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História From Hell to Heaven - Raiva no Aniversário - História escrita por eulemonteiro - Spirit Fanfics e Histórias
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História From Hell to Heaven - Raiva no Aniversário


Escrita por: eulemonteiro

Capítulo 26 - Raiva no Aniversário


Part/Justin

O aniversário da Sofia havia chego e conseguimos animá-la. A correria lá em casa estava por todos os lados da casa para ajeitar cada detalhe, deixando tudo do jeito dela. Minha mãe estava na rua comprando as coisas que faltavam e eu não sabia o que fazer. Todo mundo ali recusava minha ajuda. A casa estava movimentada, a parte do jardim totalmente modificada e assim que deu meio dia, Miley entrou na sala com uma bolsa enorme. Ela realmente tinha um carinho muito grande pela Sofia e eu admirava a amizade das duas.  

— O que é isso?— Perguntei olhando a caixa. 

— Vou dizer quando você vir me ajudar. — Abri um sorriso e fui ajudá-la a por as coisas no escritório. 

— Agora pode me dizer? — Perguntei assim que deixamos as coisas no sofá.

— São uniformes dos garçons que sua mãe pediu pra eu mandar fazer. — Ela suspirou. — A roupa da Sofia, sua roupa, da Pattie, minha e eu comprei o presente que você vai dar à ela. — Ela sorriu e eu a olhei desanimado.

— Mas eu não pedi pra você comprar. — Afirmei. 

— Você comprou? 

— Não. 

— Então te fiz um favor! Vou ajeitar algumas coisas por aqui, vê se almoça fora por que hoje tu não põe os pés naquela cozinha. — Miley dizia enquanto abria a porta para sair. — Cadê Sofia? 

— Acho que foi na casa dela. 

— Então eu vou indo. 

  Eu me sentia completamente sem rumo dentro da minha própria casa. Era muita gente desconhecida andando de um lado para o outro, e fazia tanto tempo que não fazíamos festas em casa que eu tinha desacostumado daquela agitação. Fui até a garagem e entrei no carro enquanto ligava para Sofia. 

— Tá aonde? — Perguntei assim que a mesma atendeu, eu já estava dirigindo. 

— Na minha casa. 

— Tem mais alguma coisa pra fazer?

— Não. 

— Quer almoçar comigo? 

— Claro, estou te esperando. — Desligamos.

Cheguei lá em uns 20min. Não quis buzinar, sabia que Ellen estava lá e mesmo ela fazendo o que faz comigo e Sofia, ela precisava de alguém para confortá-la. Respirei fundo e saí do carro, entrei na casa e estava um silêncio profundo, Sofia já estava sentada no sofá da sala me esperando. 

— Por que não buzinou? 

— Acho que sua irmã também precisa de um apoio. Ela também está mal. — Sofia suspirou. 

— Eu a chamei pra ir hoje, chame-a também. — Concordei com a cabeça e subi até o quarto da Ellen.

—Ei? — Dei três batidas na porta e entrei em seu quarto. Não imaginava vê-la naquele estado. Olhos fundos, roupas largas, ela estava deplorável e não tinha uma palavra menos rude que pudesse definir.— Por que você está desse jeito? — Perguntei. 

— Você ainda me pergunta?— Ela fungou o nariz.—  Minha mãe morre, meu pai sai de casa com uma puta e você quer que eu fique bem? — Ela riu. — Eu não sei como Sofia consegue manter a auto-estima nessa situação. — Me sentei na cama, perto dela. 

— Ela está mal, mas tenta melhorar a cada dia que passa. 

— Justin. — Ellen se remexeu desconfortavelmente na cama. — Ela tem você, e eu? Só tenho meus avós, que acabaram de me ligar dizendo que estão de mudança pra cá pra eu não ficar sozinha. Eu já não tenho mais estruturas pra ficar na terra. 

— Você além dos seus avós, tem sua irmã que mesmo você fazendo o que faz com ela, ela sempre esteve do seu lado quando você mais precisou.— Ela suspirou. — Vá pra festa da tua irmã, seus avós eu sei que não vão chegar hoje. Fica lá em casa. Eu mando um motorista vir te buscar quando estiver pronta.— Ela abriu um sorriso. 

— Eu vou. — Sua voz quase não saiu.

— Te espero hoje à noite.— Me levantei da cama e voltei pra sala. Sofia já estava no carro então fui direto para lá.

— Na sua casa deve estar uma confusão. — Ela disse quando já estávamos no restaurante almoçando. 

— Bárbara e Jolie prepararam tudo, né. Minha mãe está na rua comprando não sei o que e Miley está lá, trouxe uma bolsa cheia de coisas. Trouxe tua roupa também, espero que não seja como as que ela usa. — Ela sorriu.

