Quando falamos em suicidas, todos pensam naquelas pessoas que se jogam de predios, se afogam, dão um tiro na propria cabeça, de fato, eles não estão errados, mas ao meu ver suicidas são um grupo de adolescentes, semideuses para ser mais expecifica, que adentram em um lugar perigoso apenas para fazer uma simples pergunta, e o pior de tudo,eu também sou uma suicida, mas na realidade, no mundo de hoje em meio aos riscos que temos de cometer, quem não é?
Cedo...
Este foi o primeiro pensamento da garota. O barulho do vento contra a grande janela de vidro a acordou, seu silvo persistente ecoava por todo o espaçoso quarto quase desocupado, na noite anterior, a garota havia esquecido de terminar de fechar a janela, mas também, como se lembraria? Ela se virou para o lado na esperança de voltar a dormir, pois as cobertas quentes e macias que a envolviam deixavam-na no minimo preguiçosa, e ainda era cedo demais para se levantar.
Como o sono havia se perdido em alguma dimensão paralela a garota se pôs a observar o movimento calmo das cortinas brancas que cobriam a janela, era um movimento calmo, as vezes parava apenas para continuar depois, e pessoalmente ela gostava disso já que não havia calma nos dias atuais. A garota se levantou da cama, até então como todos os dias monotos, andou até a porta branca e girou a maçaneta prateada, como era de se esperar a porta estava trancada.
Zeus adotou essa politica depois da fuga de Jason, agora todos que ali viviam estavam presos. As dez da noite todos os semideuses deveriam estar dentro de seus respectivos quartos, as portas seriam trancadas por Thalia que também verificaria se estavam todos em suas camas, o que fazia Annabeth se sentir uma criança, e ela não gostava de tal sentimento, as luzes eram apagadas as onze em ponto, assim daria tempo para que os semideuses fizessem suas necessidades e em alguns casos até lerem um livro, e as oito da manhã as portas eram abertas, todos os semideuses deveriam seguir direto para a sala de jantar aonde Thalia e mais dois semideuses escolheriam a equipe de patrulha (ou como Annabeth chamava, equipe de busca ao Jason). Todos da equipe de patrulha deveriam verificar a cidade atrás de Jason e mata-lo se o encontrasse. Meio dia eles deveriam voltar ao predio, aonde teria a troca de equipe de patrulha, dessa vez os enviados iriam procurar Frank, que havia desaparecido dentro do reino de Hades.
Annabeth suspirou, seus olhos cinzentos estavam refletidos na parede de espelhos que cobria quase metade do quarto, assim como os olhos seus cabelos loiros bagunçados também se refletiam ali. A loira caminhou até uma mesinha de cabeçeira e de lá retirou um caderno pequeno e um lápis, os traços saiam dali sem pensar, era algo natural no ritimo do vento, ela desenhava avidamente hora ou outr se perdendo no sol que adentrava a janela e um sorriso bobo lhe surgindo no canto dos labios. A garota se pôs a observar o desenho interminado que ali preenchia a folha paltada, o sol tocando a agua cristalina e uma macieira perdendo uma de suas maças, dentro da agua havia o reflexo de um garoto e do lado de fora uma cerca separava a garota dele, era algo que estava acontecendo, não literalmente dessa maneira mas ainda sim estava acontecendo.
—Belo desenho, Chase.
—Bom, Grace, tenho que esperar minha guarda abrir a porta, desenhar faz bem pra alma.
A garota sorriu seu rosto não era apto a receber esse tipo de comportamento, mas quando recebia era real.
—Por que eles estão separados? — Pergunta Thalia encarando o desenho, sua cabeça se mantinha um tanto inclinada para o lado enquanto procurava por um outro ângulo para observar.
—Ele, e algo indecifrável, inalcançável, ela por sua vez, bom... Não tem as mesmas qualidades que ele.
—E você acabou de inventar isso, certo? — A garota se jogou na cama afundando a cabeça nos travesseiros de Annabeth e suspirando exausta.
—Talvez, mas receio que não tenha vindo aqui por isso, Thalia, o que tá acontecendo?
