Corpos distantes se transformam em imãs quando não conseguem ficar longe, como se seu corpo fosse chamado pelo o outro, seu oxigênio fosse drenado e seu sangue esquentasse como um vulcão, suas almas eram rendidas pela luxúria e seus momentos dependiam de outro para ter a satisfação total.
O homem era feito de vontades, luxúria e necessidades, sua boa condição de ser vivo dependia que suas vontades fossem sanadas e correspondidas, como uma coca cola quando você coloca mentos dentro, àquilo iria explodir um momento ou outro.
Dois corações batendo forte ao mesmo tempo que seus corpos dançavam uma dança intima demais, que nenhum dos dois estava treinando os passos, mas os sabiam de cor. E seriam capazes de reproduzir o mesmo por muitos tempo, tendo suas carnes e vontades domadas.
Seokjin se via submisso os lábios de Kim, sua boca era maltrata com força, estava com seu corpo deitado no sofá de couro, sua blusa já estava no chão e seu peito nu era preenchido por um ar quente, senti o outro sobre si agarrando seu corpo com tamanha força que ele controlava o gemido em sua garganta.
Namjoon mordia, chupava e puxava seus lábios grosso com excitação, sentia seus dígitos na carne lisa e queria mais, queria poder afundar completamente em seu corpo, o correr como um rio, queria poder mais do que já estava fazendo.
Com apenas uma mão o homem puxou suas pernas ficando no meio delas, ele puxou sua blusa com a outra mão e Jin sentiu o paraíso tocando sua visão.
Namjoon era malhado, não pouco, tinha marcas de facadas e uma tatuagem de dragão branco em sua costela, seu peito era forte e todo o seu físico era grande e imponente, podia ver o elástico de sua cueca preta, junto a uma cintura bonita e marcada. Foi impossível não passar seus olhos por todo aquele homem, suas tatuagens era o novo fascínio do castanho, principalmente as na costela, o deixando fissurado.
O líder ficou nessa posição e pode ver os olhos atrevidos do menor, não perdendo a oportunidade de mirar o corpo dele também, vendo sua cintura fina e bonita, sua barriga branca lisinha e sem nada, seus peitos marrons e ouriçados, salivou apenas de mira-los por breves segundos, sua clavícula bonita chamou sua atenção, e ele desceu beijando e chupando seu pescoço, sentindo o menor rodear sua cintura com as pernas.
– Devemos parar aqui, Seokjin! – Ditou rouco e baixo.
– Por que? – Gemeu baixinho sentindo os lábios quentes em sua derme.
– Não acha que estamos indo longe demais meu príncipe? – Encarou o castanho um pouco nervoso. – Não quero parecer desesperado por isso, podemos ir devagar se assim você quiser.
– Podemos ir devagar na cama também, não me importo. – Sorriu puxando Namjoon para olhar em seu rosto.
– Acha que posso ir devagar? – Riu cafajeste. – Quando eu tiver você em meus braços eu não irei ser gentil, Kim.
– Não peço gentileza. – Seus olhos brilharam em luxúria. – Faça o que quiser comigo, posso ser seu hoje, você tem o meu sim, Kim Namjoon.
– Seokjin, você ira se meter em um grande problema. – Mordeu os próprios lábios controlando um palavrão.
– Espero que seja grande mesmo.
Seokjin sentiu seu corpo ser agarrado com força, o mais velho agarrou ele e levantou, suas mãos agarraram sua nuca e teve novamente um beijo lento iniciado, e gemeu quando as mãos grandes agarraram sua bunda com força, e um tapa forte foi desferido e um aperto na carne cravou a mão do mais velho em sua carne.
Jin sentiu o maior andando e o beijo não foi parado, um barulho de porta foi ouvida pelo mesmo e ele abriu seus olhos quando percebeu estar em outro cômodo, e era o quarto de Kim, ele sabia apenas por sentir seu cheiro amadeirado por todo o ambiente.
Seu corpo foi jogado com força contra a cama de casal e ficou de joelhos vendo o moreno trancando a porta, e andou devagar ate a cama, olhando para Jin com atenção.
Jin andou ate a beira da cama ficando na altura do peito de Kim, e começou a dar diversos beijos por sua pele morena, passando tempo demais em seus gominhos, distribuindo chupões e sua língua subiu suavemente até ficar na altura do homem, o olhando divertido o vendo respirando tão profundamente.
As mãos sapecas do castanho foram ate o membro coberto, apertando o mesmo e seus olhos se arregalaram sentindo todo o volume em sua mão, estava prestes a falar algo quando o dono riu analisado pelo o olhar surpreso dele.
– Algum problema, príncipe? – Riu maroto.
– Você é grande, Kim! – Sorriu corado e ofegante. – Seu ego se faz justo.
– Isso é um elogio e tanto, meu bem. – Tocou sua bochecha descendo até seus lábios carnudos. – Meu pau ficaria ótimo com seus lábios em volta dele, não acha?
– É isso que você quer?
– Sim.
– Então tem que pedir com um pouco mais de vontade.
Jin teve sua bochecha apertando com força e formou um biquinho em seus lábios, o moreno puxou seu rosto deixando próximo do seu, e seu rosto se tornou escuro por breves segundos.
– Está achando que ira mandar em mim na cama, Seokjin? – Desceu suas mãos ate o pescoço do mais novo, rodeando sua mão na carne alva. – Fique de joelhos, agora!
O corpo inteiro de Seokjin tremeu com a voz rouca do homem, e como se seu corpo obedecesse apenas o Kim ele ficou de joelhos rapidamente, olhando corado para cima e encontrou os olhos negros do líder.
Seu peito subia e descia nervoso, ele engoliu em seco e levou suas mãos até a barra da calça puxando junto com a cueca, seus olhos se surpreenderam com a visão que teve de imediato, não soube esconder sua vergonha e alegria.
