— Me ajudar?
— A melhorar e poder ir embora — explicou —, ou você quer ficar aqui?
Madara negou sutilmente.
— Eu sei que não confia em ninguém, que tem medo das pessoas que deveriam te proteger e te ajudar, mas eu não posso fazer muita coisa se eu não souber o que tá acontecendo. Precisa me dizer como eu posso ajudar você.
Madara permaneceu calado, olhando de modo assustado para a face que exalava… preocupação? O Uchiha não sabia se era realmente aquilo, não se lembrava do que aquele termo realmente significava, nem qual fora a última vez em que alguém sentiu aquilo por si. Lembrava-se vagamente dos fios castanhos e das melodiosas mentiras que soaram da boca de uma certa mulher antes de tudo acontecer, antes de tudo a sua volta começar a queimar.
— Mate ele. — A voz sussurrou lentamente em seu ouvido, fazendo o Uchiha voltar de seus devaneios a realidade. — Mate ele, ele não é diferente dos demais.
Madara não se moveu, não respondeu e nem olhou para o doutor.
— Madara? — Hashirama o chamou — Não precisa me contar agora se não quiser. Estarei à disposição para te ajudar quando precisar, eu só peço que não demore, porque eu tenho medo de não dar mais tempo!
— O que você tá esperando? Mate ele agora!
— Tem uma forma de me ajudar — sussurrou.
Hashirama ficou esperando, mas Madara não deu continuidade com sua fala, ficou alisando o quarto, como se procurasse desesperadamente por alguém que estivesse bisbilhotando sua conversa com o profissional. O Senju então sentiu a necessidade de se aproximar do paciente, pois deduziu que o mesmo queria lhe contar algo secreto. O rosto de Hashirama virou sutilmente para o lado, à medida que aproximava a região de sua orelha do semblante do paciente.
— A única forma seria se você… — pausou momentaneamente, respirando de modo descompassado — me matasse…
Hashirama paralisou com o pedido sôfrego e sorrateiro do Uchiha. Não tendo a chance de pensar em algo para responder…
— Me mata! — pediu mais alto ao circular as pernas em volta do corpo do Senju —, ou eu matarei você!
Hashirama começou a se debater, as correntes que prendiam os punhos do Uchiha ficaram frouxas e deram liberdade para que Madara as circulasse em volta do pescoço do doutor, Hashirama fora ficando sem ar, sua face logo adquiriu um tom intenso de vermelho e quando Madara achou que havia acabado, ouviu:
— Madara? Você escutou o que eu disse?
O rosto virou abruptamente para o lado, os olhos do Uchiha voltaram-se ao banco alto onde Hashirama estava sentado, olhando de modo nada sutil para si. Todos os membros de seu próprio corpo se encontravam presos nas extremidades da maca, assim como as correntes que prendiam seus punhos. Ele estava delirando.
— Se você preferir pode escrever, mas se não quiser contar agora não tem problema, podemos conversar no final de semana quando nos virmos novamente.
Hashirama permaneceu sentado, apenas esperando pela reação alheia. A face exalava ainda mais espanto do que antes, os olhos tremiam e lacrimejavam. O Senju não sabia ao certo, mas aos seus olhos era como se Madara estivesse com medo de si, e suas deduções ganharam ainda mais força quando seus dedos se aproximaram na tentativa de pegar a prancheta que possuía em uma bancada em cima da maca.
— Mantenha distância de mim! — pediu baixo assim que notou o movimento alheio.
— Eu só ia pegar o…
— Não fique perto de mim, mantenha distância! — pediu alto, e quando avistou o semblante que se formou no rosto do doutor, tornou a pedir com a voz mais baixa —, por favor mantenha distância.
Hashirama recuou. Madara desviou o olhar ao chão e tentou virar o corpo, de modo que ficasse de costas para o Senju.
— Eu só ia pegar o laudo preso na prancheta… eu não ia tocar em você… — explicou, mas não tentou se aproximar outra vez, ao invés disso, seus pés caminharam para fora do quarto.
Hashirama achou por um instante que sua relação com Madara Uchiha estava finalmente aflorando, que ele poderia desvendar pelo menos um terço de toda a maluquice que rondava seus pensamentos e que acima de tudo, poderia ajudar Madara a melhorar.
— Porque tá tudo fugindo do meu controle? — perguntou a si mesmo, quando chegou no corredor vazio e se sentou em uma das cadeiras de espera que tinha no local.
Tobirama havia mostrado um lado que Hashirama conhecia muito bem, mas que para si estava adormecido. Seu gosto pela superioridade e por fazer os cargos mais baixos executarem aquilo que ele desejava não era visto a muito tempo. Será que Butsuma sabia? Será que o anfitrião se importaria caso soubesse? Madara tinha uma história, tinha algo a mais do que o veneno, do que a agressividade e do que o fogo, Hashirama só precisava ser esperto o suficiente pra descobrir, descobrir o motivo pelo qual Madara Uchiha estava ali. Sua atenção foi tomada no instante em que o corpo de alguém entrou no corredor, caminhando firme até si.
— Quase que eu não te acho no meio de toda essa confusão. Mas foi graças a ele que eu consegui o que me pediu!
— Você entrou? — perguntou perplexo.
— Aproveitei o momento em que seu paciente fugiu, a clínica estava em alerta e todo mundo estava doido procurando por ele, inclusive seu pai, então a sala dele ficou vazia. Era o momento perfeito, mas tive um problema.
Hashirama congelou, ficou tão nervoso quando ouviu o “mas”, que podia sentir o coração batendo forte em seu pescoço.
— Qual foi o problema?
— A nova enfermeira chefe me viu.
Um suspiro pesado misturado com alívio escapou entre os lábios do Senju, ele pegou o papel da mão do analista e recostou sobre as costas do assento.
— Não se preocupe, ela não vai falar nada.
— Quero uma segurança. Este local é a minha referência de emprego caso eu saia daqui, não posso ter minha reputação manchada por causa de um número de telefone.
— E você terá, o dinheiro vai estar na sua conta quando eu chegar em casa!
O homem não pareceu muito convincente, mas resolveu ir embora para que não levantasse suspeitas, visto que ele e o doutor não eram muito próximos. Hashirama não perdeu tempo, retirou o celular do bolso e discou o número escrito no papel no aparelho digital. Não demorou para que alguém atendesse:
— Alô.
— Sr. Uchiha?
— Sim.
— Meu nome é Hashirama Senju, psiquiatra da Instituição Médica Senju. Gostaria de conversar com o senhor a respeito do paciente residente da psiquiatria. O senhor teria disponibilidade para uma reunião?
— Madara está dando trabalho? Foi por conta da morte da enfermeira, não foi?
— Gostaria de discutir os ocorridos de forma privada, poderia me informar um dia no qual esteja disponível para uma conversa?
— Claro…
Hashirama não estava nem aí se teria ajuda de dentro do hospital ou não, mas já tinha decidido que tentaria tratar Madara com todas as cartas que tinha na manga, e que desistir só seria uma opção quando todos os seus recursos acabassem. Butsuma sempre fora alguém de grande determinação e não tinha ideia de como o filho mais novo havia herdado boa parte de seus genes…
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