História Game of Life - Fleeing the initial plan

 

Sento-me á mesa da simples cozinha com azulejos brancos e Leeteuk se senta na minha frente, já recuperado da surpresa, mas ainda me analisando minunciosamente.

 

- De onde me conhece e como sabe onde moro? – me olha desconfiado

- Kangin, essa é a resposta para suas perguntas.

- Kangin? O conhece?

- Claro, eu sou o sócio dele.

- Então você é o Kyuhyun, já ouvi falar de você. Mas sinceramente não consigo entender o que quer comigo e que história é essa de que você vai mudar minha vida?

- Você vai me ajudar, eu vou te ajudar e todos ficarão felizes.

- Pode ser um pouco mais claro?

- Eu sei que você gosta do Kangin. – falo e ele abaixa a cabeça mordendo o lábio inferior.

- Como.. como descobriu isso? - indaga e sorrio vitorioso. Em pensar que essa tática de jogar verde para colher maduro ainda funciona.

- Não vem ao caso como descobri, o que importa é que vou te ajudar com o Kangin.

- Me ajudar? Você só pode estar brincando comigo. O Kangin não gosta mais de mim e que eu saiba ele está namorando no momento.

- Quer dizer que já tiveram alguma coisa antes? – arqueio a sobrancelha e ele suspira me olhando tristemente.

- Não exatamente... Há alguns anos atrás Kangin se declarou pra mim, ele disse que me amava, mas eu o recusei porque fiquei confuso com tudo aquilo, falei que nunca poderia correspondê-lo, porque só o via como amigo, então decidimos esquecer aquele fato. Mas pra minha infelicidade eu acabei percebendo que também tinha sentimentos por ele, só que já era tarde demais... Alias, porque estou contando isso para um estranho?

- Eu não sou nenhum estranho Leeteuk, pode confiar em mim, já disse que vou te ajudar com o Kangin.

- E porque me ajudaria com isso?

- Porque eu sou uma pessoa boa. – falo e o outro revira os olhos – É sério, só vou fazer isso pra ver vocês dois felizes.

- E o que você vai ganhar com isso?

- Você conhece o namorado do Kangin?

- Não pessoalmente, mas ele já me mostrou fotografias dele. O Sungmin é muito bonito e parece ser uma pessoa adorável. – sorri fracamente.

- Então para resumir, o Sungmin é somente meu e não vou deixar o Kangin ficar com ele.

- Do que está falando?

- O Sungmin foi a primeira e única pessoa que amei. Apesar de termos ficado algum tempo afastados, agora que nos reencontramos e eu sei que o Sungmin não gosta do Kangin e sim de mim, então é apenas uma questão de tempo para nos acertamos. Mas para que isso aconteça, preciso que me ajude a afastar Kangin dele.

- Não sei...

- Olha Leeteuk, se quiser que o Kangin não sofra, me ajude. Caso contrário, não posso garantir nada, pois se tem uma coisa que tenho certeza é que o Sungmin não ama Kangin.

- Mas o Kangin não gosta mais de mim.

- Eu sei que ele gosta, pode confiar em mim, vai dar tudo certo.

 

Ele olha para o lado parecendo pensar no assunto até finalmente me olhar nos olhos decidido.

 

- O que preciso fazer?

 

Abro meu melhor sorriso e conto pra ele tudo que planejei, enquanto o mais velho me escuta atentamente concordando com o que digo.

Agora é só esperar chegar sexta feira.

 

 

 

Sungmin Pov on

 

 

O Kyuhyun ainda vai me deixar louco. Quando o Kangin me disse que íamos sair sexta, no caso hoje, com um amigo dele e Kyuhyun, fiquei com um pé atrás, mais ainda sim concordei, pois quero só ver o que o Kyuhyun vai aprontar dessa vez.

Olho para o relógio no meu pulso pela milésima vez, constatando que ainda falta pouco menos de uma hora para o horário combinado. Nem sei por que estou tão ansioso, ou talvez até saiba.

 

- Minnie! Está em casa? – reconheço a voz do Hyuk e vou atender a porta.

- Aconteceu alguma coisa? – pergunto, porque se tem uma coisa que não é normal é o Hyuk vim na minha casa quando devia estar fazendo se “ritual” com o Hae.

- Precisa acontecer alguma coisa pra eu te visitar?

- Nesse horário talvez. – brinco e ele me empurra de leve entrando.

- Na verdade o Donghae foi à casa do Wook, porque o Yesung disse que ele não estava se sentindo muito bem.

