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História Frenesi - kagami taiga - Braço a torcer - História escrita por __icbelly - Spirit Fanfics e Histórias
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História Frenesi - kagami taiga - Braço a torcer


Escrita por: __icbelly

Notas do Autor


desculpem a demora, além das festas de fim de ano, eu peguei covid e não tava conseguindo escrever.

boa leitura <3

Capítulo 5 - Braço a torcer


Fanfic / Fanfiction Frenesi - kagami taiga - Braço a torcer

Mari on 

 

   Eu estava tentando acalmar minha respiração enquanto afundava a cabeça nas minhas próprias pernas sentada no chão da quadra, quando senti meu joelho ser tocado por uma mão seca e fria. 

 

  — Ai… que susto. - Era só Kuroko. 

  — Desculpa… 

 

   Ele desistiu de me ajudar levantar e se sentou ao meu lado. 

 

  — Vi você fazendo várias cestas seguidas… - Ele afirmou depois de um tempo.  

  — Quer saber? Vamos parar com isso. - Levantei meu rosto. — Acabou a graça, você sabe quem eu sou e eu sei quem você é, não vamos mais evitar o assunto. 

  — Vi você fazendo várias cestas seguidas… Continua muito boa. - Ele sorriu com os olhinhos.

 

   Continuei o encarando em silêncio. 

 

  — Viu? Devia ter esperado eu terminar. - Ele sorriu gentil. 

  — Claro que ainda sou boa. Aomine… odiaria alguém que não conseguisse acertar uma cesta. - Repensei antes de concluir a frase, mas mesmo assim o fiz. 

 

   Kuroko e eu ficamos em silêncio por mais algum tempo. Era assim, sempre foi, mesmo antes e até agora. Com Kuroko eu podia só me calar, sem precisar explicar ou me queixar, eu podia só me calar. 

Antes era tudo mais fácil, quando eu e os outros éramos só amigos que estudavam e convivíamos juntos, mas é claro, alguém tinha que estragar tudo, e nesse caso fomos eu e Aomine. 

 

  — Eu soube o que aconteceu. - Kuroko foi o primeiro a quebrar o silêncio. 

  — Por favor, não… - Fiz birra sentindo o clima se estabilizar. 

  — Não precisa desperdiçar tudo o que sabe. Pode nos ajudar, sabe que pode. 

  — E você sabe muito bem que não. Lembra da promessa que fiz a Aomine??? 

  — “Você só pode treinar a mim e então eu posso ser seu namorado” - Kuroko recitou as palavras de Aomine. — Isso me parece mais uma ordem do que promessa, e vocês já terminaram, não é? 

  — Kuroko, ele disse: “Só treine outra pessoa quando achar que ela consegue me vencer”. - Emburrei meu rosto. — Não distorça as coisas. 

 

   Kuroko sorriu inocentemente, como sempre fazia quando mentia. 

 

  — Tudo bem, mas você já viu Kagami jogar, sabe que ele tem potencial, ainda temos tempo. 

  — Kagami? Ele é chato! 

  — Aomine também é. - Kuroko rebateu. 

  — Kagami é orgulhoso e arrogante. 

  — Aomine consegue ser mais. 

  — Kagami pega no meu pé feito criança. 

  — Aomine era pior. Lembra? E pelo que me lembro vocês namoraram por muitos anos. 

 

   Inspirei e joguei meu corpo para trás me dando como convencida. Era verdade que Aomine conseguia ser a pessoa mais estressante do mundo, na minha opinião, mas Kagami… eu tinha alguma coisa contra ele que não podia explicar. 

 

  — Eles são quase idênticos, não quero lidar com isso. Não tive experiências boas com Aomine e não acho que vou ter uma melhor com Kagami. - Mas no fundo eu não estava negando a ajuda. 

  — Mari… - Kuroko ficou de pé ao meu lado. — Kagami é melhor do que Aomine em tudo. 

 

   Os olhos de Kuroko brilhavam assim como quando ele e Aomine ainda eram uma dupla. Um brilho de admiração e confiança. Me peguei pensando nos velhos tempos novamente. 

 

  — Awnnnn. - Quase me recusei a acreditar que iria ceder. 

