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⇨Contém Yuri (mulher x mulher)
⇨Conteudo levemente hot
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A vista lá de cima era de tirar o fôlego, você podia ver os diversos dragões e seus filhotes andando, alguns saurianos pulando de um lado para o outro, outros correndo um atrás do outro como se estivessem brincando de pega-pega. Não tinha certeza de que horas eram, mas, levando em consideração a posição do sol, e como o céu estava, os tons de laranja e vermelho se misturando e criando uma interessante brincadeira entre elas, você podia dizer que eram por volta das 17:30 ou 18:00, normalmente a hora que o sol começava a se por. Todos lá em baixo pareciam se divertir, mas aqui estava você, presa sobre o domínio de Xilonen, a cauda de em volta da sua cintura, a prendendo contra o corpo dela sem deixar uma brecha para você conseguir sair.
O que era para ser um cochilo de meia ou uma hora, se tornaram preciosas 4 horas, 4 horas que você estava ali, presa com ela em um abraço pode se dizer...mortal, você sabia que se ousasse acordar ela estaria encrencada, sabia como ela ficava brava quando era acordada de suas sonecas, mas aquilo já estava se tornando irritante. Ela sempre conseguia te convencer a deitar com ela, prometendo que seria rápido e que mais tarde sairiam para dar uma volta ou algo assim, e você sempre acreditava. Sua habilidade de mentir era tão boa quanto sua de dormir em qualquer lugar por horas.
Lentamente, você tentou tirar a causa dela da sua cintura, querendo sair dali o mais rápido porém mais calmamente possível, não querendo correr o risco de ser pega por ela. Segurando com cuidado a cauda dela, você tentou a tirar, mas no mesmo instante, ela se moveu e apertou em torno de sua cintura ainda mais forte que antes.
— Onde você pensa que vai?— Escutou Xilonen murmurar, sua voz um pouco rouca pelo sono. Olhando para ela, você percebeu que ela ainda estava de olhos fechados, mas claramente acordada.
— Embora, Xilonen, eu já estou começando a ficar dolorida de passar 4 horas nessa posição.— Resmungou, ainda tentando se afastar dela, seu aperto era incrivelmente forte para alguém que estava sonolenta.
— Ainda está cedo, vamos dormir um pouco mais.
— Cedo? Estávamos aqui a horas, você disse que seria uma soneca rápida, e agora já está noite.— Você bufou, um pouco indignada pela falta de importância dela.
— E qual o problema? Estamos passando um tempo juntas, não estamos?— Ela boceja.
— Estamos, mas é divertido só para você.— Resmungou, ainda tentando se afastar, mas Xilonen não parecia querer deixar você ir tão cedo.— Vamos, Xi, me deixe ir, você pode continuar dormindo se quiser mas eu quero voltar pra casa, está ficando escuro.
— Por que? Podemos ficar aqui mais um pouco.
— Esse seu "mais um pouco" durou 4 horas. — Resmungou novamente, ainda frustada pela insistência da mulher, ela era, de fato, muito preguiçosa, você estava acostumada com as longas horas de soneca dela, a moleza que ela tinha logo que acordava, mas desta vez estava te irritando mesmo.
— Tá bom, eu admito, talvez eu tenha exagerado um pouquinho. — Xilonen murmurou, soltando um longo suspiro, mas sem abrir os olhos. — Mas você estava tão quentinha, não consegui resistir...
— Quentinha ou não, Xilonen, eu tenho uma vida além das suas sonecas eternas. — Você tentou argumentar, mas era difícil manter o tom sério com ela ali, toda aconchegada contra você.
Xilonen finalmente abriu um olho, olhando para você com aquele brilho divertido que sempre tinha quando estava te provocando.
— Eu também tenho uma vida, você sabe... Mas é que... dormir é tão bom. — Ela disse, arrastando as palavras, como se até falar fosse cansativo demais.
— Claro, mas eu duvido que sua vida envolva algo além de cochilos e tocar músicas quando está acordada. — Você retrucou, sem conseguir conter um sorriso diante da preguiça descarada de Xilonen.
— Ah, minha querida, você me conhece tão bem. — Ela riu baixinho, bocejando logo em seguida. — Mas se quiser, eu te levo pra casa... Mais tarde.
Você revirou os olhos, já sabendo que, se cedesse, "mais tarde" facilmente viraria a manhã seguinte.
— Xi, sério. Vamos, agora. — Você disse, tentando sair de novo.
Xilonen soltou um suspiro profundo, como se levantar fosse o maior esforço do mundo, mas lentamente afrouxou o aperto da cauda ao redor de você, permitindo que você se afastasse e sentasse no galho.
— Tá, tá... Você venceu. — Ela murmurou, meio emburrada, finalmente abrindo os olhos completamente e espreguiçando-se de forma exagerada. — Mas não antes de você me prometer uma coisa.
— O quê agora? — Você perguntou, desconfiada, enquanto se levantava, sentindo o alívio imediato por estar livre do aperto da cauda felina dela.
