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História Four Rules - O ciúmes é um monstro dos olhos verdes - História escrita por taeyongz - Spirit Fanfics e Histórias
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História Four Rules - O ciúmes é um monstro dos olhos verdes


Escrita por: taeyongz

Notas do Autor


e ai suas gostosa, qual a boa?


>> ATENÇÃO CARAI: SEGUNDA E ULTIMA PARTE DO CAP TÁ EM TERCEIRA PESSOA <<

obrigada por tudo e perdoem os erros, pois betei isso aqui numa preguiça fodida
mas foi de coração

<3333

Capítulo 12 - O ciúmes é um monstro dos olhos verdes


Fanfic / Fanfiction Four Rules - O ciúmes é um monstro dos olhos verdes

Sentei-me na última fileira de bancos do ginásio, bem no topo, onde gozava da visão privilegiada de toda a quadra. Comia meu sanduíche de atum ali enquanto observava os atletas treinarem suas cestas em meio a barulhos de tênis derrapando pelo chão da quadra. 

Jimin e Jungkook estavam lá, sorridentes. Pareciam conversar sobre técnicas e qualquer coisa que envolvesse basquete, mas eu  estava longe demais para que me vissem. E também não poderiam, estavam concentrados demais na bola. 

Jimin tentava tomar a bola Jungkook, enquanto este, o driblava facilmente. Mas Jimin não desistia, parecia focado cem por cento em tirar a bola do outro, mesmo que este seja relativamente mais alto e mais encorpado. Era até interessante observar a diferença de altura, e ao mesmo tempo que isso inferiorizava Jimin, ele ainda conseguia estar no mesmo patamar se você parasse para observar o quanto seu corpo era bonito, sua pele macia, sua boca carnuda. As coxas grossas de forma proporcional. Os braços que abrigavam músculos rijos. O cabelo umedecido pelo suor, que caia nos olhos quase sempre, fazendo-o quase sempre também os colocar para trás com a mão. 

E tinha Jungkook, o corpo naturalmente atlético, os cabelos de um castanho incomum, a pele radiante. O sorriso sempre estampado nos lábios, não importasse o que. A mania irritante de mordê-los, só para que estes fiquem sempre umedecidos e de uma coloração rosa natural. Ou somente mesmo para que aquela expressão cafajeste ficasse em constante guerra com seu rosto de traços inocentes. Sempre com aquele sorriso cínico estampado no rosto. 

Suspirei ao observar tudo aquilo, enquanto mastigava de forma bruta aquele atum cozido com molho picante. 

Tinha algo de errado comigo. Eu podia sentir.

Havia um incômodo, mas se ausentava minha habilidade de identificar o por quê. Era como quando alguma parte do seu corpo coça e você não sabe identificar qual é. Era como eu me sentia; algo coçava, só bastava saber onde. 

— Os rumores são de que você está saindo com Jungkook... — senti alguém sentar-se ao meu lado, e quando me virei, quase sorri ao ver que era Hoseok. — Mas  está impossível saber pra qual dos dois você olha mais. — seus olhos estavam em Jungkook e Jimin que continuavam a jogar na quadra. 

— Oi Hobi. — tentei soar simpática para não entregar todo o rancor que eu estava sentindo dele e de Cristine.

— Meu Deus, engole isso. — advertiu ao ver que eu tinha falado de boca cheia. Fiz careta e terminei de vez de comer meu Atum Top, nome que apelidei o meu sanduíche de atum favorito. 

— Pensei que não conversasse com líderes de torcida e populares no geral. Melhor sair daqui antes que te vejam comigo. — alfinetei. Não consegui controlar por muito tempo a minha mágoa de ter sido esquecida e abandonada. 

— E perder a oportunidade de ser visto com a primeira dama? Não mesmo. — retrucou divertido. 

— Primeira dama? — ergui as sobrancelhas. 

— É do que estão te chamado agora. Dizem até que é só questão de tempo até você é Jungkook começarem a namorar. — agora até ele parecia surpreso ao falar aquilo.  — O mais estranho, é que se há algum tempo atrás alguém me perguntasse quem é a pessoa número um a odiar Jeon Jungkook, eu responderia que é você sem pensar duas vezes. — concluiu. 

— É mais complicado do que parece. — fui direta. 

— Então me explique. Tenho todo tempo do mundo até a próxima aula chata de Biologia. — ele ajeitou-se no banco e sorriu, parecia mesmo disposto a me ouvir. Eu estava explodindo tamanha era a dificuldade em guardar tudo para mim. Todo o plano, todas as explicações, tudo que eu queria compartilhar com os meus melhores amigos, justamente por que nunca, em toda minha vida, escondi algo deles. 

— É tudo parte de um plano, Hobi. — soltei de uma vez, e aquilo fora como se eu tivesse tirado uma pedra incômoda do meu sapato. — Me vestir dessa forma, virar líder de torcida, sair com Jungkook... — então tudo foi se desencadeando e a sensação era aliviadora demais. — Eu fiz tudo isso pra destruir o coração de Jungkook, fazê-lo se apaixonar por mim e descartar ele como se não fosse nada, exatamente como ele faz com todas e como fez com Cristine. — a expressão de Hobi era boquiaberta e ele encarava o chão como se estivesse tentando absorver aos poucos toda aquela gama de informações. 

