História FORBIDDEN - Camren ABO - E como é?

Alguns dias depois...

POV LAUREN

— Esse sorriso todo é por me ver? — desfaço no mesmo instante.

— Quem disse que é por sua causa? — reviro os olhos.

— Quanto mais você me maltrata mais eu me apaixono, você sabe né? — isso é alguma piada?

— Dinah, vai se fuder! — ela nem se quer fica ofendida — A Camz está? — olho pra dentro da loja.

— Está, mas se eu fosse você não entrava agora — ela desce da escada e me olha — Ela não está sozinha...

— Hmm... — espero a alfa dá as costas e entro no local, era só o que me faltava.

E assim que entro travo, é ela... eu reconheceria esse cheiro a quilómetros de distância. Não hesito mais e continuo meu caminho dando de cara com Camila prensando a sem sal na parede enquanto se perde no pescoço dela.

— Hm. Hm —  forço a garganta chamando atenção — Atrapalho?

— Lauren? —  ela me olha envergonhada —  O que faz aqui? — Camila se afasta da biscate.

— Eu preciso de você...

— Ela está ocupada não está vendo? — garota não me provoca se não tasco esse vaso na tua cara!

— Sara, agora não tá legal? — é Sara tenha amor a sua face.

— Como quiser — ela puxa Camila pra um beijo fazendo questão de me olhar durante o ato e retribuo simulando vômito — A gente se fala depois. — Ela passa por mim e sai da loja que já vai tarde!

— Então esse é o seu trabalho agora? —  ela me olha confusa —  Transar com biscates na loja? —  falo o óbvio e ela sorrir — O que é tão engraçado?

— Você! E não estávamos transando — suas mãos vão até seus cabelos fazendo um coque charmoso — E então, por que precisa de mim?

— É que... eu prometi que buscaria a mani no aeroporto, mas meu carro está na oficina então... será que você pode por favorzinho ir busca-la comigo?

— Mani de Normani? A que você falou que quase colocou fogo no seu dormitório? — sua expressão assustada é de longe impagável.

Há dois anos quando mani estava no último ano da faculdade e eu no segundo, ela tentou fazer um encontro romântico e colocou velas espalhadas pelo nosso quarto, só que algo deu errado e por muito pouco não colocou fogo no prédio inteiro.

— Ela mesma! E então, pode me ajudar? — pergunto esperançosa.

— Depende, ela vai colocar fogo no meu carro? — idiota

— Ela é legal você vai ver.

— Certo... posso tomar um banho antes pelo menos? — Se pode?

— Deve!

Um tempo depois e já estávamos no carro a caminho do aeroporto.

— Por que ela teve que vir junto?

—  Eu tô aqui sabia? —  como não notar né?

A encaro — Se você aprontar alguma coisa eu corto seu pau fora, eu fui clara?

Dinah arregala os olhos e concorda apressada — Ótimo.

Camila se diverte com a situação e a alfa bufa frustrada, não vou negar fiquei com pena, mas não vou admitir isso nem morta!

Trinta minutos depois e estávamos lá esperando a ômega aparecer em meio as pessoas — Tem certeza que o voo dela não atrasou? Pela hora ela que deviria estar nos esperando.

Camila tem razão ela já deveria ter chegado... começo a vasculhar melhor o ambiente e um sorriso enorme surge meus lábios quando a vejo e como se não fosse possível ela está ainda mais linda, maldita! Não perco tempo e corro até ela que tenta me segurar, mas é em vão e caímos junto as malas em meio a risadas.

—  Eu senti tanto sua falta...

—  Eu também... —  fico de pé e ajudo ela a se levantar.

 — Eu não vim sozinha, espero que não se importe.

Ela dá de ombros e quando chamo as meninas ela me puxa  — Quem é a gostosa?

— Tá me zuando? — ela me olha séria.

— Não, por que?

— Por que o que ela tem de altura tem de chata, então depois não diga que não avisei. — ela nega.

— Não que ela não seja gostosa, mas me refiro a ela... —  mani olha pra Camila e sorrir maliciosa, espera o quê?

— Tá me zuando de novo?

— Na verdade estou falando muito sério, de novo.

As meninas chegam e então decidimos continuar a conversa, mas depois o que deveria ser um encontro normal se tornou uma grande loucura! Como assim ela achou Camila gostosa? Quer dizer ela é mesmo, mas... o jeito que ela falou da a entender que é com segundas intenções, eu preciso tirar isso a limpo!

Depois delas se conhecerem mani não tirou os olhos dela me deixando com um desconforto estranho, na verdade já acho estranho ter esses pensamentos de posse e ciúmes quando se trata de Camila, será que eu tô exagerando? Mas amigas sentem ciúmes uma da outra é normal né? Até porque ela também tem de mim.