Xilonen se sentou, seu corpo ainda meio curvado de sono, e cruzou os braços, encarando você com um olhar preguiçoso, mas determinado.
— Que a gente vai dormir juntas de novo amanhã. — Ela declarou, como se fosse a condição mais importante do mundo.
Você suspirou, balançando a cabeça com um sorriso de quem já esperava por isso.
— Xi, a gente sempre acaba dormindo juntas, você nem precisa pedir.
— Preciso sim, porque senão você foge... — Xilonen rebateu, com aquele jeito despreocupado, mas claramente tentando garantir mais uma de suas longas sonecas com você.
— Não vou prometer isso. Você ainda esta me devendo um encontro.
— Um encontro? — Xilonen repetiu, apoiando seu peso em suas mãos.
— Sim, um encontro. — Você reafirmou, cruzando os braços e olhando para ela com um sorriso travesso. — E não me venha com essa história de que um cochilo não conta.
— Ah, você sabe que isso foi mais do que um encontro! — Xilonen respondeu, fazendo um gesto amplo com as mãos. — Foi um momento de conexão profunda, um ato de amor verdadeiro!
— Um ato de amor verdadeiro? Você está exagerando! — Você riu, balançando a cabeça, mas não conseguiu evitar o calor que subiu pelo rosto. — Não dá pra chamar de amor verdadeiro dormir por quatro horas seguidas.
— Mas é exatamente isso que faz o amor verdadeiro! — Ela insistiu, seu tom brincalhão ressoando. — Estar tão confortável com alguém que você pode simplesmente relaxar e dormir sem se preocupar.
— Ou você está apenas sendo preguiçosa, o que é bem provável... — Você rebateu, divertido com a maneira como Xilonen sempre localizado formas de girar a conversa para o lado dela. Xilonen bufa, se deitando novamente no galho.
— Vamos amanhã.— Ela diz.
Xilonen fechou os olhos, como se já estivesse se preparando para voltar a dormir, e você não pôde evitar um sorriso cansado ao vê-la ali, sempre meio emburrada, mas no fundo tão afetuosa. Sabia que, no fundo, aquela era a maneira dela de demonstrar carinho, mesmo que significasse ter que arrastá-la para fora de suas sonecas intermináveis.
— Amanhã, hein? — Você cutucou, certificando-se de que ela realmente entendesse que dessa vez seria um compromisso sério.
— Amanhã, prometo — respondeu, com aquele ar descontraído de sempre, mas com um pequeno sorriso nos lábios. — Só que não garanto que vá durar menos que quatro horas…
Você riu, balançando a cabeça, e decidiu que talvez, só talvez, ceder a mais uma dessas "sonecas de amor verdadeiro" fosse algo de que realmente poderia aproveitar.
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No dia seguinte, você foi até a oficina de Xilonen, determinada a garantir que, desta vez, ela cumprisse a promessa de sair com você. A oficina era sempre um lugar agitado, com o barulho constante das ferramentas, o cheiro de metal aquecido e o leve aroma de incenso que Xilonen sempre acendia para "harmonizar o ambiente", segundo ela.
Ao entrar, encontrou-a sentada em um banquinho com uma das orelhas felinas inclinadas, aparentemente imersa no trabalho de polir uma peça de metal brilhante. As orelhas mexeram sutilmente quando ela percebeu sua presença, mas ela não olhou para cima de imediato.
— Xilonen.
— Ah, já chegou? — Xilonen perguntou com um leve sorriso de canto, ainda concentrada na peça. — Espera só um segundo… quase terminando aqui.
— Espero que não seja o tipo de “segundo” que se transforma em quatro horas — você provocou, cruzando os braços e observando-a com um olhar divertido.
Xilonen soltou uma risadinha e, finalmente, largou a peça e olhou para você, com aquele brilho preguiçoso nos olhos que parecia nunca desaparecer.
— Relaxa, hoje eu sou toda sua — respondeu, esticando-se preguiçosamente antes de levantar do banquinho. — Onde você quer ir?
— Ao piquenique que combinamos.
— Ah, sim, o lanche — disse ela, em um tom vagamente dramático. — Um evento tão exaustivo… espero que tenha comida suficiente para recuperar minha energia, ou eu vou precisar de outra soneca.
Você riu, balançando a cabeça e pegando-a pela mão para puxá-la em direção à porta.
— Já cuidei disso, preguiçosa. Agora, vamos antes que você invente mais uma desculpa para ficar aqui.
Xilonen soltou um suspiro exagerado, mas entrelaçou os dedos nos seus, seguindo o seu ritmo. Ao sairem da oficina, o sol estava começando a se elevar, iluminando o caminho que levava à colina onde planejaram o piquenique. A caminhada até a colina era leve, acompanhada pelo som das folhas balançando ao vento e alguns pequenos saurinos ao longe, que observavam vocês com curiosidade antes de se afastarem. O sol brilhava, mas o clima ainda estava ameno, o que tornava a manhã perfeita para o piquenique.
