Fatalidade é o que nos cerca de maneira geral, é o medo que invade nossas finas barreiras de coragem. Eles me disseram que eu sou a filha da morte, mas meu corpo é tecido em diamantes e minha alma é uma perola negra, disseram-me também que meu sangue é rubi. Eles sussurraram para mim coisas, eles disseram que eu não devia morrer, mas a morte é uma curiosidade para mim. Banho-me em ouro e ergo-me em paredes de prata, pois a fatalidade é apenas uma parte da catástrofe que vive em minha alma vazia.
Manhattan 23h 10min- Um dia antes da véspera de natal.
Flocos pequenos de neve entravam voando para dentro do antigo armazém de artes por um buraco na claraboia de vidro que jazia quebrada, em sua margem uma quimera estava parada, por tempo suficiente para se pensar que fosse uma estatua bem estruturada, mas a realidade era bem diferente. Quinze metros abaixo da claraboia quebrada dois adolescentes se encontravam inconscientes, seus corpos em posições estranhas no chão de mármore coberto por uma grossa camada de poeira, cacos de vidro e sangue.
Manhattan 22h 50min- Um dia antes da véspera de natal.
Um punhado de cabelos caramelados era bem visível em meio à multidão de pessoas que passavam pelas ruas de Manhattan, em suas mãos havia uma espada que reluzia o brilho dos postes e dos faróis dos carros. Seus pés atingiam o chão em baques rápidos em meio à corrida. De seus lábios lufadas brancas saiam. A garota virou a cabeça para trás em um gesto desesperado esperando que a criatura não a seguisse mais, porem ali estava ela correndo ao alcance da menina de olhos dourados que começava a escalar um prédio alto com maestria, suas mão entrando em buracos na parede e saindo de lá assim que outra fenda aparecia.
“Um corpo de um pequeno herói é mais ágil do que o corpo de um grande herói compreende porque meu doce?” A voz de Perséfone encheu novamente a mente de Hazel como estava fazendo nos últimos dias, como lembranças de um breve aprendizado.
—Um pequeno herói pode não ter a força de músculos— Sussurrou para si mesma entre uma arfada e outra— Mas tem a agilidade ao seu favor, a rapidez por causa do pouco peso que o cerca e o favor da gravidade contra si próprio— Hazel podia estar imaginando coisas, mas escutou uma risada doce próxima ao seu ouvido esquerdo, era a risada de Perséfone.
A sacada do prédio era como todas as outras sacadas, uma porta que levaria a uma escada para dentro do armazém pintada de azul estava trancada, havia uma claraboia suja e coberta de neve a poucos metros de distancia dela e uma escada lateral que de tão velha e enferrujada já perdia parte de seus degraus. Hazel estremeceu encarando a cidade ao longe.
—Tão bela menina, prestes a morrer— Uma voz surgiu confiante a frente de Hazel. Um garoto de cabelos loiro feito palha estava ali coberto com um manto vermelho com costuras pretas, ele tinha no rosto uma expressão indecifrável, e atrás dele duas dracaenaes sibilaram como se estivessem sorrindo , como se apreciassem tão momento— Melhor atacarem garotas— E se virou pulando do prédio em direção ao chão, deixando Hazel sozinha com as duas mulheres cobra.
Hazel sabia que não era fácil enfrentar as mulheres cora com uma espada pequena, sabia disso porque na noite anterior o mesmo havia acontecido e por pouco Hazel não morreu nas mãos das mulheres cobra. A garota esticou a mão para uma pequena poça de sombras que havia perto de si enquanto as mulheres sibilavam e avançavam. Hazel puxou das sombras um chicote comprido e escuro como as sombras. Laminas dançavam ao redor de seus lados prontas para dilacerar. A primeira dracaenae avançou sobre Hazel com rapidez, mas foi detida pelo chicote que estralou em seu pescoço o envolvendo com as laminas bem afiadas.
Hazel sorriu largamente, um sorriso cruel em meio aos olhos ferinos tão desconhecidos pelos outros. A garota de pele cor de âmbar puxou de uma só vez o chicote vendo a cabeça da mulher cobra soltar do corpo e se transformar em um punhado de pó dourado. A outra dracaenae sibilou monstruosamente. E assim ambas começaram a dançar freneticamente, uma luta de cortes de sangue vermelho vivo se fundindo ao icor dourado. Hazel pulou em direção aos céus, agradecendo silenciosamente Sirena pelas aulas rápidas de luta e dança, a garota girou em seu próprio corpo, o chicote ao seu redor como uma fita de uma bailarina, porem mortal e quando a garota agitou novamente seu chicote a segunda dracaenae foi cortada ao meio, sumido como a primeira em uma nuvem de dourado.
