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História From Hell to Heaven - Do Céu ao Inferno - História escrita por eulemonteiro - Spirit Fanfics e Histórias
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História From Hell to Heaven - Do Céu ao Inferno


Escrita por: eulemonteiro

Capítulo 8 - Do Céu ao Inferno


Não consegui dormir aquela noite, fiquei pensando em tudo o que havia acontecido. Aparentemente meu sentimento pelo Justin era recíproco e eu estava radiante, com medo de me decepcionar, mas feliz! Fiz de tudo para que o sono chegasse, mas só conseguia revirar na cama com meus pensamentos longe. Era impossível dormir pensando em tanta mudança repentina.

  Part/Justin

 Não estava com pique de voltar para lá e Chaz já tinha ido embora. Cheguei em casa, estacionei o carro e entrei. Minha mãe já havia chego e estava dormindo, já eram quase 3h da manhã. Entrei no quarto, tirei o tênis e me joguei na cama. Eu não sabia que Sofia era tão forte a ponto de quebrar o nariz de alguém.

Sofia era perfeita e a cada dia que passava sentia que ela era feita para mim, ela estava ali para mudar a minha vida para melhor. Sempre me pegava pensando nela, sempre estou querendo saber como ela está, quero saber como ela está e o que mais me assustava era que toda intensidade se formou durante dias. Parece que depois que Sofia apareceu em minha vida, nada teria graça se ela não estivesse junto e todo aquele sentimento que eu tinha dentro de mim me assustava. 

Part/Sofia

 Ser acordada com uma gritaria dentro de seu quarto não eram as melhores coisas da vida, eu levei um susto com os gritos e acordei com meu coração acelerado. Me sentei na cama e em volta, era meu pai revoltadíssimo, minha irmã gritando e minha mãe assustada com a situação. Logo vieram flash's do dia seguinte na minha mente. 

 Paparazzi's, jornais, redes sociais. Eu havia equecido completamente e eu não estava preparada para questionários e muito menos minha irmã tendo ataques.

— TÁ VENDO? VOCÊ É UMA TRAIDORA.— Ellen gritava e apontava o dedo na minha cara enquanto minha mãe a segurava pelo braço, ela era capaz de me bater. — VOCÊ DISSE QUE NÃO TINHA NADA COM ELE. TEM CERTEZA QUE NÃO TEM? SOFIA TEM FOTO SUA NO JORNAL O BEIJANDO, COMO PODE FAZER ISSO COMIGO? — Ela chorava tanto que mal consegui intender o que disse. 

— VOCÊ É MALUCA DE FAZER ISSO SOFIA? NÓS LHE DEMOS EDUCAÇÃO. — Foi a vez do meu pai surtar, ele puxou seus cabelos buscando palavras e paciência, logo depois me olhou novamente. —E EU NÃO ESTOU FALANDO DE VOCÊ COM JUSTIN, VOCÊ JÁ TEM 17 ANOS E SABE MUITO BEM O QUE QUER DA VIDA, MAS BATER NUMA GAROTA E QUEBRAR O NARIZ DELA? ONDE VOCÊ ENFIOU A EDUCAÇÃO QUE TE DEMOS? VOCÊ ACHA QUE PEDINDO PARA SUA MÃE ME ACALMAR IRIA MUDAR ALGUMA COISA? VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI QUE A BRIGA FOI POR CAUSA DELE? — Eu não conseguia ter reação, meu raciocínio estava lento, havia acabado de acordar. Por um momento pensei até que era um sonho e em que a qualquer momento eu iria acordar. — Me deixem conversar com ela, Ellen e Heloísa, por favor. — Meu pai tentou se acalmar depois de uns segundos, eles perceberam que eu não falaria nada ali diante daquela confusão, primeiro porque eu não tinha argumentos, segundo que eu ainda estava sonolenta. Elas saíram do quarto e meu pai se sentou na cama, ele ficou me olhando por um bom tempo. — Me diz, me explica direito o que foi que aconteceu.

— Eu saí com as meninas do colégio. Isso não é mistério pra ninguém. Nisso eu estava sem falar com o Justin porque essa mesma menina ligou pra ele quando estávamos viajando. Por isso que vim embora dias antes do esperado. Quando cheguei eu não tinha o visto e nem sabia que ele iria. Na verdade eu achei que ele ia ficar em Cancún, só que ele voltou. Ele tentou conversar comigo, mas chegou essa menina, Alice, que começou a perguntar que começou a me rebaixar. Eu não levo desaforo pra casa e a insultei de volta, foi quando ela puxou meu cabelo e eu revidei com um soco. — Eu suspirei e continuei. — Justin me deu razão e ficou comigo. Nós conversamos e acabei dando uma chance dele se explicar, acabamos se entendendo. — Assim que terminei de falar meu pai abaixou a cabeça e respirou fundo. 