— Eu deveria ter imaginado. — respondeu instantes depois. — Mas é claro que eu deveria ter imaginado. Claro, no começo realmente pareceu algo estranho, mas é que agora... — interrompeu sua própria fala indicando estar com receio de completa-la. 

— Agora o que? — talvez soei um pouco mais ansiosa do que deveria. 

— É só que... — ele mordeu o canto do lábio inferior, receoso. — Agora parece que você é realmente parte disso. Quero dizer, você realmente virou a típica líder de torcida que namora o capitão do time. — antes que eu pudesse analisar o que Hobi falava, uma bola  de basquete fora arremessada com tudo na direção do meu amigo, que por sorte conseguiu desviar. Quando olhamos, percebemos que a bola vinha de um dos membros de time, o Bryan. 

— Foi mal Hoseok, bagunçou seu penteado, fofo? — gritou debochado, fazendo a atenção de todos na quadra virarem-se para nós. Não era novidade aquele bullying básico e rotineiro contra o meu amigo. 

— Não, meu querido! Porque eu sou blindado contra a inveja de heterozinho de pau pequeno. — Hobi levantou-se gritando, puxando para si a atenção dos atletas na quadra. 

Jimin e Jungkook perceberam então minha presença ali e ambos me olharam curiosos. Park passou as mãos pelo cabelo e sorriu discreto, enquanto Jungkook, ainda rindo da resposta que meu amigo barraqueiro havia dado à Bryan, também me olhou lançando uma piscadela. 

— Ah, como eu amo a escola! — Hoseok disse enquanto sentava-se novamente ao meu lado. — Enfim, o que eu quero dizer é... Só toma cuidado com essa história, ok? — disse doce e em seguida abrindo-me um sorriso singelo. É, eu havia sentido falta do meu raio de sol e melhor amigo.

— Obrigada por se preocupar, Hobi, mas não precisa disso, ok? Está tudo dando mais do que certo. — completei mesmo sentindo que as palavras saíam de forma insegura de mim. Quero dizer, tudo estava dando certo, não estava? Eu não deveria me preocupar com nada, deveria? 

Hobi me abriu um último sorriso antes de levantar.

— E antes que eu esqueça... — seu tom era de advertência. — Faça logo as pazes com Cristine. Ela sente sua falta. — as palavras foram como um soco no estômago. Como Cris poderia sentir minha falta se nem sequer me olhava na cara? 

Então ele finalmente saiu.

Voltei meu olhar para a quadra e os dois amigos já estavam ocupados com seus arremessos novamente. Respirei fundo e murmurei para mim mesma que tudo estava dando certo, que meu plano se concretizaria logo. Eu não tinha com o quê me preocupar, correto?

(...)

Ao apanhar meu prato para que a moça servisse minha merenda na hora do almoço, fiz cara de desdém ao observar a senhorinha simpática colocando almôndegas em meu prato. Eu odiava almôndegas.

— Por favor, não coloq...

— Não coloque almôndegas.... — a voz doce e gentil de Cristine entonou ao mesmo tempo. — Ela odeia almôndegas. — concluiu um pouco receosa enquanto me olhava assemelhando-se à um gatinho indefeso. A moça da cantina atendeu ao pedido e me entregou o prato. 

— Oi Cris. — disse em um tom tão baixo que seria milagre ela ter escutado. Mas ela escutou, me dando apenas um sorriso como reposta enquanto recolhia algumas maçãs para colocar em sua merenda. 

— Como você está? — perguntei ao que ambas preenchíamos nossos pratos com as comidas ali dispostas.

— Já estive melhor. — respondeu, e as aquelas palavras de alguma forma me doeram em grande proporção.

— Olha Cris, me desculpe... — finalmente aumentei o tom para quebrar aquela gama de receio que nos cobria, escondendo a intimidade que tínhamos por termos tanto tempo de amizade. 

— Não, eu que peço desculpas. — então ela finalmente cedeu e agora estávamos viradas uma para outra, e aposto que nossos olhos brilhavam. — Eu falei coisas estúpidas pra você, eu simplesmente... Eu não sei, Loreta, as coisas estão estranhas. — soltou de uma vez, encarando-me com aquele rosto meigo que tanto me deixava de coração apertado. — Você gosta dele? — a pergunta entonou aos meus ouvidos como flechadas. — Quero dizer, andam dizendo tanta coisa pela escola, que eu já não sei mais em quem acreditar. Mas a única pessoa que pode me responder isso é você. Eu preciso saber de você, Lo. — ela falava atropelando as palavras, meio confusa. — Porque se for verdade, se você gosta dele, tudo bem. Prometemos que nenhum garoto separaria a gente, não é? — ela fez com que eu me recordasse naquele momento das tantas vezes que prometemos isso à outra, mas a verdade é que nunca acreditei que algo assim aconteceria, simplesmente porque os garotos que Cristine costumava ficar a fim nunca fizeram o meu tipo. — E então, você gosta dele? — ela me despertou dos meus devaneios e foi aí que meu cérebro simplesmente pifou. Eu nada consegui proferir. 