Hazel se permitiu suspirar aliviada, porem seu alivio durou menos que o esperado. Uma ave de rapina parou a centímetros de Hazel, estava ferida. A garota presenciou a mudança do corpo do garoto, como das outras vezes, surpreendida. Em um segundo era a ave, no outro apenas Frank de costas respirando com dificuldade. A garota se ajoelhou ao lado do garoto.
—Está ferido? — Perguntou ela enquanto ajudava o garoto a se levantar. Suou grudava seus cabelos pretos na testa, e a blusa vermelha larga no corpo, suas bochechas se encontravam avermelhadas.
—Não mais— Murmurou entre uma respiração ofegante— Eu ainda tinha um pouco do néctar de Kaya.
—Você está exausto— Precisamos voltar pro Olimpo, Grover deve saber coisas naturais para te alegrar.
Frank riu.
—Desde quando passou a se preocupar com o bem estar de um lobo enjaulado Hazzi?
—Desde quando você começou a me chamar de Hazzi. Eu me preocupo Fai, com você e com a Kaya, me preocupo ainda mais com a minha meia irmã cabeça oca.
Frank lançou a Hazel um sorriso largo e bonito, mas que foi consumido por uma careta.
—Não olhe agora, mas tem uma quimera subindo para nos pegar— Falou enquanto se erguia do chão assim como a garota.
Hazel sempre pensou em quimeras como criaturas fáceis de derrotar. Não podia estar mais errada. A criatura havia simplesmente lançado a espada de Hazel para longe e agora se afastava dos ataques repetitivos que Hazel desferia com seu chicote, mas a criatura a sua frente era rápida e não se deixava pegar, Frank havia atirado flechas contra o monstro, mas estas apenas eram desviadas com facilidade assim como as chicotadas de Hazel. O coração da menina batia forte contra o peito quando ela foi arremessada para trás acertando Frank e caindo por cima do corpo do romano que gemeu de dor. O chicote agora jazia distante de Hazel, em um lugar que ela não alcançaria sem ser feita de picadinho.
—Hazel... Nós vamos morrer? — Sussurrou Frank para a menina que se afastava da criatura.
—Não está obvio Zhang? — Perguntou. Seus cabelos volumosos se movendo por culpa do vento forte.
—Não esperava que isso acontecesse por agora— Resmungou.
—Por que não? Somos semideuses, estamos fadados a mortes.
—Porque eu acho que estou apaixonado por alguém, não queria morrer sem ter coragem de dizer isso a ela.
A quimera vinha se aproximando lentamente, soltando sons como risadas amedrontadoras. Eles não tinham saída.
—Frank, de zero a dez quanto você confia em mim? — Perguntou Hazel.
—Cerca de nove... Acho.
A garota tomou as mãos do garoto asiático contra a dela e o puxou na direção da quimera, seus olhos dourados brilhando intensamente, assim como o sorriso de pura insanidade em seu elo rosto amendoado.
—Então se concentre nesses nove— Gritou enquanto passava perto da quimera que assim como Frank estava surpresa com o ato insano de Hazel. A garota romana pulou sobre a claraboia de vidro do prédio
O vidro frágil foi quebrado assim que Hazel e Frank colocaram seus corpos encima dele, primeiro foi apenas um barulho de trincado e depois eles estavam caindo em direção ao chão sujo. Hazel encarou Frank, seu rosto contendo uma expressão calma apesar da situação. Hazel puxou-o para mais perto de si, tocando a pele quente de seus braços largos, os dedos do garoto fizeram o mesmo, envolvendo a cintura de Hazel por debaixo da blusa. Os dedos trêmulos de Hazel tocaram seu queixo trazendo seus lábios para a altura dos próprios e roçando seus lábios nos dele, a queda parecia diminuir de velocidade, enquanto o coração da menina martelava contra o peito prestes a abrir um buraco e sair dali. E sem mais delongas eles se beijaram, um beijo calmo, um gesto de afeto pequeno que foi interrompido quando os corpos de ambos tocaram o chão com certa violência. Hazel rolou para o lado assim que os braços de Frank a libertaram, a ponta de seus dedos tocando as pontas dos dedos dele que se encontrava inerte.
—Fai... — Murmurou sentindo o sabor amargo do próprio sangue antes de ser engolida pela inconsciência.
Em algum lugar distante de Manhattan 00h 01min- Véspera de Natal.
Hazel encarava um teto forrado com madeira podre enquanto respirava pesadamente sentindo o cheiro de podridão a cada inspirada. Sangue seco cobria seus lábios e suas roupas. Em seus cabelos volumosos cacos de vidro se encontravam presos. A menina rolou no chão duro coberto por um lençol imundo até que um peso a parou. Era Frank. Sua respiração irregular e a pele pálida a fez estremecer e se sentar no chão. Pontadas agudas de dor a fez encolher contra o próprio corpo gemendo baixo. Hazel abriu com dedos trêmulos uma bolsinha que havia debaixo de sua blusa e de lá retirou dois pedaços pequenos e amassados de néctar que ela havia adquirido com Kaya, uma ela engoliu sem mastigar, sentindo o gosto de sanduiche de pasta de amendoim e geleia. Ela inspirou profundamente e tocou a pele fria de Frank dando sacudidelas em seu corpo.