— Por mais que ele tenha te defendido eu acho melhor vocês se afastarem.

— Você não pode me impedir de vê-lo! — Eu pensei em gritar, brigar, me descabelar, mas não adiantaria de nada. 

— Eu não estou te impedindo, eu estou dando minha opinião. Você sabe que a partir de hoje nossas vidas vão mudar e tudo por sua culpa.— Eu o encarei com o cenho franzido. 
 
— Eu não tenho culpa se Justin é famoso. Eu não mando no coração e já sabíamos que uma hora isso ia explodir. O mundo inteiro já sabia da minha existência assim que eu saí do carro com o Justin no aeroporto. Até eram só especulações, ma eu realmente não ligo pra isso, sua presença me faz bem.

— Eu espero que nada disso atrapalhe sua vida e também espero que um dia você compreenda que isso não é pra você.

— Eu espero que você esteja errado.— Abaixei a cabeça.

— Agora se resolva com a sua irmã.— Ele falou e se levantou. — Se foi mulher pra bater na tal da menina, é capaz de se defender da sua irmã. — Meu pai deu um beijo em minha esta e saiu do quarto.

Eu precisava me preparar para falar com a Ellen. Então fui até o banheiro, tomei um banho , fiz minha higiene e voltei pro quarto de toalha. Quando fecho a porta me deparo com Ellen sentada na minha cama com uma cara nada boa. Ela parecia uma onça querendo me atacar, meu medo era grande, não queria que algo de ruim acontecesse entre nós duas. 

— O que você tem pra me dizer? — Ela perguntou enquanto eu colocava a roupa.

— Ellen, as coisas mudaram. A gente viajou e eu não vou mentir, antes de viajar não tínhamos ficado. — Sua boca ficou entreaberta e sua cara assustada. — Mas em Cancún nos beijamos, mas não aconteceu nada além disso.—  Eu disse sentando na cama e ficando de frente para ela depois que coloquei a roupa. 

— Você me traiu.— Sua voz estava falha, embargada. — Sabe do meu sentimento por ele. Vocês estavam na mesma casa, aposto que transaram e eu aqui, há anos tentando ao menos me aproximar dele. 

— Ellen, sua admiração por ele não é apenas de fã. Vai além disso, se não você não se importaria, 

— Eu não acredito que você fez isso comigo. — Caiu uma lágrima de seu olho. — Isso não vai ficar assim. — Antes que eu respondesse, ela se levantou e saiu do quarto encerrando nossa conversa e provavelmente nossa boa relação de irmãs. 

  Eu estava com medo. Eu sabia que Ellen faria de tudo para desgraçar a vida de quem ficasse com ele, mas meu sentimento ia além de tudo o que aconteceria naquele momento em diante. Eu enfrentei minha família pelo Justin e não conseguia mais esconder a paixão que sentia por aquele homem.

Depois de toda aquela confusão, meu celular tocou. 

“Estou louco pra te ver de novo.”— Justin.

“Eu também! As coisas aqui em casa não são as melhores.” — Sofia.

“Já esperava por esse comentário, mas aposto que vai ficar tudo bem.” — Justin.

“ Espero que sim. Amanhã quero te ver, beijos.”— Sofia.

  Eu preferi não sair do quarto. Minha mãe trazia as coisas para eu comer e eu só saía mesmo para ir ao banheiro. Eu lia, mexia nas redes sociais, trocava mensagens com algumas pessoas e foi o dia todo assim, só não dormi porque a noite eu ficaria sem sono. O dia parecia uma eternidade, não passava nunca e eu estava começando a ficar entediada. Assim que deu 8h eu fui dormir pra ver se esquecia aquilo e esperava acordar só no dia seguinte, na hora da escola. 

Part/Justin

Acordei com a claridade invadindo o meu quarto, e quando vi já eram 11h. Sofia saía da aula às 13h, então não tive muita pressa. Tomei banho, fiz minha higiene, coloquei uma roupa e desci, tomei um café bem rápido e saí. Minha mãe não estava em casa e eu nem sabia onde ela tinha ido. Peguei a chave do carro e fui direto para onde Sofia Estudava. Pedi a uns seguranças que fossem comigo, mas que ficasse longe. 