Namjoon era grande, suas veias estavam marcadas na pele indo na mesma direção, a cabeça gotejava de pré-cozo, o membro pesado estava ereto na direção dos olhos inocentes do menor, e ele olhou para cima vendo o rosto o olhando com atenção.
– Irá rezar ou me chupar? – Ditou irônico.
Jin tirou sua língua para fora e rodeou a cabecinha provando o gosto do homem, chupando lentamente aquele local, ouvindo gemidos baixos vindo do homem, e sentiu a mão grande agarrando seu cabelo, empurrando sua cabeça contra seu pênis.
Sua boca chupou com gosto, indo para frente e para trás, sentia sua saliva melando todo aquele membro, e sua boca chupava lentamente, aumentando os movimentos pelas mãos de Kim ordenando que assim fosse. Tirou a boca para respirar e segurou uma coxa com uma mão e a outra foi ate o membro masturbando o que não cabia em sua boquinha.
Namjoon estava com a cabeça jogada para trás, sentia espasmos por seu corpo e a boca de Jin fazia um serviço tão bom que foi impossível não soltar um gemido um pouco mais alto, seguido de alguns palavrões, puxando os fios castanhos no processo, afundando os dedos naquelas madeixas lisas. Adorou olhar para baixo e encontrar os olhos inocentes do castanho, nem parecia que ele estava com seu caralho entre os lábios.
– Sua boca é boa para algo além de me desafiar, Jinnie.
Namjoon riu contido mas logo perdeu o sorriso quando teve seu membro chupado com um pouco mais de força, sentindo um frio abaixo do ventre, e puxou a cabeça de Jin o obrigando a ficar em pé, beijando seus lábios com força sentindo seu próprio gosto, e jogou o corpo dele contra cama, ficando por cima.
Jin se apoiou nos cotovelos para olhar o mais velho puxando sua roupa e o deixando finalmente pelado, e desceu seus beijos pela barriga lisinha, chupando abaixo de seu ventre e puxando suas pernas, para ficar com o rosto no meio delas, parando em suas coxas bonitas e lisas, chupando sua pele com força, o vendo se retorcer na cama e jogar o corpo para trás.
Namjoon chupou sua cabecinha vermelha e encarou no fundo dos olhos de Jin enquanto fazia isso, chupando seu membro com força, colocando tudo na boca e soltando com um barulho erótico ecoando pelo quarto, sentiu o menor agarrando seus fios e adorou a força que ele usou para isso.
O corpo foi virado com rapidez e logo Jin estava de barriga para baixo, e sentiu o homem saindo de perto e indo ate um criado mudo, buscando camisinha e lubrificante, jogando próximo a si e parou dele, descendo com beijos em sua coluna, o arrepiando por inteiro.
Namjoon ficou de frente para a bunda robusta e durinha do castanho, e sua mão deixou um tapa forte contra pele, deixando tudo vermelho rapidamente, o garoto precisou usar o travesseiro para não gritar alto, e sentiu seus olhos marejando, mas não de algo ruim.
Kim melou seus dedos com lubrificante ficando atrás de Jin, puxou seu quadril deixando ele empinado, e passou os dígitos em sua aérea sensível, o vendo agarrar o travesseiro com força, tremendo abaixo de si.
– Irei te foder primeiro com meus dedos, assim quando estiver te comendo não será tão doloroso, príncipe. – Sussurrou sério.
Jin sentiu seu interior ser preenchido pelos dedos longos de Namjoon, e gemeu baixinho sentindo uma ardência, sentiu uma mão separando para poder ter uma visão privilegiada do garoto engolindo seus dígitos com dificuldade, mas começava a deslizar.
– J-Joonie...– Gemeu choroso.
– Quietinho, meu bem. – Fez um biquinho simples. – Você aguenta, eu sei que aguenta tudo isso.
Namjoon deslizou por seu interior ate sentir que poderia finalmente ser seu pau ali, e socava seus dedos com paciência esperando que ele os gemidos arrastados se transformando em algo consistente e bom, ver o menor começando a rebolar em sua mão era a prova que poderia finalmente ser ele ali.
O líder retirou seus dedos e posicionou Jin de quatro na cama, beijando sua nuca com delicadeza, arrepiando seu corpo todo, e parou próximo ao seu ouvido.
– Se quiser que eu pare, apenas me diga, meu amor.
Namjoon colocou a camisinha com rapidez e posicionou o membro respirando fundo, sentindo sua cabeça ser estrangulada pelo interior quente e apertado do garoto, estava louco e precisou respirar fundo parado por alguns segundos para não socar tudo com força.
Jin fechou seus olhos respirando lento, sentindo espasmos por todo seu corpo, e agarrou o lençol mordendo o mesmo, começando a sentir o caralho duro e grosso deslizando por seu interior, não sabia se gemia ou chorava, e acabou fazendo os dois.
Ficando parado quando tudo já estava dentro o moreno fez um carinho em sua cintura, vendo ele tremendo, e se sentiu mal por alguns segundos, pensando em parar logo, não queria machucar o menor.
– Jin, podemos parar! – Ditou ameaçando sair.
– N-Não, me fode, Kim!
Jin rebolou contra o quadril de Kim, e teve sua cintura agarrada com força, e então começou os movimentos suaves e contidos, fazendo ambos gemerem em conjunto, estavam presos na voz do outro e na sensação boa que aquilo trazia.
Seokjin não se lembrava de gostar tanto de algo como estava gostando do pau de Kim, e gemeu baixinho fechando seus olhos, deixando um sorriso alegre desenhando em seu rosto.
Namjoon notou as expressões de prazer em seu rosto e se tornou mais confiante, abraçando sua cintura e começando a entrar com força, fazendo barulhos eróticos soarem por todo o local, e as peles suadas começavam a grudar uma na outra, a essência dos homens se tornava uma.
Kim tinha a visão de seu pau entrando e saindo do interior do garoto, sentia seu sangue todo correndo para apenas um lugar, desferido tapas fortes contra a pele, agarrando e mordendo seu ombro. Puxou seus fios com uma mão e a outra rodeou sus cintura fina, entrando com força e rapidez.
