Kyuhyun Pov on
Tudo fluí naturalmente, minha raiva faz as palavras saírem com convicção e fico satisfeito com as reações de Sungmin, entretanto no momento em que ele geme de dor, sabe-se lá porque, meu coração dói. Me livro da garota ao meu lado e penso em me aproximar do menor, mas Ryeowook, Yesung e Donghae o fazem primeiro. Não consigo entender o que está acontecendo, ouço os três chamarem seu nome desesperados, mas antes que pudesse pensar em mais alguma coisa, um soco atinge meu queixo me fazendo cair no chão. Coloco a mão no local e olho pra cima, encontrando Hyukjae com os olhos vermelhos de raiva. Fico sem saber como reagir e o outro sobe em cima de mim e começa uma sequência de socos em meu rosto.
-SEU DESGRAÇADO! VOCÊ MERECE MORRER MALDITO! – grita com uma raiva visível.
Coloco o braço na frente do rosto tentando me proteger dos golpes, e por mais que queira revidar não consigo. Ele segura a gola da minha camisa e me olha nos olhos.
- Eu te odeio Cho Kyuhyun! – diz entredentes me jogando com força contra o piso do palco. Entretanto, no momento em que ele ia continuar a me bater, Donghae e Zhoumi aparecem o segurando e tirando-o de cima de mim. Ele se debate nos braços dos dois e me levanto com um pouco de dificuldade.
- Não vale a pena Hyukjae, você tem coisas mais importantes para se preocupar. –Zhoumi diz me olhando com decepção.
- Por acaso você não está metido nessa palhaçada também? - pergunta olhando para o mais alto.
- Eu não tenho nada haver com isso.
Escuto a conversa sem saber se devo dizer alguma coisa. Olho para onde Sungmin estava antes, mas ele não se encontrava mais ali. É nesse momento que eu deveria estar feliz certo? Me vinguei de Sungmin em frente da escola toda, então porque meu peito continua a doer?
- Hyukkie... por favor... esquece isso... tem alguma coisa errada com o Min. – Donghae diz chorando e ganha a atenção de Hyukjae que se acalma.
- O que quer dizer?
- Não sei, tinha sangue Hyuk... não sei.. O Yesung ligou pro Heechul e levou o Min para um hospital. – diz e arregalo os olhos.
Hyukjae se solta de Zhoumi e pega Donghae, o puxando para fora no salão correndo e eu fico vendo os dois se afastarem tentando digerir a informação que acabei de receber.
- Satisfeito? - Zhoumi pergunta com deboche.
- Ele mereceu isso, você não conhece o tipo de pessoa que Sungmin é. – repondo incerto e baixo.
- Posso não saber, mas tenho certeza que ele é mil vezes melhor que você! Porque fez isso hein? - diz irritado.
- Eu descobri que Sungmin está em um relacionamento com Henry e que ele estava armando com o Hyukjae para me dar uma lição. Preciso de mais algum motivo?
- Pare de inventar mentiras Kyuhyun! Henry é a pessoa que estou mantendo um relacionamento a distância e desisti da vingança porque ele sempre me diz o quanto Sungmin gosta de você, ou melhor, ama você! Ele enfrentou os amigos e o irmão que não iam com sua cara, só porque te queria por perto e você ainda duvida dele! – diz apontando o dedo pra mim.
- Eu... – as palavras não saem porque minha mente fica em branco.
- Pensei que era diferente, que gostava de verdade do garoto, mas vejo que você não tem concerto. – joga as palavras na minha cara e se afasta.
Acompanho o outro andar até deixar o salão de festas, olho para as pessoas que se encontram no locam me olhando com desprezo. Procuro por Shindong, mas parece que esse desapareceu, assim como Jéssica, todos simplesmente me deixaram sozinho. Algumas lágrimas escapam por meus olhos, olho para baixo vendo o agasalho rosa que Sungmin me deu. Abaixo pegando-o, saio a passos firmes do salão de festas e sigo em direção ao meu apartamento.
Ryeowook Pov on
Vai fazer uma hora que Sungmin entrou na sala de operação e todos estamos na sala de espera com os olhos inchados e cabeças baixas.
Quando entrei com Yesung no salão de festas e vi aquele vídeo e meu irmão no chão chorando, nem sei o que aconteceu comigo, apenas corri para onde ele estava, levando meu namorado comigo. Passamos por Hyukjae e Donghae no caminho os despertando do transe em que estavam e fomos para o palco. Hyukjae foi em direção a Kyuhyun que olhava Sungmin com uma expressão indecifrável e fomos na direção do meu irmão que logo desmaiou nos meus braços. Porém realmente entrei em desespero quando Donghae disse que havia sangue, visível na calça branca que ele usava. Yesung o pegou no colo e saímos deixando Donghae para levar o Hyuk. No caminho ligamos pra Heechul e desde então estávamos no hospital.