— As gatinhas vão ficar aí jogando papo fora ou vão dar espaço pro bonde poder comer também? — Taehyung gritou tentando passar na nossa frente na fila da merenda juntamente com Min Yoongi. Revirei os olhos e puxei Cristine pelo braço para mais distante dos garotos esfomeados ali na fila. Cristine sorria para eles, principalmente para Taehyung, que soltou uma piscadela descarada para ela.

— Ele é tão gato. — ela murmurou enquanto nos afastávamos. Minha amiga não havia mudado nada, especialmente no péssimo gosto para garotos. 

— Ok, olha pra mim. — estalei os dedos em sua frente para que ela tirasse seu olhar dele e focasse em mim novamente. — Eu sei que eu mudei, mas eu preciso que confie em mim. Logo logo essa fase vai passar e tudo voltará ao normal. — tentei parecer confiante, mas a verdade era que o normal do qual eu me referia dizia respeito somente à minha amizade com Cristine, pois, estranhamente, eu já sentia-me como se fizesse parte de outro mundo.

— Eu confio em você. — ela sorriu, o que me causou um alívio do qual eu não sentia há muito tempo. Murmurei um obrigada em meio a sorrisos e logo a abracei firme. 

— Ok, agora vocês podem se beijar! — Tae gritou de onde estava, nos observando com certa malícia. Sua trupe fez o mesmo, reforçando o seu pedido. Revirei os olhos e puxei Cristine para longe dali novamente, pois, naquele dia, teríamos aulas juntas e tudo ficaria bem como antes. Ou pelo menos, era o que eu preferia acreditar.

(...)

No sábado, meu celular me despertou do cochilo em que eu me encontrava, indicando que já eram quase cinco da tarde e no lembrete dizia ''Chá da professora Gale''. Respirei o mais fundo que pude antes de levantar-me e tomar um banho. Eu teria que encarar Jungkook e teria que encarar aquele chá tedioso, que se não fosse por meu amor à teatro e literatura, eu não iria comparecer nem que me pagassem.

Mamãe gritou do andar de baixo que tinha alguém ali para me ver. Com certeza era ele, eu pensei. Era o frango metido de argolas nas orelhas. Agradeci a mamãe por ter atendido ele e me despedi dando-a um abraço. Jungkook, por sua vez, abriu aquele sorriso simpático e galanteador de sempre, e pelo olhar de mamãe, eu tive a plena certeza de que mais tarde ela me encheria de perguntas e faria muitos elogios ao Kook. Só a ideia me causava arrepios. 

— Vamos? — ele estendeu a mão para mim assim que fechei a porta. Tentei não refletir muito e resolvi dar a mão para ele, que me guiou até o carro ali estacionado. Ele trajava preto da cabeça aos pés, e sua calça marcava demais as coxas. Sei disso porque o observei minuciosamente enquanto ele abria a porta para mim e depois dava a volta para sentar-se ao banco do motorista. 

Mas espera um pouco...

Eu conhecia aquele carro.

— Esse carro é do Jimin! — exclamei como quem recorda-se de uma informação irrelevante mas que mesmo assim comenta. 

— É, eu peguei emprestado com ele. — Kook colocava o sinto de segurança tranquilamente. Pôs as mãos sob o volante e antes de ligar a enguição, parou por um instante e pareceu refletir, então franziu o cenho e expressou confusão naquele rosto bonito. Virou-se para mim ainda com o o cenho tenso e o olhar curioso. — Espera, como você sabe que é o carro dele? — soltou a questão de uma vez, ainda me olhando confuso.

Meus olhos piscavam de forma mais rápida e minha boca semi aberta sem conseguir proferir nada, não me ajudou naquele momento. 

— E-ele... Ele me deu carona uma vez. — menti desviando meu olhar, então não pude ver a expressão de Jungkook, mas pude ouvir sua reposta muito bem.

— Estranho... — sua voz ainda era calma, mas ouvir aquilo congelou minhas entranhas como se eu estivesse no polo norte só de biquíni. — Eu nunca vi o Park dar carona para ninguém. Ele dá carona para mim reclamando, e olha que sou amigo dele. — completou, e fora aí que percebi que minha mentira apenas complicou ainda mais aquela situação.

A atmosfera ficara tensa de repente...

— Acho melhor irmos, estamos atrasados. — fora tudo que consegui falar. Ajeitei-me no banco e fitei a rua a minha frente, não mais olhando para Jungkook. Ele não disse nada por alguns segundos, mas logo engatou o carro e fomos de encontro a casa da senhorita Gale. O silêncio durante o trajeto foi incômodo, mas quando já estávamos perto, Jungkook pareceu animar-se. 

— Chegamos! — sorriu. 

— Não entendo como pode estar tão animado com isso. — murmurei desfazendo-me do sinto de segurança. Mas antes que eu abrisse a porta para sair, ele pousou sua mão na minha coxa exposta por conta da saía curta que eu usava. 