— Eu mandei o modelo pra ela, seu boboca. — Continuamos comendo e depois fomos andar em uma praça vazia que tinha em depois de dois quarteirões do restaurante. Eu tentei animá-la, e pelo visto deu certo. Conversamos sobre tanta coisa, pagamos mico no meio da praça, zombamos das pessoas que passavam e quando fomos ver já era 18h 50min.

— Sofi, já vai dar 19h, temos que ir. — Disse ainda deitado com ela na grama. 

— Você me promete que não vai ter gente importante, fina, que gosta daquelas frescuras e que eu terei que manter a pose?— Ela me abraçou e deitou sua cabeça em meu peito. 

— Não, só vai ter umas amigas da minha mãe e o resto é conhecido tanto meu quanto seu, eu sei que vai encher. 

— Então vamos logo. — Se levantamos e fomos pro carro. Ela, do nada, ligou o rádio e colocou "Never let you go" e começou a gargalhar. — Você era tão estranho naquela época. Eu arqueei as sobrancelhas e intercalava o olhar para ela e a estrada. 

— É pra esse estranho que tu pede mais. — Disse prendendo o riso.

— Eu? — Ela cruzou os braços. 

— Não é não? 

— Eu não. 

— Então vamos ver hoje à noite.

—  Temos uma festa! Vai ter gente que vai dormir lá. Vê se não inventa.— Eu comecei a rir, mas não respondi. Chegamos em casa, Lucy, Miley e minha mãe estavam desesperadas. 

— O que foi?—Perguntei assustado. 

— Onde vocês estavam, seus filhos da puta? Estamos procurando vocês desde três horas e quarenta, vocês não tem telefone não?— Miley andava para lá e para ca, Sofia tinha seu cenho franzido e eu prendia o riso. A situação estava séria.—  Puta que pariu, olha a hora que vocês resolvem aparecer! — Ela mal respirava para falar.— A festa começa as nove horas e ninguém começou a se arrumar.— Miley dava esporros enquanto minha mãe puxava Sofia pro quarto e ela ia atrás.  

A casa ainda estava movimentada, mas já que Sofia se animou, eu me animei. Cantarolava enquanto ia para o escritório, quando abro a porta, me deparo com Chaz e Scooter decidindo que roupa usar mais tarde, eu me sentei na poltrona.

— Tem lugar melhor pra escolher roupa, sabia? 

— Tem sim Justin, teu closed.— Chaz brincou.

— Aquela menina que estava com você esses meses? Já terminaram? — Perguntei. 

— Ela vem hoje, deve estar se arrumando. — Ele se virou para me olhar. — Sinceramente? Não sei como Sofia tem estruturas pra fazer uma festa. 

— Quem organizou foram as amigas dela e Justin. — Scooter respondeu. 

— Ela precisa se distrair o máximo possível. — Afirmei e em seguida escutei abrirem a porta, Miley entrou igual um furacão. 

— O DJ quer saber onde vai montar o palco. 

— Isso são horas dele chegar? 

— Você não tem moral nenhuma pra reclamar.

— Você que está organizando, você resolve isso. 

— Da próxima vez que eu vir aqui te perguntar alguma coisa e você me responder desse jeito, eu vou arrancar seu pinto e Sofia não vai ter com o que brincar. Não duvide. — Ela disse saindo do escritório, mas nem dei ouvidos. Depois de um tempo comecei a me arrumar. 

Quando cheguei no quarto tinha um monte de gente paparicando a Sofia. Unha, maquiagem, cabelo. Nunca vi tanta gente dentro daquele quarto. Peguei a roupa que já haviam separado para mim e fui até o quarto da minha mãe. Tomei um banho rápido, fiz a barba, ajeitei o cabelo e coloquei a roupa. Minha mãe entrou no quarto pra se arrumar e aproveitou me ajudou a arrumar algumas coisas na minha roupa.

— Já tem convidado chegando e não tem ninguém de casa pra atende-los. Lucy está desesperada ajeitando tudo e nós estamos aqui em cima, Sofia ainda está terminando de colocar o vestido e Miley foi tomar banho agora. Eu ainda vou tomar banho e por o vestido, você desça, Bárbara, Eddie, Jolie, Chris e Miguel já chegaram.— Minha mãe dizia enquanto entrava no banheiro. 

Part/Sofia

 Aquela mimação estava me deixando nervosa, mas valeu totalmente a pena! Roupa, maquiagem, cabelo, estava tudo perfeito, quando deram os últimos ajustes no vestido, Miley entrou no quarto, ela sorriu quando me olhou. 

— Se você não namorasse e soubesse a quantidade de gente gata que tem lá em baixo, nós iríamos sair pegando todo mundo. — Comecei a gargalhar. 