- Quem é o responsável por Lee Sungmin? - diz um médico alto com um sorriso no rosto.
- Sou eu. – o hyung diz se levantando e limpando os olhos.
- Eu sou o doutor Siwon, responsável pelo caso do garoto, você poderia me acompanhar para lhe informar o estado do paciente? - pergunta sorrindo simpático.
- Para de enrolar e fala logo o que ele tem, antes que eu perca a cabeça. – Heechul responde impaciente e o médico o encara curioso.
- Bem, Sungmin tem muita sorte porque o caso dele é raríssimo e ocorre com apenas com menos de um por cento dos homens. E acredito que o que aconteceu hoje foi um milagre, pois apesar da hemorragia, conseguimos salvar o feto. – explica ainda sorrindo e todos arregalam os olhos o máximo permitido, menos Heechul que dá uma gargalhada.
- A tá, onde estão as câmeras escondidas? - diz olhando para os lados – Se pensa que só porque é um Deus grego pode me pregar peças está muito enganado ! – diz e o outro dá uma risada soprada.
- O que eu disse é muito sério. Sou o único médico da Coréia especializado nesse tipo de gravidez e não tenho tempo para pregar peças em pessoas histéricas. – diz o olhando com desafio.
- Seu cavalo ! Quem você está chamando de histérico ? - Heechul fala quase gritando.
-Espera! Querem parar com isso vocês dois? Precisamos nos informar sobre o estado do Sungmin! – Hyukjae se levanta ficando do meio dos dois e faço o mesmo acompanhado pode Yesung e Donghae.
- Como isso é possível doutor? - pergunto curioso.
- Como eu disse, esses casos são raríssimos. Eles já nascem com uma espécie de bolsa parecida com o útero, mas ao contrario das mulheres, essa bolsa produz uma quantidade especifica de óvulos, que varia de homem para homem e determina a quantidade de filhos que ele é capaz de ter, chegando ao máximo a três, sendo um de cada vez. A gravidez também necessita de mais cuidados, de preferencia com acompanhamento médico acirrado.
- De quanto tempo ele está? - Donghae pergunta animado.
- Aproximadamente de um mês, pelos exames feitos.
- E porque ele teve essa hemorragia? - indago.
- Nessas condições, quando a pessoa passa por um stress emocional muito forte, pode causar uma hemorragia. Foi por pouco que conseguimos salvar o feto, um milagre mesmo.
- Como ele está agora? - Hyukjae pergunta.
- No momento está sedado, mas tanto o pai quanto a criança estão muito bem. Amanhã de manhã ele já deve acordar, porém precisa ficar mais alguns dias em observação.
- Podemos vê-lo agora? - Donghae pergunta.
- Amanhã vocês podem vim, mas hoje apenas uma pessoa pode entrar no quarto e ficar com ele. – diz dando um olhar sugestivo para meu hyung.
- É lógico que eu vou ficar – dá um sorrisinho para o médico – Vocês todos voltem para casa e sobre hipótese alguma falem sobre isso para mais alguém.
Nos damos por vencidos e seguimos todos para o apartamento onde moro. Ainda não acredito que vou ser tio, parece um milagre mesmo. O Min é mesmo uma pessoa especial e apesar das circunstancia sei bem que ele vai adorar a noticia. Quem sabe assim ele esquece um pouco da dor que passou hoje. A única lástima é que o pai da criança seja um idiota que não merece essa benção.
Kyuhyun Pov on
Chego ao meu apartamento ainda processando todos os acontecimentos de hoje. Porque sempre tenho que ser um idiota? Porque acreditei nas palavras de Shindong e não dei uma chance de Sungmin se explicar? Porque meu Deus? Porque me fez perder a pessoa que mais amo? Sim, eu amo Sungmin com todas as minhas forças, ele é a pessoa mais importante da minha vida, mas porque não percebi isso antes?
Ando cambaleando com lágrimas grossas escorrendo pelos meus olhos. A dor que sinto é tão intensa, que meus soluços se tornam claros. Desde quando estou chorando¿ Não sei, mas talvez tenha muito tempo, pois meu rosto está frio pelas lágrimas. Paro na sala e derrubo todos os porta retratos que ficam na mesinha ali.
