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História Gaara - Uma Nova História... - Crise Matrimonial - História escrita por HinataHHyuuga - Spirit Fanfics e Histórias
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História Gaara - Uma Nova História... - Crise Matrimonial


Escrita por: HinataHHyuuga
e vivhina-hyuuga

Notas do Autor


*Este capítulo contém música!! (Para quem quiser, é o link das notas finais)

*Não tive tempo para fazer a capa!! Mas tenho uma ótima notícia: A co-autora ViviHina conseguiu recuperar nossa fanfic (Ela é uma mestre em computação!) Meu PC não tem mais jeito, mas os arquivos foram recuperados, uhulllll!! =^.^= Obrigada Co-Autora!!!! *-*

Capítulo 53 - Crise Matrimonial


Fanfic / Fanfiction Gaara - Uma Nova História... - Crise Matrimonial

As coisas não foram simples.

Assim que Gaara desencaixou-se do abraço de Sayo e notou que seus pulsos estavam fraturados, as coisas não foram mais simples. O inchaço, a coloração roxa e as marcas perfeitas dos dedos dele, fizeram Gaara afastar-se de Sayo olhando suas próprias mãos, incrédulo. A expressão de dor e arrependimento estampou o rosto dele. Sayo abriu a boca para dizer algo, mas ele se retirou do terraço, deixando-a sozinha.

Kankuro o seguiu, na tentativa vã de fazê-lo se sentir melhor, enquanto Temari correu até Sayo para dar algum suporte.

Temari levou Sayo para a enfermaria, onde imobilizava os pulsos da garota com talas e faixas. As duas permaneceram em silêncio e Sayo só conseguia pensar NELE; Gaara passou pela enfermaria, mas passou direto sem olhar para Sayo; Sayo sabia que Gaara não reagiria bem àquela situação de ferir seus pulsos inicialmente, mas era algo passageiro e por isso Sayo não se desesperou.

Então as horas foram passando e Gaara não apareceu. E quando Sayo deitou-se entre os lençóis na esperança de Gaara entrar pela porta e conversar, ele não apareceu. Aquela foi a primeira noite solitária que Sayo teve naquele deserto vazio.

E Gaara não apareceu no café da manhã, nem no almoço. Gaara não apareceu por muitas noites seguidas.  

*

Temari e Kankuro assistiam a tudo impotentes. Aquela imagem de família de repente ruiu e os dois irmãos passaram a fazer as refeições sozinhos, pois Sayo em sua infelicidade não saía mais do quarto e Gaara, não poderia ser encontrado, mesmo no horário de trabalho pois Baki estacionado em frente ao seu escritório estava lá cumprindo ordens de não deixar ninguém entrar.

Infelicidade. Tristeza. Sayo nunca pensou que essas palavras iriam um dia descrever seu casamento com Gaara; Mas era exatamente assim que a Kunoichi se sentia quando esperava que Gaara aparecesse a qualquer momento e nada. Ele desapareceu e Sayo se perguntava se Gaara deixou de amá-la.

Embora Sayo estivesse assim, ela sabia que Gaara era um caso especial. Sayo sabia que Gaara precisava de um tempo e precisava de compreensão. Por essa razão Sayo foi forte e esperou (Por mais doloroso que fosse o virar de cada noite sendo ignorada por ele) pacientemente, sentindo a solidão de estar em outra vila, em outra casa e sem seus amigos. Estar sem ELE... Gaara fazia uma falta que parecia doer fisicamente.

Mas numa noite, Sayo não conseguiu dormir. Olhava para a janela arredondada e a lua grande e redonda iluminando os edifícios arenosos da vila e só conseguia se revirar. Ansiedade e um pouco de tristeza com uma pitada de medo... Mas Sayo precisava falar com Gaara. Aquele tinha sido um dia complicado, onde Sayo esperou até o anoitecer e como Gaara não apareceu, Sayo levantou-se desesperada. Era urgente.

Caminhando pelos corredores com a luz da noite vinda das janelas iluminando o caminho, Sayo seguiu hesitante para o escritório do Kazekage. Pousou os dedos enfaixados  sobre a maçaneta oval. Trancada.

SAY- Gaara... Sei que está aí. Por favor... Eu preciso conversar algo urgente com você.

Silêncio.

