O dia, apesar de fresco e bonito, não estava indo nada bem para mim naquela manhã. Só tive certeza que algo estranho acontecia, quando Cristine finalmente resolvera dar as caras na escola, entretanto, quando adentrei a sala, ela estava sentada em um lugar distante, bem afastado do que costumávamos nos sentar. Hoseok estava com ela, e por as carteiras estarem cheias ao redor deles, tive que me sentar afastada. Resolvi não contestar muito, uma vez que algo me dizia que toda aquela peculiaridade no comportamento dos dois, tinha a ver com o meu mais novo estilo de vida, e claro, qualquer coisa que eu fizesse poderia colocar tudo a perder e eles poderiam descobrir sobre a Missão Frango Assado.
Então, levando isto em conta, não procurei os dois quando chegou o intervalo, decidi que aquela conversa, se é que eles fossem querer me ouvir, deveria ocorrer em uma outra hora. Hora esta que eu tivesse preparada ou para falar a verdade, ou para enrolar ainda mais aqueles dois.
Caminhei ligeiramente para a sala do Clube De Teatro, pois minha audição para Julieta aconteceria há alguns instantes dali. No entanto, quando adentrei a grande sala de cadeiras vermelhas, típica de um ambiente teatral, senti meu mundo desabar novamente.
— Mas qual luz abre a sombra deste balcão? Eis o oriente é Julieta, e o sol! Oh, e a minha mulher e o meu amor! — Jungkook proferira e sua atuação era quase tão digna quanto a falsidade que ele usava para levar as garotas para cama com ele. Revirei os olhos e procurei respirar fundo, recusando-me a acreditar que Jeon Jungkook, havia sido escolhido, sem qualquer tipo de hesito, para interpretar Romeu na peça de Shakespeare do Clube De Teatro, uma vez que alguns candidatos para o papel, estavam saindo cabisbaixos dali.
Adentrei o lugar vendo aquela cena um tanto cômica, se não fosse trágica e ruborizei em raiva. Ele estava lá, no pequeno palco central, proferindo a palavra de Shakespeare e arrancando suspiros das garotas do Clube ali presentes, e veja bem, até a professora suspirava como se aquele garoto ali na frente não tivesse metade de sua idade.
Sentei-me na cadeira estreitando os olhos na direção do galo, que estava jogando todo seu charme para disfarçar sua falta de talento para atuação dramática. Em contrapartida, Jungkook parecia incrivelmente convencido naquela interpretação fajuta e quase que forçada. Ele estava conseguindo um espaço até em um mundo que não o pertencia, e eu me questionava se era possível alguém ter tamanha persuasão e jeito para cativar pessoas. Todavia, a quem eu estava querendo enganar? Era possível sim, Jungkook era o maior exemplo disso.
— Bravo, bravo! — A professora batia palmas incessantemente e seus olhos brilhavam, assim como o de todos presentes ali no teatro. Massageei as têmporas a fim de me concentrar, uma vez que estava prestes a subir naquele palco e carimbar o rosto bonito de Jungkook com as minhas digitais. — Não sei como não se inscreveu antes para atuar conosco, Jungkook. Você foi impecável. — Ela concluíra, arrancando um sorriso convencido do garoto, que agora percebeu minha presença na sala, o que o fez logo colocar os olhos em mim enquanto umedecia os lábios rosados.
Parecia satisfeito em mostrar para mim que ele havia conseguido, assim como tudo que ele almeja, o papel. Mas ambos sabíamos que o único motivo por ele estar se submetendo aquilo, era para estar cada vez mais próximo a mim, pois assim como ele conseguia tudo que queria, ele estava disposto também a me ter. Fechei a cara no momento em que peguei ele me encarando vitorioso, mas ao julgar pela forma que ele sorriu ladino, percebi que ele encarou aquilo como um desafio. Jungkook e eu estávamos jogando, e no momento, eu estava em desvantagem.
— Com o papel de Romeu já preenchido pelo nosso caríssimo garoto de ouro, vamos dar continuidade as audições para Julieta! — A professora afirmara, demasiado animada. O garoto de ouro, que estava mais pra bijuteria ao meu ver, retirou-se do palco, fazendo um gesto de agradecimento para o pequeno público que era composto apenas pelos componentes do Clube Teatral, que preencheriam papéis aleatórios na peça, e algumas garotas que estavam ali para a audição de Julieta, incluindo eu.