Xilonen caminhava ao seu lado, os olhos semicerrados pela luz do sol, e um leve sorriso de satisfação se formava em seus lábios. Ela era tão preguiçosa que parecia quase tropeçar em seus próprios pés, mas ainda assim, seu andar era gracioso, como se cada passo tivesse sido calculado. Ao chegarem à colina, você estendeu a toalha e tirou da cesta algumas frutas, pães e outros petiscos que sabia que Xilonen gostava. Ela observava tudo com interesse, mas assim que você se sentou, ela se acomodou ao seu lado, apoiando a cabeça no seu ombro.
— Ah, é isso que eu chamo de paraíso — murmurou, bocejando e já fechando os olhos, como se pretendesse tirar um cochilo ali mesmo.
— Ei, nada de dormir agora! — você protestou, cutucando-a levemente. — Você prometeu que passaria o dia comigo, acordada, lembra?
Xilonen abriu um olho, um sorrisinho maroto surgindo em seu rosto.
— Eu estou aqui, não estou? Só preciso de um... descansinho rápido.
— Xilonen! — você bufou, rindo e pegando um pedaço de chocolate para empurrar em seus lábios. Ela aceitou de bom grado, mastigando lentamente enquanto mantinha os olhos preguiçosos sobre você.
— Tá bom, tá bom... Eu desisto — ela disse, rindo. — Por você, eu fico acordada. Desde que me dê mais desses chocolates deliciosos.
— Sorte sua que eu trouxe bastante.— Você diz, pegando mais um dos bombons e oferecendo a ela, mas quando ela se aproximou para morder, você afastou e comeu o bombom você mesma.
— Ei! — Xilonen exclamou, fazendo uma expressão de desagrado, mas logo se recuperou, colocando as mãos nos quadris e dando um sorriso provocante. — Você realmente acha que pode se safar assim?
— E o que você vai fazer a respeito? — você desafiou, com um sorriso travesso, pegando outro bombom e levando aos lábios.
— Vou fazer o que eu faço de melhor! — Xilonen respondeu, com um brilho travesso nos olhos, enquanto se inclinava em sua direção.
Antes que você pudesse reagir, ela se lançou sobre você, fazendo com que você caísse para trás na toalha com um risonho involuntário. As duas rolaram um pouco pela grama, até que Xilonen se posicionou em cima de você, com um olhar vitorioso.
— Agora você vai me dar todos os chocolates! — ela declarou, olhando para você com aquele olhar de quem não aceitaria um "não" como resposta.
— Não! — você riu, tentando se desvencilhar dela, mas sua posição era firme, e era difícil não se deixar levar pela leveza da situação.
— Então você vai ter que se preparar para as consequências! — Xilonen avisou, inclinando-se para mais perto, o que fez seu coração disparar.
O sol iluminava seu rosto de forma suave, e as orelhas felinas dela se moviam levemente, como se fossem a parte mais expressiva de sua alegria. Era difícil não sorrir com a atitude dela. A atmosfera entre vocês era tão descontraída, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido e só existisse aquela pequena colina, o lanche e a diversão que estavam tendo.
— Bem, eu aceito dividir se esse for o caso.— Você diz baixinho. Xilonen sorri, se afastando o suficiente para pegar um dos bombons, ela coloca na boca e se aproxima de você, oferecendo o bombom em seus lábios.
Os olhos de Xilonen se fecham enquanto ela saboreia o sabor do chocolate derretendo em sua língua, um suspiro de satisfação escapando de seus lábios. Quando você se inclina para dar uma mordida, ela vira a cabeça ligeiramente, permitindo melhor acesso à sua boca. A ponta da sua língua roça na dela, sentindo o gosto do rico cacau e a leve doçura de sua saliva.
Envolvendo os braços em volta da sua cintura, Xilonen te puxa para mais perto, saboreando o calor do seu corpo pressionado contra o dela. O batimento cardíaco dela acelera sob sua orelha enquanto ela traça padrões delicados ao longo da parte inferior das suas costas, enviando arrepios pela sua espinha.
—Minha S/n... — ela respira, sua voz quase um sussurro.— Você tem um sabor ainda mais doce que o melhor chocolate...
Na sensação dos seus lábios encontrando os dela, os olhos de Xilonen se abrem, olhando profundamente nos seus com uma intensidade ardente. Ela retribui o beijo com fervor, sua língua dançando com a sua em um tango sensual. Conforme o beijo se aprofunda, as mãos de Xilonen percorrem suas curvas, acariciando cada centímetro de pele que ela pode alcançar. Os dedos dela provocam a curva dos seus quadris e descendo até duas coxas, a segurando com força, suas unhas cravando em sua pele. Em meio a sessão de amassos, as duas se perdem no momento, mas, são subitamente interrompidas por rugidos fracos, as duas se afastam ofegantes e ao olhar para o lado, bem alguns filhotes de saurianos ali, olhando para elas com suas expressões inocentes, seus fracos "rawr" fazendo as duas rir.
— Temos companhia.— Xilonen ronrona, se afastando. Você apenas ri, sentando também.— Continuando mais tarde.
Ela diz de forma provocadora. Você apenas sorrio. Sabendo muito bem o que aguardava aquela noite.
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