 Quando cheguei, desci do carro e fiquei a esperando encostado no capô, olhei pro relógio e faltava 3min psra ela sair e então fiquei ali tentando ocupar meu tempo usando o celular. O sinal bateu e começaram a sair, os olhares e comentários começavam a circular. Pessoas as vezes se aproximavam pedindo foto, outras tirando de longe e outras só comentavam ou olhavam. Assim que Sofi saiu um dos seguranças colocaram ela dentro do carro e eu entrei logo depois. Segurei seu rosto com as duas mão se dei um selinho longo. 

— Se importa de irmos lá pra casa? — Perguntei sem maldade alguma já ligando o carro, ela me olhou de um jeito que me fez gargalhar. — É sério, eu não vou te forçar à nada, e eu acho que temos muito pra conversar. Veio sem o carro do seu pai?

— Sim, antes de sair falei com minha mãe que chegaria mais tarde pois sairia com você, e tudo bem! Vamos à sua casa. — Eu sorri assim que ela falou e acelerei até chegar em casa.

— O que foi? — Eu perguntei quando descíamos do carro e andávamos para sair da garagem. 

— Pra que tantos carros? — Ela perguntou olhando em volta.

— Vai de acordo com o meu humor.— Dei a mão para ela enquanto entrávamos em casa. Eu não esperava, mas minha mãe já havia chego em casa, olhei para Sofia e sua cara faltava explodir de tão vermelha, provavelmente de vergonha. 

— Oi, meu filho! — Ela se aproximou e me deu um beijo na testa. 

— Mãe, essa é a...

— Sofia, né?— Me interrompeu e sorriu. 

— Sim. — Sofi a respondeu com um sorriso meio sem graça.

— A nova namoradinha do Justin.—  Gargalhei enquanto puxava Sofi pela cintura, ela estava tão envergonhada que se tivesse a oportunidade de sair correndo, aposto que sairia.

— Mãe, não deixa a garota mais envergonhada do que já está, por favor.— Minha mãe riu, acariciou uma das bochechas de Sofia e foi em direção a cozinha, subi as escadas e fui até meu quarto. 

— Meu Deus, que vergonha! Eu achei que ela não estaria em casa.— Ela dizia com a voz trêmula e as mãos no rosto e eu ri enquanto me sentava na cama.

— Quando eu saí ela não estava em casa, mas voltou. — Ela se aproximou e se deitou. 

— Estou cansada, eu mereço um descanso!— Ela dizia enquanto me puxava para deitar junto e cobriu nos até a cabeça.

A puxei fazendo a mesma ficar por cima de mim, coloquei uma de minhas mãos em sua nuca e aproximei seus lábios dos meus fazendo-a roçar seus lábios nos meus. Encaixei nossos lábios e iniciamos um beijo intenso. Ela passava as mãos pelo meu corpo, pelo meu rosto, nossas línguas entrelaçadas e minhas mãos deslizavam por todo seu corpo, acompanhando cada curva. Ela tinha uma forma de beijar que me deixava maluco. Quando nossos lábios se tocam parece que o mundo para. Ela brincava com a minha língua enquanto minhas mãos passavam pela sua bunda, e que bunda gostosa! Eu já não me controlava mais, já estava completamente duro e parecia que ela me provocava. Rebolava em cima de mim e as vezes eu pegava mão e ela passar nele, eu sentia ela dar apertadinhas de leve. Quando eu passei as mãos pelas costas dela por baixo da blusa ela saiu de cima de mim e deitando do meu lado. Quebrando todo o clima, eu cheguei a ficar zonzo. 

— Vai falar que você nunca fez? — Perguntei enquanto me recuperava.

—Isso não te interessa. — Ela prendeu seu cabelo em um coque. 

— Tudo bem, vou te respeitar.— Sofia se deitou em meu peitoral.

Part/Sofia

 Ele me deixou excitada com suas mãos passeando pelo meu corpo, mas eu não poderia chegar ali e perder minha virgindade sem mais nem menos.

— Eu tenho uma coisa pra te dizer, mas primeiro precisamos conversar. — Ele se encostou na cabeceira fazendo eu sair de seu peitoral, cheguei a me assustar. Eu fiquei de bruços e apoiei meus cotovelos na cama com o pescoço levantado. — O que seus pais falaram sobre as matérias dos jornais, redes sociais, etc? 