—Fai— Murmurou— Acorda— Ela o sentiu estremecer, mas ainda continuava de olhos fechados e ainda continha a respiração calma. — Frank! — Falou mais alto e dessa vez um par de olhos escuros puxados a encaravam de uma forma estranha.
—Eu tive um sonho estranho— Murmurou enquanto tentava puxar o ar para os seus pulmões— A gente tava caindo para dentro de um armazém antigo e... — Ele parou de falar fechando os olhos, sua respiração por um momento se tornou irregular.
—Não foi um sonho— Ela colocou delicadamente o pedaço de ambrosia em seus lábios enquanto puxava sua cabeça para as fartas coxas que ela continha. — Nós caímos no armazém, mas não estamos nele.
Frank estremeceu logo abaixo.
—O que quer dizer com isso? Kaya e Sal...
—Não— Hazel avaliou pela primeira vez o quarto pequeno no qual estavam, sem duvidas se tratava de um antigo estábulo, feno velho se encontrava acumulado em um canto mergulhado em sombras, as paredes e teto de madeira estavam soltando dos pregos enferrujados, muitos se encontravam mofados ou pichados, o chão, igualmente de madeira e cimento era banhado por poças escuras de sangue seco, assim como o lençol no qual eles estavam. Era muito escura e pouco espaçosa, a porta estava sem duvidas trancafiada pelo lado de fora, pois o barulho de correntes contra a mesma era distinguível.
Hazel agradeceu mentalmente a Hades por poder distinguir as coisas em meio ao breu. Na parede oposta da qual eles estavam se encontrava alguém, queixo abaixado encostando-se ao peito largo, um braço caindo por cima das pernas e outro tocando o chão. A calça marrom escura estava rasgada e metade do tecido imundo Coria o que parecia ser uma ferida escura, cobrindo a parte de cima do corpo uma blusa arroxeada era distinguível, rasgada e igualmente imunda.
—Estamos em um estábulo— Murmurou para Frank— Mas não estamos sozinhos.
— O que quer dizer— O garoto se arrastou para a parede e se escorou nela. Já Hazel caminhava em direção à pessoa, devagar, como se aquele pequeno ser moribundo pudesse de qualquer forma levantar e machucar a ela ou ao Frank. Hazel viu sangue, muito sangue espalhado ao redor do que parecia ser uma bola murcha, mas depois Hazel percebeu o buraco no peito da pessoa que se encontrava em alto nível de decomposição, larvas saiam dos buracos que deviam ser os olhos da pessoa, saiam do nariz e dos ouvidos, a pele ao redor da boca já havia sido comida pelos bichos e mosquitos pousavam no emaranhado de cabelo pintado de azul.
Hazel gritou enquanto se afastava aos tropeços, caindo no chão de uma vez e atingindo as costelas em uma tábua solta. A menina arfou, e engatinhando voltou para aonde Frank estava.
—N- não está vivo Fai, a pessoa está morta— Murmurou enquanto lagrimas rolavam em seus olhos— Eu quero ir embora. — O garoto passou as mãos ao redor da cintura de Hazel e a arrastou abraçou enquanto a mesma tentava retirar a cena da pele comida e das larvas de sua mente.
—Sei que não é hora— Sussurrou o garoto— Mas, preciso te perguntar algumas coisas. Sua respiração pausada contra o pescoço de Hazel a fez arrepiar.
—Quais seriam?
—Nós realmente nos beijamos no armazém, ou eu estava sonhando? — Ele foi direto, apesar de suas bochechas se encontrarem em tom escarlate.
—Nós nos beijamos no armazém— Confirmou Hazel ainda abraçada a Frank.
—Significou algo para você? — Perguntou novamente.
Frank definitivamente foi a primeira pessoa com quem ela passou horas conversando na mansão de Hades, ela havia se sentido segura o suficiente para partilhar historias com o garoto que se mostrou um bom ouvinte, se sentiu segura para contar de como era a vida em seu século, e fazer brincadeiras, sorrir ou chorar. E ele havia feito o mesmo, ele havia contado para ela segredos, partilhado perdas, tinha narrado para ela como era a vida no acampamento romano e de como foi devastador ver sua queda. Ela sabia que poderia passar horas observando aquelas bochechas coradas enquanto ele contava coisas sobra à avó.
—Se houver significado para você tem para mim também— Sua voz soou abafada contra a pele quente do garoto.