Jin sorria e rebolava devagar contra o maior, e ele olhou para trás rindo e Namjoon balançou a cabeça em negativa, estava enlouquecendo com o garoto sendo tão devasso daquela forma.
– Joonie...– Gemeu risonho.
– Você é uma puta tão sedenta, Seokjin, não sabia que estava querendo tanto meu pau assim, teria lhe dado antes. – Se aproximou do ouvido do garoto, gemendo rouco contra ele.
– E-Eu quero. – Suspirou sentindo seu corpo todo tremendo.
Seokjin gozou primeiro e seu corpo teria caído se o maior não tivesse agarrado com força e continuado a foder intensificando seu orgasmos e chegando no seu próprio, gozando por longos segundos, parando dentro de Jin apenas para ter a sensação de seu interior apertando ele prolongando seu clímax.
O corpo do garoto caiu na cama ofegante e ele sorria suado e de olhos fechados, sentindo o moreno saindo de si lentamente, o causando espasmos por todo o corpo.
Namjoon amarrou a camisinha e jogou no chão, indo até o corpo do castanho e o pegando no colo, um pouco grogue pelo orgasmo, ele deitou a cabeça no ombro de Kim e sentiu ele andando ate o banheiro, e não moveu muito seus músculos, apenas quando sentiu ser sentado em algum local gelado de madeira.
Abriu os olhos e deu de cara com o banheiro de Kim, e era quase igual o seu, com um grande box, uma pia de mármore preta, uma privada e um armário em baixo da pia, e olhou para o moreno suado pegando um pano e começando a limpar o seu rosto suado.
– Vamos tomar um banho, tudo bem?
Jin apenas moveu sua cabeça sem dizer nada e precisou da ajuda do moreno para descer, assim como precisou de sua ajuda para tomar banho, o moreno foi extremamente atencioso ligando a água no quente e dando primeiro um banho no castanho, lavando seu cabelo e seu corpo, limpando a porra que descia por suas pernas, deixando cada pedacinho dele limpo.
Lavou o cabelo de Jin com o seu shampoo e condicionador, e o garoto o olhava com atenção, um pouco surpreso pela delicadeza dele. Namjoon não tinha cara que mimava depois de uma transa, mas com Seokjin ele fazia questão.
Depois de banhar a ele, o moreno tomou um banho rápido e saiu pegando uma toalha grande e enrolando o corpo do mais novo, secando seu cabelo com calma, e rodeou uma toalha em sua cintura indo com ele para fora.
– Irei buscar alguma coisa para você usar, onde está seu pijama? – Perguntou vestindo um short de moletom sem cueca.
– Fica sobre minha cama.
Jin viu o moreno sair e ficou quietinho na cama movendo seus pés de um lado para o outro, um pouco sonolento e com frio, e ouviu a porta se abrir depois de alguns minutos, e Namjoon entrando com seu pijama de seda preto.
Era um short e uma blusa, e o moreno vestiu nele enquanto o mesmo apenas o olhavam com um biquinho nos lábios.
– Quer falar algo, Seokjin? – Riu se abaixando e deixando um selinho em seus lábios.
– Você é todo mandão durante o sexo e agora está me tratando como um boneco de porcelana. – Corou levemente.
– Quer que eu te trate mal? Saia do meu quarto agora, estou com sono. – Ditou sarcástico recendo um tapa no peito.
– Só achei estranho, você não parece do tipo fofo depois do sexo. – Se sentou com as pernas cruzadas sobre o colchão.
– E eu não sou, mas com você eu sinto a necessidade de ser. – Admitiu ajeitando sua cama.
– Vamos dormir juntos? – Piscou sonolento.
– Você não quer dormir comigo?
– Você quer dormir comigo?
– Sim, eu quero!
Jin riu baixinho e viu o homem deitado na cama, sendo puxado para o seu peito deitando sua cabeça naquela peitoral tão admirado, e passou seus dedinhos por todo o local, um pouco sonolento demais.
Namjoon olhou para baixo o rosto de Jin e beijou sua testa com carinho, rodeando sua cintura novamente, dessa vez com carinho e não força.
– O que será daqui para frente, Namjoon? Vamos fingir que nada aconteceu como no nossos beijos? – Sussurrou um pouco relutante de falar.
– Irei fazer o que você sentir bem, se quiser esconder então faremos, se quiser ignorar tudo isso e amanhã não falar sobre nada eu irei. – Ditou olhando para o teto. – Eu faço o que você se sentir melhor.
– Por que eu não consigo apenas fingir que nada disso aconteceu? – Encarou uma cicatriz de Kim. – Eu me sinto estranho com você, me sinto desafiado a ser bom, me sinto intimidado pelo seu tamanho, pela sua força, mas me sinto tão bem quando me toca, quando me beija, quando me olha, eu apenas sinto tudo em mim se juntando e desmontando.
– Quando olho pra você me sinto um demônio sugando a pureza de um anjo, me sinto patético por sonhar tão alto com alguém tão perfeito. – Tocou os fios de Jin, ficando preso nisso. – Sinto que sou um erro para você, não me sinto digno de fazer você feliz de forma alguma. Gostaria que fosse diferente, que eu te conhecesse na escola, te levasse para encontros, que eu pudesse te comprar um sorvete e sentar em um meio fio qualquer apenas para te ouvir.
– Você gostaria de me conhecer em outra história? – Desenhou no peito nú do Kim.
– Quando mais jovem eu olhava você e pensava se eu pudesse te conhecer como Kim Namjoon, não como um dragão branco, se eu pudesse te levar para andar de bicicleta, lhe levar a um bom encontro, te dar tudo que você merece. – Tocou a bochecha lisa do castanho. – Você é tão bom para ser real que me sinto tirando algo de alguém.
– Não quero encontros e nem nada disso, aceito o que você tiver para me dar, Kim Namjoon. – Olhou para cima rindo de lado.