Thalia teve a risada abafada pelo travesseiro macio de Annabeth, mas ainda sim a garota sorria descontroladamente.
—Não há problema algum, Annabeth, deveria haver?
—Sim! — A loira contestou largando o caderno em sua mesa de cabeceira— Remorso, medo, tristeza, sentimentos comuns para nós adolescentes, comuns para quem está na guerra.
—Acontece, Annabeth que diferente de vocês eu compreendo a guerra, compreendo que ela ocorre pelo lado bastardo dos Olimpianos e que todos precisam ser exterminados para um bem maior, não há remorso quando o assunto e o bem maior da nossa família.
A loira sorriu um sorriso frouxo que foi apagado de sua face triste.
—Isso não deveria acontecer, Thalia, somos família, não digo nossos pais Olimpianos, digo nós semideuses, conseguimos paz com os romanos, era pra tudo acabar ali, não pra haver baixas e sangue em nossas mãos, sangue de nossos irmãos e irmãs, primos, aqueles que nos acolheram quando bem precisamos. Thalia, você matou aqueles que te acolheram como amiga, como irmã.
—Idai? — A morena perguntou em tom debochado.
—E normal pelo menos uma vez sentir culpa, você matou um dos meus irmãos, quer matar o seu só porquê ele não quer se envolver com a guerra, quer matar a todos que usam o mesmo caminho que o seu, Grace, isso é errado, nós éramos uma família, você nos prometeu uma família e não matança sem fim.
Annabeth sentiu o ardor quando os cinco dedos de Thalia tocaram sua pele em um tapa, a morena se pôs de pé ainda observando Annabeth.
—Eu estou tentando, Annie, só quero uma família melhor para nós, assim, poderemos viver, Luke, você e eu sem medo do lado podre da nossa família, será só paz quando isso acabar e eu poderei cuidar de vocês dois— Thalia sorria enquanto suas palavras flutuavam para fora de sua boca. E com um pequeno adeus ela foi embora.
Nenhuma das palavras de Thalia condizia com a verdade, com a realidade, eram todas ensaiadas, todas ditas da boca para fora. Aquela não era a garota que Annabeth conheceu, não era a Thalia que daria sua vida pela família, que protegeria até um desconhecido, aquela era uma versão frívola e senil da garota, ma versão insana, e Annabeth teve certeza disso quando a garota lhe deu um tapa, e isso, Thalia nunca faria.
A loira levou uma das mãos espalmadas até o local sensível do tapa, gotículas de água molharam o rosto até então seco, isso foi antes da loira afundar a cabeça na banheira de água quente. Seu corpo nu se encolhendo de forma quase infantil dentro da mesma enquanto os cabelos loiros submersos dançavam na água. Cicatrizes aqui e ali era visível, percorrendo seu corpo inteiro, dos seios aos pés, do rosto a nuca.
Seu caminhar era calmo, seu corpo pingava, molhando o banheiro branco cegante, mas a garota não se importava com tal fator, ela apenas voltou para dentro da banheira e dessa vez se pôs a encarar os azulejos brancos com mosaicos pretos e de diferentes formas tentar encaixar tudo o que estava acontecendo, mas nada fazia sentido, o reino de Zeus devia ser o Olimpo, mas ele estava em um prédio, longe de tal. Por um instante o “e se” tomou conta da cabeça da garota que ainda observava tais mosaicos na parede. E se tudo isso não passasse de um truque, de uma manipulação para que todo o Olimpo caísse, e se usar todos os semideuses uns contra os outros fosse apenas para distrair, nesse caso, os deuses seriam as peças de um jogo que terminaria com a morte de todos, mas não era o caso. A loira afastou tal pensamento de sua mente fértil quando se levantou da banheira agora vazia e caminhou até o quarto.
Tarde...