- Ahhhhhhhhh... – grito pegando os enfeites da estante e jogando pelas paredes do local na tentativa de expulsar a dor do meu peito.
Ando pelo apartamento, quebrando e revirando tudo que posso, talvez eu esteja realmente descontrolado. Volto para a sala e me ajoelho diante do sofá, o lugar que toquei pela primeira vez seus lábios. Meu choro se torna sôfrego e o ar falta em meus pulmões. Avisto o agasalho rosa sobre meu estofado que nem me lembro de ter colocado aqui, o coloco contra o rosto, sentindo o perfume que tanto amo.
- Sungmin-ah... me perdoa... eu te amo... – sussurro me entregando ao choro novamente, pensando que essa é a primeira vez que tais palavras saem da minha boca.
- - -
- Kyuhyun! Acorda! – sinto meu corpo ser balançado e uma voz familiar soar nos meus ouvidos.
Abro os olhos com dificuldade avistando o rosto de Ahra com uma feição preocupada.
- O que aconteceu? Seu apartamento está destruído. – diz acariciando meu cabelo.
Sento-me no chão olhando ao redor e lembrando tudo que aconteceu na noite anterior. Abaixo a cabeça, percebendo que estou usando o presente de Sungmin. Meu peito dói novamente e lágrimas silenciosas descem pelo meu rosto. Por um impulso, ou necessidade, abraço com força minha irmã, ajoelhada na minha frente, escondendo a cabeça em seu ombro, enquanto o choro ganha intensidade.
- Eu o perdi noona. – digo baixo.
- Quem? Do que está falando Kyu? - pergunta retribuindo o abraço.
- O que eu faço noona? Minha vida sem ele não tem sentido. – a mais velha se afasta e segura meu rosto com as mãos.
- Já vi que você fez besteira, não é? - afirmo com a cabeça – Olha Kyu, se vocês se amam, não precisa se preocupar. O tempo pode apagar feridas e mesmo que tudo não se resolva agora, você precisa acreditar que vocês irão superar as dificuldades e mesmo que demore, vão ser felizes juntos.
- Mas... – tento falar, mas ela coloca a mão na minha boca.
- Não fala nada agora. Quero que pense no que eu disse. Me espera aqui que vou arrumar suas coisas, porque nem que seja a força você vai passar um tempo lá em casa. No seu estado, não acho que seja bom ficar sozinho.
Nem tenho animo para me opor a sua decisão. Ela faz um carinho no meu rosto e sobe as escadas, enquanto fico a pensar o que vai ser de mim agora.
Sungmin Pov on
Abro os olhos encarando o teto branco e estranhando o local em que estou. Movo a cabeça para o lado, percebendo que me encontro no hospital devido ao soro em minha veia. Pisco algumas vezes ainda me acostumando com a claridade e olho para o outro lado ao ouvir algumas vozes. Meu hyung está sentado em um sofá com um homem que julgo ser médico devido ao jaleco e ambos não percebem que estou acordado.
- Sabia que também fiz curso de adestramento? - o médico diz.
- Hm.. E o que eu tenho com isso? - Heechul pergunta o encarando.
- Você tem tudo haver com isso, pois acho que preciso adestrar um gatinho raivoso.
- Continuo sem saber o que tenho com isso. – responde sem desviar o olhar.
- Você é o gatinho raivoso que preciso adestrar. – sorri levemente e Chul arqueia a sobrancelha.
- Está dando em cima de mim?
- Talvez.. – responde olhando para cima como se pensasse.
- Interessante. Vamos ver se consegue domar esse gato selvagem. – sorri de canto.
O médico sem mais nem menos empurra meu hyung, que se deita no sofá, e fica por cima dele. Morde seu queixo levemente e Heechul puxa seus cabelos pela nuca, mordendo o lábio inferior do outro em seguida. E quando dou por mim eles estão se beijando como se não houvesse amanhã.
Faço uma careta não acreditando na cena que presencio e pigarreio chamando a atenção dos dois que quase caem do sofá.
- Sungmin! Que bom que já acordou. – Heechul se aproxima me abraçando enquanto me sento, como se nada tivesse acontecido e o médico me olha visivelmente constrangido.
- Você não existe hyung. - digo estreitando os olhos.
- É eu sei.. – dá de ombros – Mas não vamos falar de mim agora. Está sentindo alguma coisa?
- Não, estou bem, quero ir pra casa. – digo fazendo bico.
- Você ainda precisa ficar alguns dias em observação, mas logo poderá ir para casa. – o médico diz.
- O que eu tenho doutor? - indago e os outros dois se entreolham.
