Harry estava parado na porta de seu quarto, sentindo-se culpado. Olhar aquela cama, logo o fazia pensar em Louis e em tudo o que viveram juntos ali. Não devia ter se apegado tanto e em tão pouco tempo, mas ele sabia que aquela sensação de “casa” que sentia nos braços do pequeno, ninguém mais o faria sentir. Aquela atração ia muito além de apenas sexo. Harry sentia-se dominado, enfeitiçado e assustado com esse sentimento.
E naquele momento, sentia-se imensamente culpado.
Devia estar em um restaurante, aproveitando a deliciosa companhia de Louis. Mas estava ali, sentindo-se covarde. Niall foi enviado em seu lugar, mesmo sem concordar com isso. Ambos sabiam que Louis ia ficar furioso.
E não era como se Harry não quisesse estar lá. O encaracolado contou os minutos daquele dia, até estar livre para almoçar com Tomlinson. Mas Jeff, jogou um balde de água gelada em seus planos.
Depois de ser deixado em casa, deu uma olhada nas redes sociais e viu que não era exagero de seu empresário. As fotos de Louis entrando e saindo de sua casa, estava causando um alvoroço nas redes sociais. Havia mil teorias sobre isso.
A eterna discussão sobre a sexualidade de Harry estava de volta ao topo dos assuntos nos tabloides. Até mesmo Louis. Algumas matérias falavam do histórico amoroso de Tomlinson, do longo namoro com Eleanor Calder, seu período de baladas onde era sempre visto com uma garota diferente e ainda o escândalo de uma possível paternidade. Harry sabia que Louis tinha uma proteção muito forte em relação a sua sexualidade. Sua gestão tentava apagar qualquer vestígio de que ele poderia se envolver com outros homens. E agora, o pior medo deles parecia estar se tornando realidade. E Harry era um rosto famoso demais para ser confundido e era alguém que eles não podiam comprar.
Jeff as vezes, implorava que Harry fosse mais discreto em suas aventuras sexuais. E Harry era discreto por natureza nesse quesito. Achava que ninguém precisava saber o que ele faz entre quatro paredes. Vez ou outra escapava uma foto em lugar publico, mas ele jamais se deu ao trabalho de negar nada. E nem assumir. Ninguém podia provar nada. Eram apenas boatos...
Harry odiava rótulos. Não queria usar nenhum.
Se ele era gay? Bi? Pan? Hetero?
Harry achava que ele era um homem jovem e que gostava de sexo, como todo ser humano normal. Ele gostava das pessoas e não do gênero. Já manteve relações tanto com homens quanto com mulheres. Não via nenhum problema nisso.
Mas não pulava de cama em cama como a maioria pensava. Na verdade, Harry era bastante seletivo. Beijos e momentos juntos com alguém que o atraísse não era algo incomum, mas sexo, ir para cama com alguém e entregar seu corpo, seja como for, exigia um pouco mais de confiança e intimidade. E esse era um privilégio concedido a poucos.
Nicholas Grimshaw era seu amigo desde a adolescência e nunca escondeu o desejo de transar com ele. E por um tempo, Harry até considerou a ideia, por pura curiosidade. Nick é mais velho, mais experiente. E Harry era inocente de certa forma, mas com o tempo, decidiu que transar com Nick estragaria as coisas entre eles. Mesmo que a mídia jurasse que estavam tendo um caso proibido. Nick foi até acusado de corrupção de menores, porque Harry era sempre visto com ele em festas em que nem tinha idade para estar.
E Harry amava Nick de todo o seu coração. Era a pessoa mais descarada e pervertida que conhecia. O cara que o metia em todo tipo de enrascadas e o fazia passar pelas maiores vergonhas, mas ainda assim, alguém que o enxergava como ele realmente era, por trás da fama. Poucas pessoas o conheciam assim tão intimamente.
Jeff, apesar de estar sempre cuidando da imagem de Harry, não era um carrasco e sabia que no fim das contas, Harry fazia aquilo que queria fazer. Sabia sobre sua orientação sexual e isso nunca foi um problema para sua carreira.
Interferiu nesse caso apenas porque tudo estava fugindo de controle e sentia que Harry estava se apegando de verdade a Louis Tomlinson. A união desses dois poderia explodir o mundo. Só não dava para saber se de um jeito bom ou ruim.
Harry entendeu o que ele quis dizer quando pediu que se afastasse de Louis. E Harry fez aquilo pensando em proteger o pequeno. Louis já estava exposto demais e Niall disse que o tal Simon Cowell era mesmo pior que o diabo na vida de Louis. Pareceu certo afastar-se e tornar as coisas mais fáceis para seu ursinho fofo.