- É verdade, meu dongsaeng nem foi trabalhar hoje.

- Mas e você? Vai sair? – pergunta se jogando no sofá da sala.

- Vou sair com o Kangin. – respondo me sentando ao seu lado.

- Hm, parece que esse namoro vai longe. Fico feliz que esteja finalmente tocando sua vida e esquecendo aquele idiota.

- É... – dou um sorriso forçado. Se ele soubesse o que anda acontecendo esses dias.

- E a minha afilhada? Se quiser pode deixar ela lá em casa.

- Não precisa. Já tem um tempo que o Chul pegou ela, dizendo que iria leva-la pra fazer inveja nas enfermeiras do hospital, falando que ela é filha dele e do Siwon.

- Ele não fez isso.

- É, ele fez. – falo e nós dois damos uma risada.

- Não sei como o Siwon aguenta o Heechul, ele deve ter problemas para conseguir fazer isso.

- Não diga isso Hyuk. Eu acho que quando a gente ama nada tem explicação mesmo... Mas mudando o assunto, e quanto à adoção?

- Nosso advogado disse que quando a gente menos esperar, vamos ter nossa criança. – fala com um sorriso.

- Você merecem. Imagino o quanto devem estar felizes.

- Realmente estamos, parece até um sonho tudo isso. – fala ainda sorrindo quando alguém bate na porta – Deve ser seu namorado. – se levanta e o acompanho.

- Deve ser ele mesmo. – confiro as horas em meu relógio.

 

Vamos até a porta e abro-a, encontrando Kangin com o mesmo sorriso contagiante que sempre esboça quando nos vemos.

 

- Boa noite Hyukjae.

- Boa noite Kangin, vê se cuida bem do meu melhor amigo.

- Nem precisa me falar. – ele diz e Hyuk se despede indo para casa do Wook em seguida.

 

Kangin se vira para mim quando meu amigo some de vista, e segura ambas as minhas mãos. Ele se aproxima de mim sem deixar de me olhar e logo sela meu lábios com carinho, para depois se afastar e irmos em direção ao carro, onde ele abre a porta pra mim como sempre fazia.

 

- Tem certeza que não tem problema pra você essa situação, no que diz respeito à Sunkyu? – pergunta já dentro do carro.

- Não precisa se preocupar, eu não posso fugir pra sempre do meu passado. – digo sentindo culpa por mentir pra ele.

- Tudo bem, saiba que vou estar ao seu lado, então se precisar é só se apoiar em mim.

- Obrigado. – é tudo que consigo dizer.

 

Kangin dá partida no carro e durante o trajeto permanecemos em silêncio, mas creio que ele assim como eu estava imerso em pensamentos. Sinto-me culpado por mentir para Kangin e estou pensando seriamente em revelar o que vem acontecendo nos últimos dias, no que se refere aos meus sumiços aos sábados. Mas estou esperando o momento certo. Só espero que ele não fique chateado quando souber a respeito disso.

 

- Chegamos. – ele fala me despertando.

- É uma boate?

- Sim, foi ideia do Kyuhyun.

 

É bem a cara do Kyuhyun mesmo esse tipo de lugar, mas isso só me faz pensar que ele estar realmente aprontando alguma e nem sei por que estou tirando essas conclusões.

Kangin mais uma vez abre a porta para mim e saio com o outro entrelaçando nossos dedos. Entramos no lugar, um tanto barulhento demais para meu gosto, mas fazer o que. Passamos por algumas pessoas dançando, até chegarmos a uma mesa mais reservada, onde Kyuhyun já estava com um homem que acredito ser Leeteuk ao seu lado.

Os dois nos olham de baixo a cima enquanto nos sentamos de frente pra eles.

 

- Vocês demoraram. – Kyuhyun fala olhando pra mim.

- Me atrasei um pouco adiantando algumas coisas no trabalho, me desculpe. – Kangin diz – Tem muito tempo que chegaram?

- Sim, mas com a companhia do Teuk pareceram segundos. –Kyuhyun sorri gentilmente para Leeteuk e tenho uma enorme vontade de voar no pescoço dele.

 

Há poucos dias atrás estava dizendo que me ama e agora fica dando em cima desse Leeteuk descaradamente e na minha frente? Esse idiota.

 

- Posso dizer o mesmo de você Kyu. – Leeteuk toca a mão dele em cima da mesa. E que história é essa de Kyu?

- Vejo que estão se dando bem. – Kangin fala baixo.

- Nem imagina o quanto. – Kyuhyun fala olhando fixamente para mim – Vão querer alguma coisa?