Era tarde pra fazer parte da patrulha, tarde pra sair nas ruas frenéticas em busca de uma pessoa que ela não queria achar, tarde pra colocar tolamente a armadura bem polida e se lembrar dos jogos de captura a bandeira que haviam no acampamento. Annabeth se encostou na janela fechada, o frio percorrendo seu corpo nu, era inicio de inverno, o que deixava tudo ainda mais caótico, a garota esperou ver a mesma correria de sempre na janela logo abaixo, de ouvir mesmo que a janela estivesse fechada uma buzina desenfreada de carro, mas tudo que ela escutou foi o vento, nenhuma pessoa passeava pelas ruas, os carros estavam abandonados vazios no meio da estrada, suas portas abertas e vidros quebrados assustavam a garota, e ela de certa forma não sabia o por quê. Annabeth pressionou mais o corpo contra a janela esperando ver pelo menos alguém,porem ninguém ali havia.
Ao voltar ao quarto ela de vestiu com calça jeans e uma blusa folgada preta de mangas compridas e desceu a escada em formato de caracol apenas para ser puxada para cima por quatro mãos, duas bronzeadas, duas não. Ao ser literalmente jogada dentro do quarto a garota se assustou com o numero de pessoas entrando no local, nenhum deles vivia no reino de Zeus, mas todos estavam lá por uma razão e Annabeth tinha certeza de que se tratava dela. Um garoto a abraçou, seu cheiro era como o verão, as águas da praia refletidas em seus olhos azulados e o dourado do sol em seu cabelo, o estonteante sorriso branco lembrava a areia das praias que tinham a mesma coloração e as sardas em seu rosto bronzeado agiam de acordo com o resto.
—pensei que nunca mais iria te ver, filhote de coruja— Ele sorriu mais largamente enquanto uma garota de cabelos castanhos curtos abraçava Annabeth.
—O que vocês estão fazendo aqui? —A loira perguntou olhando de Will para Lou e de Lou para as outras quatro crias douradas de Apolo e as duas caçadoras— Vocês endoidaram de vez?
—Mais ou menos— A voz de Jason soou na porta do quarto, o garoto havia acabado de entrar acompanhado de uma garota com asas e o garoto que Annabeth virá na mansão de Hades, Percy o havia chamado de Klaus. — Oi Annie— O loiro sorriu se jogando na cama de Annabeth que ainda tentava absorver toda a confusão.
—Cadê o Nico? — Will perguntou fazendo Lou o olhar de forma maliciosa.
—Tá com a Hazel e com a Salim, eles vão ser os últimos a chegar, estão apagando o pessoal do lado leste do prédio— Jason falou enquanto abria um mapa no chão e chamava a maioria dos semideuses para perto.
—Seguinte— Lou falou— Nós sairemos pelo lado “B”, como o Jason falou, ainda é cedo, no caso ninguém vai estar lá, e se estiver nós apagamos— A garota sorriu— Depois nós vamos ao reino de Poseidon e o Nico chama o menino peixe.
—Não vai ser tão fácil, as poções estão acabando, Lou e elas só funcionam por meia hora, não é tempo suficiente... — A garota alada tinha a voz grudenta, era fofa, mas era grudenta.
—Pensei que a poção durasse mais tempo— Uma das caçadoras falou ainda observando o mapa.
—Funciona de acordo com o nível em potencial das garotas e garotos, pegamos crianças de Afrodite que não sabem usar o charme, talvez tirando aquela garota, Drew, o resto e tudo principiante, e difícil fazer uma poção forte assim.
—E qual o plano “B” se a poção falhar? — Will perguntou arrumando a aljava nas costas.
—Eu vou levar todo mundo pelas sombras, acho que assim fica mais simples e viajar pelas sombras e rápido— Klaus falou sorrindo para Will, o mesmo sorriso que ele havia lançado a Percy, cheio de desgosto e raiva.
Três batidas na porta interromperam a conversa confusa do grupo de semideuses. Quando Klaus abriu a porta, Annabeth teve certeza de que iria desmaiar, primeiro que havia uma garota com calda nua na porta, seus cabelos brancos só lhe cobriam os seios, segundo que ela estava com um braço preso na boca, um braço humano que ainda pingava sangue e terceiro, mas não menos importante, acompanhado dela estava Nico Di Ângelo e uma garota com olhos dourados.