Mas então por que aquela sensação de vazio em seu peito?
O plano inicial era usar a desculpa de devolver o telefone e passar o resto daquela tarde junto com ele. E se estivesse com sorte, também a noite.
Mas nesse momento, sabia que Louis o odiava.
A campainha tocou e ele imaginou que fosse Niall, que ficou de voltar ali, para devolver seu telefone. Desceu as escadas apressado e abriu a porta, dando um passo atrás ao ver Louis parado lá, mãos nos bolsos do casaco e uma cara de quem ia socar a cara dele.
__ Você é um covarde, Styles! – Louis empurrou o celular dele contra seu peito com força – não é homem nem para aparecer e me dizer que queria apenas me foder!
__ Louis, eu...
__ Fecha a porra da boca, que eu ainda nem comecei com você! – Louis apontou um dedo para o rosto dele, de maneira ameaçadora – acha que eu sou as vadias ou vadios que pega por ai? Acha que minha mãe passou muito talquinho nessa bunda fofa para você usar e depois mandar um mensageiro me dispensar?
Cada palavra vinha acompanhada de um pequeno soco no peito de Harry, que nesse momento, quase riu com a história do talquinho naquela bunda deliciosa. Mas segurou o riso, para não piorar as coisas. E Deus, como ele ficava lindo furioso! Harry estava mesmo perdido por essa criatura.
__ Como se atreve a me dar a melhor noite da minha vida e depois agir como se nada tivesse acontecido? – Louis continuava socando o peito do encaracolado e colocando toda sua frustração para fora – você é mesmo um idiota! Uma girafa encaracolada sem noção, mas um desgraçado gostoso do caralho! E eu te odeio muito nesse momento!!! Odeio porque estragou toda minha vida sexual, estragou todos os meus orgasmos futuros. Eu sempre vou comparar qualquer outra pessoa com você e ninguém tem chance contra Harry “girafa” Styles. Eu te odeio! Te odeio Styles! Te odeio por me ter tão fácil e ser tão idiota!
Harry o segurou em seus braços e o calou com um beijo. Louis resmungou e debateu-se um pouco, antes de passar os braços pelo pescoço dele e enroscar os dedos em seus cabelos, abrindo os lábios para receber sua língua. Seus corpos estavam grudados e o desejo tomando conta de ambos. Harry deu alguns passos atrás, arrastando Louis consigo, até que caíram no sofá com os corpos entrelaçados e rindo como dois bobos.
__ Não sorria desse jeito! – Louis tentou fazer cara de bravo, mas seus dedos tocavam a covinha se formando ali em seu rosto – ainda te odeio!
__ Pode me odiar assim sempre que quiser! – Harry sorriu ainda mais e levou um tapa no peito, onde Louis estava perfeitamente alojado agora – fico imaginando o que faria se me amasse...
Louis o olhou por um tempo, mordendo os lábios e os dois perderam-se no olhar um do outro. O pequeno só conseguia pensar que era muito fácil amar esse safado com cara de anjo.
__ Por que não foi ao nosso almoço? – Louis perguntou, com o queixo em seu peito, atento as suas reações.
__ Eu queria muito ir. – Harry suspirou e parecia estar procurando as palavras certas – mas achei que talvez fosse melhor não te expor ainda mais.
__ Do que está falando? – Louis estranhou aquilo.
__ Jeff me mostrou as fotos que estão circulando por aí...fotos suas me deixando em casa e saindo no dia seguinte...
__ E ele te mandou ficar longe de mim? – agora estava bravo e tentou sair dos braços de Harry, mas foi mantido ali.
__ Nick havia comentado que eu andava suspirando por alguém chamado Louis... – Harry disse corado e Louis riu, convencido, embora não tenha gostado de Nick nessa conversa – mas eu não quis dizer nada. E quando Jeff descobriu que o Louis em questão era Louis Tomlinson, talvez tenha surtado um pouco.
__ Parece que está falando do Simon! – Louis revirou os olhos – o homem parecia que ia ter um infarto de tanta raiva, com a simples possibilidade de uma aproximação entre nós dois. Por que isso seria errado?
__ Não é errado, Lou. – Harry acariciou o rosto dele e o beijou de leve – para mim, essa aproximação foi perfeita. Eu não me arrependo de nada. Você se arrepende?
__ Vejamos...até agora só me arrependo de não ter mandado o Simon ir se foder!
__ Vai que ele gosta? – Harry disse divertido.
__ Eu sei que você gosta! – Louis disse malicioso.
__ Gosto de foder!
__ E ser fodido! Eu sei...eu estava lá...
Os dois riram de si mesmo. E aquela sensação era muito boa. A naturalidade com que falavam de coisas assim, sem vergonha nenhuma, era novidade para ambos.