—Então teve um significado bom para ambos? — Perguntou meio incerto.
—Teve Fai, um ótimo significado.
—E o que somos agora?
—Somos crianças amaldiçoadas, Fai, mas crianças amaldiçoadas também podem sentir a paixão, então somos crianças apaixonadas, Faz sentido.
Ele sorriu
—Um pouco— Ele beijou sua testa e ambos ficaram em silencio por um tempo.
Ela havia se acalmado, pelo menos um pouco quando a porta do estábulo se abriu, revelando quatro figuras com mantos que arrastavam pelo chão sujo. Os dois da frente usavam mantos avermelhados com costuras pretas em suas pontas e o capuz que Coria todo seu rosto. As mãos pareciam inexistentes dentro do manto, como se a roupa tivesse sido feita dois números maiores do que o da pessoa que o usava. Os dois de trás usavam mantos cor de terra, com costuras amarelas. Assim como os dois da frente à roupa escondia suas mãos pernas e rosto, deixando a mostra apenas a escuridão dentro da roupa.
—Viemos dar um recado para os deuses e seus filhos— Uma voz masculina saiu de dentro do manto avermelhado.
—Ela deve tem e deve ser passada exatamente da maneira que eu vou dizer— Do manto ao lado saiu uma voz feminina, era doce e ferina ao mesmo tempo, com um leve sotaque.
—Quem são vocês? — Perguntou Frank olhando para os quatro encapuzados.
—Somos as almas— Disse uma voz feminina, dessa vez saindo do manto marrom.
—Quero nomes, Frank falou.
—Exigentes— O homem falou.
—Vou explicar qual vai ser o recado— Disse a menina por debaixo do manto escuro— Avise aos deuses que a queda anda próxima, que Gaia se erguera, e que todos nós serviremos nossa mãe.
—E quem mandou avisar a eles? Digo precisamos de um nome— Frank havia encarava os dois encapuzados da frente, olhos arregalados lábios sendo umedecidos a todo instante pela própria língua.
O homem do manto se preparou para avançar mas foi impedido pela mulher que encostou a mão espalmada em seu peito por cima da roupa.
—Deixe-os Luke. Eles precisam levar o recado, diga também... — Ela puxou o manto para trás, seus cabelos negros caindo contra a pele translucida seus enormes olhos de mesma cor se resaltavam, quase como se estivessem pulando para fora por causa das escuras olheiras, seus lábios eram brancos, sem cor. Hazel soltou um grasnado, ela conhecia aquela garota—... Que Bianca Di Angelo mandou avisar.
— Bianca— Balbuciou Frank para Hazel— Sua... Irmã.
A garota havia se virado e puxado o manto, cobrindo novamente seu rosto. Ela se arrastava para fora do estábulo sendo seguida pelos demais, deixando Hazel e Frank sozinhos novamente. Hazel sentia seu corpo tremendo por inteiro, mas saia que não era por causa do frio intenso. Ela se virou para Frank que a encarava igualmente pasmo. O cadáver na parede se moveu, soltando um som que se parecia com lixa arrastando na parede e Hazel desmaiou.
Manhattan 02h 50min- Véspera de natal
O cheiro de hortelã adentrou as narinas de Hazel a arrastando para sua infância, ela se lema de como a mãe esquentava água com folhas da erva para saciar qualquer desejo que Hazel tivesse, não era uma lembrança agradável, mas ainda sim a deixava mais relaxada. Ela mirou primeiro Salim que se encontrava sentada ao seu lado, o rabo balançando calmamente enquanto ela encarava a irmã com certa preocupação. Grover se encontrava a alguns metros de distância, em suas mãos havia dois copos fumegantes. Um ele entregou para Frank que tremia sem parar. Seus olhos se encontravam fixos no de Hazel que se sentou no colchonete recebendo logo depois um copo fumegante.
—O que houve? — Kaya perguntou se sentando ao lado de Hazel— Frank não disse nada desde que acordou...
—Ela... Ela está viva— Murmurou Hazel encarando as folhas de hortelã que boiavam encima do chá.
—Quem está viva? — Perguntou Salim assim como Grover.
—Bianca— Dessa vez quem falou foi Frank— Bianca Di Angelo.
Eles disseram que eu não podia morrer naquele momento, que havia muito para meus olhos verem, muito para escutar e sentir, mas eu não esperava que ela também estivesse viva, eu me banho em prata e diamantes, meus olhos foram esculpidos em ouro puro, ela é banhada em cadáveres, seus olhos são mais escuros que as sombras, eu sou um diamante negro, uma pedra amaldiçoada, ela é uma perola negra encontrada no túmulo dos mortos. Minha irmã esta viva, e ela não esta do nosso lado, não esta do lado dos Olimpianos, e não sei se isso é ruim, mas algo me diz que é o pior possível.
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