—Demoraram— Lou falou enquanto revirava a bolsa pequena que ela tinha na cintura.
—Alguém do lado norte não dormiu, mas a Salim deu um jeito na situação— O moreno se escorou no guarda roupa de Annabeth, este era embutido na parede enquanto a garota nua ainda brincava com o braço humano.
—nós poderíamos sair pelo caminho “C” — Sugeriu um garoto alto e negro, Annabeth já o havia visto umas duas vezes no acampamento, sempre nos campos de morango com seus dreads balançando de acordo com a musica calma que vinha do chalé de Apolo.
—Arriscado demais— Jason mordeu o lábio inferior— Passa perto da sala do trono e nenhum de nós apagou a Thalia...
—E o que nós iremos fazer?
—Usar a janela, e uma boa opção, mas ainda há o risco de sermos pegos...
—Espera, espera, espera, espera— Annabeth se sentou na cama apenas para levantar em seguida e olhar para cada uma das pessoas presentes— Primeiro, o que vocês fazem aqui? Segundo, o que fizeram com a cidade lá embaixo? Terceiro, Por que e o que eu tenho com isso?
Nico pigarreou alto e revirando os olhos parou de frente para Annabeth que pensou seriamente em recuar dois passos, ele tinha cheiro de madeira e flores de funeral, mas ainda sim eram dois cheiros que combinavam bem com sua aparência fantasmagórica.
—Nós tínhamos que te perguntar algo, que começa com: O que sabe sobre a guerra? e quem começou ela? Segundo, não fomos nós que fizemos isso com a cidade, achamos que tinha sido vocês e em terceiro, você é a garota confiável do Grace, nos arriscamos vindo aqui pra poder te perguntar isso e eu quero respostas.
—Por que não mandaram mensagem de Iris?
—Perigoso demais, Annie, não sabemos quem vai estar do seu lado, e se te pegarem, você morre— Jason falou enquanto recolhia o mapa— Então, o que sabe da guerra?
—Bom, segundo a Thalia e aos deuses aliados a Zeus, e enfim a todo mundo que está aqui, a guerra veio ou do lado de Poseidon ou do lado de Hades, mas como vocês estão aqui, receio que Hades não tenha começado essa historia de guerra.
—Só sobrou Poseidon— Murmurou a garota alada.
—Ainda sim nós iremos perguntar ao Jackson, você vem conosco, Chase? — Nico perguntou
—Eu até iria, quero sair desse lugar, mas...
—Não se preocupe Chase, nós pensamos em tudo, so preciso de dois fios do seu cabelo e algumas gotículas de sangue.
—Para?
Lou sorriu.
Cinco minutos depois Annabeth estava deitada na cama, completamente ensanguentada e morta, o sangue pingava no chão e em seu estomago duas facas de cabo marrom estavam presas, sem contar com o corte amplo em seu pescoço. Seus cabelos estavam da cor vermelha, a cor do próprio sangue e uma das mãos caia molemente para fora da cama.
—Isso é bizarro— Comentou o garoto dreads
—Achei legal— Nico deu de ombros enquanto observava a garota que tinha feições apavoradas, a feição antes da morte.
—Annabeth, pode sair do banheiro, acabamos com a sua copia morta— Lou sorriu.
A cena era embaraçosa, afinal Annabeth se via morta na mesma cama que ela havia acordado mais cedo, com uma mochila nas costas a loira suspirou ainda observando a feição apavorada da sua copia feita de uma poção.
—Isso é embaraçoso— Annabeth comentou antes de sair do quarto seguida pelo grupo de semideuses vindos do reio de Hades.
Os corpos adormecidos no chão não apavoravam Annabeth, o braço que a garota lince carregava também não, o que a apavorava era a quietude das ruas, os carros abandonados, sacolas no chão, mochilas rasgadas, tênis perdidos,era um real cenário apocalíptico, o cenário que fazia a garota arrepiar. Uma brisa gelada atingiu Annabeth a fazendo estremecer por completo, mas os outros continuavam a caminhar, suas armas em mãos, olhos e ouvidos atentos a qualquer sinal do inimigo que nunca viria.