Ele sentou-se logo atrás de mim, e com uma aproximação indesejada e um sussurro em meu ouvido, ele disse:
— Confesso que quase desci daquele palco para vir até aqui quando te vi me olhando com essa cara. — Senti um calafrio indesejado percorrer minha espinha, causando-me repúdio de mim mesma. Meu corpo não parecia entender que eu odiava Jeon Jungkook, pois ele insistia em agir contra minha vontade a cada vez que o galo estava por perto. — Você fica ainda mais linda quando está com raiva. — Agora seu timbre abaixou algumas oitavas, deixando sua voz demasiado grave enquanto os lábios úmidos encostavam em meu lóbulo. Quebrei aquele contato imediatamente, me afastando para frente e virando-me para ele de supetão.
— Eu só estava horrorizada com o assassinato da peça de Shakespeare que você estava fazendo ali no palco. — Sorri sem mostrar os dentes, deixando claro a minha falsidade no gesto.
— Touché, — ele retrucou, sorrindo.
O momento de gato e rato foi interrompido pela voz da professora de teatro, que me convidava a subir ao palco, indicando que me vez de apresentar havia chegado. Sai prontamente dali e me direcionei ao local indicado com a confiança que me permitia, pois estava segura quando à minha performance. Quero dizer, não é como se essa fosse uma das minhas peças favoritas no mundo inteiro e nem como se eu soubesse todas as falas de cor, e muito menos que eu já tivesse ensaiado aquele papel desde os meus doze anos de idade, sonhando com o dia em que eu teria qualquer oportunidade que seja para viver Julieta.
— Quarto Ato: Julieta vai até a capela de Frei Lourenço para solicitar sua ajuda. — anunciei a cena que iria interpretar no momento seguinte, ignorando que o frango estava sentado, com as pernas folgadamente apoiadas na cadeira da frente que outrora eu sentara, totalmente sem noção de como se comportar em um teatro, Ele me olhava demais e não é como se eu não estivesse acostumada com as secadas de Jungkook. Entretanto, aquele momento pedia concentração de minha parte, então apenas deixei fluir a atuação para o papel que eu tanto almejada.
Depois que terminei o ato, agradeci os aplausos e ignorei as incessantes anotações que a professora fez em sua caderneta. Eu não iria me basear na paranoia de que eu havia ido mal, então resolvi permanecer confiante a aguardar pero veredito. Depois de todas as audições já terminadas, a professora levou alguns minutos lendo e relendo suas anotações, enquanto eu e as demais candidatas aguardavam a reposta final.
Jungkook não saiu dali em nenhum momento, parecia também esperar ansioso para ver quem seria sua Julieta. E então, sem muitos rodeios, a professora se direcionou ao pequeno palco e indagou:
— Obrigada a todas que participaram, mas infelizmente eu só poderei escolher uma. — Ela olhou para mim e sorriu pequeno. — Parabéns, Loreta. Você será nossa Julieta. — Todos bateram palma e eu sorri olhando para os lados, em uma forma de agradecimento. Em seguida nos retiramos da sala de teatro, e eu estava completamente feliz e satisfeita, o no mais, empolgada. O galo veio praticamente correndo atrás de mim e se pós ao meu lado, acompanhando meus passos pelos corredores do colégio.
— Parabéns, Lo Lo. — ele disse divertido.
— Argh, por Deus, não me chame assim. — franzi o cenho enjoada, a repulsa de Jeon já não cabia em mim.
— Você anda muito estressada, Loreta. Eu esperava que iria ajudar no seu humor fazendo você conseguir o papel para Julieta. — Falou tranquilamente, como se aquilo não fosee nada. Cessei meus passos imediatamente e virei-me para ele. Ele colocou as mãos nos bolso de sua calça jeans e sua expressão era quase que sádica de tão satisfeito que ele parecia estar.
— Do que está falando? — Estreitei os olhos o fitando de forma ameaçadora, rezando internamente para que aquilo não fosse o que eu estava pensando que era.