— Espera... — sua voz era baixa, macia. Vire-me para ele e fitei seu rosto sereno e olhos arredondados e boca rosa. — Lo, eu sei que você pensa que eu não valho nada, que provavelmente farei com você o que já fiz com todas as outras. — cínico, ele era um cínico. Estreitei meus olhos para observar até onde aquele discurso iria. Por pouco não interrompi ele para ir buscar uma pipoca e assistir ao vivo e a cores o grande mentiroso. — Mas a verdade é que eu gosto de você. — completou piscando os olhos de forma mais meiga possível. — Não precisa ser agora, mas por favor, me dá uma chance de provar que com você é diferente? — mordeu o lábio inferior esperando minha reposta. Maldita boca rosada e delineada.

O que eu estava presenciando ali, meus amigos, era o clássico discurso de Jeon Jungkook. A falsa ilusão de fazer você sentir-se única, fazer você acreditar que com você seria diferente, te enfeitiçar com aquele sorriso de coelho sádico que chegava até a ganhar do coelho malígno do filme Donnie Darko. Aquele momento não passava do falácia clássica de Jungkook para conseguir a única coisa que importa para ele: sexo. 

Eu mal podia acreditar que finalmente estava passando pelo momento que todas que já tiveram o desprazer de serem vítimas de Jungkook passaram. Será mesmo que todas caíam naquela? Quero dizer, será mesmo que ele usava aquele discurso para todas? Não é possível que eu seja a única exclusiva, não é? 

Não é?!

— Você é tão linda. — sussurrou enquanto analisava todos os meus traços. Levou sua mão até a lateral do meu rosto, onde alisou com calma, fazendo uma linha imaginária com seu polegar. Então ele chegara aos meus lábios, passando com calma o dedo polegar ali. — Sua boca... Você não faz idéia de como eu sinto vontade de beijá-la o tempo todo. — ele continuava murmurando com aquela voz lânguida, sensual. — por alguma razão estranha eu fechei os olhos e mexi lentamente minha cabeça em resposta ao seu toque. Quero dizer, o carinho estava tão bom e intenso que...

Espera...

Não... 

Chega!

— Não! — praticamente gritei, me afastando dele. Jungkook por sua vez arregalou os olhos em surpresa. 

— Desculpa, eu não quis... — disse preocupado.

— Shiu! — coloquei o dedo indicador nos lábios dele apenas para que ele calasse aquela boca amaldiçoada. Aquilo só podia ser pacto com o demônio, não tinha explicação plausível! — Vamos de uma vez pra essa chá! — exclamei visivelmente nervosa, sem entender ao certo porque eu estava  praticamente berrando com Jungkook. 

— Lo... — ele ainda tentou falar, mas logo me retirei do carro e caminhei a passos largos para a porta da casa da professora Gale. Meu coração pulsava e o estresse era palpável. Eu sentia raiva, mais raiva de mim mesma do que do próprio Jungkook. Toquei incessantemente a campainha e logo a professora Gale abriu a porta e esboçou seu maior sorriso ao ver que Jungkook já vinha logo atrás de mim.

— Que bom que estão aqui! — sua voz quase soara musical, semelhante a uma cantora de opera oucoisa do tipo. — Jungkook, meu querido! — ela logo partiu para cima de Kook, agarrando suas bochechas e alisando o seu rosto. Ele estava sorridente e convencido com sempre. — Entrem, entrem! — ela pediu empolgada, logo fomos atrás dela. 

— Eu adoro essa professora. — ele falou baixo só para que eu ouvisse. Mas era claro que ele adorava, afinal, ela o tratava como a própria coca-cola no deserto, último biscoito do pacote, o rei da porra toda. Eu também amaria ser tratada assim. Mas o problema mesmo foi que a professora pareceu esquecer-se da presença dos outros alunos de teatro assim que Jungkook pôs seus pés ali. Passamos a tomar chá e comer biscoitos enquanto observarmos entediados o quanto ela dizia que Jungkook fora impecável e do quanto ele era perfeito. 

O maldito convencido só sorria de orelha a orelha ao ouvir aquelas coisas. Revirei meus olhos e engoli todo aquele chá desejando que aquilo fosse álcool. Nunca fui de beber, mas é aquele famoso ditado: circunstâncias drástica pedem medidas drásticas.

— E como fomos um sucesso este ano, resolvi preparar uma nova peça que vai anteceder o baile de formatura. Não é um máximo? — contou a notícia empolgada enquanto Jungkook ajeitava-se ao meu lado no sofá. Os alunos presentes pareceram gostar na notícia, e no fundo eu gostei também. — E adivinhem só o que iremos trabalhar? — ela estava empolgada em demasia. Foi até o criado mudo e recolheu o livro ali jogado. Quando finalmente estendeu o livro para nos mostrar, meu coração palpitou em animação. — Otelo! — exclamou sonora. 

— Isso! — comemorei para mim mesma, vendo Jungkook virar-se para mim confuso. 

— O-o quê? — o jumento indagou. Revirei meus olhos pronta para dar uma aula de cultura para ele, mas a senhora Gale tomou minha frente.

— Otelo, querido! — respondeu. — É uma obra cheia de drama, conflitos, ciúmes e principalmente... amor. — ela suspirou. 