- Uma bebida. – eu e Kangin falamos ao mesmo tempo e ele sorri me olhando.

- Deixa que eu pego. – Leeteuk se pronuncia e Kyuhyun fala algo em seu ouvido antes dele se levantar.

 

Kyuhyun continua a me olhar e nós três ficamos em silêncio até Leeteuk voltar com duas bebidas nas mãos, que ele entrega para mim e para Kangin.

 

- Não vão beber também? – Kangin pergunta para os outros dois.

- Nós já bebemos um pouco antes de você chegarem. – Leeteuk responde e Kyuhyun fala novamente em seu ouvido arrancando um sorriso do outro.

 

Nem sei o que sinto diante de uma cena dessas, a única coisa que faço é apertar o copo com tamanha força que meus dedos doem. Sem pensar muito nos meus atos, levo a bebida à boca, ingerindo tudo de uma vez e batendo o copo na mesa, ato que felizmente tem o barulho abafado pelo som alto. Quando a bebida chega ao meu estômago, minha cabeça dá um tremendo giro, mas disfarço. E é só aí que penso no porque bebi tudo de uma vez. Principalmente eu que sou fraco pra bebidas.

 

- Você está bem Min? – Kangin pergunta e olho para ele sorrindo. Acho que essa bebida já está fazendo efeito.

- Sim. – selo os lábios dele e por um instante sinto olhares mortais sobre mim – Acho que preciso ir ao banheiro. – me levanto meio tonto, mas não deixo transparecer.

- Quer que eu vá com você?

- Não precisa Kangin, eu já volto. – falo indo em direção ao banheiro em seguida.

 

Entro no local de azulejos pretos e apoio minhas mãos na pia respirando fundo. Não acredito que estou tonto por causa de um copo de bebida e porque tenho essa sensação de que a cada instante estou pior? Aish! É tudo culpa daquele idiota do Kyuhyun que fica me provocando. Nem sei porque estou tão irritado, já decidi que é com o Kangin que vou ficar, então devo é ignorar Kyuhyun.

Jogo uma água no rosto, mas minha cabeça apenas parece girar mais que antes. Fico tão concentrado em tentar ficar sóbrio, que solto um grito abafado pelo susto ao levantar meu rosto e encontrar a imagem de Kyuhyun no espelho, olhando diretamente para mim. Mas o que ele faz aqui?

 

 

 

 

Leeteuk Pov on

 

 

 

Pouco depois de Sungmin ir ao banheiro, Kyuhyun me dá um sinal e diz que vai dançar, me deixando sozinho com Kangin que fita um ponto qualquer na mesa.

 

- O Sungmin é uma ótima pessoa. – comento e ele dá um simples sorriso.

- Ele é, eu gosto muito dele. – sinto uma pontada no peito a ouvi-lo dizer isso.

- Se você pudesse voltar no tempo, mudaria alguma coisa do passado? – indago desviando o assunto.

- Não sei, acho que não. – abaixa o olhar – E você?

- Eu mudaria. – digo e ele volta a me olhar – Seu eu pudesse voltaria no dia que você se declarou pra mim e faria tudo diferente. Eu diria que também gosto de você e te daria um beijo. Eu seguraria sua mão e jamais teria duvidas a respeito dos meus sentimentos. Eu cuidaria de você com todo meu amor Kangin. – minha visão embaça e ele segura minha mão.

- Teuk, o que deu em você de repente?

- Seu eu te dissesse que me apaixonei por você desde o primeiro dia que nos vimos, você acreditaria em mim?

- Mas.. – começa, mas o interrompo.

- É estranho, mas o que sinto por você é tão forte que eu não soube como agir naquele dia. Eram sentimentos novos que eu senti pela primeira vez e fiquei com medo. Você foi meu primeiro e único amor Kangin. Se soubesse como desejei que as coisas fossem diferentes.

- Leeteuk, porque? Porque está me dizendo isso agora?

- Porque estava doendo te ver feliz ao lado de outro. – respondo já chorando.

- Teuk, eu... – interrompe a fala levando uma mão a cabeça.

- Tem alguma coisa errada? – pergunto controlando o choro, apesar de saber o porque dele estar assim.

- De repente fiquei tonto. Não estou me sentindo bem.

- É melhor te levar para casa. – falo indo para seu lado e o levantando.

- Não, o Sungmin. Não posso ir sem falar com ele.

- Não se preocupe, o Kyuhyun pode levar ele. – digo apoiando seu corpo no meu e sem mais protestos da parte dele, saímos da boate e vamos para minha casa.