— O papel para Julieta, oras. Digamos que antes de você chegar, eu tenha coagido só um pouquinho a professora para que ela te escolhesse, dando a entender que minha participação na peça dependia inteiramente da sua, se é que me entende. Então para não me perder, ela escolheu você.. — Meus lábios estavam certamente entreabertos e um nó se formava em minha cabeça. — Quero dizer, não que você tenha ido mal na sua apresentação nem nada, é só que, você sabe, a concorrência estava acirrada, Loreta. Deveria me agradecer por isso.
— Ela não me escolheria só porque você pediu.
— Não mesmo? — Ele questionou, e eu sabia que sim, que era completamente possível ela ter feito isso somente porque ele pediu, afinal de contas, quem resistira aos encantos de Jungkook? Ele tinha o controle sobre tudo, principalmente quanto tratava-se do sexo oposto.
— M-mas... — Tentei formular algo para dizer, mas a raiva e o choque consumiam-me naquele momento. Era como se a cada dia que passasse, ele conseguisse ser mais insuportável.
— Não precisa me agradecer, docinho. — Tornou a falar.
— E-u.... — Eu só queria xingar-lo, isso sim .
— Você fica realmente adorável quando gagueja. Já te disse isso? — Ele sorriu como se eu não estivesse ali o fitando prestes a fuzila-lo com o olhar.
Eu odiava Jeon Jungkook.
(...)
— Eu odeio Jeon Jungkook. — Indaguei em alto e bom tom enquanto jogava minhas roupas para dentro do meu armário de cheerleader, me preparando para o próximo treino que iria acontecer há minutos dali, então estava somente aproveitando que o vestiário estava vazio para colocar para fora as minhas lamurias. Bati a porta com toda a força que tinha, e acabei por me perguntar mentalmente se aquela porta iria aguentar todos os meus chiliques até acabar o ano letivo.
Tive meus pensamentos cortados quando ouvi algumas risadinhas um pouco distantes dali, o que me fez franzir o cenho tentando identificar o proveniência daquilo. Já disse o quão curiosa e sou? Segui o som com passos calmos, até parar na sala de limpeza abandonada que jazia pouco metros dali. Abri com cautela a porta, enquanto o som de uma voz feminina e uma masculina murmurando algumas coisas sujas ficavam cada vez mais próximas a medida que eu entrava. Senti o baque de surpresa quando vi Jimin trocando caricias e palavrinhas sujas com uma das líderes de torcida.
— Eca... — Murmurei parando ali, despertando os dois daquele clima. Park Jimin despertou alarmado e a garota também, surpresos com minha presença ali.
— Não sei se vocês sabem, mas deve ter ratos aqui. — Tornei a falar em tom de advertência. A garota loira fez careta e expressão de nojo ao olhar ao seu redor, claramente preocupada com a informação que eu acabara de dar. Segurei para não gargalhar, pois estava apenas inventando aquilo.
— Eu vou embora daqui, Chim-Chim. — Ela disse dengosa e eu quase vomitei. Ela saiu em meio a pulinhos delicados para se desviar dos entulhos por ali largados e dos possíveis ratos que eu inventara, e por fim retirou-se. Foi então que comecei a gargalhar olhando para a cara de tacho de Jimin após eu ter interrompido o possível amasso que ele daria naquela garota.
— Qual o seu problema? — Ele revirou os olhos, ajeitando seu uniforme de basquete.
— Qual é, você deveria estar treinando agora, não deveria, Jackie Chan? Ou devo chama-lo de Chim-Chim? — Ironizei sorridente, vendo os olhos de Park Jimin revirarem e ele bufar daquele jeito marrento e mal humorado de sempre.
— E você não deveria estar treinando também? — Ele se aproximou naturalmente, cruzando os braços que agora tomavam a maior parte de minha atenção, pois pareciam bem mais musculosos naquele uniforme regata. Desviei meu olhar prontamente e tornei a fita-lo nos olhos.