- Pode me chamar de Siwon. – diz sorrindo – Seu caso é único Sungmin. Creio que ficará feliz com a noticia. Acho melhor dizer logo não é? - pergunta e afirmo – Você está esperando um filho e já está com cerca de um mês.
Fico estático ao escutar o que Siwon diz, mas pouco a pouco um sorriso vai crescendo no meu rosto. Coloco ambas as mãos na barriga fazendo um carinho, porém como um lampejo cenas da noite anterior aparecem na minha mente. Aperto com força os olhos, engolindo saliva a fim de não desabar.
- Olha Sungmin, eu soube do que aconteceu. Sei que é difícil, mas você não deve se alterar pelo bem do bebê. – ouço a voz do médico e apenas meneio a cabeça sem abrir os olhos, sentindo meu hyung me abraçar.
- Vai dar tudo certo Minnie. Nós vamos estar sempre ao seu lado. Pensa no bebê. – ele diz.
Dou um suspiro pesado e abro os olhos me afastando de Heechul e o olhando sério.
- Hyung, eu ... quero volta para o Japão.
- Talvez seja uma boa ideia. Eu vou com você.
- Mas..
- Shhhh... Não precisa se preocupar, eu vou e o Ryeowook fica aqui até terminar os estudos. O Yesung não vai se importar de cuidar dele.
- Tudo bem... Quero pedir outra coisa.
- O que?
- Não deixa o Kyuhyun saber sobre isso, por favor. – peço encarando os dedos.
- Se depender de mim ele nunca vai saber de nada. – responde.
- Já que meu paciente pretende ir para outro país, acho que vou fazer o mesmo. – Siwon se pronuncia.
- Como assim? - Heechul pergunta.
- Já disse que a gestação precisa ser acompanhada de perto. Além disso não desisti de adestrar esse gato selvagem. – aponta para o hyung.
Eles continuam nessa conversa por um tempo e distraio um pouco minha mente.
Vou lutar com todas as minhas forças para esquecer o passado e seguir em frente, afinal, agora eu tenho um motivo para me reerguer.
Kyuhyun Pov on
Três longas semanas sem Sungmin.
Durante esse tempo liguei repetidas vezes para seu celular, mas sempre caia na caixa de mensagem. Fui ao seu apartamento, mas o porteiro não me deixava subir. Tentei falar com Yesung ou Zhoumi, mas parece que todos estavam me evitando. A única que ainda estava do meu lado era minha irmã. Mas o que mais me corroía era não saber nenhuma noticia do mais velho.
Acho que me tornei um corpo sem alma com a ausência de Sungmin.
Viro na cama de um lado para o outro no quarto completamente escuro, devido às cortinas fechadas. Aqui no quarto de hospedes da casa da Ahra é onde passo a maior parte do tempo, me remoendo em culpa. Porque sei que sou inteiramente culpado pela maneira como os fatos ocorreram, se eu tivesse feito tudo diferente, agora estaria feliz.
Saio do emaranhado de cobertas com esforço, visto que não tenho me alimentado bem e passado noites em claro, logo meu corpo não está dos melhores. Passo pelo corredor do segundo andar, parando no alto da escada, de onde escuto uma voz conhecida conversando com Ahra.
- Acho melhor ele não saber sobre isso ainda, pode piorar seu estado. – minha irmã fala.
- Você é quem sabe, mas talvez ele tenha o direito de saber, já faz duas semanas que ele foi. – Zhoumi diz.
- Mas eu não posso dizer que o Sungmin foi embora do país, ele não vai aceitar isso. – diz e deixo de escutar a conversa indo a passos rápidos para o quarto, trancando-o e me dirigindo ao banheiro do mesmo.
Paro em frente do espelho encarando meu reflexo sem expressão, já molhado por lágrimas que insistem em cair.
- É tudo sua culpa! Por sua culpa perdi Sungmin pra sempre! – digo firme para mim mesmo.
Olho meus olhos vermelhos e inchados e com força dou um soco no espelho, que trinca em grande parte, ferindo minha mão.
- EU TE ODEIO! – grito e continuo a socar o espelho com ambas as mãos, logo o deixando em pedaços e minhas mãos ensanguentadas.
Meu corpo cede e caio de joelhos escondendo meu rosto com as mãos e me entregando ao choro novamente.
- KYUHYUN! ABRA ESSA PORTA! – minha irmã grita dando batidas fortes na porta do quarto as quais apenas ignoro.
Olho para o lado encontrando a banheira cheia e sem pensar muito no que faço, entro nela com roupa e tudo, me deitando devagar e logo ficando submerso na água.
