História Gentleman's Love - Introdução

Gamjee era um príncipe do reino dos trolls, como pode perceber, neste mundo os trolls não vivem em Anarquia, mas sim em uma monarquia constitucional, estipulada pelo rei Alkom, pai de Gamjee e seus dois irmãos. Como príncipe herdeiro, Gamjee tinha que ser um exemplo para todos a sua volta, tanto os irmãos, quanto a outros príncipes e princesas que conhecia ao longo de sua jornada.

Em alguns meses, ocorreria o recrutamento de soldados, e Azakiel já estava preparando seu físico a anos para ser recrutado como soldado da realeza. Era seu sonho, desde que seu pai era vivo, ser como ele, ser o braço direito do futuro rei! É tudo o que almeja em seus treinamentos árduos com seu melhor amigo Konrion. Por serem gárgulas, seu recrutamento seria mais simples, já que o castelo precisava de olhos na parte superior e inferior, as gárgulas eram sempre a melhor opção. Mesmo que tivessem esta benção de serem gárgulas, eles treinavam duro para seus esforços serem reconhecidos pelo rei. Azakiel, tinha mais facilidade de ganhar músculos, por ter uma dieta saudável e um corpo maior do que Konrion, mas da mesma forma, o garoto não se deixava abalar e sempre seguia as dietas e treinos de Azakiel para se tornar forte como o mesmo.

Eles já estavam na centésima flexão, quando Konrion soltou um grito motivacional:

-Vamos lá corpo! Só mais 100 flexões!! - Ele dizia enquanto seu corpo ia para baixo e subia mais uma vez, com centenas de outras vezes antes.

Azakiel dá uma risada da fala de Konrion, quando ele dizia isso, queria dizer que já estava cansado o suficiente.

-Calma Konrion, temos 90 dias para treinar! Já deu por hoje, já treinamos demais!

Os dois saem do chão e caminham em direção a lanchonete "Brilho dos Goblins", sim o dono era um Goblin. Eles iam desde pequenos naquela lanchonete, o dono já era m velho amigo dos dois, tudo o que faziam compartilhavam com ele.

-Olá pequenos! Como vão? Treinando muito para o recrutamento? - Diz Gordon, o dono da lanchonete, seu pequeno robô o acompanhando por onde fosse. Ele se aproxima com dois pratos com carne de boi e muita salada.

- Não somos tão pequenos assim Gordon! Já temos 20 anos! – Konrion fala, se sentando ao lado de Azakiel, que solta uma pequena risada ao ouvir o tom de raiva na voz do amigo.

- Mas para mim, vocês sempre serão os pequenos Konrion e Azakiel! Correndo pelos corredores, comendo batatinha frita. – Sua voz soa um pouco melancólica, ele parecia sentir falta desta época.

– Bom, agora estão crescidos e fortes! – Ele aponta para Konrion, com ujm sorriso nos lábios. – Você principalmente, está bem mais forte Konrion! O Azakiel já estava gigante da última vez que nos vimos!

O robô abre uma foto no seu holograma, mostrando uma foto dos dois no ano passado. Em comparação a Azakiel, Konrion estava pequeno e sem muitos músculos. -Olha só! A diferença é grande! Antes era pele e osso e agora é uma pilha de músculos! – O garoto dá um sorriso convencido para Gordon e dá uma garfada na comida, depois mostra seus músculos do braço.

- Tô monstrão né? – Ele diz comendo mais, em poucos segundos seu prato já estava vazio.

- Coma devagar da próxima vez, pode acabar se engasgando. - Azakiel diz num tom de reprovação. O garoto tinha o costume de comer rápido demais e por vezes se engasgava, graças aos deuses , Azakiel sempre o ajudava.

-Desculpa Azakiel! Comerei mais devagar da próxima vez.- Konrion diz, colocando a mão na parte de trás do pescoço, envergonhado por ser reprendido na frente de Gordon.

Enquanto isso, no castelo, Gamjee estava em seu treino matinal de artes marciais, precisava saber se defender caso os soldados fossem mortos ou sequestrados. O pai de Gamjee entra na sala, fazendo um sinal de mão para o instrutor.

- Saia imediatamente- Diz o homem com uma carranca na face, apontando o polegar para trás.

-Sim senhor Akon- O treinador saí pela porta e a fecha no instante em que saí do salão.

- Meu filho, dento de 3 meses, ocorrerá sua coroação. Tem que preparar seu discurso e conhecer sua futura esposa.- Akon põe a mão no ombro do filho, focando em seus olhos vermelhos.

- Já tenho um discurso pronto pai, só tenho de conhecer a futura rainha. - O rapaz diz com certa decepção na voz, detestava a ideia de casamento arranjado, mas sabia que aquilo era pelo bem dele e de seu povo.

-Que bom filho. Sei que é um pouco cedo para dizer isso, mas casamentos arranjados geralmente são fachada para várias traições ocorridas entre o casal.- O homem mais velho diz de forma séria, Gamjee o observa com confusão.- Filho, estou querendo dizer que provavelmente sua mulher não será totalmente fiel a você, o mesmo se aplicará a quem você se relacionar durante seu casamento, não leve as coisas tão a sério...- Gamjee balança a cabeça em confirmação.

-Entendi pai, não preciso ser fiel a minha mulher... Mas creio que as traições não podem ser reconhecidas pelo povo, certo?- O garoto diz de forma segura, ele tinha certeza que suas outras relações não deveriam ser levadas a público, afinal, seria um escândalo se alguém soubesse que o rei traí sua mulher.

- Sim, parece que entendeu o recado. Bom, amanhã uma carruagem te levará até o castelo da futura rainha, não se atrase.- Ele diz dando um tapinha no ombro do filho, era sua forma de demonstrar amor pelos filhos, palavras firmes, abraços curtos e tapinhas no ombro. - Tenho orgulho de você, Gamjee.. Sei que cuidará bem do reino quando assumir a coroa.

- Claro que vou pai, não mancharei a sua imagem e criarei um reino melhor para meus sucessores.- Gamjee diz com firmeza na voz, suas características de comandante já estavam a flor da pele, o garoto traria orgulho aos pais e a seus súditos. Seu pai tinha certeza da prosperidade do reino em sua aposentadoria. - Honrarei meu clã e prolongarei minha linhagem com o conhecimento que a mim foi passado.

Akon nunca havia demonstrado fraqueza na frente dos filhos, mas naquele momento uma lágrima escorreu por suas bochechas verdes. - Tenho certeza que honrará nossa família, pequeno Konnor..