Ao acordar em uma casa estranha, sentiu seu corpo dolorido.
As lembranças do dia anterior ainda eram frescas. Enquanto voltavam para a cidade, de mãos dadas e sorrindo um para outro, um grupo de 10 malfeitores os interceptou.
'Entregue a garota, falou o líder do grupo.'
'Não posso entregar minha esposa, disse o lan já puxando a espada'
'Esposa?' o outro riu. 'Ataquem.'
A batalha começou. Estes pareciam ser bons lutadores, não foi fácil.
Por muito tempo Xichen não temeu tanto como agora, não queria que ela se ferisse. A preocupação com a esposa era enorme, fazendo errar movimentos preciosos. Shuoyue parecia pesada em suas mãos.
O medo se apresentava em seu âmago, como, pelos deuses, eles sairiam dali? Ele com sua energia espiritual quase esgotada, um sério ferimento em seu ombro direito e pequenos arranhados pelo resto do corpo. De repente, um clarão e XiChen cegado por uns bons minutos, até vê-los no chão e um homem de feições sérias a sua frente.
'Lihua. Discípula tola. Voce...'
'Mestre, eu...'
'Conversamos depois. Leve este para ser curado.'
'Sim, mestre.'
Lihua se aproximou do marido e disse:
'Me desculpe, e o fez adormecer'
Ao percorrer o olhar pelo quarto, viu que tinha nada demais ali. Além da cama, uma cômoda e um armário. Ouviu vozes do outro lado e se levantou com dores.
Viu seu ombro atingido, enfaixado. Abriu uma fresta da porta e viu a esposa ajoelhada levando uma bronca de alguém mais velho.
- Você não tem jeito, A-Hua. Sempre se mete em problemas. – Se sentou a cadeira a sua frente. - Sabe que estamos fugindo de um feiticeiro. Como se deixa cair em uma armadilha? Poderia ter perdido...
- Mestre, eu não havia percebido. Só que... eu estava assustada com a possibilidade de ele descobrir sobre mim... Ele pode me matar, mestre.
- Você sabia muito disso, quando veio a mim, para deixá-la casar-se. Sabe que os humanos nos vem como monstros. – O mestre suspirou. – O que vai fazer se vier a descobrir?
Lihua não falou nada e Xichen fez um barulho chamando atenção do dois.
O mais velho olhou para a porta do quarto e falou:
- Você acordou, senhor Lan. Venha sentasse e coma conosco.
O Lan se dirigiu a mesa posta e se sentou com os outros dois. É claro que havia milhares de perguntas.
- Sei que o senhor quer saber de tudo. Mas ainda não é momento. Apenas proteja essa cabeça oca da minha discipula.
- Mestre! - gritou a garota
Alguns minutos, mestre e discípula saíram, deixando o Lan, desconfiado do motivo de não poder sair. Rui Chang vai lhe dito que era para o seu próprio bem. O local que estavam não aceitava muito bem forasteiros. Restou a Xichen ficar dentro da cabana, lendo algum livro.
Minutos depois, aquele silêncio foi quebrado e uma certa curiosidade o fez abrir a porta. Ao abri-la se deparou com um campo enorme.
Caminhou pelo campo, não viu ninguém e mais ao longe viu alguém a treinar.
De costas para ele, viu, uma garota de cabelos brancos com mechas rosadas, treinando a atingir uma arvore. Ela não tinha uma espada, usava suas mãos para lançar magia.
Achou estranho, mas ao prestar melhor atenção viu, orelhas e cauda?
Um demônio raposa!
Sempre ouvira que essas criaturas eram vis. Sempre seduziam suas vítimas roubando sua energia vital.
Voltou para a cabana, desanimado.
Assim que bateu à porta, sentiu seus olhos marejares, mas não chorou. Apenas deixou um suspiro triste escapar.
Era disso que eles falavam? Sua esposa era um demônio raposa! Será que se casou com ele apenas para roubar sua energia vital? Era isso que ela buscava? Se sim, seria muito poderosa. Então por que ainda não o atacou? O que esperava? Talvez quando ele baixasse a guarda...
Ele queria ter encontrado um amor, seria esta sua sina? Gostar de alguém que o faria mal?
Pegou remédio colocado na cômoda e pensou se tomaria, seria aquilo veneno? Não, ele não queria se precipitar tanto. Esse mestre Rui não lhe pareceu mal, apenas preocupado com a discípula que parecia sempre se meter em problemas. Quando eles voltassem perguntaria sobretudo.
Tomou o remédio e se deitou na cama. Logo o sono chegou.
Quando abriu os olhos, viu que estava em uma floresta e Lihua dormindo ao seu lado.
Pensou que tudo fora sua imaginação, mas ao sentir seu ombro doendo, percebeu que não, tudo fora real.
Acariciou o rosto da jovem adormecido e suspirou mais uma vez.
Ele poderia forçá-la a contar, mas não. Não era de seu feitio ser afobado, sempre era cauteloso e paciente.
Esperaria.
A Deixará dizer.
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