— Ah, meu pai deu a louca falando que era melhor eu me afastar de você, mas ele disse que não vai me impedir isso. Minha irmã tá puta da vida comigo. — Abaixei a cabeça.

— Vamos até sua casa. — Ele me puxou minha mão fazendo eu levantar da cama junto com ele. Justin correu e me puxava até a garagem, me colocou dentro do carro e não trocamos nenhuma palavra até chegarmos em minha casa.

— O que você quer aqui? — Perguntei saindo do carro quando chegamos na porta de casa. 

—Vou falar com seus pais. — Meu coração acelerou, aquele não era o momento mas eu não consegui impedir Justin. Pensei rapidamente que talvez fosse bom, assim as pessoas se acostumariam com a presença dele e entenderiam que ele também é um ser humano e quer viver. Entramos em casa e não havia ninguém na sala, então gritei pedindo para que todos descessem. Quando Ellen desceu, deu para ver que o que ela queria era abraçá-lo, estar com ele e contar o que realmente sente. Meu pai não tinha reação,mas não queria nos olhar também. Todos se sentaram no sofá. 

— Então.— Justin começou. —  Eu vim aqui pra dizer que eu não quero a filha de vocês pra usar e jogar fora como eu acredito que vocês estejam pensando, não vou iludi-la. Sei que vocês se guiam pelo que a mídia diz e a mídia mente muito! Sim, eu saía com várias garotas e não queria saber de mais nada, mas quando encontrei Sofia, ela me fez mudar de uma forma incrível e inacreditável em tão pouco tampo. — Eu sorri involuntariamente. Ele me olhou, e pegou uma das minhas mãos, como se quisesse me confortar.— Eu estou sim apaixonado pela filha de vocês e sei o quanto vir aqui falar com vocês é clichê, mas vim aqui perguntar à vocês se eu posso namorar a filha de vocês.

Eu não esperava suas ultimas palavras. Arregalei meus olhos e o encarei. Não tive mais nenhuma reação, minha respiração pesou, eu só conseguia pensar na reação de Ellen e eu não conseguia nem olhá-la. Eu estava feliz, mas ao mesmo tempo preocupada, essa bomba toda em cima de mim não era fácil de segurar. Eu apertei sua mão com força. 

 Part/Justin

  1 DIA ATRÁS ~

Flashback on ~

  Eu já estava totalmente decidido, queria dar um passo à frente em minha vida. Queria que Sofia fizesse parte da minha vida e não estava nem aí se mal nos conheciamos mais a fundo.

— Eddie, preciso da sua ajuda.— Falei assim que ele atendeu o celular. 

— Pode falar, mano.

— Na verdade não é da sua ajuda, e sim da tua mina, ela ta ai? 

— Aconteceu alguma coisa?

—Calma, não é nada demais. Eu preciso da ajuda dela. Se não ajudar, complica. Ela ta ai? 

— Calma, vou chama-la.

— O que foi?— Era ela.  

— Primeiramente, não é pra contar pra ninguém, nem pro seu namorado. É sigilo absoluto. 

— Eita, vou participar de um crime pra ser tão secreto assim?—Ela debochou. 

— Você sabe mais ou menos o número do dedo da Sofi? 

—AI MEU DEUS! É ISSO MESMO QUE EU ESTOU PENSANDO, SR. JUSTIN DREW BIEBER? — Ela gritou fazendo eu afastar um pouco o celular do meu ouvido, péssima hora que eu resolvi pedir ajuda, comecei a me envergonhada. 

— Adivinhou. Agora pode me ajudar?

— A ultima vez que compramos jóias o número do dedo dela era 16! Não dê risada, eu sei que o anel vai ser uma miniatura. 

— Valeu. E não esqueça, é segredo nosso.

— Não foi nada, cuida bem da minha amiga, e faz um favor. Conversa com ela sobre a amiga dela aqui e diz que eu a amo. Boa sorte pra você!

— Pode deixar, se divirtam aí!

  Peguei meu carro favorito e fui a joalheria comprar o anel, não estava acreditando no que estava acontecendo. Como ela conseguiu me tirar daquele mundo de putaria?
Quando cheguei, me entregaram o catálogo. Queria algo que fosse diferente pra que nós fossemos um só no mesmo coração. Foi aí que tive a ideia, eu mesmo iria desenhar o anel. Fiz conforme vinha na minha cabeça, ele seria de ouro branco rodeado de brilhantes e dentro do anel meu nome, minha aliança seria simples, sem extravagâncias, apenas com o nome dela dentro. Em questão de horas eu já estava com o anel em mãos. 