– Seokjin, se aceitar ser meu sua vida será curta demais, sua dor pode ser maior do que qualquer uma, pode acordar todo dia achando que eu morri ou que você irá morrer, isso não é justo. – Ditou com a voz triste.
– Você quer que eu seja seu?
– Jin...– Negou com a cabeça.
Jin sentiu seu peito doendo, mas estão Namjoon tocou seu queixo e seus olhos se encontraram novamente, e dessa vez ambos tinham o mesmo brilho, a mesma coisa acontecia com os dois homens, suas almas se conectavam em um lugar silencioso que não era preciso palavras e elas se faziam desnecessárias.
Kim Namjoon desejava cada pedaço de Seokjin desde que seus olhos se cruzaram quando nenhum deles tinha ideia do que era a paixão, se tornou o primeiro brilho diante da escuridão, aquele que olhava de longe o garoto filho de seu ídolo, e sua inveja era apenas por não poder ser mais do que apenas alguém que ele olhava de longe.
Kim Seokjin desejava cada pedaço de Kim Namjoon desde o momento que seus olhos se cruzaram quando nenhum deles achava ser possível amar outro homem, e sua inveja era o véu que escondia o medo de nunca mais vê-lo, e a cada missão que ele sabia que o homem ia, seu coração apertava e suas orações se faziam em prol de sua segurança.
– Podemos ir com calma, mesmo que o cenário não seja favorável para a construção de uma relação. – Tirou sutilmente os fios da frente do rosto de mais novo. – Vamos apenas ser Kim Namjoon e Kim Seokjin, e entender o que é melhor para o outro nesse momento.
– Não quero fingir que nada aconteceu, porquê eu sei que aconteceu, e eu sei dos meus sentimentos, não irei anular eles por briga de egos. – Deitou sua cabeça no peito de Kim, fechando seus olhos. – Eu espero que independente do que criemos ou queremos, a situação não impedirá que isso seja realmente entendido.
– Se assim você quiser, apenas vamos ser discretos para que comentário malicioso não se façam presentes, temos que lidar com cinco pessoas que adoram falar da vida dos outros. – Riu sozinho se lembrando de sua equipe.
– Seremos discretos! – Afirmou por fim adentrando o mundo dos sonhos.
(...)
Min Yoongi analisava com atenção aquela cena, seus olhos felinos estavam sobe o rastro daquilo, e não parecia afim de mudar sua atenção tão cedo, ainda era cedo quando o homem acordou e foi na sala e encontrou a bagunça da noite passada arrumada, mas duas peças de roupa no chão chamaram sua atenção, e ele agora olhava para as duas.
O de cabelo de menta se tornou questionador por breves minutos, rodou toda a sala atrás de algo e depois foi ate a porta do quarto de Seokjin, percebendo a mesma entreaberta e sua cama arrumada, e então seus olhos felinos e afinados se tornaram investigativos, não fazia questão de saber sobre a vida pessoal dos seus colegas, mas ao mesmo tempo era bastante convidativo a ideia de fuxicar e enfiar seu nariz no relacionamento alheio.
Min usava o uniforme dos dragões brancos e estava com os fios para trás, também tinha um chiclete na boca que ele mascava um pouco confuso.
Kim Taehyung acordou aquela manhã com os ossos doendo junto com sua cabeça, tomou um banho gelado e vestiu o uniforme da equipe, o mesmo viu Jung dormindo babando na cama, e apenas deu um riso mudo e tocou suas madeixas em um carinho singelo, o vendo formar um biquinho nos lábios e se virar na cama.
Entrou na sala também uniformizado com as mãos dentro dos bolso, ele achou extremamente adorável a cara que Yoongi fazia olhando para o sofá, ate mesmo tinha um biquinho nos lábios, e ele não aguentou chegando se pondo atrás do homem mais baixo.
Min sentiu braços rodeando sua cintura e a cabeça de Kim repousou em seu ombro, ficando inclinado para ficar ao seu tamanho, e sentiu o cheiro do mais novo ignorando a forma que ele abraçava seu corpo. Kim tinha um cheiro próprio de algo cítrico, e seu corpo era corpulento demais, podia sentir seu peitoral por baixo do uniforme e suas mãos macias tocaram sua cintura.
Yoongi viu pela visão periférica o rosto de Kim e mesmo que fosse uma situação incomum ter o homem tão próximo de si, ele não se afastou e até mesmo gostou da forma que ele estava consigo, ignorando seu interior quentinho.
– O que aconteceu, neko? – A voz extremamente grossa ditou olhando para a mesma direção do Min.
– Eu estou louco ou essas roupas são do Jin e do Namjoon? – Apontou para as duas peças.
– Hm, acho que são deles, por que está tão curioso sobre isso? – Passou a ponta do seu nariz na pele alva do mais velho, arrepiando ele. – A é verdade, gatos são curiosos mesmo.
– Não sou um gato, pare com isso. – Se afastou do garoto.
– Pra mim é um gatinho arisco, eu gosto disso em você, Min. – Piscou puxando a cintura o trazendo para mais perto. – Pode me arranhar sempre que quiser.
– Taehyung, você está tomando uma liberdade absurda comigo. – Se virou se afastando do moreno.
– E você não gosta? – Ergueu uma sobrancelha apenas. – Acho que todos nós estamos tomando uma liberdade um com o outro, antigamente eu não poderia nem tocar em você, e cá estamos.
– E o que você tem a dizer sobre?
– Hm, que nos afastamos depois que o Lee morreu, você foi treinar sua equipe e eu a minha, criamos uma ponte em nossa relação para que assim fosse fácil viver e lidar com o luto. – Ditou extremamente sério. – Mas assim como o Jimin e o Jungkook que se deram uma nova chance, então deveríamos fazer o mesmo.
– Jimin e Jungkook são diferentes de nós dois, eles namoraram na época da fundação da equipe, eles se gostavam desde sempre e apenas se afastaram porque o Park foi mandando para...– Min parou sua frase engolindo em seco.. – Você sabe bem para onde ele foi.