É isso mesmo Lauren não precisa se preocupar é normal...

[...]

— Você não vai mesmo me deixar em paz né? — pode apostar que não!

— Pode começar a falar! Desde quando você fica com mulher? Fica com ômega? — ela sai da cama.

— A história é longa e pede vinho, já volto.

Um tempo depois Normani chega com uma garrafa e duas taças, ela me entrega uma e nos serve.

— Eu adoro esse cheiro... — ela bebe um pouco e se junta a mim em sua cama.

— Como você bem sabe eu fui para o Brasil fazer um intercâmbio de 4 meses, mas as coisas foram tomando outros rumos e quando vi já tinha passado mais de 1 ano — ela toma outro gole — E então me encantei com a cultura, a comida e principalmente as pessoas. No começo eu achei um pouco estranho a liberdade que eles tem sabe, tanto com os outros quanto com eles mesmo, mas depois fui me soltando e... quando percebi já estava provando coisas que jamais pensei na minha vida. — ela sorrir como se revivesse o momento.

— Foi lá que você virou lésbica? — ela começa a rir e fico sem entender.

— Ninguém vira, Lauren. Você já nasce assim — ela completa nossas taças. — A questão é que cada um descobre no seu tempo e no meu caso eu sou bi e não sou lésbica.

— Então você fica com alfas e ômegas? — arregalo os olhos surpresa e ao mesmo tempo curiosa.

— Isso mesmo.

— E como é? — esse meu lado curioso ainda me mata.

— Como é o que?  — vejo sua taça vazia e dessa vez eu mesma a encho.

— Ficar com... outra mulher — ela sorrir.

— É no mínimo maravilhoso...

— Nossa, é tão bom assim? — meu corpo começa a esquentar por conta da bebida.

— É mais intenso, envolve mil vezes mais toques e beijos, não é apressado a não ser que o momento exija —  ela suspira —  se eu for contar tudo mesmo vamos passar a noite toda aqui. —  sorrimos —  Você nunca quis experimentar?

 — Não é algo que já tenha pensado em fazer — pego a garrafa nos servindo mais uma vez.

Ela se aproxima — Mas faria?

Não sei...

— Você é muito linda Lauren, poderia ter qualquer mulher se assim desejasse. — como ela chegou tão perto?

— O que está fazendo? — ela dá um último gole no vinho e coloca a taça na mesa de canto se virando depois ficando de frente pra mim.

— Te mostrando que não é um bicho de sete cabeças — suas mãos afastam meus cabelos e engulo seco — Sente isso? — seus dedos contornam minha face e logo depois descem suaves por meu ombro e braço — E está gostando? — confirmo e ela sorrir, seu nariz toca o meu me fazendo encará-la — Me fale o que está sentindo? — seus lábios crispam levemente sobre os meus pela proximidade.

— Eu... não sei...

— Quer que eu pare? — nego — Pode me tocar se quiser...

Sinto sua pele macia em meus dedos e a vejo ofegar me causando sensações estranhas, porém boas demais, ela ficou assim só por que a toquei?

— E o que quer fazer agora? — beijá-la... eu quero muito saber como é....

Acabo com a distância e selo nossos lábios em um beijo casto e repleto de curiosidades, ela pede passagem com a língua e sinto o sabor presente do vinho quando permito aprofundar o beijo, céus! É tão bom... então é isso que a Camz sente? Por algum motivo sua imagem vem em minha mente me pregando peças.

— Nossa... seu beijo é maravilhoso Lauren — ela morde os lábios me deixando envergonhada.

— Que feitiço você usou? — ela solta uma gargalhada e se afasta pegando sua taça.

— Não tem feitiço algum, você se sentiu confortável e atraída então se deixou levar, só isso. — ela pega a garrafa e percebe que está vazia. — Vou pegar outra garrafa pra gente.

— Não! Eu... preciso ir.  — começo a pegar minhas coisas e ela me olha confusa.

— Eu não vou te embebedar pra aproveitar de você se é o que pensa — ela fala risonha.

— Eu sei disso, mas realmente preciso ir... eu tenho que fazer uma coisa. — ela não me impede, nos despedimos e saio de sua casa decidida.

Já dentro do uber me sinto levemente enjoada, céus... amanhã vou tá com uma puta ressaca.

— Moça? Chegamos.

Saio do carro e passo pela portaria, pego o elevador e toco a campainha quando chego no apartamento que quero.

Eu preciso saber se vai ser igual ou... se vai ser diferente porque se for...

A porta é aberta — Lolo? O que faz aqui?