SAY- Gaara... Por favor... – Sayo apertou os olhos dolosamente. Não queria derramar lágrimas ali – Por favor, não me abandone assim Gaara – Sussurrou para si mesma a última frase.

Sayo encostou a testa na madeira fria e dura da porta com as mãos ainda apoiadas na maçaneta. Dor. Sayo foi agachando-se devagar, até que sentou no piso gelado e se recostou aos pés da porta, sentindo-se desolada. Sayo esperou por Gaara por longos minutos até que adormeceu ali no chão.

*

- Sayo? Sayo?

Sayo ouvia de fundo a voz masculina.

- Vamos Sayo, não pode dormir aí. Levante-se, o chão é muito frio!

Sim, a voz era real! A lentidão de sono desapareceu e Sayo abriu os olhos com a voz grave e masculina chamando seu nome. Gaara finalmente abriu a porta, Gaara a amava afinal de contas e agora iriam juntos para os lençóis macios e quentes da cama espaçosa...

SAY- Kankuro-Dono?? – A alegriazinha sumiu.

KAN- Sayo... Não pode dormir aí. Por favor, vá dormir no seu quarto. – Kankuro apoiou o cotovelo de Sayo, dando impulso para ela ficar em pé novamente. Assim que levantou, Sayo lançou um olhar para a maçaneta trancada.

KAN- Sayo... Eu sinto muito... Olha, sei que é complicado... – Kankuro não sabia o que dizer. Ele ainda não tinha conversado muito com a esposa do seu irmão e tinha medo de estragar tudo. Para ele, ainda era novidade demais alguém conhecer Gaara tão de perto e aceitar o desafio que era entendê-lo.

SAY- Ah Kankuro-Dono... Por que ele está fazendo isso comigo?

KAN- Olha Sayo, é complicado demais. É tão complicado e complexo, que eu não sei pode onde começar. A única coisa nisso tudo que você PRECISA entender, é que meu irmão ama você. Talvez você nunca entenda o que signifique meu irmão amar alguma pessoa. Se ele está assim, é porque te ama. Acredite em mim, isso tudo Foi por ter ferido você. Dê mais um tempo a ele.

SAY- Mas... Mas isso não foi nada! – Disse mostrando os pulsos.

KAN- Não foi nada hoje. – Kankuro baixou o olhar.

Sayo sentiu aquela enxurrada de água invadir a parte inferior dos olhos. Não tinha jeito mesmo, seria assim. Gaara não iria abrir porta nenhuma. Gaara não iria dizer nada. Gaara não iria abraçar Sayo e nem ser gentil. Aquela seria outra noite infeliz.

SAY- Tudo bem Kankuro-Dono... – Sayo se retirou com um ar de derrota e foi para seu quarto.

*

Kankuro ficou parado ali, no escuro de frente à porta. Sentiu pena de Sayo, que era sempre tão delicada e gentil, agora sendo tratada assim por Gaara; Kankuro conhecia bem as razões de Gaara, mas ainda sim, Kankuro não poderia mais agüentar aquele clima horrível que estava na casa havia dias. Ele não poderia deixar Gaara estragar o próprio casamento assim.

Juntou coragem, era preciso. Acumulou chakra nas mãos e forçou a maçaneta.

Gaara estava sentado na cadeira giratória, de costas para a porta e olhando o céu pela janela, como de costume.

Kankuro não pensou demais, para não desistir. Apenas entrou na sala eufórico, segurou a cadeira e girou-a de frente para ele, encarando os olhos surpresos de Gaara.

Com mais uma dose de coragem, Kankuro agarrou a gola volumosa e branca do Kazekage e o ergueu para que ficasse em pé. A proximidade era tanta que seu nariz quase tocava o nariz de Gaara.

KAN- Gaara, você está agindo de forma errada! – Apesar da pose, cada célula do corpo de Kankuro trabalhava sob tensão. A freqüência cardíaca era tanta que a silhueta da artéria no pescoço era nítida.

GAA- Me solte, agora. – Gaara segurou nas mãos de Kankuro.

Kankuro soltou Gaara de uma vez, fazendo cair sentado de volta na cadeira abruptamente.