 

/// quebra de tempo /// 

 

   A ideia que não me pareceu custar nada antes, agora me dava um frio na barriga, já fazia muito tempo que eu não falava diretamente com um time cheio de meninos eufóricos, e essa situação em si era um pouco mais constrangedora, porque eu havia fingido por uma semana que não sabia nem diferenciar uma bola de basquete para uma de vôlei. 

 

  — Então… aqui está uma quadra idêntica a da Tōō Academy.- Abri um pôster no chão da quadra. — E aqui estão as posições oficiais dos jogadores, pelo menos até quando eu fiquei lá era assim. 

 

   Senti o olhar de todos nas minhas costas, talvez até um pouco de incerteza, como se nunca tivessem escutado minha voz. Ou só estivessem tentando entender o que era que eu estava fazendo e se sabia fazer. 

 

  — E aqui é a posição de Daiki Aomine, ele é o mais importante. - Apontei onde Aomine estava localizado no pôster.

  — O que é que significa isso? - Kagami foi o primeiro a questionar. 

 

Óbvio”, revirei os olhos. 

 

  — Se querem ganhar da Tōō vão ter que… - Tentei ignorar, mas fui interrompida. 

  — Se quiserem? Não queremos, nós vamos. O que é isso agora, Riko-senpai? - Ele quase esbravejou. 

  — Kagami cala a boca. Escuta. - Hyuga, o capitão, se pronunciou. 

 

   Minhas mãos nesse momento suavam mais que qualquer um daqueles garotos que estavam treinando minutos atrás, mesmo assim eu continuei. Tentei, pelo menos. 

 

  — Aomine vai atacar. Ele sempre ataca. Então, na minha concepção, essa é a posição que melhor ajudaria vocês. - Deixei outro papel rolar pelo chão. 

  — Na sua concepção eu devo ficar distante de Aomine??? - Kagami exasperou mais uma vez quando viu sua posição no papel. 

  — Por um tempo sim… 

  — Ah, e por que deveremos levar em conta sua concepção, novata? O que sabe sobre basquete?

  — Kagami, ela é ex-treinadora de Daiki Aomine. Ela sabe muito mais que você, então fecha sua boca. - Kuroko o repreendeu de repente. 

 

   O silêncio que ornou a quadra logo depois de minis suspiros surpresos foi desconfortável e quase infinito. Porém, é claro, Kagami não deixou que ele continuasse no recinto. 

 

  — Confio menos em você agora, Mari. Vou treinar por conta própria, Riko. Até mais. - E assim Kagami começou a se afastar. 

 

“Confio menos em você agora, Mari”, exatamente como Aomine diria. Mas Kagami chamou meu nome pela primeira vez, isso quase me fez ficar arrepiada, se eu não tivesse que raciocinar rapidamente. 

 

  — Kagami. - Firmei minha voz o suficiente para fazê-lo parar. — Se fosse pra você treinar sozinho seria o único do time. Sua treinadora é Riko-san e ela me pediu pra fazer isso, então escute ela e não se importe comigo. 

  — E ele vai, Mari-chan. - Riko finalmente se impôs. — Ele vai voltar aqui, escutar tudo e fazer do jeito que você decidir. É isso ou nada de jogo para ele. 

 

   Nada de jogo para Kagami significaria que a partida estava perdida, e eu espero que Kagami não saiba que esse jogo depende inteiramente dele. 

Só escutei o ranger de seus dentes antes de vê-lo continuar seu caminho, sem dar as caras para Riko. Isso pareceu chocar até ela. 

 

Kagami poderia me odiar tanto a ponto de desistir do jogo que ele tanto queria…” Meus pensamentos foram interrompidos. 

 

  — Você acha que consegue domar ele como domou Aomine-kun? - Kuroko estava ao meu lado antes que eu percebesse. 

  — Não pretendo tentar, estou farta desses jogos. 

  — Seus olhos tem o mesmo escuro de quando Aomine te enfrentava. Você já está pensando no que pode fazer, não é? - Kuroko gargalhou. 

  — Cala a boca. 

 

   Kuroko seguiu Kagami, exatamente como seguia Aomine. Eu logo estava caminhando atrás dos dois, também como fazia com a dupla passada…


Notas Finais


vocês tem ideia de que rumo essa história vai levar? me digam o que estão achando.


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