— Você é louca demais, mas pra que esse monte de gente? — Perguntei. 

— É aquilo né, amigos de convidado.— Eu revirei os olhos. 

— Meu namorado já deve estar lá em baixo de fogo.

— Que nada, já está bebendo com o Eddie e Chris, como sempre.

Terminei de me arrumar e desci com Miley, já estavam todos lá em baixo, então fomos para jardim. Aquilo já estava lotado de gente, gente que eu nem conhecia. Gente que Justin me apresentava e eu não fazia ideia de quem era, mas logicamente tinha meus amigos e o pessoal do colégio, fora os que eu conhecia em boates e fazia amizade. E por fim, minha irmã chegou. Confesso que fiquei com receio dela estragar a festa, mas tentei não deixar aquilo transparecer. 

 Nunca tinha visto tanta pessoa naquela casa, só faltou não ter lugar pra andar, mas aquela casa é enorme, seria impossível. Eu passava o tempo inteiro ao lado do Justin, as vezes tinha confusão com umas fãs querendo invadir a festa, mas eu não tinha o que reclamar, cada detalhe da festa estava perfeito. Estava conversando com uma amiga quando de relance eu olhei para a entrada e um cara estava vindo em minha direção. Ele parou na minha frente e eu fiquei sem entender. 

— Será que devo me apresentar novamente?— Eu não consegui reconhecê-lo nem pela voz. Franzi o cenho enquanto dava um gole no martini. — Prazer, Jonas. — Ele estendeu sua mão e eu arregalei os olhos. Eu não conseguia acreditar que ele teve a cara de pau de entrar ali. O puxei para um canto mais vazio do jardim. 

— O que você está fazendo aqui?— Perguntei ainda tentando esconde-lo.

— Vim com a Mell. Eu sabia que você tinha começado a namorar, mas não sabia que você namorava o Justin. 

— É-é! Naquela época nós tínhamos terminado.

— Entendi. — O sorriso estava estampado em seu rosto.

— Jonas, se Justin te ver aqui ele te mata e me mata também! Esqueceu da confusão na boate? — Perguntei. 

— Por que ele faria isso? Ele precisa confiar em seu próprio taco, não acha? — Ele dizia se aproximando de mim e colocando uma das suas mãos em minha nuca. 

— Jonas, para! — Disse tirando sua mão de perto de mim. 

— Para você! Ninguém vai ver e seu namoradinho, marido, sei lá! Tá ali, rodeado de mulherer. —

Engoli seco e me virei, Jonas colocou suas mãos em minha cintura, por trás e eu olhava aquela cena ridícula das meninas se esfregando no meu namorado, sentia meu coração se despedaçar. Me soltei das mãos de Jonas e fui atrás de Justin, ele estava abraçado com duas meninas lindas, gostosas, perfeitas, e eu? Baixinha e sem graça. Me aproximei e não precisei falar nada, meu sorriso irônico já respondia tudo.  Miley viu que a confusão estava para começar e correu para perto de mim. Justin sorriu e Miley me puxou com rapidez antes que eu conseguisse falar alguma coisa. Aquele sorriso só me fez ter mais ódio.

— Sofia, calma! Hoje é seu aniversário, não tem porquê ficar desse jeito—Miley disse e logo depois Bárbara e Jolie entraram correndo. Eu tremia dos pés a cabeça com raiva até da Miley. 

— Por que você me tirou de lá? — Perguntei inconformada com a situação. — Tá vendo como ele é um filho da puta? Nem veio atrás. 

— É o jeito dele tratar as amigas assim.— Eu dei uma risada irônica. 

— Que ele enfie essas amigas no cú. Eu não sou obrigada a ficar assistindo esse tipo de coisa e batendo palma!—  Eu suspirei. — Eu quero ficar sozinha, se alguma de vocês virem atrás de mim, nunca mais me procurem. — Peguei as chaves do carro que meu pai me deixou e saí daquela casa o mais rápido que pude. Eu não sabia pra onde ia, carro em alta velocidade, chorava que nem criança! A festa que tinha tudo para dar certo se tornou a pior de todas. Eu parei no alto de um lugar, que dava pra ver um pouco do bairro, me sentei em um banquinho que tinha na frente do carro que eu estacionei. 

— Ei, menina dos olhos maliciosos. — Eu suspirei ouvindo aquela voz atrás de mim. 

— Jonas, o que você está fazendo aqui?— Perguntei sem me virar para olhá-lo, ele se sentou do meu lado. 

— Te segui.

— Eu quero ficar sozinha.— Fui grossa. 

— Não vou te deixar aqui sozinha. Seu namorado tá lá...

— Não quero falar dele. — O interrompi.

