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História Friends - Get It Out Wolf - História escrita por harveylatina - Spirit Fanfics e Histórias
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História Friends - Get It Out Wolf


Escrita por: harveylatina

Notas do Autor


Eu já estava escrevendo junto com o primeiro, então só dividi e finalizei. Não sei se gostei muito, mas tá ai pra vocês.

Capítulo 2 - Get It Out Wolf


Estava tão tarde e depois da tanta confusão eu só pensava em chegar em casa. Eu me despedi das meninas e fui atrás do ponto de ônibus mais perto da onde estávamos. Elas, ao contrário, foram para uma segunda festa que rolaria na casa de não sei quem e é claro, eu não queria. Acho que elas estavam precisando mais do que eu. 

A cidade estava vazia já que se passavam das duas da manhã e os táxis não apareciam. Não queria acabar com a noite delas, então recusei a carona que a Juria ofereceu assim que saímos, optando por andar e deixar que o álcool evaporasse do meu corpo, ainda que não tivesse bebido muito.

Estava frio e a minha sorte foi ter tirado a blusa molhada ou uma hora dessas eu estaria resfriada. Não demorou muito para que eu sentasse no banco, estando completamente sozinha. Não via uma alma vagando naquela rua. 

Naquele dia, por coincidência, eu não levei meu celular por que eu não queria ficar presa naquilo de tirar fotos e gravar a noite inteira sendo que eu estava lá para me divertir com às minhas amigas, então só me restava pedir que o universo colaborasse comigo.

Encostei minha cabeça no vidro que protegia o local da chuva quando ouvi cochichos vindo do meu lado direito e em instinto, olhei para saber o que era. Um grupo de rapazes, aparentemente, bêbados vindo na minha direção. Evitei contato torcendo que estivessem ali com o mesmo propósito que eu, ir para casa.

- O quê uma garota linda como essa faz sozinha aqui nessa hora da madrugada? - Perguntou o mais alto rindo descontroladamente. 

- Acho que a gatinha veio e não sabe como voltar agora. - Falou um outro, enquanto jogava aquela fumaça de cigarro na minha cara. 

- Você quer companhia? Te protejo. - Novamente o mais alto falou e a sua risada me dava calafrios. Ele não parecia nada bem.

- Como é seu nome? - Um terceiro perguntou. 

Eu não tinha para onde correr naquele momento, me encolhi no banco e ali fiquei, evitando qualquer tipo de contato visual. Pensei comigo, se eu ignorar, uma hora eles param e é lógico que isso não é verdade, mas eu acreditei que seria. 

- Você está ignorando a gente? - O mais alto falou. 

- Eu acho que ela está. - Um deles, não sei qual, falou e parecia tão furioso. 

- Olha só. - Voltaram a rir. - Ela acha que vamos embora sem antes encerrar a noite. - Cada vez mais calafrios. Eles ficavam ainda mais gelados a cada segundo. 

- Ei, bonequinha, vem comigo. - O mais alto tentou pegar minha mão e eu recusei. 

- Vai ser divertido. - O terceiro falou sorrindo.

- Ei. - Um grito surgiu lá do outro lado e eu não consegui ver quem era. 

- Vocês tão mexendo com ela? - Era uma voz feminina. 

- Pega eles. - Outra voz gritou. 

E ali criou um tumulto na qual eu mal enxerguei. Os rapazes ainda estavam parados em minha frente, tampando qualquer visão que eu pudesse ter além deles. Eu não queria me envolver muito com medo de acontecer alguma coisa comigo. Mas foi ai que eu dei graças a Deus por não ter trazido o meu celular. 

Demorou menos de um minuto para que eu visse a briga e logo me desesperei. Levantei e fiquei em um canto tentando entender tudo que estava acontecendo, sem saber se eu poderia fazer algo. Aquelas duas meninas, sim aquelas da festa, apareceram e quando eu notei já estavam em cima dos rapazes entre socos, sangue e ódio. 

A do cabelo curto estava ofegante demais, sinal que às forças restantes estavam indo embora, mas continuava ali quebrando a cara deles. A outra, a tal da Cocona, estava em fúria e isso me fez ver que talvez aquela fosse sua personalidade real.

Ela era bruta e agressiva e aquilo me causava náusea. A briga se estendeu de uma maneira que eu não imaginava, então agi rápido ao intervir antes que ela acabasse matando o rapaz alta que falou comigo. Fui cautelosa ao me aproximar e segura sua mão antes que um novo soco fosse lançado contra a cara já machucada. Ela me olhou e me olhou com uma ferocidade que minha alma saiu e voltou do corpo. Ficamos ali uns 3 segundos e eu consegui sentir um frio na barriga enquanto via o sangue da sua boca escorrer. 

- Leva eles. - A Cocona falou enquanto se levantava. Sua calça rasgou no joelho e isso pelo impacto na hora que conseguiu derruba-los. - Eram eles lá dentro? Com a Maya? - Perguntou.