– Sim, nós lidamos com o luto do Lee de forma consciente, o Park não, e eu me sinto mal por não ter feito nada, mas éramos jovens demais para perceber tudo que estava diante de nossos olhos. – Se aproximou novamente de Min. – O Lee era meu melhor amigo e seu irmão, e eu entendo você ter me afastado logo depois de sua morte, se afastou de todos nós, até mesmo virou o famoso homem bomba depois de tudo isso.
– Não gosto desse título, odeio ser ligado com a morte do meu irmão, odeio a forma que me demonizaram. – Sentiu um nó se formar. – Me trataram como um doido varrido mas ninguém se perguntou em momento algum como me sentia em ver meu irmão explodindo na minha frente.
– E como você se sente, Min?
Yoongi encarou o homem um pouco surpreso, o dito não era visto como alguém sensível e prestativo, na realidade o Kim foi o que mais mudou nesses anos, sua característica principal era ser extremamente comunicativo e empenhado em conversas profundas e boa vizinhança, mas depois de alguns anos se tornou maduro e com isso, seu senso crítico se aprimorou de tal forma que ele não demostrava tanta bondade e gentileza.
Cada um se adaptou a suas condições e abraçou elas, e com Taehyung isso foi visto com mais força.
A pergunta de muitos é por que ele sempre andava com um pirulito no bolso? Mas a verdade é que o homem escondia por trás disso o seu vício em cigarro, e desde jovem ele fumava quantidades absurdas, depois de alguns anos os problemas vieram, começou com uma tossi seca e depois ele não conseguia respirar profundamente. Como forma de para ele começou a comprar pirulitos e colocar o cabo entre os dentes simulando um cigarro, para que assim sua mente finalmente parasse de pedir tanto pela droga.
Kim Taehyung era um ser complexo que via a vida de uma perspectiva contrária aos demais, e sua história era bem mais difícil de ser contada do que ele gostaria, mas em sua cabeça o passado não deveria ser lembrado, apenas se for algo construtivo.
– Eu me despedi finalmente dele, e agora posso escrever algo em sua lápide, mesmo que seja tarde demais. – Suspirou dando um sorriso por fim.
– Eu gostaria de visitá-lo um dia, se você puder me levar. – Disse dando um sorriso.
– Quando tudo isso acabar vamos em Daegu e você o visita.
– Claro, podemos ir naquele restaurante que íamos juntos.
– Se você pagar iremos sim.
Os dois riram juntos por alguns segundos ate ouvir um barulho de porta se abrindo e olharem para o corredor na direita, e uma figura de madeixas ruivas começou a andar na direção dos dois com a cara inchada de sono, coçando seus olhos ao mesmo tempo que bocejava.
Jung estava trajando o uniforme novo da equipe e sorriu para os dois homens indo ate eles, e Kim sorriu de imediato abraçando o garoto, já o outro apenas cruzou seus braços ignorando os dois.
Min olhou interessado por alguns segundos na interação dos dois homens, achando a diferença dos dois um pouco peculiar, além de Kim ser mais alto, seus fios ruivos se tornavam o foco entre os dois homens, o mentolado achava muito estranho o fato de Jung ser um asiático ruivo, e isso gerava dúvidas em sua cabeça sobre como isso era possível, porém algo que ele não poderia negar e que o mesmo era bonito, e bem raro de ser visto por perto.
Hoseok andou ate Min abraçando o mesmo, e os olhos felinos se arregalaram de imediato, com os braços cruzados na frente do corpo ele recebeu o abraço do ruivinho um pouco sem reação, pensou por breves segundos em dar um empurrão do garoto, mas não soube explicar porquê não fez isso.
– Dormiu bem, neko? – Jung jogou o apelido que ouviu de Kim.
– É um complô para me zoar essa porra de neko? – Se afastou bicudo.
– É um apelido fofo, eu pesquisei e é gato em japonês, e pensando bem você realmente parece um gato, Yoonnie. – Sorriu e seus lábios formaram um coração.
– Que porra de gato, garoto. – Rosnou irritado. – Você parece um pica-pau de cabeça vermelha e nem por isso eu fico te chamando dessa forma.
– Não liga, Hope, ele adora esse apelido, apenas se faz de difícil. – Piscou para o ruivinho. – Yoongi é um gatinho arisco mas com o tempo ele abaixa suas garras.
– Eu posso muito bem te sufocar enquanto você dorme, Kim Taehyung, então não teste sua boa sorte comigo. – Ameaçou olhando para o moreno. – E você Jung Hoseok, tem sorte que estou de bom humor.
– Esse é o seu bom humor? – Questionou duvidoso.
– Poise né, imagina quando eu estiver de mal humor. – Deu de ombros saindo da sala.
Taehyung riu baixinho e olhou para Hoseok que estava muito bonito naquela manhã, a cor da roupa fez um lindo contraste com sua pele dourada, e seus fios estavam novamente revelando sua testa bonita, o homem se perguntava porque aquilo era tão atraente para si.
Kim se aproximou como um tigre na ponta das patas, ele rodeou o ruivo que ainda olhava para Min sumindo na bifurcação que dava acesso a cozinha, e seus olhinhos não perceberam os outros olhos felinos sobre si.
Enquanto Min tinha olhos felinos de um gato branco.
Kim tinha olhos felinos de um tigre astuto, e ele rodeou parando em sua frente por fim, o ruivo ficou um pouco surpreso e ergueu seu olhar, o de cabelos castanhos era alto e robusto, isso era um fato, mas dessa vez ele parecia um pouco mais assustador do que as outras vezes.
Jung se sentiu um esquilo com medo do tigre.
– Gostou do celular? – Perguntou rouco.
– Oh, ele é lindo, e eu configurei tudo já, eu não tive tempo de agradecer de verdade pelo presente, nunca tive um celular e é muito bom e bonito. – Corou abaixando sua cabeça e olhando seus pés. – Mas hyung...