Flashback of ~

     Part/Sofia

 Minha voz estava um embargada, eu queria chorar! Era tudo o que eu queria naquele momento, mas eu sentia tanta coisa ao mesmo tempo! Medo da mídia, minha irmã, meus pais, os fãs. Era tudo tão recente, tão novo e tão mágico e estava acontecendo tudo tão rápido. 

— É...— Meu pai abriu a boca pela primeira vez. — Justin, sente-se aqui.— O olhar sério do meu pai para Justin me preocupava.

— Claro, não me apresentei formalmente, desculpe. Sou... 

— Dispenso apresentações meu caro rapaz.— Meu pai o interrompeu. — Você deve saber que eu não sou a favor disso, não é? — Minha vontade de chorar só aumentava.

— Eu já esperava essa reação, porém não estou aqui pra brincadeirinhas. Estou vindo aqui como homem não como o artista para fazer esse pedido. Venho de uma família muito doutrina, eu realmente quero algo sério com ela. — Justin dizia e eu sentia meus olhos encherem d'água.

— Não serão palavras bonitas e bem colocadas que vão me fazer mudar de ideia. Nunca fui influenciado pela mídia, mas  você com tão pouca idade já fez muitas burradas na vida. Creio eu que você não é o cara certo pra minha filha.— Tá! Era oficial, eu estava chorando e só não gritava ou soluçava pois queria saber o desfecho. Era como se cada palavra me machucasse, mas chorava em silêncio e só minha mãe me olhava e parecia que queria sentir minha dor. 

— Acho que errar é humano Sr. Arthur. Quem nunca errou que atire a primeira pedra. Eu mudei e acredite, foi por sua filha! Estou disposto a conquistar sua confiança, não só como a sua como da sua esposa também, me dê uma chance. — Mesmo meu pai o destruindo com palavras, ele se manteve forte. Ficamos em silêncio por um tempão.

— Eu te darei essa chance Justin, mas se você pisar em falso ou magoar minha menina, dê adeus a ela. Você nunca mais a verá, espero que você cumpra com o que está dizendo. — Meu pai suspirou e eu limpava minhas lágrimas tentando conter o choro. — Eu permito esse relacionamento, mas não quero que atrapalhe a vida de Sofia e muito menos a sua. — Eu suava frio, aquele não era meu dia, definitivamente eu ia do céu ao inferno em questão de segundos.

— Obrigado, agora o que me resta é fazer o pedido e oficializar isso. — Ele me olhou, veio até a mim e pegou em minha mão. — Sofia, aceita criar uma história comigo? Vamos tentar, mas eu sei que tenho certeza que seremos felizes. 

 Aquela frase se repetia a cada segundo em minha cabeça, eu deveria estar com o queixo no chão. Minha cara não devia ser das melhores, ele estava de joelhos pra mim, o que eu não imaginava era a aliança que ele segurava em suas mãos. 

— Lógico que sim, meu amor. — Foi a única coisa que saiu da minha boca entre tanto choro. Fui surpreendida com um abraço tão amoroso e com um selinho demorado, eu estava radiante.
  Minha mãe se emocionou e começou a chorar. Ela só queria ver minha felicidade. Nosso momento foi interrompido quando escutamos um barulho de vidro se quebrando. Era Ellen, ela queria destruir a sala. Eu só via a fúria em seus olhos cheios de lágrimas.

— Ellen, vamos conversar. — Perguntei tentando acalmá-la e me aproximando. 

— Eu não quero e não vou falar com ninguém, sumam da minha vida. — Ela estava tomada pelo ódio, subiu para seu quarto e quando eu tentei ir atrás, minha mãe entrou na frente. 

— Vocês terão temo para conversar, curte seu momento. — Ela piscou para mim e eu tentei me acalmar. Deu para perceber o desconforto que Justin sentiu quando Ellen surtou, porém iria conversar com ele sobre isso, era uma longa história.

Dois minutos depois nós escutamos um grito de Hellen, agudo e desesperador. Subimos todos correndo e quando chegamos a porta estava trancada. Justin entrou na frente de todos e arrombou a porta com um dos pés. A porta caiu e a cena me matou por dentro. Via minha irmã fragilizada desfalecendo, rodeada de sangue e com uma lâmina na mão.



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