Gaara permaneceu sentado de forma largada alguns segundos. Nunca pensou que Kankuro um dia iria enfrentá-lo assim e ele estava tentando processar aquela cena. Em outra ocasião, Gaara teria o matado imediatamente, mas naquele momento, Gaara não sentia isso, ao contrário: Gaara estava precisando de ajuda. De algum suporte.

Kankuro também estava surpreso consigo mesmo. Ele expirou pela boca, como se assim pudesse se esvaziar de toda aquela tensão. Limpou o suor da testa e decidiu quebrar o silêncio já que Gaara parecia perdido.

KAN- Gaara. Não é assim que se deve agir com uma moça, especialmente se essa moça é sua esposa! Nunca você deve simplesmente abandonar uma mulher sem motivo algum dessa forma. A mulher que você tomou como esposa, tirou da sua vila natal, trouxe para sua casa, se tornando a família e os amigos dela.

GAA- Sem motivo algum... ? Kankuro, eu feri minha esposa.

KAN- Não, Gaara. Você está enganado. O que acontece foi que você machucou o pulso dela durante um momento que esteve fora do nível de consciência normal. Ferir, você está ferindo agora, conscientemente.

GAA- Não entendo o que quer dizer.

Kankuro suspirou desanimado. Aquilo não ia ser fácil. Enquanto buscava um jeito de explicar, algo lhe veio à mente. Não sabia se era boa idéia, mas era a única alternativa e então Kankuro arriscou e improvisou.

KAN- “Feridas na carne são doloridas e até sangram, mas com o tempo elas saram e se usarmos medicamentos, saram mais rápido ainda; Mas feridas no coração não podem ser curadas com medicamentos e as vezes elas nunca se curam.” – Kankuro sabia que apelara. Citar Yashamaru para Gaara poderia ser um pouco demais, mas somente assim ele entenderia.

KAN- Me parece Gaara, que a única coisa que realmente machuca e fere Sayo é sua ausência e indiferença. A garota dormia no chão Gaara, esperando você abrir a porta... Tenho certeza que você não acha isso certo. Por favor, não seja esse tipo de marido; Não seja como Rasa!

Os olhos de Gaara se abriram. Num insight ele entendeu e tudo pareceu tão óbvio. Gaara levantou-se imediatamente da poltrona e olhou Kankuro agradecido. Ele sabia o que precisava fazer e teve pressa nisso. Ser como seu pai, nunca.

*

Gaara revirou os armários da enfermaria até encontrar aqueles remédios. Juntou tudo e foi para seu quarto, imediatamente. Gaara hesitou na porta, ao lembrar-se de um episódio da infância: Quando feriu sem querer algumas crianças e ao tentar desculpar-se levando alguns remédios, foi chamado de monstro.

Gaara espantou essa lembrança e abriu a porta devagar, se aproximando de Sayo.

Gaara ficou triste quando viu Sayo deitada sozinha, abraçando seu travesseiro ao lado de uma caixa de lenços de papel. Ele sentou-se na cama, fazendo Sayo despertar devagar. Algo dentro de Gaara esperava ouvir o  “Monstro”, mas a resposta que teve foi oposta: Sayo sorriu para ele, aquele sorriso mesmo, meigo e corado.

SAY- Você voltou!

GAA- Me desculpe por ter... Agido assim e por ter... Machucado seus pulsos; Eu trouxe alguns remédios.  – Gaara permanecia com o olhar apreensivo.

SAY- Estou tão feliz que você tenha voltado! Mas... Gaara, eu não posso aceitar esses remédios fortes!

Gaara estava feliz. Ele era de fato aceito e embora já soubesse disso, todas as vezes que recebia demonstrações assim, sentia-se nascendo de novo. Gaara abriu a boca para perguntar o porquê de Sayo não querer os remédios e então aos poucos, como uma luz que ilumina um caminho escuro, ele foi percebendo: Sayo estava com aquele sorriso meigo, mas algo o deixava ainda mais iluminado; Sayo deslizava as mãos carinhosamente pelo próprio ventre com olhar materno e sorriso apaixonado. 

*


Notas Finais


*Música deste capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=r00ikilDxW4










Próximo Capítulo: Grávida.
"Por um instante, foi como se Gaara tivesse sido pela primeira vez na vida, golpeado. O chão, já não parecia estar sob seus pés(...)
GAA- Isso quer dizer que... Eu... Eu... Eu vou ter minha própria... F-Família? "


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