– Sim? – Se abaixou olhando para Jung de mais de perto.
– Eu vi na internet que esse telefone é muito caro, eu não posso acreditar que gastou tanto comigo, me sinto mal. – Inflou sua bochecha nervoso. – Antigamente eu tinha muito medo de todos vocês, mas agora vocês cuidam de mim como seu mais novo, ate mesmo o Yoonnie, e eu me sinto mal por fazer gastar tanto e cuidar de mim quando me machuquei.
– Acha que fazemos demais? – Ficou um pouco hipnotizado pela inocência do garoto.
– Eu sinto que nunca conseguirei pagar isso, me sinto mal.
– Uh, você quer pagar pelo celular? Mas foi um presente.
– E-Eu apenas queria poder recompensar de alguma forma.
Taehyung sentiu a maldade corrompendo sua alma, ele sorriu maléfico começando a andar ao redor do garoto, e o mesmo continuava olhando para seus pés, brincando com seus dedos de forma nervosa. Kim sentia o cheiro da inocência por todo o canto que Jung passava, e sua pureza o intrigava no mais escuro de sua cabeça.
Kim era um homem vívido, sabia bem como conquistar o que queria, e mesmo sendo difícil de admitir, se via interessado demais em Jung, e sua doçura era apenas a porta que o homem precisava para ter o que queria.
– Eu não ligo para dinheiro, se eu vejo, eu quero, eu compro. – Disse Kim. – Então não se apegue a dinheiro como forma de pagamento.
– Sendo bem sincero eu fico feliz por isso, é muito dinheiro e mesmo a máfia sendo bem lucrativa, ainda estou como júnior nessa empresa. – Ironizou rindo. – Então eu posso te pagar de outra forma, talvez sendo tão bom quanto você é para mim.
– Eu sou bom para você?
– Sim, hyung. – Sorriu inocente. – No começo me dava pirulitos e doces, e até mesmo descobriu qual era o meu favorito para me dar.
– Hm, eu sou bem bondoso, certo? – Sorriu quadrado.
– Sim, eu agradeço por isso, e quero ser tão bom quanto você é para mim.
– Você já beijou alguém, Jung? – Questionou ficando atrás de Hoseok.
– Como é? – Arregalou seus olhos virando de uma vez na direção de Kim.
– Perguntei se já beijou alguém. – Sorriu atrevido. – Por que eu penso em uma forma de você pagar pelo meu presente.
– E-Eu já beijei, mas faz tempo hyung, por que? – Engoliu em seco.
Taehyung ia continuar mas ouviu algumas vozes no corredor e quando olhou Jeon e Park estavam entrando na sala, e o homem se afastou do ruivo e sua áurea de predador se afastou no mesmo momento, ficando ao seu lado apenas, e sua mudança drástica de humor foi visualizada por Jung com um pouco de atenção.
O ruivo pareceu gostar disso em Kim.
O casal entrou na sala com o uniforme e os dois pareciam bastante abalados pela noite passada, com os rostos inchados e com olhos cansados e pesados, como se não tivessem dormindo direito.
– Vocês estão um lixo. – Kim cruzou os braços olhando os dois.
– Muito obrigado, Kim Taehyung mestre dos óbvios. – Jeon se sentou no sofá tampando seus olhos. – Bebemos demais, eu sinto que um carro passou por cima de mim.
– Não me lembro de quase nada, tudo é um borrão. – Park resmungou confuso.
– Quer ver uma coisa engraçada? – Kim sussurrou apenas para Jung. – Que bom que vocês não se lembra, eu também não gostaria de lembrar.
Jung estreitou seus olhos sem entender direito o que o homem estava falando, o casal não tinha feito nada aquela noite, apenas dançaram e foram dormir depois do Park começar a dormi no sofá, mas mesmo assim não ousou falar nada.
Park e Jeon se olharam confusos, ambos se questionando o que o Kim estava se referindo.
– Como assim? – Jeon questionou.
– Hm, bem...– Rodou Kim sério. – Vocês foram bem atrevidos ontem a noite.
– Fala logo, Kim! – Park esbravejou irritado.
– Bem, Jimin você sugeriu que todos nós fizéssemos o jogo da garrafa, porque disse que queria beijar o Jin. – Mentiu movendo sua cabeça em negativo.
– Você fez o quê, Park Jimin? – Jeon se levantou de imediato.
– Não pode falar muita coisa, Jeon, você tirou a camisa e começou a dançar good boy encarando o líder. – Encarou o moreno sério.
– Isso é sério? – O casal se olhou apreensivo.
– E Jimin, você pediu para que o Jin e o Namjoon se casassem e adotassem você, foi bem humilhante. – Jung entrou na brincadeira também.
– Eu me lembro de algo assim. – Jeon tocou a têmpora incomodado.
– Não bebam tanto da próxima vez, e eu nem quero citar o ménage que vocês me chamaram. – Taehyung ditou com um olhar julgador.
Jung e Kim se encararam vendo a confusão que fizeram, e os dois começaram a sair de lá segurando o riso enquanto o casal se olhava tentando se lembrar se realmente aquilo tinha acontecido.
– Good boy, Jeon? – Cruzou os braços irritado.
– O Jin, sério? – Rebateu irritado também.
O café da manhã se seguiu para os cinco garotos que comeram em silêncio trocando alguns olhares discretos pelo dia, mas nenhum deles aprofundou o assunto.
Todos desceram para voltarem ao trabalho, e Jeon começava a voltar a suas atividades anteriores, começando o dia com uma luta entre ele e Taehyung, que o mesmo ganhou rapidamente do homem, não dando muito tempo para ele se gabar sobre esse feito.
Jung foi para o computador voltar a pesquisar sobre os membros da equipe e outras coisas, e começou a organizar na sua própria página alguns assuntos de interesse para eles, e os garotos se juntaram ao redor da mesa para uma reunião que deveriam fazer naquele dia.
