Era uma noite de inverno, não como outra qualquer do ano, era uma noite especialmente mágica, como toda noite de natal deve ser. Nas casas as crianças já dormiam vencidas pela espera do papai Noell. Suas cartinhas de pedidos cuidadosamente anotadas em uma letra decifrável somente aos destinatário e remetente cheias de crença, aquilo que é fundamental para os guardiões terem pode, o sentido de sua promessa proteger todas as criança. Por esse motivo essa noite era singular e única mais do que todas as outras noites, até mesmo o Bunny não iria discorda, todos sabiam que suas essências estavam por um fio. Pitch com sua sede por destruir a esperança e mergulhar o mundo em um novo caos instigaria eternamente os guardiões a unirem—se.
Jack acompanhava com paciência a ruiva descendo do trenó entrando nas casas e deixando os presentes as crianças, ao contrário de North, que, em seus séculos de prática, dominava as chaminés como ninguém fazia seu serviço parecer facílimo que mesmo após horas a fio de trabalho árduo o cansaço fez diminuir seu ritmo. Já para Ana, era sem dúvida um dos lugares mais seguros para estar protegida por seres mágicos e realizando seu sonho de criança. O Barbudo hora ou outra reparava com uma admiração à disposição da jovem, de como ela mesmo depois de todo o esforço ainda tinha energia, quase como abrigasse internamente uma fonte inesgotável de estamina. Para tanto que dentre um momento ou outro desejava competir em suas entregas mesmo sabendo que qualquer competição seria mera brincadeira.
O velho Barbudo e a princesa exibiam seu contentamento no que faziam, gargalhavam e cantavam músicas natalinas. Kristoffer, que simplesmente foi arrastado para a situação, se agarrava ao trenó, travando uma batalha interna para manter a posse de homem feito. medida que a disputa entre North e Ana se intensificava, Jack gradualmente cedia espaço, testemunhando o espetáculo de dois adultos agindo como crianças. pareciam ser de fato duas crianças. As gargalhadas daquele momento pacifico o permitiu relaxar não o suficiente, já que seus próprios pensamentos passaram a ser mais altos que qualquer som fora. Refletir sobre questões internas nunca foi virtude do garoto, mas naquele momento seus pensamentos o obrigavam uma nuvem pesada que pairava sobre sua inconsciência que a cada momento ficava maior e impossível de se ignorar. Sua mente foi preenchida com as memórias de Elsa sorrindo, as flores em seu cabelo, sua pele pálida sob a luz prata da lua sendo pintada nos tons róseos. O sussurro das palavras que ela disse que diria para ele quando voltasse o deixou inquieto. A tempestade de pensamentos avançava sem que ele pudesse impedir, parecia ser de fato algo importante, talvez até grave. Mas o que poderia ser que precisaria ser depois de tudo concluído a paisagem mental com um manto branco de incertezas. O vento ululante ecoava a cacofonia de preocupações que giravam sem controle na mente, uma sinfonia dissonante de medos e dúvidas.
Todas as possibilidades de assuntos exigia mais da sua mente do que todos os brinquedos que ajudou a produzir em tão pouco tempo. Exaurido finalmente, assentou—se no trenó e reclinou completamente, deixando escapar um pesado suspiro, tentando inútilmente fugir coisas tão penosas como de refletir. Olhando fixamente o céu limpo e a neve que começava a cair, ele estendeu a mão e apanhou um pequeno floco. Suas mãos geladas impediram que o pequeno floco derretesse. No instante seguinte, ele girou o fractal de gelo entre os dedos e o devolveu aos céus.
Os longos suspiros de Jack sem dúvida incômodas. Kristoff que estava a tanto tempo no trenó agarrado a qualquer parte que julgou ser seguro sentiu que fundia—se com o veículo. As selvagens renas flutuantes no céu, ou o barulhento velho North entrando e saindo das chaminés conseguiam ser mais incômodas que os suspiros de Jack, para kristoff era a oportunidade de sair do desespero, afinal era facil para seres mágico e para Ana voar tão despreocupadamente sobre o céu escuro. Tentando usar o restante de lógica que tinha em sua mente, o jovem nórdico foi o primeiro a puxar assunto. Jack precisou ser chamado algumas vezes para que pudesse notar a presença de um homem de quase dois metros tremendo como lanternas em um terremoto.