 

 

 

 

Kyuhyun Pov on

 

 

 

Depois que Sungmin vai ao banheiro, faço um sinal pra Leeteuk e falo aos demais da mesa que vou dançar um pouco. Com o coração acelerado vou disfarçadamente para o banheiro, onde encontro Sungmin apoiado na pia lavando o rosto. Continuo parado no mesmo lugar, até o mais velho perceber minha presença e dar um grito abafado.

 

- O que faz aqui Kyuhyun? – pergunta e percebo que sua voz está um pouco grogue.

 

E é claro que eu já até sei o porquê. Tudo bem que o Sungmin é fraco pra bebida, mas acho difícil ele ficar nesse estado depois de ter tomado apenas um copo. Acontece que arranjei uma substância que deixa a pessoa bêbada facilmente, mas eu disse pro Leeteuk que era pra dar só para o Kangin. Não acredito que ele colocou na bebida do Sungmin também, só falta tudo dar errado por causa disso.

 

- Vim ver como está. – respondo e o loiro faz bico.

- Não estou me sentindo muito bem, acho que vou chamar o Kangin pra gente ir embora. – continua apoiado na pia e pisca fortemente os olhos.

- Eu levo você. O Teuk levou o Kangin embora porque ele começou a passar mal.

- Teuk? – fala sarcástico – Fica aqui e espera seu Teuk voltar, eu pego um táxi. – passa por mim indo em direção à porta já trançando as pernas.

 

Parece que o Sungmin bêbado não é tão ruim quanto eu havia pensado. Primeiro eu disse que o Kangin estava passando mal e ele nem se preocupou. E ainda parece que está com ciúmes do Leeteuk. Sabia que meu segundo aliado ia ser bastante útil.

Aproximo-me dele e seguro seu braço fazendo-o se virar pra mim e num movimento rápido o coloco em minhas costas. O mais velho se rebate um pouco, mas não demora para se acalmar e abraçar meu pescoço enquanto seguro suas pernas. Acho que nem preciso dizer que fiquei arrepiado até o último fio de cabelo, porque aguentar a respiração de Sungmin contra meu pescoço, além do seu corpo colado no meu, não é uma coisa fácil.

 

- Eu vou te levar pra casa. – falo e ele apenas suspira em resposta.

 

Com Sungmin nas costas, saio do banheiro e vou em direção à saída, não deixando de constatar que Leeteuk e Kangin também não estão mais no local. Chamo um táxi, porque sei que não é uma boa ideia ir no meu carro, uma vez que Sunkyu me contou que o Ryeowook está desconfiado de alguma coisa.

Quando o carro chega, coloco Sungmin com cuidado no banco traseiro e me sento ao seu lado informando o endereço para o motorista. O loiro apoia a cabeça em meu ombro, enquanto o abraço pela cintura e contemplo seu rosto adormecido durante todo o trajeto.

Não demora muito para chegarmos ao condomínio, onde pago o motorista e saio do carro pegando Sungmin, que ainda está adormecido, no colo e olhando ao redor se não tem ninguém. Pego a chave da casa em seu bolso e abro a porta, entrando e em seguida depositando o corpo do mais velho no sofá da sala. Sento-me no chão de frente para si e não resisto em passar meus dígitos em sua face. Afasto os cabelos de sua testa, beijando demoradamente o local. O mais velho se remexe e me afasto percebendo que ele está acordando.

 

- Está melhor? – pergunto e ele pisca várias vezes os olhos, se assustando ao me ver ali e se sentando no sofá.

- Onde estou? – indaga levando uma das mãos a cabeça.

- Eu te trouxe pra casa. – respondo e ele me olha de um jeito estranho se levantando – Onde vai?

- Na cozinha. – começa a andar em direção ao outro cômodo se apoiando em tudo que pode no caminho e vou atrás dele.

 

Sungmin para diante de uma das bancadas e permanece na mesma posição até que ouço pequenos soluços vindos dele. Me aproximo tocando seu ombro e ele afasta minha mão.

 

- O que você tem Sungmin?

- Durantes todos esses anos foi tão difícil te esquecer. Apesar de parecer forte, houve noites em que perdi o sono pensando em você...Aí, quando eu finalmente decido seguir em frente, você aparece.. Você bagunçou minha vida novamente. – se vira para mim ainda com lágrimas escorrendo pelo rosto – Porque você apareceu de novo? Porque não me deixou em paz?

