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História Forbidden Love - 2 Temp. - Chapter I - O príncipe, flores azuis e barras de ferro - História escrita por Eros88 - Spirit Fanfics e Histórias
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História Forbidden Love - 2 Temp. - Chapter I - O príncipe, flores azuis e barras de ferro


Escrita por: Eros88

Notas do Autor


Olá Terráqueos, faz algum tempo, não?
Bom, para quem me conhece desde o começo da história em 2016 sabe que tive inúmeras tentativas para reescrever essa história ou melhorar ela (um tiquinho quem sabe), mas acabei desistindo, pois Forbidden Love significa muito para mim e acredito que para vocês também, então acabei não modificando, não queria mudar sua essência e muito menos apagá-la. Acontece que hoje uma leitora muito querida me procurou e me enviou um edit de "ALL IN", as lembranças voltaram e passei o dia inteiro pensando em FL, então decidi aparecer aqui com algo especial e pensando em "Sol da meia-noite" que é a versão do crepúsculo pelo olhar do Edward, eu achei que seria legal mostrar um pouquinho do olhar do MinHyuk e sua jornada em FL.

Teremos algumas poucas modificações, um pouquinho mais de ação e aventuras por parte dos meninos, enquanto o nosso doce HyungWon está na Zona 8.

Espero de coração que vocês gostem, pois foi algo muito marcante que eu gostaria de tentar.
Sem mais delongas, damos início a SEGUNDA TEMPORADA DE FORBIDDEN LOVE

Capítulo 18 - Chapter I - O príncipe, flores azuis e barras de ferro


Era uma vez, um príncipe muito solitário, todos os dias ele se recolhia em seu palácio circular, paredes emboloradas o rodeavam, então ele se debruçava sobre um velho caderno e desenhava por horas até que a lua brilhasse no céu tão solitária quanto o príncipe. E essa era a sua vida. Eu o observava do lado de fora de suas barras de ferro, imóvel, quieto e perdidamente hipnotizado pelo príncipe solitário. E essa foi a minha vida, por muito, muito tempo. 

Até que um dia, os planos mudaram e eu invadi o seu palácio circular. Quando o fiz, me vi mergulhado em um mundo inteiramente novo, estava tão afogado que mal me lembrava o motivo que me levou até lá, e era tudo sobre ele, sempre ele e eu me dei conta que jamais poderia deixá-lo ser solitário novamente. Eu faria de tudo para tê-lo comigo para sempre. Até mesmo, derrubar o Governo.

 

[...]

 

Ele afagou os meus cabelos e sorriu para mim, como sempre fazia. Esfreguei os olhos tentando me acostumar com a escuridão e sorri de volta, não passava de três da manhã quando ouvimos uma batidinha na porta, Park Young-Jae estava lá, ele gesticulava nervosamente e sua voz estava alterada, a porta se fechou e ele se virou para mim. “É hora de ir, amigão.” Sua voz soava tão acalentadora como um abraço.

Talvez, se eu fechasse bem os olhos, sentiria sua voz me abraçando.

Ele apanhou uma bolsa com dinamites e armas, ele a fechou rapidamente para que eu não visse, apesar de saber o que tudo aquilo significava. Então, ele me encarou, foi demorado, triste e até doloroso, a forma como me olhava. Talvez ele soubesse. “Dois dias, amigão. Apenas dois dias.” Disse antes de fechar sua mão em um punho para que eu batesse com o meu. Antes de ir, ele disse que me amava, mas essa parte estava tão apagada em minha mente que eu apenas vi a porta se fechando atrás de si e ele nunca mais voltou.

Acordei de supetão, meu corpo encharcado de suor deixava uma marca no colchão esfarrapado que improvisamos no acampamento, sentia meu estômago contorcer sempre que sonhava com o meu pai, foi a última vez que o vi e isso se repetia sempre que eu fechava os olhos. Com o tempo, seu rosto nítido se tornou apenas um sorriso e dois olhos, enquanto o restante era apenas um borrão:

- Outro pesadelo? 

Uma voz baixa chamou a minha atenção, JooHeon me encarava por cima do ombro enquanto folheava um livro, me sentei no colchão e afundei meu rosto entre os joelhos antes de murmurar um “sim” que eu sequer notei se ele ouviu, mas acho que sim, pois disse:

- Eu já folheei as páginas tantas vezes que a tinta está desbotando. 

- Talvez precise de um livro novo. - Murmurei sentindo a pressão do meu estômago aliviar -. 

- Acho que não temos livrarias abertas a essa hora. - Ele riu baixinho, eu sorri, mas não disse nada -. Não tivemos notícias do I.M nos últimos dias. - Ele continuou -.

- Estava ficando perigoso, disse a ele para nos contatar a cada cinco dias. 

- Você acha que vai ser mais fácil dessa vez? 

- Joohoney, o que está lendo? - Disse impacientemente, ainda me sentia estranho -.

- “O pequeno príncipe”, eu acho.

- Precisamos arrumar um novo livro para você. 

- “Para enxergar claro, basta mudar a direção do olhar.”

- O quê? - Murmurei -.

- Uh?! Nada. Tente dormir um pouco mais, WonHo vai pegar a segunda vigia hoje. 

Então, fechei os meus olhos e me deixei ver o meu pai - novamente - pela última vez. Quando amanheceu e KiHyun começou a se arrastar pelo acampamento eu me obriguei a levantar, o cheiro da comida requentada cobriu o acampamento, não era muito ruim. WonHo estava voltando da ronda matinal com um pequeno caderno na mão e um binóculo na outra:

- Como estamos? - Perguntei -.

- Por enquanto, bem. Não é um lugar tão ruim assim de ficar, longe o suficiente do acampamento principal e perto o bastante da Zona 8 para observar, mas não para sermos pegos pelos soldados.