Hoseok ajeitou suas coisas e esperou pacientemente os homens se sentarem na mesa e então puxou seu computador começando a mover seus dedos e deixando a pagina passar.
– Eu compartilhei com vocês uma pagina com basicamente todos os pontos de interesse que temos. – Iniciou ajeitando sua postura. – Bem, ate agora sabemos que o Kim Joodae é culpado por sequestrar jovens e criar um falso orfanato, dentro desse lugar ele via quem era apto para ser vendido e quem era apto para ser da máfia.
– Lembrando que o Joodae também contratou criminosos para cuidarem dessas crianças. – Taehyung completou.
– Exatamente, e pelas nossas contas foram mais de seiscentas crianças que ele sequestrou, vendeu ou transformou em sua equipe. – Jung mexeu no mouse trocando a imagem na tela. – A hipótese mais forte é que ele usou essas crianças traficadas como mulas de drogas ou para a venda de órgãos pelo mercado negro.
– Celeste disse que Boss Yong queria trazer uma droga para a Coreia entrando pela Rússia, mas o Kim Joodae não aceitou isso e ela afirma que pode ter tido algo pessoal que fez ele tomar essa posição. – Jeon relembrou sério.
– Sim, o que me leva a pensar que eles dois tinham alguma ligação. – Park encarou o namorado. – Só não sabemos qual.
– Namjoon disse que ela queria que soubéssemos quem era sua mãe, ela sabia que procurando isso saberíamos que o Joodae estava envolvido com tráfico de crianças e com nossas vidas. – Yoongi falou.
– Procurando sobre a mãe do Kim saberíamos que o líder não era santo de forma alguma. – Jung respirou fundo olhando a imagem de Namjoon criança. – Os pais de Namjoon são norte coreanos, mas ele é sul coreano, o que me faz pensar que o casal pode ter vindo para o sul.
– Seus nomes não estão em lugar nenhum dos arquivos federais, procurei alguma referência na foto mas não tem nada que nós possa levar ate eles. – Min ditou um pouco incomodado. – Estamos em um beco sem saído, tudo que sabemos ainda não é uma base das reais vontades da Yong.
– Não sabemos quem ela é. – Park suspirou sentido.
– Não temos rastros da Yong pela internet comum, talvez no porão sim. – Hoseok olhou para todos.
– Como é? – Taehyung encarou o ruivinho confuso.
– Gente, a Boss Yong sabia do tráfico de crianças, ninguém da máfia sabia disso, nem os porcos ou as víboras, caso contrário eles não fariam ligação com ele. – O ruivo abriu um sorriso estranho.
– Ta, idai? – Min disse confuso.
– Não achamos nada dela e também não sabíamos de nada sobre o tráfico humano, tudo foi por baixo dos panos, pela deep web da máfia, as informações estão lá, mas apenas para os que sabem disso. – Explicou e todos se olharam confusos. – Gente, a Boss Yong está na deep web!
– Que porra é deep web? Fala a nossa língua, Jung! – Jeon rebateu irritado.
– Quando você quer ver coisas não permitidas, como crimes e não pode ser achado, você vai atrás disso por um lugar que não pode ser rastreado ou visto. Por exemplo...– Se levantou agitado. – Se eu quero achar crianças para supostamente adotar e vender seus órgãos, eu coloco essas crianças em sites da deep web, como se fossem bonecos a venda.
– Isso é nojento. – Park travou o maxilar.
– Sim, bastante, mas esse não é o ponto aqui, o Kim Joodae podia estar usando dessa ferramenta para ser um fantasma entre todos, com nomes falsos e com o contato certo, eu posso ser o maior criminoso de toda a história e não ser pego. – Exclamou confiante. – O Kim Joodae vendia vidas e isso na máfia é visto como algo desonroso, ele não podia fazer isso e sua ligação com a Boss Yong pode estar ai, ela sabia o que levava a gente a descobrir sobre isso.
– Ela sabia sobre o orfanato de faixada e sobre nossas vidas. – Taehyung pareceu começar a entender.
– Exato, a máfia russa sabia disso e quando ela tentou trazer a droga o Joodae barrou, mas ela sabia de tudo, e pode ser ai que suas ameaças começaram. – O ruivinho sorriu com sua ligação.
– Olhem isso aqui. – Park se levantou com o notebook em mãos. – Checando os lugares para as crianças foram mandadas, tem duas cidades da Rússia onde pelo menos umas duzentas foram mandadas.
– Moscou e Cazã recebeu mais de duzentas crianças entre dois mil e doze e dois mil e quinze. – Jeon leu em voz alta os gráficos.
– A máfia russa tinha ligação com a máfia dos tigres. – Min disse surpreso.
Os homens ouviram passos e todos olharam para a porta vendo o líder e Jin entrando uniformizados, os dois olharam para seus homens que pareciam estar extasiados por uma droga muito pesada, afinal todos estavam com seus olhos arregalados e pálidos como uma folha de papel.
Jin olhou para eles dando um sorriso que foi desaparecendo na medida que ele sentia o clima pesado na sala, e olhou para o computador na mesa vendo a imagem de seu pai na tela, sentindo seus pêlos arrepiarem de instantâneo.
Namjoon tinha um semblante sério que foi se desfazendo na medida que ele olhava seus homens, percebendo que eles estavam em uma reunião.
– O que aconteceu? – Kim questionou sério.
– Kim Joodae e Boss Yong tinham uma aliança, Namjoon! – Jung ditou abismado.
– Como é? – Jin andou ate a mesa confuso.
– Pelas nossas descobertas recentes percebemos que a Yong sabia demais coisas que nem nós sabíamos, e se a teoria do Jung estiver certo, eles mantinham uma ligação entre a deep web, a parte dark da internet onde os piores ratos estão. – Taehyung se levantou olhando o líder.
– Eu preciso de um tempo mas posso achar o nome dela pela deep web, não achamos nada dela, mas podemos. – Jung deu as costas indo ate seu computador.