Part/Justin

  Sofia saiu de casa transtornada, eu fiquei sem saber o que fazer, então continuei lá. Aquele era meu jeito de tratar minhas amigas, eu tratava elas assim mesmo antes de conhecer Sofia, mesmo depois de muito tempo sem vê-las. Poderia até ter pego algumas, ter atração por outras, mas nada se comparava a o que eu sentia por ela. Quando entrei em casa, Bárbara estava desesperada. 

— Você tem problema, Bieber? — Miley perguntou. — Puta que pariu, por mim eu te esfaqueava aqui, agora.

—Cadê a Sofia? —Não dei ouvidos. 

— Tá na casa do caralho. — Bárbara resmungou e entrou na cozinha. 

— Sofia saiu puta da vida. Ninguém sabe pra onde ela foi e ameaçou nossa amizade se fossemos atrás dela. — Jolie respondeu e prosseguiu. — E você Bieber? Não tem vergonha de ficar se esfregando com um monte de puta na sua casa? Onde Sofia tá morando, e melhor, com todo mundo vendo! Você quer passar o resto da tua vida fazendo Sofia de otária? — Ela cruzou a sala e voltou pro jardim.

Jolie, das amigas da Sofia era a que eu mais me identifiquei e todos os conselhos que ela me dava eu seguia e davam certo, aquelas palavras me fizeram abrir os olhos e me fez ver que eu estava completamente errado, pelo menos em partes. Pensava no que fazer quando senti alguém me abraçando por trás. 

— Sabia que você ia me entender, amor. — Sem sombra de dúvidas aquela não era a voz da Sofia, era Ellen. 

— Ellen, um pouco mais de respeito, por favor. — Eu me afastei, mas ela segurou minhas mãos.

— Quero te mostrar uma coisa. — Ela começou a me puxar para a e apertou o botão trancando nós dois ali dentro.

—Que merda você ta fazendo? —Dizia enquanto ela tirava lentamente seu vestido, ela me jogou no sofá com uma força que eu não tive reação. 

— Eu sei que você quer! Ninguém vai saber, vai ser só uma transa, mais nada.— A empurrei de cima de mim e me levantei.

— Dê valor a sí mesma e tenha respeito com a sua irmã. — Destranquei a porta e saí daquela sala.

  Fui até a garagem, peguei o carro e corri em alta velocidade até achá-la, mas não fazia ideia de onde ela tinha ido. Rodava pelas ruas de Nova Iorque eu não fazia ideia de onde ela poderia estar, mas sabia que ela não iria para tão longe. De repente dei de cara com o carro dela, parei o carro ali e fui subindo uma rampa enorme. Foi ali que a encontrei com mesmo cara que estava com ela quando terminamos. Um ódio imenso subiu pelo meu corpo, mas não me revoltei. Ele conversava com a Sofia e eu resolvi não interromper, queria saber até onde essa brincadeira ia parar.

— Mas quero ficar sozinha. —Ouvi a voz estava embargada pelo choro. 

— Não vou te deixar aqui sozinha. Seu namorado tá lá...— Eu mal ouvi a conversa, mas ele estava me estressado.

— Não quero falar dele. — Ela o interrompeu.

— Não quer falar de mim mas deve falar comigo. — Falei. Não consegui e não queria ouvir mais nada, só pela frase dele, eu já sabia que amizade ele não queria. Apareci atrás dos dois, Jonas pareceu assustado. 

— Eu não tenho nada pra falar contigo, nem quero falar contigo. — Sofi afirmou.

— Tem como nos dar licença, é... Jonas né?— Disse meio irônico mas ele saiu,  me sentei ao lado dela. — Você deve estar querendo me bater né? — Eu sorri e ela me encarou. 

— Ta achando graça de que? — Eu suspirei. 

— Sofia, para! Não tem necessidade ficar desse jeito. — Ela se levantou.

— Não, Justin? Queria ver se fosse eu me oferecendo pra um monte de garotos. — Ela alterou a voz. — Porra, pelo amor de Deus. E o que você está fazendo aqui? 

— Eu trato elas assim antes mesmo de te conhecer. Então você escolhe, ou aprende a lidar com isso, ou... 

— Não! Não! Não precisa terminar essa frase. — Ela me interrompeu com um sorrisinho no canto da boca, mas seu olhar era completamente triste. — Vou só pegar minhas roupas e você não vai ter rastros de mim. — Sofia andava em direção a seu carro, eu corri até ela e fechei a porta do motorista que a mesma já estava aberta. 

— O que você quer? — Eu tirei do bolso a caixinha de veludo que Miley havia comprado e abri a mesma mostrando a aliança de noivado que havia ali. 

— Casa comigo? 



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