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História Friendzoned - A linha tênue entre o amor e a amizade - História escrita por HatakePrincess - Spirit Fanfics e Histórias
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História Friendzoned - A linha tênue entre o amor e a amizade



Notas do Autor


Olha só quem demorou mas apareceu?
Vim nos 45 do segundo tempo, mas ainda é maio kkkkkk
Aproveitem esse último capítulo, espero que gostem ❤️ boa leitura!

Capítulo 4 - A linha tênue entre o amor e a amizade


O amanhecer que seguiu com aquela minha noite com Neji foi muito diferente, até estranho. Mas, poderia dizer que foi um estranho bom. Já tínhamos dormido juntos algumas vezes, mas sempre cada um acordava em um lado da cama. Ou pelo menos eu acho, já que uma vez em que acordei antes, tenho quase certeza que Neji estava me abraçando.

Só que naquela manhã, eu não tive dúvidas. E o fato de que não tinha nenhuma roupa entre nós, tornou aquele abraço matinal ainda melhor.

— Bom dia — eu falei, olhando por cima do ombro para ver a cara amassada do Hyuuga, ainda no processo de acordar.

O desgraçado consegue ser bonito até acordando.

— Bom dia... — Eu ri com ele piscando os olhos algumas vezes — É bem melhor não ter que acordar antes de você e virar pro outro lado…

— Então, você realmente me abraçava quando eu 'tava dormindo! — Não foi uma pergunta, e pela risada dele, ele entendeu isso.

— Não era de propósito! — Se defendeu — Você falando assim parece que eu sou um tarado.

Me virei para ele, passando meus braços ao redor do pescoço dele.

— Não era nem um pouquinho de propósito? Eu gostava…

— Eu 'tava dormindo, era involuntário.

Impressão minha ou ele estava vermelho?

— Nunca achei que você fosse tímido, sabia?

Neji ergueu uma sobrancelha e me puxou para mais perto, colando totalmente meu corpo no dele.

— Quem disse que eu sou tímido? — A voz dele saiu rouca, sedutora. Aquele sorriso de lado…

Porra Hyuuga... Me acostumar com a sua voz assim seria facinho... Ai, ai.


Alguns meses se passaram depois daquela noite. Foi um alvoroço na editora quando chegamos juntos, e contamos para os nossos colegas que estávamos realmente em algum tipo de relacionamento, fiquei bem surpresa ao ver vários deles pagando apostas. Pelo jeito, os únicos que não sabiam que viraríamos um casal éramos nós dois.

Nosso relacionamento não levou o tempo que eu imaginei para ser rotulado. Acho que um dos benefícios de se namorar seu melhor amigo é a transparência que temos um com o outro. É fácil de nos comunicar, e de certa forma ler as intenções alheias. Então por conta disso, a conversa em que abrimos o jogo sobre querer algo sério, foi bem menos constrangedora e cautelosa do que normalmente se é. Confesso que no começo, ver alguém pelo qual eu sempre forcei minha mente a encarar de forma fraternal de uma maneira romântica foi um tanto esquisito. Ok, ok, não foi TÃO esquisito assim, mas fala sério, com o Neji como melhor amigo, durante nossa amizade o desafio mesmo foi não olhar ele com outros olhos. Mas acho que eu tenho que concordar com ele quando diz que eu tenho a cabeça nas nuvens, porque até a vez que ele resolveu ser mais óbvio sobre como se sentia a meu respeito, eu nem sequer tinha cogitado aquela possibilidade, então tentava só não me iludir.

Prefiro não pensar no detalhe de que se eu tivesse sido um tiquinho mais atenta, talvez não tivéssemos perdido todo esse tempo. Ou, talvez, isso não tenha sido de todo mal. Afinal de contas, esse tempo foi onde nossa amizade cresceu realmente.

Me estiquei na cama com toda a preguiça que tinha direito naquele domingo de manhã. Estava um friozinho gostoso, e meus pés ainda doíam da festa de casamento que fomos na sexta a noite. E não foi atoa, a festa de Naruto e Hinata foi até sábado de manhã. Meu pé estava um caco, mas valeu a pena. Principalmente por ter presenciado uma versão embriagada do meu namorado, normalmente tão sério e no controle de suas ações. Garanto, ver Neji e Sasuke, pra deixar ainda melhor, dançando macarena e rebolando sem pudores, foi de longe a melhor cena do ano. Algo que eu posso orgulhosamente dizer que gravei e providenciei várias cópias, salvas em lugares que Neji nem cogitaria tentar apagar.

Eu já tinha acordado faziam por volta dos quarenta minutos, e já tinha visto a mensagem de Neji dizendo que ele tinha ido buscar nosso café da manhã. Eu estava realmente planejando continuar ali na cama até que ele voltasse, e faria isso dormindo mais um pouquinho. Assim que fechei os olhos, no entanto, meu celular vibrou uma vez.

— Deve ser mensagem, depois vejo — disse para mim mesma. Mas a vibração persistiu, e vi que se tratava de uma ligação. Ri sozinha ao ver o nome e a foto na tela. — Alô?

— Tenten, qual o nível da sua fome? — Neji perguntou do outro lado.

— Eu podia estar dormindo, sabia?

— Se estivesse nem teria atendido, ou visto minha mensagem — eu podia captar seu tom de voz ligeiramente arrogante e divertido.