- Ótimo. Você viu o Hyun-Woo? Precisamos contatar o I.M hoje.

- Cinco dias, - Hyun-Woo disse surgindo atrás de mim -, amanhã faz cinco dias. - Ele me corrigiu -.

- Certo, então. Parece que está tudo bem por aqui e… eu vou dar uma volta. 

- Ele não está lá. - WonHo sussurrou -. 

- Não sei do que está falando. - Respondi no mesmo instante e me afastei -.

Na verdade, eu sabia sim. 

Para alguns, é considerado loucura vigiar incansavelmente a Zona 8, estudá-la minuciosamente e infiltrar um dos nossos pelas redes de esgoto subterrâneas para obtermos uma vantagem contra o Governo. Um plano estupidamente perigoso e até mesmo impossível. Bom, não para nós. Chamaram de “rebeldes” as pessoas sensatas que se puseram contra o Governo a fim de buscar uma vida melhor, e agora estamos apenas fazendo o nosso trabalho, um trabalho que o meu pai começou e que eu irei terminar. 

Para isso, I.M foi o sortudo escolhido para se infiltrar na Zona 8, ele busca criar algumas poucas memórias com os moradores locais a fim de se manter lá dentro, mas não o suficiente para causar transtornos. JooHeon estava encarregado da nossa segurança, e por incrível que pareça ele fazia isso muito bem. Hyun-Woo era ótimo com plantas de construção, ele conhecia toda a estrutura daquele lugar melhor do que ninguém, afinal, ele trabalhava com os homens do Governo, bom, vocês sabem, um dia ele percebeu que o que fazia era errado, tentou alertar as pessoas, foi perseguido e quase morto, se tornou um de nós, é uma longa, longa história. Então, temos WonHo, ele vê tudo. TUDO. Absolutamente, tudo. Cada passo que um guarda dá, cada pausa, pontos de acesso que são livres e por quanto tempo ficam livres, troca de guardas, quantas vezes os soldados saem, bom, sem ele, não estaríamos aqui.

Talvez, em algum momento, eu tenha esquecido da irritante habilidade que o meu amigo tem, e não demorou muito até ele notar o meu repentino interesse pelo garoto do bueiro. 

Convencê-los de que precisávamos de alguém como ele para nos ajudar foi difícil. Tínhamos um dos nossos lá dentro, alguém que confiamos, então não precisávamos de alguém da Zona sabendo os nossos planos e podendo nos ferrar a qualquer momento. Talvez eu estivesse colocando todo o plano de uma vida inteira a perder, mas precisávamos dele, eu sentia isso. WonHo estava ao meu favor, acho que ele queria ver como terminaria, mas JooHeon e KiHyun estavam incertos com esse plano e portanto, votaram não, Hyun-Woo iria desempatar, arriscar as nossas vidas em uma tentativa suicida de fazer contato com o garoto ou nos manter na segurança de um plano que estava dando certo. Então, depois de um longo momento ele disse:

- Talvez seja uma boa ideia. 

E foi naquela noite incrivelmente quente de verão que me aproximei das barras de ferro do bueiro, talvez não fosse esse o contato que JooHeon estava pensando e por isso reclamou baixinho. Em passos lentos eu me aproximei, rodopiei a pequena lanterna em meus dedos antes de acendê-la e deixar a luz invadir o bueiro, meu coração despencou, por algum motivo as minhas mãos estavam suadas. Tirei a luz de seu rosto para que pudesse me ver:

- Bela casa. - Falei sorrindo, espero que não esteja com cara de idiota -.

- N-Não me mate… - Ele sussurrou e eu não pude deixar de prender o riso -.

- Por que não? Me dê um bom motivo para não matá-lo.

- E-eu n-não fiz nada.

Eu ri, era estranhamente confortável vê-lo de perto. 

- Não é um bom motivo, mas não vou matá-lo. Bom, só se me disser o motivo de morar aqui. 

- Eu não moro aqui.

- Mas, pelo visto, passa muito tempo aqui. - Não conseguia conter o meu sorriso -.

- Como sabe disso?

- Venho vigiando você. - Dei uma piscadinha e ele ficou imóvel por um tempo -.

- Quem é você?

- Você é sempre assim do tipo que pergunta o nome sem antes pagar uma bebida?

- O-o quê?

Eu gargalhei, seu rosto estava levemente corado e seus olhos arregalados. Céus, como eu queria que essa cena durasse para sempre. Dei de ombros me sentindo mais confortável em sua presença:

- Você é engraçado para alguém que mora em um bueiro.

- Já falei que não moro aqui. 

- E onde mora se passa tanto tempo aqui?

- Estão vindo! - WonHo alertou-me -.

Apaguei a luz e esperei, senti seu olhar em mim e tive que conter um sorriso, talvez eu não fosse o único a demonstrar interesse por aqui. JooHeon se aproximou e fiz um sinal para eles se prepararem, pois iríamos correr. Voltei a minha atenção para o garoto:

- Nos vemos por aí, garoto do bueiro. 

Sorrateiramente deixamos o lugar, nos aproximamos do nosso carro quando notamos uma agitação nas luzes dos muros, havia murmúrios e o portão principal se abriu em um rangido. Meu coração acelerou, JooHeon gritou algo quase inaudível por causa do baque no portão, sabiam que estávamos ali, estávamos ferrados. As luzes vermelhas em cima do carro da patrulha se acendeu, eu assumi o volante:

- Precisamos afastá-los do acampamento. - WonHo disse -.

- Para onde vamos? - JooHeon explodiu -.

- Vamos para o Lugar Sem-Nome.


Notas Finais


Espero que gostem hahahah


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