— Me atrasei por conta de um idiota chamado Jungkook. Aquele imbecil me paga. — Mal percebi quando a raiva te outrora me tomara novamente ao recordar do feito de Jungkook no Clube De Teatro. Só quando vi Park Jimin me fitar assustado enrugando o cenho, que dei por mim do que havia acabado de fazer.
— Espera... Pensei que gostasse dele... Afinal, está tentando conquistá-lo. — Ele disse, demasiado curioso e intrigado.
— É-é óbvio que eu gosto. — Gaguejei, sem saber ao certo como sair daquela situação. — É só que... É que e-eu. — Ainda fitava Jimin, e este parecia muito ansioso por minha reposta. — Eu gosto tanto dele que ele me irrita a ponto de querer xinga-lo. É isso. Eu só quero que ele se apaixone por mim logo. — Menti, esperando que Jimin engolisse tudo. Ele, por sua vez, refletiu por segundos e logo sua expressão saíra de tensa para tranquila. Ele sorriu de leve e fez um sinal negativo com a cabeça.
— Garotas... — Murmurou, parecendo ter aceitado aquela reposta como verdadeira. Apenas respirei aliviada.— Isso me faz pensar... — Ele colocou a mão no queixo delineado e me fitou de forma charmosa. — Já que estamos aqui, posso iniciar a quarta regra, e te ajudar a alcançar seu objetivo o quanto antes. — Ele sentou-se num caixote de madeira jogado ao canto daquela sala, puxando um segundo caixote e colocando rente a ele, dando dois tapinhas para que eu sentasse. Fora o que fiz, mesmo que estranhando o Marrento Jimin aparentando estar de bom humor naquela manhã. Porém, já que estava ali, por quê não ouvir mais uma das regras idiotas para conseguir ter o galo aos meus pés?
— Ok, o que será agora? Vou ter que vir vestida de Max Steel para a escola por quê Jungkook tem fetiche por bonecos? — Ironizei, e não esperei que Jimin fosse soltar uma gargalhada gostosa como aquela, aquela mesmo que os olhinhos somem por completo.
— É óbvio que não. Vamos as dicas.... — ele respondeu, calmo e cessando as risadas.
— Dicas? — Franzi o cenho.
— Sim. Após uma breve análise com os garotos, chegamos a conclusão óbvia de que eu sou a melhor pessoa pra te passar as dicas. — Ele apoiou os cotovelos nos joelhos, e o queixo nas mãos fechadas, me fitando orgulhoso, enquanto eu tentava desvendar do que se tratava as dicas.
— Ok, então desembucha. — Falei impaciente e demasiado curiosa.
— Quanta pressa. — Ele inclinou o corpo novamente para a posição inicial e encostou suas costas na parede, relaxando as pernas e abrindo-as de forma sutil. — Bom, a primeira dica é que quando você for pra cama com o Jungkook...— Ele começou a falar e eu não sabia que era possível engasgar com o próprio ar, mas fora o que me ocorreu. Comecei a ficar sufocada e de repente aquela sala parecia possuir zero ôxigenio. Tossi de forma nervosa e descontrolada, e Jimin prontamente arregalou os olhos parecendo preocupado.
— Quando eu o quê? — Assim que recuperei um pouco de ar, soltei aquela pergunta com minha mais nova voz de minion sendo degolado.
— Caralho, Loreta, respira... — Ele colocou a mão em meu ombro. — Quando você for pra cama com ele, ora bolas. Sexo. — Ele respondeu como se fosse óbvio e mais uma vez o ar parecia não existir.
— Jimin, eu n-não, eu... — A minha voz fora de minion degolado para minion degolado com labirintite. Foi só quando recuperei meu estado de sanidade que raciocinei todo contexto ali presente.
— Calma... Ou você achou que iria conseguir fazer ele se apaixonar por você se não mostrasse para ele as suas habilidades na cama? — Ele questionou e agora abria um leve sorriso, fazendo-me sentir idiota.
— Sim, aliás, n-não sei. Quer dizer... — Respirei fundo. — Que infernos, Jimin! Eu vou ter mesmo que fazer isso? Não pode ser como nos filmes em que o mocinho se apaixona mesmo sem tocar na mocinha? — Perguntei e Jimin sorriu divertido, e aquilo só piorava meu estado, pois eu me sentia tola e ingênua. A quarta regra se tratava-se, então, de dicas sobre sexo.