O que será que meu Sungmin está fazendo agora? Será que ele está bem? Será que se algo acontecesse comigo ele ficaria preocupado e viria me ver?
São perguntas que passam por minha mente, na media que começo a me sufocar com a água. Nesse momento nada me importa, se não posso ter Sungmin ao meu lado, de que adianta viver. A água parece entrar em meus pulmões, porem no momento em que minha consciência parece querer me deixar, sinto duas mãos puxarem meu corpo para cima.
Começo a tossir sem parar, recuperando o ar aos poucos, e ao abrir os olhos, vejo Ahra chorosa, me observando assustada. Comigo ainda sentado na banheira, minha irmã me dá um abraço forte.
- Nunca mais faça isso Cho Kyuhyun! O Sungmin ficaria decepcionado! Se fizer essas coisas nunca poderá vê-lo de novo, será que não pensa nisso? Graças a Deus que encontrei a chave reserva do quarto.
Apenas retribuo o abraço chorando e sem responder. Talvez Ahra tenha razão, não posso desistir tão fácil. Sei que ele me ama e que o amo da mesma maneira e creio que a vida não seria tão cruel a ponto de acabar com nosso amor. Mesmo que demore mil anos para que possa te ver de novo, nunca vou desistir de você Sungmin.
“Eu queria ser um anjo, e não passo apenas do que sou.
Te daria um par de estrelas, e o que tenho é o meu amor
Eu só sei sonhar contigo, aceitando o meu regresso
Tenho medo de perdê-la, te amo, confesso.
Aonde estão seus olhos, quando não estão em mim.
Aonde estão seus passos, se não chegamos ao fim.
Eu voltaria aonde te deixei.
Não queria que chorasse, chorei
Queria que me perdoasse
Não me perdoei”
Sungmin Pov on
Depois de cinco meses no Japão, voltei para a Coréia ao receber a noticia que Kyuhyun havia se mudado para China. Heechul não queria muito que eu voltasse, mas meu maior desejo é que minha filha nasça e cresça no meu país natal, por isso tomei tal decisão.
Abro os olhos com dificuldade devido à sonolência. Observo o quarto de hospital em que me encontro à procura de alguém. Penso em me sentar na cama, mas lembro-me que acabei de passar por uma cesariana, então não sei se é boa ideia. Apenas me acomodo do travesseiro, levantando meu tronco um pouco.
Olho em direção a porta e no mesmo instante ela se abre e Siwon entra, seguido por Heechul que carrega um bebê envolto de uma manta rosa nos braços.
- Como está se sentindo? - pergunta o médico.
- Bem. – respondo sem desviar a atenção de Heechul que olha feito bobo para o bebê.
- Chulla, será que pode entregar a criança para o pai? - Siwon pergunta sorrido e meu hyung olha em nossa direção.
- Ah, claro. Agora que ela já conheceu a pessoa mais importante, pode conhecer o pai. – diz me entregando a pequena e apenas reviro os olhos.
Ajeito a menina nos meus braços e observo seu rostinho adormecido, consequentemente lembrando-me de Kyuhyun. Ele realmente puxou a nós dois, uma combinação perfeita. Meus olhos marejam, mas um grande sorriso se forma em meus lábios. Beijo sua testa com carinho e volto a observá-la.
- Será que agora pode revelar o nome que quer colocar nela e não quis nos dizer? - Heechul pergunta se aproximando da cama.
- Lee Sunkyu. – respondo sem desviar os olhos da pequena.
Desde que soube que estava esperando uma menina escolhi esse nome. Eu sei que não devia mais pensar em Kyuhyun, mas ele ainda é o pai, por isso quis fazer uma junção dos nossos nomes e essa combinação foi a que mais me agradou.
- O tio Siwon gostou desse nome. – fala Siwon brincando com as mãozinhas dela.
- Pfff.. Desde quando você é tio dessa criança? - Heechul diz com a sobrancelha levantada.
- Desde que domei a fera do tio dela. – responde.
Apenas ignoro o que eles falam, porque eles sempre fazem a mesma coisa e sempre acaba do mesmo jeito. Ainda não sei como eles foram capazes de quebrar três camas nesse pouco tempo que estão juntos, mas nem quero saber.
Passo os dedos pelo rostinho delicado de Sunkyu e a pequena se remexe um pouco sem acordar.
- Meu pequeno anjo, o appa te ama mais que tudo nesse mundo. – sussurro perto do seu rosto.
Vou ser forte como fui até agora, por minha filha, pois no momento ela é o alicerce que não deixa minha estrutura desmoronar.
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