— Ora, ora, temos um Sherlock Holmes por aqui! — brinquei, e ele riu — Sei que você detesta ligação, por que não manda mensagem?

Neji riu baixo, mas não respondeu minha pergunta.

— Então, muita fome ou pouca?

— Muita — respondi sem pensar muito.

— Nem sei porque pergunto. — Zombou — Já, já eu chego.

— Tá bom então.

— Amo você — Ele disse, meio sussurrado, e eu praticamente pude ver as bochechas dele se avermelharem levemente. Quem seria eu pra julgar? As minhas deveriam estar iguais.

— Também te amo, Hyuuga. Volta logo, 'tô com fome — Tentei aliviar aquela vergonha besta e funcionou, já que ambos rimos baixo.

Ele se despediu e desligou, e eu voltei a me esparramar nos travesseiros, principalmente no que ele dormia pouco tempo antes. Me critiquei quando afundei o rosto no travesseiro fofo, só pra sentir o cheiro dele.

— Que merda hein Tenten — Me xinguei e ri em seguida.

Uma das primeiras vezes que tínhamos dito aquelas palavras um para o outro tinha sido algumas noites antes. Nos julguem, fazer o quê? Cada um tem seu tempo. E mesmo não sendo exatamente a primeira vez que aquilo era dito, a adolescente dentro de mim ainda teimava em entrar em um surto toda vez. Acho que esses surtos, normalmente seguidos por uma onda de arrepios, também conhecidos como borboletas no estômago, eram mais comuns do que eu gostaria de admitir. Um abraço repentino, uma declaração sutil e inesperada, ou às vezes, até mesmo quando eu o flagrava me olhando, exibindo um sorrisinho bobo reservado para mais ninguém além de mim. Tudo isso me causavam os mesmos efeitos. 

Vestindo um dos muitos moletons que eu tinha roubado de Neji, eu estava na cozinha quando ouvi a porta se abrir. O cheiro do café que eu tinha feito ainda preenchia o apartamento, e logo o cheiro dos pãezinhos frescos também surgiu.

— Achei que ainda estaria deitada — Foi o que ouvi quando senti seus braços me envolvendo.

— A vontade foi grande — Respondi, me virando para devolver o abraço, e aproveitei para dar um beijo nele.

O beijo era para ser um mero selinho, mas Neji o aprofundou, e eu amava quando ele fazia isso com tanta vontade como agora.

Neji muitas vezes podia parecer quieto, sério, e em até certos pontos, sistemático. Mas comigo ele era diferente. Tudo bem que eu ainda assim era a expansiva e falante do nosso namoro. Só que, ao mesmo tempo que Neji era quieto, era intenso, quase que feroz. E, ao mesmo tempo que parecia ser sério e um tanto fechado, comigo era carinhoso. Como se apesar da "faixada", aparentemente vedada, tinha ali uma pequena abertura. E a abertura era minha. E aquele mero beijo era a prova concreta disso tudo. Suas mãos apertaram minha cintura com força conforme eu sentia sua língua contra a minha, naquele ritmo tão nosso.

Meus dedos estavam presos nos cabelos longos dele que eu tanto amava, e mesmo no final do beijo, a única distância entre nós foi a de nossos lábios.

— Ei, me diz uma coisa. — Perguntei encarando os olhos perolados — Por que você me liga sempre, mesmo detestando ligações?

Neji me olhou segurando o riso e erguendo a sobrancelha. Eu meio que já sei, mas sabe aquela coisa de querer ouvir algo da boca da pessoa, com todas as palavras? Eu neste momento.

— Você sabe o porquê.

— Juro que não sei — Esbanjei o cinismo na minha voz e sei que ele notou pelo estreitar de olhos que recebi. Eu só sorri de volta.

— Eu ligo porque gosto de ouvir sua voz. E porque eu sei que você gosta de falar no telefone. Feliz?

Mordi o lábio inferior e sorri arteira. Dei outro beijo nele, murmurando contra seus lábios a resposta:

— Muito.   

O que seria de nós dali em diante? Eu não sei, sinceramente. Brigamos algumas vezes, é claro, e tenho consciência de que não serão as últimas. Temos nossas diferenças de personalidade, de gostos e de hábitos. Mas sei também que durante aqueles meses juntos, eu estive feliz como nunca antes, e mesmo com as diferenças, é fácil dizer que as nossas coisas em comum ainda prevalecem. Eu não prevejo o futuro, mas sabe aquela sensação, aquele formigar na barriga de quando olhamos para alguém querido, que nos diz que ainda vamos viver muitas coisas ao lado daquela pessoa? É exatamente isso que me sinto toda vez que olho para aquele que eu um dia julguei apenas como meu melhor amigo, sem ter a menor ideia de que se tornaria muito mais que isso.


Notas Finais


Obrigada pra lindaaaa da @Iduna- que mais uma vez betou o capítulo pra mim!!! 💞
Eu tô soft com o finalzinho, confesso haha espero muito muito que vocês tenham gostado!
Ficou mais curto que os outros, mas só porque eu não senti necessidade de colocar mais coisa mesmo!
Aqui encerro a minha primeira participação oficial no projeto, mas logo logo tem mais tema vindo por aí! Hehe
Comentem, comentem, comentem! Obrigada aos que leram e já comentaram nos capítulos anteriores. Beijão 💖💖💖💖


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