— Irado! — ele sorriu animado. Bufei irritada ao ver alguém se referir a uma obra de Shakeaspere como ''irado''. 

— Como alguns aqui devem saber, Otelo desenvolve-se inteiramente em volta do ciúmes que Otelo tinha por Desdêmona. Ciúmes este, que fora implantado em sua cabeça desde os primeiros atos da obra. — ela dizia e eu já sabia de cor do que tratava-se aquele livro. — Otelo suspeita que sua amanda Desdêmona está tendo um caso com seu melhor amigo, Cássio. — explicava. 

Porém, todos que estava concentrados na professora, viraram-se ao ouvirem a risada gozada de Jungkook. 

— Algum problema, meu doce de mel? — até a professora encontrava-se curiosa por aquilo.

— Não, é só que é engraçado... — ele riu mais um pouco e desencostou-se do sofá para melhor gesticular. 

— O quê pode ser engraçado em uma tragédia como esta? — a professora questionou ainda mais confusa.

— Desconfiar que sua mulher está o traindo com o próprio melhor amigo? Quero dizer, que tipo de amigo é esse? Isso no meu mundo se chama traíragem. — explicou, arrancando alguns olhares compreensivos e uma breve concordância da professora.

— Eu devo concordar com você, Jungkook. Mas veja bem, meu querido, há muito mais complexidade nos assuntos do coração do que possamos entender. 

— Desculpa, professora Gale, mas que tipo de complexidade explica ser apunhalado pelas costas pelo próprio melhor amigo? — agora ele parecia mais incomodado com a história toda, enquanto eu apenas esperava pelo desenvolver daquela conversa. — Isso é inaceitável, isso sim. — deu de ombros voltando e encostar-se folgadamente no sofá.

— Saiba que Otelo nunca teve a certeza de que o tal caso de fato acontecera, Jungkook. Mas lhe digo que o ciúmes o corroeu do início ao fim. — ela sorriu. — E é isso que preciso que transmitam nessa peça. A incerteza de Otelo, a desconfiança que o sugava e a dor da possibilidade de ser traído simultaneamente por sua amada e pelo seu melhor amigo. — decretou animada. — E se me permitem expor o meu trecho favorito desta obra, direi que o ciúmes é um monstro de olhos verdes, que escarnece do próprio pasto que o alimenta. — proferiu a frase famosa da obra de Shakespeare, arrancando sorrisos e aplausos dos alunos animados.

— Olhos verdes como os da Loreta? — Jungkook mesmo incomodado com aquilo tudo, não deixou a piada passar. Alguns riram, alguns reviraram os olhos, mas estranhamente, eu me senti pessoalmente atacada. 

— Exatamente como os da Loreta, Jungkook. — a professora respondeu e sorriu, apenas para não deixar o leigo de literatura no famoso vácuo. 

Então tudo desde então acontecera rápido demais...

— Gostou do encontro? — ele parou em minha frente antes de abrir o carro para que fossemos embora. 

— É, não foi de todo ruim. — dei de ombros. — Estou cansada. — continuei. 

— Deixa que eu guardo isso para você. — retirou com cautela minha mochila dos meus ombros, esta que eu levei com alguns livros para emprestar para os meus colegas de teatro. 

— Que estranho... — tudo que eu pude foi ouvir ele falar, mas estava distraída demais ajeitando meus cabelos no reflexo do vidro do carro. Quando virei, Jungkook estava guardando minha mochila no banco de trás, e só então foi que eu vi...

— Esse chaveiro de bola de basquete na sua mochila... — ele observou o objeto de forma intrigada. — O Jimin tem um igual. — continuou a analisar o objeto ao mesmo tempo que meu corpo paralisava. Jurei naquele momento poder ouvir as batidas do meu próprio coração. — Na verdade, ele tem um idêntico. — concluiu. 

Mais do que depressa avancei para cima dele e arranquei a mochila de suas mãos, jogando-a de qualquer jeito no carro. 

— Sério? Eu comprei este há pouco tempo em uma lojinha de utensílios. — minha voz saíra tremula. — Vamos? — apressei-o, e ele, por sua vez, parecia muito sério para o meu gosto. 

— Claro. — sorriu fraco, dando a volta no carro. O galo nada proferiu durante todo o tempo que estivemos no carro a caminho de minha casa. Quando chegamos, ele saiu do carro para me acompanhar até a porta. 

— O-obrigada. — foi o que eu conseguir dizer antes de caminhar até a porta, mas logo ele me impediu puxando meu braço com cautela. Voltei-me para ele e logo estávamos frente a frente. 

— Eu não ganho nenhum beijo de despedida? — sorriu ladino, me encarando. 

— Jungkook, eu preciso entrar... — minha fala fora interrompida quando ele puxou meu corpo com rapidez e encostou-me carro, colando seu corpo no meu em seguida. 

— Jungkook, meus pais podem ver! — murmurei um pouco fraca por aquela proximidade toda em junção com o calor de seu corpo. 