— Estamos falando de Jungkook, e até onde eu sei, ele não é nenhum mocinho. — Concluiu erguendo as sobrancelhas.
Meus batimentos estavam acelerados só de ouvir Park Marrento Jimin dizer que eu deveria fazer aquilo. Onde infernos eu tinha amarrado meu jegue? Eu estava pasma, fora de mim e com certeza meus olhos estavam arregalados ao fitar o nada enquanto eu pensava em tudo. A julgar pela cara de Jimin me fitando assustado, eu devia estar branca feito um fantasma, completamente em transe. Ele sacudiu a mão em frente os meus olhos, tentando me despertar de meu atual transe. Pisquei algumas vezes e voltei a fita-lo, e pude jurar que minha expressão gritava por socorro.
— Caramba, Loreta. Vendo assim até parece que você nunca transou na vida.... — Ele indagou, em seguida hesitou, pareceu que falaria algo, fitou o chão e franziu o cenho ao refletir o que eu já sabia que não poderia esconder por muito tempo.— Você é virgem! — Então ele finalmente chegou a conclusão apontando para mim incrédulo. Juro que eu só queria sair correndo dali direto para o colo da minha mãe, enquanto tomo toddynho até morrer. — Porra, Loreta. Você é virgem?! — Ele decidiu questionar agora, somente para que eu afirmasse e ele pudesse ter a certeza disso. Esmoreci envergonhada, não que eu devesse alguma satisfação ou qualquer coisa do tipo, afinal de contas, o corpo era meu e eu decidia se alguém tocava nele ou não, e quando tocaria ou não.
— Olha, Jimin, acho que virgindade é uma construção social para... — Comecei a tentar me explicar, mas Jimin me cortara levantando-se de supetão.
— Uau! — Ele exclamou mais uma vez incrédulo, virei-me para trás a fim de continuar fitando e prolongando a minha vergonha. — Você é tipo uma raça em extinção nessa escola. Eu tô de frente para uma raça em extinção! — Ele sorriu, e eu não pude deixar de notar que ele realmente parecia chochado com isso.
— Ok, vá em frente, me zoe, ria da minha cara. Afinal de contas, fui eu mesma quem me meti nessa situação. Eu mereço isso... — Respondi sincera, mas senti aquilo quase como um desabafo para Deus, pois ele parecia estar me mandando com prazer as consequências de eu vender minha alma para o Diabo, ou melhor dizendo, para Jeon Jungkook.
— Espera.... — Ele massageou as têmporas. — Isso vai ser mais difícil do que eu pensei... Por que se você é virgem, você não vai fazer ideia do que fazer com as minhas dicas. — Ele refletiu mais um pouco enquanto eu olhava para o teto na esperança de um buraco de ozônio se abrir ali e me sugar para dentro. — Eu acho que tenho um plano.
— Me jogar do alto do Empire State? Topo. — Respondi irônica.
— Muito melhor. — Ele se aproximou e sentou novamente no caixote, me fitando demais a ponto de me deixar corada.
— Você já concluiu as três primeiras regras e podemos dizer que obteve certo êxito nelas, pois ele definitivamente está na sua. — Jimin dizia. — Agora precisa concluir a última e não menos importante. Mas, para isso, vou ter que acrescentar algumas coisinhas nessa regra. — Ele enrolava e parecia feliz demais para o meu gosto.
— E qual seria essa regra? — Questionei impaciente.
— Você precisa enlouquecer ele, fazendo-o nunca mais desejar estar com ninguém. — Respondeu.
— O que quer dizer?
— Estou falando de sexo, Loreta. — Ele retrucou naturalmente, arrancando-me uma expressão de olhos arregalados e aflição. Era óbvio que ele falava de sexo, mas agora sabendo que sou virgem, como infernos ele pretendia me doutrinar com suas dicas libidinosas?
— E como diabos você espera que eu aprenda isso? — Retruquei já visivelmente nervosa. Jimin refletiu me fitando da cabeça aos pés, logo depois umedecendo os lábios carnudos de tom rosado.
— Eu vou te ensinar... Na prática
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