Quando finalmente o jovem guardião se deu conta que estavam sendo chamados, sobressaltou—se de seu lugar sem levantar.
— Como pode não ter medo de voar? — O pesado sotaque norueguês de Kristoff conseguiu esconder um pouco de seu constrangimento.
— Meio que me acostumei, — Jack tombou levemente a cabeça. — mas acho que foi quando eu percebi que é bem divertido. — Dito isso uma forte ventania fez com que o trenó entrasse em turbulência. Fazendo o pobre homem tremer profundamente.
Por mais que fosse verdade, Kristoff não conseguia conceber a ideia de diversão estando tão fora do lugar seguro. Outra rajada balança o veiculo, dessa vez mesmo as renas mágicas ficam agitadas Frost que estava achando graça nas expressões de seu amigo muda completamente de expressão, ficando de prontidão. Dessa vez era seu companheiro Vento do Norte. A primeira companhia que teve quando se transformou em Jack Frost, Sempre foi seu aliado mesmo sem usar palavras mas com uma conexão profunda. O jovem empunhou seu cajado, para desespero de kristoff que já estava desfalecendo em meio a turbulência.
—Tem algo errado acontecendo. — uma expressão de angústia estampou seu rosto.
—O que foi caro amigo? — North que voltava para pegar mais uma leva de presente junto com Ana param no carregamento,
—O vento… algo está acontecendo com a Elsa.
—Minha irmã? — Ana pulou para dentro da carruagem, até mesmo kristoff que antes estava assustado conseguiu ver que o grande perigo estava fora dali. — O que aconteceu?
—Tenho que ir agora com ele — Jack despendendo seu pés do trenó e empunhando seu cajado e interrompido pela ruiva
—Quero ir junto!
—Não, fique com North. prometi que você estaria segura para, aqui nesse momento é o lugar mais seguro.
—E nós precisamos terminar de entregar os presentes.
Em silêncio, Ana consentiu mesmo contra vontade, pedindo copiosamente que Jack protegesse sua irmã. Mais rápido do que poderiam imaginar, o jovem levanta voo entrando na corrente de ar Gélida em direção a fábrica de brinquedo. Toda a distância percorrida parecia nunca acabar, se seu coração batesse já estaria esmigalhado. Não sabia o que havia acontecido somente que a pouco tempo esteve com ela, e agora algo aconteceu. Ele começou a se culpar, deveria ter imaginado que a fábrica seria atacada novamente, deveria ter cogitado a possibilidade de deixar Elsa sozinha, devia ter se precavido. Se algo acontecesse com ela a culpa lhe arrastaria pelo resto de sua existência. Ela havia se tornado seu bem mais precioso, e bens preciosos não devem ser deixados. Em meio ao breu da noite sendo guiado pelo seu amigo vento ele mal enxergava a sua frente o claridade tênue da lua perdia sua força diante a tempestade de neve intensificava a cada quilômetro que se aproximava da fábrica de brinquedo, realmente algo estava acontecendo. E se ele nunca mais visse o rosto dela, conversasse com ela e ela estivesse ferida, o vento uivava entre a tempestade de neve, nem mesmo Jack conseguia controlar as espessas nuvens, se não fosse seu amigo vento nem mesmo sua força de voo conseguiria vencer o mal tempo.
Quando vislumbrou o local buscou entrar exatamente no mesmo lugar em que a havia deixado passando pelo batente da janela como um raio prateado não pode fazer nada ao ver a cena que destruiria qualquer esperança de engano. Elsa ou o que parecia ser ela. Seu olhar vazio, quase como a de um morto, permitindo ser abraçada pelo manto negro do pesadelo. Com todo o ar que tinha em seus pulmões Jack gritou seu nome, tentando acordar de um transe. Mas a única coisa que ele teve de resposta foi um olhar vazio em sua direção.
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