— E daí? — ele sussurrou, levando seus lábios até meu lóbulo, deixando um beijo quente e molhado. Então veio trazendo beijos assim por minha bochecha, até chegar a minha boca, onde ele afastou um pouco e parou ali, esperando que eu desse o próximo passo e o beijasse. Maldito galo irritante e prepotente, pois ele conseguiu exatamente o que queria. Avancei alguns centímetros para juntar sua boca a minha, mas ele afastou-se para trás e sorriu. 

— É tão bom ver que meu desejo é recíproco. — indagou orgulhoso. No mesmo instante um ódio fervecente subiu-me, e a vontade era de socar o seu rosto de príncipe da Disney até que este não tivesse mais forma.

— Argh, Jungkook! Por que você tem que ficar fazendo isso? Porque você é tão imbecil? Você... v-você. — eu não sabia do que xingá-lo, eu não sabia mais como reagir, eu só conseguia me perder em pensamentos confusos e me sentir completamente irritada e nervosa.

— Já falei o quanto você fica linda toda irritandinha? — sorriu como se eu não estivesse extremamente nervosa e borbulhando em ódio bem ali na sua frente. Empurrei seu corpo pra trás pronta para sair, mas ele puxou-me novamente. — Ei, eu estou brincando. — agora o sorriso se desfez e ele falava sério. 

— Não tem graça, Jungk... — ele me cortou ao que seus lábios foram colados nos meus juntamente com seu corpo que me imprensava ali naquele carro. Suas mãos alisavam com leveza minha cintura e o beijo era lento, calmo. Sua língua pedia espaço e aos poucos eu fui cedendo, mesmo que relutante. Uma de suas mãos subiu para minha nuca, onde ele fez uma massagem gostosa, segurando com firmeza ao que mudava a posição de sua cabeça de forma lenta, mudando a posição do beijo com frequência. Eu já estava sem ar quando ele afastou com calma nossos lábios e em seguida me observou abrir os olhos devagar. — Isso sim é uma despedida. — murmurou sorrindo e por conseguinte afastando-se para dar a volta no carro e ir embora de vez, deixando-me ali, como sempre, incrédula.

(...)

Jungkook não estava feliz.

Por um lado, estava satisfeito em ver que suas investidas em Loreta pareciam surtir algum efeito, mas por outro, sentia que alguma coisa estava errada.

Acelerou então o carro a uma velocidade maior do que aquela via permitia enquanto remoía alguns pensamentos que já estavam implantados em seu sub consciente desde que a professora Gale dissertara sobre aquela maldita peça. 

“Ele me deu carona uma vez” 

Jungkook sorriu sem humor ao recordar-se, mas o sorriso esboçava ironia por estar começando a ser tomado por aquelas suspeitas. Virou a esquina sem desacelerar o carro, estava apressado para chegar em casa e tomar aquela cerveja que seu pai deixara gelando para assistir ao jogo no dia seguinte. Não ligava de qualquer forma, precisava beber pra relaxar. 

''Há muito mais complexidade nos assuntos do coração do que possamos entender''

Colocou pé no acelerador e o carro passou a ter uma velocidade maior. Não estava se preocupando muito, no final das contas. Estava irritado demais com aquela confusão que o tomara de repente.

''Eu comprei este há pouco tempo em uma lojinha de utensílios''

Não podia ser. Tudo se encaixava de forma estranhamente simétrica, e Jungkook não podia aceitar com facilidade aquelas explicações. Park Jimin estaria demonstrando algum tipo de interesse em Loreta? Ele não faria isso consigo, faria?

Jungkook piscou tentando afastar tais devaneios, mas era em vão.

O pensamento lhe subiu como uma chama que se acende, e a raiva consumiu-o por completo

— Não pode ser verdade. — murmurou colocando uma força maior do que necessária ao apertar volante. A viagem que era curta pareceu longa demais quando finalmente estacionou o carro, não em sua casa, mas sim, na de Park Jimin. 

(...)

O garoto estranhou quando ouviu a campainha tocar naquele sábado, não estava esperando por visitas e estava muito ocupado assistindo ao jogo dos Jets enquanto tomava cervejas geladas e comia salgadinhos. Levantou-se relutante do sofá e sentiu-se surpreso ao deparar-se com Jungkook na porta. Este, havia combinado de ir em sua casa apenas no domingo para devolver o carro, pois precisaria passar o sábado com ele. Mas estranhamente, Kook já estava ali, em sua frente. 

— E aí, cara. — Park saudou, mesmo curioso. 

 — Posso entrar? — a pergunta quase fora retórica, pois Jungkook sabia que era sempre bem vindo à casa dos Park. 

— Claro, os Jets estão ganhando e tem cerveja na geladeira. — abriu caminho ao voltar para dentro, sentindo fechar a porta atrás de si. Park voltou a sua poltrona enquanto Jeon caminhava até a geladeira, onde apanhou uma garrafa de cerveja e entornou quase a metade apenas em um gole. 

— Dia difícil? — Jimin questionou revezando seu olhar entre o amigo e a grande TV tela plana, enquanto dava goles curtos em sua própria cerveja. 