- Sim, eram. - A do cabelo curto respondeu. - Caralho, tiveram que apanhar duas vezes hoje.

- Que bando de filhos da puta. - Gritou com raiva, desferindo um soco no plástico reforçado. - Demos sorte agora, Jurin.

- Eu vou levar eles até os seguranças. - Então era Jurin? Pois bem, a tal da Jurin falou empurrando os três até a entrada da festa novamente.

- Você é cheia de problemas. - Cocona falou olhando pra mim.

- Você se machucou muito? - Perguntei assustada, forçando uma nova aproximação.

Ela recuou, me deixando sem jeito. 

- Eu to bem. - Ela claramente não estava bem e sentia dor. Balançava suas mãos como sinal de ajuda para que tudo que ela estivesse sentido ali fosse embora. 

- Obrigada. - Agradeci.

- Por que você tá sozinha aqui? - Ela perguntou me olhando de cima a baixo.

- Eu estou indo pra casa. 

- Sozinha? 

- Sim. - Respondi fria. - As meninas já foram. 

- Perigoso. - Falou seca. - Por que não foi com elas?

- Elas queriam ir numa festa nova e eu não. - Voltei a me sentar. - Quero ir embora.

- Toma. - Ela me estendeu sua jaqueta. - Está frio e você tá tremendo. 

Eu não queria aceitar, na verdade, eu não sei se veria aquela garota na minha vida de novo para devolver, mas o vento estava me deixando gelada e eu não aguentava mais de ansiedade. Eu peguei e agradeci, me sentindo quente em minutos.

Não saberia descrever qual tipo de perfume ela usava, mas era algo como fim de filme romântico. Ela cheirava a clichê e isso era divertido por que ela não parecia ser assim. 

- Vou esperar o ônibus com você. - Ela disse.

- Não precisa. 

- Mas eu vou. - Me interrompeu. 

E dali surgiu um silêncio ensurdecedor. Ninguém falou mais nada e ficou um clima estranho, eu não sabia como puxar assunto e também não queria pelo simples fato dela não ser muito receptiva. Mas não me incomodou, eu iria entrar no ônibus logo e não a veria mais. 

Foi em momentos como aquele que eu me arrependi de não ter aceitado a carona da Juria, nada daquilo teria acontecido e eu estaria em casa. Pra falar a verdade, como de começo, nem sair eu queria ter saído, mas tudo bem.

Eu estava prestes a dormir com aquela calmaria quando ouvi um barulho suspeito e ao abrir os olhos, avistei minha passagem para casa. Suspirei alivia e levantei, fazendo sinal para que parasse. 

- Eu vou com você. - Cocona falou.

- Não precisa. 

- Mas eu vou mesmo assim. - E com isso, passou na minha frente e subiu primeiro. Pagou nossas passagens e se sentou lá no fundo, o que já era de se esperar de alguém como ela.

Não falei mais nada, mas também não entendia o motivo de tudo aquilo. Entrei, cumprimentei o motorista e sentei ao lado dela quieta. Era uma merda ver que meus pensamentos estavam ligados ainda que eu estivesse com muito sono. Ficava me perguntando o por quê e pra quê. Não fazia sentido algum ela ir comigo pra casa. Pra minha casa.

- Por que você está indo comigo? - Perguntei. 

- Quero garantir que você chegará com segurança. 

E assim fomos juntas no silêncio. Era estranho me sentir levemente confortável e acolhida por uma garota que eu não conhecia. Toda a situação era estranha, várias perguntas sem respostas e uma enorme vontade de ir ao banheiro também.

Eu não morava muito longe o que rendeu apenas alguns minutos até chegarmos. 

Desci e ela também.

- Eu moro ali. - Apontei já andando em direção a minha casa e ela ali, me acompanhando.

- Tá entregue. - Ela disse fazendo referência. 

- Como você vai voltar? 

- Eu dou um jeito. Sempre fui noturna.

- Cuide da sua mão, ela parece machucada. - Comentei preocupada.

- Se cuida, loirinha. 

E com isso, ela se virou e saiu andando para o meio da rua. Eu não fazia ideia para onde ela iria, então fiquei um tempo parada apenas observando se ela viraria a esquerda ou a direita e eu acho que ela sabia que eu estava ali ainda, pois levantou a sua outra mão e fez sinal de "yes sir." 

Fiquei surpresa e logo vi ela sumindo no escuro da noite. 

Já dentro do quarto e com um novo banho tomado, peguei meu celular e mandei mensagem para o grupo das meninas avisando que eu já estava em casa e também perguntei se elas tinham chegado bem.

amy., [1 de dez de 2022 às 03:47] "Vocês acreditam que eu estava indo embora... [texto]."

Desliguei o celular e fui dormir esperando que o próximo dia fosse menos turbulento. Perdida em ações dessa noite e preocupada em querer saber se aquela garota conseguiu ir pra sua casa. É, ela não deveria ter vindo comigo.


Notas Finais


O importante é vocês gostarem hahaha.
Xoxo, Alphaz. ♡


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