Namjoon e Jin se olharam ambos com o mesmo olhar, e eles todos foram ate Hoseok vendo o garoto começar a mexer em seu computador, e imagens estranhas começaram a aparecer, mas nada que os homens tinham visto antes, era tudo escuro com coisas que eles não entendiam porque mudava muito rápido.
Jung puxou seus óculos na gaveta e começou a bater seus dedos contra as telas digitando códigos e outras coisas, sua postura ereta e atenção focada o deixava com uma energia forte, e no seu habita-te natural ele era o líder, podia perder nas lutas e não usar uma arma com firmeza, mas o que ele fazia naquele computador nenhum daqueles homens podia.
É por esse motivo que Jung Hoseok era Jhope, o líder do time dos hackers, porquê enquanto ele movia rapidamente seus dígitos pela máquina, descobria os buracos pelos quais Boss Yong passou, e onde estava seus rastros, e se antes nada foi achado da mulher, agora a situação mudava.
Jung Hoseok parou seus dedos na tela no momento em que a imagem de uma mulher apareceu, e todos atrás dele olharam para a tela com atenção.
– Achei você. – Jung sorriu macabro descendo a página.
Uma mulher de terno apareceu rodeada de diversos homens, com um sorriso sombrio em seus lábios vermelhos, e seus olhos psicopatas fizeram congelar seus ossos por interio, não havia uma pessoa naquela foto que não fizesse todos temerem por sua própria vida.
Boss Yong trazia consigo diversos capangas, atrás deles tinham diversos jovens de joelho, crianças de joelhos com correntes por todo o seu corpo, banhados de medo, fome e desespero, nada podia transmitir aquela foto de uma forma leve, tudo era desespero.
As roupas eram iguais aos que Namjoon usava em sua foto quando crianças, e descendo um pouco a pagina tinha um catálogo de crianças, como se fossem um cardápio para todo tipo de monstro. Crianças ocidentais, orientais, brancas, pardas, negras, jovens, crianças, mais novos e mais velhos, tudo o que podia ser visto de pior na terra.
– "Boss Yong, líder da máfia da mancha negra, ela é responsável pela distribuição de jovens por todo o ocidente." – Jung leu a baixo da imagem. – "Data de sua morte, quatorze do seis de dois mil e vinte, foi morta em uma emboscada."
– A emboscada dos tigres, porcos e as víboras. – Namjoon ditou descrente.
– "Tudo que se sabe sobre sua morte é muito desconhecido, mas sobre sua vida se sabe que quem mexe com ela tem poucas horas de vida." – Continuou Jung lendo. – "Foi presa mais de dez vezes e em todas as vezes ela fugiu com maestria, em sua jornada tem uma cama de corpos e suas mãos estão banhadas pelo sangue de inocentes. Conhecida como Boss Yong a mulher na realidade é sul coreana, seu nome verdade é Kim Hieora."
– Kim Hieora? – Park tremeu levemente.
– "Seu nome está ligado em mais de cem crimes contra a ordem, e sua busca conta com mais de dez países na lista de interesse, com ligação com a máfia coreana, a mulher coleciona uma extensa lista de crimes e mortes." – Jung engoliu em seco. – “Gostou da pesquisa, Kim Namjoon?”
Um barulho de celular tocando começou a tocar na sala, todos sentiram seus corações saltarem com força contra seus peitos, o primeiro a tirar do bolso o celular foi o líder que puxou com rapidez do bolso o mesmo, e os presentes na sala o olharam em conjunto.
Kim Namjoon viu um nome desconhecido brilhando e apontou a tela na visão dos homens, os seis se olharam temendo cada segundo que se passava, deslizando o dedo pela tela o moreno atendeu respirando fundo.
– Quem é? – Kim engoliu em seco ouvindo uma risada baixa do outro lado.
– Eu te disse que estava na sua frente, Kim, gostou da minha história de vida? – A voz feminina ditou suave. – Te dei as coordenadas mas não achei que fosse demorar tanto para me encontrar.
– Isso fazia parte do seu plano? – Encarou os olhos de Jin.
– Tudo isso faz parte do meu plano, meu querido, você apenas segue o que eu mando obediente. – Riu do outro lado. – Acredito que a essa altura do campeonato você sabe o que seu querido líder esta metido.
– Vocês são dois porcos imundos, e eu irei acabar com você. – Berrou irritado.
– Me sinto extremamente orgulhosa de você, Kim, finalmente tirou a venda de herói daquele homem. – Disse sarcástica. – Irei te poupar o trabalho de ir atrás de seus pais, os dois foram mortos no dia que o Joodae te sequestrou, meus pêsames.
– O quê? – Kim piscou sentindo seu peito doer.
– E outra coisa, o Jin é filho de uma das vítimas do seu querido pai, ele nunca quis uma esposa, queria um herdeiro. – Riu contida. – A ligação que você tanto busca entre mim e Joodae é que ele mandava suas crianças para a minha máfia, mas ele se achou bom demais e pisou na bola com a gente, e você quer saber o que ele fez?
– Boss Yong...– Sussurrou nervoso.
– Seu sangue é raro, Kim Namjoon, sabe o que sangue raro significa meu querido? – Questionou retórica. – Significa que você pode doar sangue e órgãos para qualquer tipo de pessoas, seus órgãos são como ouro.
– Eu sei disso! – Engoliu em seco.
– Então saiba que você não foi achado, foi procurado e por sua culpa seus pais morreram, por causa do sangue que corre nas suas veias dois estão mortos e um está vivo. – Suspirou dando um sorriso por fim. – Vamos encerrar essa ligação com uma coisa bem importante.
– Eu irei até o inferno atrás de você, saiba disso. – Rosnou irritado.
– Agora que você sabe o que eu quero que você saiba, ouça com atenção isso porquê irei repetir apenas uma vez. – Coçou a garganta se preparando. – Da próxima vez que nos vermos você entrara com sete e saíra com seis, e isso não é um ameaça, é um aviso. A e outra coisa, bonita a sua casa!
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