— Você não imagina o quanto. — o amigo retrucara, dando por fim a golada final e esvaziando a primeira garrafa. Logo recolheu mais uma e caminhou até o sofá que jazia de frente para TV. Sentou-se calmo e passou a assistir à partida que ali passava. Jimin não pode deixar de olhar algumas vezes para o amigo que parecia sério demais, mas preferiu não incomodar com perguntas. Mas no fundo, Jimin sabia que precisava perguntar, afinal de contas, era seu amigo. 

— Como estão as coisas com e Loreta? — foi direto ao assunto, pois sabia que o mal humor que acompanhava Jungkook nos últimos dias sempre provinha de algo relacionado a ela. 

— Melhor impossível, Park. — então levou seu olhar e este foi de encontro aos de Jimin, que sentiu-se incomodado com a fitada fuziladora do amigo. — Inclusive estávamos juntos agora. — sorriu descarado, sem desviar seu olhar do de Jimin por um segundo que fosse. Kook queria analisar cada expressão que o amigo esboçasse. — E devo dizer... — ele ajeitou-se no sofá, passando a mão pelo peitoral naturalmente definido. — Ela é mesmo uma delícia, se é que é entende. — pareceu recordar-se de algo, e Park analisou com um certo incômodo a forma que Jungkook falava de Loreta Houston. O amigo não era de falar de suas conquistas amorosas em detalhes, no entanto, daquela vez, parecia fazer de propósito. Jimin desviou seu olhar prontamente e deu um gole grande, matando de vez a cerveja que tomava. 

Park levantou-se apressado até copa e pegou mais uma garrafa. 

— Trás outra pra mim também. — o amigo entonou sem sequer olhar para si, prestando atenção no jogo e comendo o restante dos salgadinhos na mesa de centro. Park voltou receoso, lento. Estava estranhando a atitude do amigo e estanhando ainda mais a forma rápida que Jungkook bebia. Parecia querer ficar bêbado, parecia prestes a explodir a qualquer colisão mínima que seja. 

Entregou a cerveja da mão do amigo, que recolheu sem pensar duas vezes e passou a beber a goles longos. Jimin sentara outra vez, e então não conseguiu mais prestar atenção no jogo. Não conseguiu prestar mais atenção em nada que não fosse a curiosidade em saber o por quê de Jungkook ter falado dela daquela forma. Eles já teriam transado? Eles já ao menos ficaram juntos de forma íntima? Jimin estava confuso.

— Alguma razão especial para ter tocado no nome dela? — Kook finalmente quebrou o silêncio. Suas pernas grossas levemente abertas e a pose de quem tudo pode, parecia querer intimidar o outro, e isso Jimin podia sentir. 

— N-ão, cara. Eu só quero saber como você está, só isso...— mas a fala de Jimin prontamente foi cortada pela voz agora grave do amigo. 

— Sabe Park, uma coisa muito estranha aconteceu hoje. — seu cenho estava levemente franzido, e ao olhar para o amigo, Park podia ver a expressão debochada e irônica ao mesmo tempo. Jimin não estava gostando daquilo. — A Loreta comentou sobre o carro ser seu, disse que você deu carona pra ela uma vez. Quando foi isso? — perguntou simples como se estivesse fazendo uma pergunta qualquer, mas Jimin o conhecia, embora não fosse bem preciso conhecê-lo para entender que Jungkook não iniciou aquela conversa em um sentimento de paz e amor. 

— Sei lá, cara. Acho que foi um dia aí que estava chovendo, mal me lembro. — deu de ombros. Mas a verdade era que Jimin não sabia ao certo o que sentir. Não sabia ao certo o que fazer.

Afinal, estava apenas ajudando Loreta a conquistar o próprio Kook. Era isso, nada mais que uma ajuda, certo? Mas por que sentia-se tão culpado? Porque sentia que Jungkook o acusava indiretamente, e mais do que isso, com razão? 

— O chaveiro... — Jungkook olhava para a mochila de Park jogada ao sofá, olhava especificamente para ela porque sabia que o amigo sempre a deixava largada ali. — Você deu o seu chaveiro pra ela. — Jeon riu ao constatar o que era óbvio, já sentia-se levemente alterado pela rapidez que ingerira a cerveja. 

Jimin travou. Olhou para mochila e olhou para Jungkook, que permanecia com a expressão debochada. Park já estava começando a se incomodar. 

— Sabe Jimin, eu sempre soube que você almeja ter tudo que eu tenho. Isso vai da posição de atacante principal no basquete até a sua falta de carisma, que convenhamos, eu tenho de sobra. — levantou-se meio cambaleante e foi de encontro à cozinha, já era a quarta cerveja. Ele deu um gole curto desta vez e olhou para Jimin, parado na poltrona fitando sua frente, apenas escutando o que o outro dizia. — Mas mulheres? Essa é novidade. — Jungkook apoiou-se no mármore da bancada que dividia a sala e a cozinha e passou e encarar o amigo, que nada dizia. Park balançou a cabeça negativando e recusando-se a acreditar no que estava ouvindo. 

— Quer saber? Acho melhor você dar o fora. — retrucou no desejo de cessar aquilo tudo antes que Jungkook falasse algo que se arrependesse e antes que a raiva subisse a sua cabeça de ambos. 