Eles pararam de frente a um lago que sempre vivia cheio de neblina ocultando a visão de qualquer um que passasse ali, ao longe Annabeth pode ver um cisne nadando tranquilamente enquanto os outros semideuses se sentavam formando uma rodinha e dividindo entre si sanduiches e garrafas com liquido escuro, exceto Nico que havia sumido em meio aos arbustos altos mais a frente, a loira estava prestes a perguntar onde havia ido o garoto quando foi surpreendida com um beijo rápido seguido de mais dois, Annabeth acima de tudo adorava aquele cheiro de mar e limão que se misturava perfeitamente e adorava o som de sua risada curta.
—Não acreditei quando o Nico disse que você estava aqui, mas...Você está aqui— O moreno abriu os braços de forma saudosa para Annabeth que sorriu largamente para o namorado.
—Não vou mentir, nem eu sabia que estava vindo pra cá— A loira sorriu e ao quebrar o contato visual com Pecy a loira se viu encarando um Jason abraçado com uma garota de pele dourada e cabelos castanhos, ela conhecia aquela garota, já havia feito par com ela em varias missões e lutado ao lado dela contra diversos monstros, Piper a encarou e lançou um sorriso largo que foi deixado de lado quando a garota alada soltou muxoxos.
—Isso não é fofo? — Ela balançava Nico para frente e para trás e mesmo que ele não demonstrasse estava na cara a sua falta de paciência.
—Não— Disse o moreno cruzando os braços
—Claro que é, agora venha cá e dê um beijinho na garota do amor
Nico apenas levantou a sobrancelha enquanto a garota soltava outro muxoxo
—Sempre quis saber se o garoto de Hades beija bem...
—Beija... —Disseram Percy e Klaus, dessa historia Annabeth sabia e sabia bem, mas o que surpreendeu a garota foi fato de Will também ter falado juntamente com os dois garotos chamando completa atenção dos presentes.
—Você beijou o Nico!? — Percy e Klaus perguntaram de forma acusadora para Will que apenas passou a mão espalmada no arco que ele segurava firmemente.
—E...bem...hm... — O loiro encarou Nico que o observava, em seus olhos escuros havia apenas o divertimento, apesar de seu rosto continuar sem nenhuma feição.
—Não viemos falar sobre quem eu beijo ou deixei de beijar, Jackson e Dya, quero deixar isso claro— Nico suspirou— Vim tratar de outro assunto, Percy, o que você sabe sobre a guerra e quem a começou?
—Meu pai não foi, digo, ele é cabeça dura, mas não começaria uma guerra sem motivos aparentes e segundo ele não houve motivo algum para começar uma guerra então ou foi Hades ou foi Zeus.
—Acabamos de vir do reino de Zeus e não foi lá, meu pai também não
—E como nós imaginamos— Disse Jason para o grupo— Essa guerra está acontecendo em vão pois Zeus culpa Hades e Hades culpa a Poseidon, e um ciclo constante e todos nós voltamos a estaca zero. — Jason suspirou.
Uma risada encheu o ar, sendo levada pelo vento frio, uma voz doce cantarolou antes de sussurrar de forma angustiante para eles.
“Tolas crianças, eu matarei um a um, e o Olimpo ira cair.”
Eu não posso voltar ao reino de Zeus, todos lá acham que estou morta, bom, agora estou livre, mas não posso ir ao reino de Poseidon nem me juntar ao Hades, portanto minha casa e a tore do relógio, no porão, aonde ninguém entra, Lou foi esperta com o feitiço, ele só irá desfazer depois de um mês e nesse tempo, tudo pode acontecer. Os semideuses vindos do reino de Hades e do reino de Poseidon irão se juntar a mim na tore do relógio todos os dias para descobrirmos quem começou a guerra frenética nessa frenética família, e enquanto eu observo as ripas de madeira velha me pergunto se estou certa em achar que os deuses estão sendo controlados. E de quem é a voz que todos nós ouvimos, tenho coisas demais para pensar, e ninguém para me dar uma luz.
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