 

As palavras de Sungmin me machucam, mas como sei que ele está sobre efeito da bebida, tento não dar atenção ao que ele diz e me aproximo envolvendo-o com meus braços.

 

- Me desculpa Sungmin, mas não consigo mais te deixar. Eu te amo tanto, que não consigo fazer isso... – sinto uma ardência conhecida em meus olhos ao dizer tais palavras.

- Você é um idiota... Eu te odeio Kyuhyun, te odeio te odeio. – fala batendo com as mãos em punho no meu peito.

 

Ele me afasta de si e segura com força minha blusa enquanto me encara fixamente. Fecho os olhos esperando que ele me bata talvez, mas sinto minha blusa ser puxada e uma pressão em meus lábios em seguida. Abro os olhos com o coração descompassado e tenho a certeza de que não estou sonhando.

Não consigo deixa de esboçar um sorriso e para minha surpresa Sungmin pede passagem que concedo de imediato. Seu musculo quente entra em contato com o meu e puxo seu corpo para mais perto. O beijo que tanto desejei, o beijo que me tira a sanidade, é o beijo que damos. Exploro toda sua cavidade e minhas mãos vão para seu pescoço na tentativa de aprofundar mais o ato. Sungmin envolve meu pescoço com seus braços e seu gosto único que tanto amo toma conta de mim com mais intensidade.

Quando o ar infelizmente falta, nos afastamos ofegantes e colo nossas testas o abraçando pela cintura.

 

- Eu te odeio Kyuhyun... – sussurra e sela meus lábios – eu te odeio porque não consigo deixar de te amar.

 

Dou meu melhor sorriso ao escutá-lo admitir que ainda me ama, mesmo que tenha sido de uma maneira torta. Uno mais uma vez nossos lábios, iniciando um beijo cheio de sentimentos. Sungmin enlaça as pernas em minha cintura e vou andando até seu corpo bater na parede mais próxima, arrancando um gemido de dor do loiro que ainda assim não desfaz o ósculo.

Eu sei que Sungmin está bêbado e não é certo me aproveitar disso, mas meu corpo reage sozinho e eu não consigo me controlar.

Quando o ar falta novamente, faço um caminho de beijos do seu queixo até seu pescoço, onde me aproveito com beijos molhados enquanto uma de minhas mãos adentra a blusa que ele veste tocando sua pele quente e macia e fazendo um pequeno gemido escapar de seus lábios entreabertos.

Parece que a fase dois do meu plano está indo além do que poderia imaginar.

 

 

 

 

Sungmin Pov on.

 

 

 

Abro os olhos com dificuldade devido a uma claridade irritante no local e sinto minha cabeça latejar. Coloco as duas mãos na cabeça tentando me lembrar de algo, mas é em vão. Não acredito que fiquei de ressaca apenas com aquele copo de bebida, ou será que bebi alguma coisa depois? Porque a última coisa que me lembro, é de ir ao banheiro. Será que o Kangin me trouxe?

Mexo-me um pouco na cama e percebo que estou sem roupas, apenas com uma boxer. Mas o que foi que eu fiz na noite passada? Um pouco temeroso, tateio a cama com uma das mãos e fico estático ao tocar em alguém. Não, não pode ser. Eu não posso ter ido pra cama com o Kangin.

Com a respiração pesada, viro meu rosto praticamente em câmera lenta e com os olhos fechados. Respiro fundo engolindo seco, abrindo-os lentamente e quase caio da cama ao encontrar Kyuhyun dormindo, aparentemente sem roupas também.

 

- Kyuhyun!? – falo com os olhos arregalados.

 

O mais novo abre apenas um dos olhos e dá um leve sorriso, puxando meu braço e me fazendo cair em seu peito desnudo.

 

- Vamos dormir mais um pouco Minnie. – resmunga e me abraça fortemente.

 

Meu coração quase sai pela boca, mas me afasto o mais depressa possível, cobrindo meu corpo com o cobertor e o olhando sem saber o que fazer. Mas o que aconteceu? Como eu vim parar na minha cama com o Kyuhyun e ainda nessas condições? E onde fica o Kangin nessa história toda? Droga, eu não consigo me lembrar.

Mas antes que eu possa encontrar qualquer resposta, ouço a porta da minha casa ser aberta por alguém, o que não é nada bom , pois a única pessoa que também tem a chave é o Heechul.

 

- Sungmin! Ainda está dormindo!? Cadê nosso café da manhã!? – grita e olho assustado para Kyuhyun que retribui o olhar da mesma maneira.

 

Agora sim estou perdido.