__ Eu me arrependo de não ter ido ao almoço, Lou. – Harry disse sem jeito – achei que seria melhor assim, mas agora que está aqui, em meus braços, eu sei que nunca mais farei isso outra vez.
__ Acho bom que não tente isso novamente, sua girafa de caracóis! – Louis bagunçou os cabelos dele, rindo carinhoso – se me deixar esperando novamente, vou cortar seu pau fora!
__ E como vai se divertir depois? – Harry provocou.
__ Ainda poderei comer a sua deliciosa bundinha! – Louis disse, sacudindo os ombros, como se aquilo fosse obvio.
__ Não vai desistir de mim, mesmo depois que cortar meu pau?
__ Vai me deixar esperando feito um idiota novamente? – perguntou ameaçador e Harry negou rapidamente – vai desistir de mim porque a imprensa vai nos perseguir? Eu não sei o que está rolando aqui, Harry, mas eu quero mais disso. Podemos tentar e ver se dá certo?
__ Eu quero que dê certo, Lou. – Harry o apertou mais contra seu corpo e o beijou apaixonado.
Os dois ficaram de safadeza naquele sofá por muito tempo, incapazes de sair um dos braços do outro. Se esfregando, se provocando, rindo um do outro, beijando-se até não poder mais respirar. E aquilo parecia perfeito, como se fossem dois adolescentes se apaixonando pela primeira vez.
__ Vai passar a noite comigo? – Harry pediu manhoso, enquanto beijava a nuca de Louis.
__ Eu fico, com uma condição. – Louis disse e Harry o olhou curioso – eu preciso comer!
__ E se eu quiser comer também?
__ Isso é ótimo! – Louis sorriu – comemos os dois.
__ Parece bom pra mim. – Harry retribuiu o sorriso.
__ Então levanta essa bunda branca daí e vai fazer algo que eu possa comer! – Louis saiu de cima dele e o puxou junto – estou faminto.
__ O que? – Harry parecia confuso – mas eu pensei que...
__ Comida, girafa lerda! Estou com fome! Preciso comer!
Oh!!
Harry estava pensando em outro tipo de “comida” durante aquela conversa, mas mesmo assim, levantou-se e foi em direção a cozinha. Já que deu bolo no almoço, agora ia fazer um jantar digno de um príncipe. Louis não merecia nada menos que isso.
Louis estava confortavelmente alojado no balcão da ilha da cozinha, sacudindo as pernas como uma criança, enquanto observava a linda girafa encaracolada se mover pela cozinha. Parando vez ou outra para lhe roubar um beijo. Aquilo pareceu tão doméstico e simples, sendo os dois astros acostumados a estarem sempre cercados por muita gente. Louis gostava daquela intimidade. Gostava de apreciar como Harry parecia a vontade ali, cozinhando pra ele. E o cheiro estava fazendo seu estomago se revirar de fome. Outro talento oculto daquele homem lindo.
Saltou do balcão e abraçou aquele corpo grande por trás, beijando suas costas. Tinha uma espécie de fetiche por essas costas largas. Sentiu quando Harry gemeu, enquanto suas mãozinhas safadas raspavam seu estomago, se infiltrando por baixo da camiseta que ele usava.
__ O que está fazendo, Lou? – perguntou quase num gemido. – se continuar me distraindo, vou acabar colocando fogo na cozinha.
__ Pelo menos vai ser você e não eu. – Louis mordeu as costas dele, arrancando um novo gemido – porque o fogo já começou, grandão!
Harry sorriu, enquanto tentava manter a atenção nas panelas a sua frente. Não estava sendo uma tarefa fácil, com Louis infiltrando a mão para dentro de sua calça e acariciando seu membro.
__ Lou... – gemeu em protesto.
Louis estava adorando a maneira como Harry reagia aos seus toques. Gemia manhoso e parecia protestar, mas movia os quadris de encontro a sua mão, querendo mais. Aquele não era o ambiente para esse tipo de coisa e sabia que Harry podia realmente colocar fogo na casa, tão entregue como estava, mas Louis adorava demais aqueles gemidos para conseguir parar de provocar.