Caminhou até a porta a abriu-a para que seu amigo se retirasse. Jungkook, por sua vez, sorriu vitorioso, mas não iria desistir de descobrir o que quer que fosse que estava acontecendo ali. Afinal, tinham suspeitas, mas a certeza só viria assim que levasse Jimin ao limite de sua raiva. 

— Não me surpreende sua reação. Afinal, é isso que você sempre faz, não é? — aproximou-se do amigo, e agora estava frente a frente com ele. — Foge como um covarde. — completou afrontando o garoto a sua frente, que até então, segurava a porta pacientemente.

Jimin não podia acreditar que ouvia aquilo. Estava puto, estava com raiva, queria socar a cara de Jungkook. Travou o maxilar e fitou Kook nos olhos mantendo sua postura ereta, sem deixar intimidar-se pelo outro, segurando-se ao máximo para não revidar. Jungkook bebera rápido demais, e naturalmente não agia assim, pelo menos não com o próprio melhor amigo. Jimin deixaria passar. 

— Você tá sendo um escroto, Jungkook. — indagou calmo, acusador. 

— É? E o que você vai fazer sobre isso? — questionou colocando o dedo indicador no peito do outro. 

Aquela fora a gota d’água para Jimin. Por pouco, bem pouco mesmo, não fechou o punho na cara de Jungkook. Mas não ouviria tudo calado, não mesmo. Aproximou-se ainda mais, olhando Jungkook de perto. Tirou com certa força o dedo do outro que ainda estava em seu peito. 

— Quer saber? Você só tá com medo. — Park alterou o tom de voz, agora a firmeza se fazia presente. 

— Medo? — Jungkook arqueou sobrancelhas, rindo sem humor. 

— É, medo. — Park afirmou. — Pela primeira vez na vida está com medo de não conseguir o que quer, e está procurando qualquer motivo pra justificar caso você falhe. — concluiu, vendo a expressão do amigo ficar cada vez mais séria, e por um momento pensou que Jungkook fosse exaltar-se ainda mais. No entanto, não estava com medo. Já tinham chegado até ali e Jimin estava pronto pra qualquer tipo de reação vindo do outro.

— Tá brincando com fogo, Park. — foi tudo que Jeon disse antes de retirar-se dali. 

Jimin bateu à porta com uma força maior do que poderia, bufando nervoso em seguida. Sentou-se com tudo no sofá e terminou rapidamente o que restava de sua cerveja. 

Jimin estava puto.

Queria socar a cara de alguém, e de preferência a cara de Jungkook. Não podia acreditar que ouvira aquelas coisas do amigo, porém, mais do que isso, não conseguia entender porque sentia-se tão culpado, tão errado naquela história toda. A cerveja começava a fazer efeito e na cabeça de Jimin os pensamentos fundiam-se causando uma confusão imensa. Não pensou muito quando pegou as chaves do carro que Jungkook deixara ali e saiu de sua casa com pressa. O caminho que já sabia de cor foi percorrido tão rapidamente que Park pensou ter sorte por não ser parado no caminho por algum policial ou coisa do tipo, uma vez que o álcool já se fazia presente em seu sangue. Estacionou e se pôs pra fora indo em direção aquela janela. 

Subiu, bateu uma, duas vezes, até que ela apareceu, abrindo-a para ele. 

— O que faz aqui Jackie Chan? — Loreta indagou enquanto meio cambaleante Jimin se pôs para dentro do quarto da garota. — E quantas vezes tenho que pedir pra você não ficar entrando pela janela? Você parece um macaco pulando de galho em galh... — a fala da garota fora interrompida subitamente pelos lábios de Jimin que depositaram um selinho demorado e firme em sua boca. Confusa, Loreta permanecia de olhos abertos tentando entender aquilo. 

— Ainda quer saber como é? — ele finalmente descolou-se dela, sussurrando meio fraco. — Ainda quer ir até o fim? — complementou a pergunta. 

— E-eu... eu não sei, quer dizer, eu não sei se estou preparada, eu... — outro selinho firme a calou. Agora Park havia envolvido suas mãos na nuca de Loreta para melhor encaixar o beijo. Então descolou os lábios novamente, observando atento a expressão confusa da garota a sua frente.

— Passa essa noite comigo?


Notas Finais


THE TRETA HAS BEEN PLANTED

AI GENTE ME PERDOA JDSIOFJSDIOFHIASHUIADFHSFKKKK EU TO NERVOURSOR MANO
eu juro que não queria fazer meus nenem brigarem, mas JURO que foi necessário, não desiste de mim eu sou uma vagabunda mesmo, pode falar.

e gente, eles não brigaram exclusivamente pela loreta, o jungkook é competitivo, meio pau no cu (desculpa mas não consigo odiar ele, amo personagens assim djsiofjsdiofjsd) e mano, homens também tem tretinhas desse tipo, então seguiremos o baile, amem?

tentei fazer também varias metáforas e analogias com a história de otelo, to rindo de mim mesma pela minha audácia kaodjapdkapjdos

LINK DO GRUPO ——> https://chat.whatsapp.com/L8MXdE9UvsEHGxobSC4tIU

AMO VCS <3


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