Deu um grito de surpresa quando Harry desligou o fogo e o pegou no colo com facilidade, colocando-o de volta sobre o balcão. Os lábios se buscaram com urgência e Harry arrancou a camiseta de Louis e a sua própria, de maneira apressada. Os beijos escaparam para o pescoço do pequeno que agora se agarrava aos cabelos dele, gemendo. Sentiu as mãos grandes de Harry apertando sua bunda e o pegando no colo novamente e indo em direção a sala. Louis foi jogado no sofá e Harry foi rápido em arrancar suas calças e com ambos nus, meteu-se em meio as pernas de Louis , esfregando as ereções de ambos, enquanto ambos se perdiam naquele beijo urgente.
__ Quero que me foda no balcão da cozinha! – Louis murmurou no ouvido do encaracolado.
__ Meu Deus, Louis! – Harry estava ofegante – está tentando me matar?
__ Só se for de prazer! – se remexeu embaixo do outro, de maneira safada – sempre quis ter um orgasmo na cozinha!
Harry estava novamente com o pequeno em seu colo, com as pernas enroladas em sua cintura, beijando seu pescoço naqueles pontos que o deixavam mole. Andou com passos incertos até a cozinha e colocou Louis no balcão novamente. Agora era ele quem distribuía beijos por cada pedaço daquela pele dourada e deliciosa. O pequeno agarrou seus cabelos com força, quando sentiu seu hálito quente em sua virilha. Harry assoprou a glande inchada do outro, ganhando um puxão mais forte em resposta. Sorriu safado, antes de lamber apenas a cabecinha, passando a língua muito vagarosamente naquela fenda. Louis estremeceu e gemeu manhoso. Deu novo puxão quando a boca quente de Harry o engoliu sem qualquer aviso.
Conseguia sentir sua glande tocando a garganta de Harry e aquela sensação era deliciosa. Dedos ousados brincavam perto de sua entrada, deixando tudo ainda mais excitante. Quase deitou sobre o balcão quando Harry abriu mais suas pernas e o primeiro dedo o invadiu, com cuidado, mas sabendo bem aonde ia. O único som ouvido na cozinha eram os gemidos de Louis, que rebolava de encontro aos dedos e a boca de Harry. Estava à beira de um orgasmo e por isso mesmo, quase protestou quando sentiu a ausência das mãos e boca do encaracolado, mas quase gritou quando sentiu seu corpo ser retirado do balcão, sendo virado de maneira que ficava com a bunda inclinada na direção da virilha de Harry.
Os beijos começaram em sua nuca e pelos ombros. Suas mãos foram apoiadas na pedra de mármore e suas pernas separadas. Sentia a ereção de Harry cutucando sua bunda, deliciosa provocação. Olhou sobre os ombros e Harry beijou seus lábios, pressionando-o contra o balcão, quando o invadiu em um único golpe. Louis gritou pela surpresa, mas ele havia pedido por aquilo. Harry esperou um tempo e então começou a se mover, devagar e foi aumentando o ritmo aos poucos, até estar estocando fundo naquela bunda fofa, sentindo-se agarrado pelos músculos internos de Louis.
Os gemidos de Louis eram uma mistura do nome de Harry e pedidos para que ele não parasse e fosse mais fundo e mais rápido. Harry adorava esses gemidos e sentia o corpo de Louis tremendo. Ambos estavam perto do ápice e ele sabia disso.
Saiu de Louis e o virou para si, beijando-o com paixão. Louis se agarrava a ele, meio mole e meio frustrado porque estava mesmo quase gozando. Harry sorriu com o biquinho que ele fez, segurou suas maravilhosas coxas e o levantou do chão, de forma que pudesse se enroscar em sua cintura e foi exatamente o que ele fez. Foi pressionado contra a parede, enquanto Harry estava dentro dele novamente, estocando-o forte e fundo, como sabia que ele gostava. Louis se agarrou aos cabelos de Harry e arranhava suas costas, porque estava se perdendo naquele prazer. Beijaram-se de maneira atrapalhada e se moviam juntos, agora com o verde mergulhado no azul.
__ Harreh...
__ Loueh...
Mais uma estocada, e Louis estremeceu, gemendo alto quando não pode mais aguentar e desmanchou-se entre eles, arrastando Harry pela mesma onda de prazer. Ambos estavam exaustos depois daquela maratona toda e ainda tentavam respirar de maneira normal.
Louis foi colocado no chão devagar e ainda estava agarrado ao corpo de Harry, que beijou seus cabelos úmidos. Sorriram um para o outro de maneira cumplice e então o estomago de Louis roncou em alto e bom som. Deu de ombros, meio envergonhado e Harry gargalhou. Apanhou por isso e ambos correram escada acima, absolutamente nus, e tomaram um banho rápido, antes de Louis ser alimentado.
O que poderia ser mais domestico do que isso?
O que poderia ser mais perfeito do que isso?
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