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História Give me your heart - Closer - História escrita por Matsu__ - Spirit Fanfics e Histórias
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História Give me your heart - Closer


Escrita por: Matsu__

Notas do Autor


Oe, então, to atualizando hoje e bem, não sei quando de novo, porque vou viajar na próxima semana e eu não tenho um notebook, mas eu comprei um caderninho especialmente pra escrever durante a viagem então quando eu voltar, vai ser só digitar, prometo <3
Capítulo betado pela @HimeShiroyama. Obrigado Gro <3

Capítulo 5 - Closer


Eu estava pensando seriamente em jogar aquele cordão com aquela palheta fora, mas de todas as formas que eu tentava, acabava desistindo no final.

Eu não me sentia bem com ela e Takashima também havia ficado incomodado por eu tê-la escolhido... O que havia de errado? Se estava ali, era para ser vendida, certo?

Certo... Eu acho...

-Devíamos contratar uma diarista. –Takanori reclamava enquanto terminava de servir a mesa do café da manhã, mas eu não estava lhe dando nenhuma atenção. –Fala sério, esse tipo de trabalho é muito cansativo.

-Não faça então. –Ele parou para me olhar, mas eu ainda estava olhando para aquela maldita palheta.

-Aki? Aki? Akira? –Levantei os olhos para ele.

-Hum?

-Você está bem? Está desligado desde ontem.

-Estou bem... Só pensando...

-Você não faz isso com muita freqüência...

-Idiota! –Ele riu, se sentando de frente para mim. –Quem estava com você ontem?

Vi os olhos minúsculos dele se arregalarem tanto que pareciam prestes a escapulir.

-O quê?

-Eu não vi nada, não se preocupe. Quando cheguei ouvi você conversando com alguém.

-Ahn... É só um... Colega...

-Colega? Tsc... Não tem problema me contar a verdade. –Vi ele suspirar.

-É meu namorado.

-Namorado?

-É, namorado.

-Uau... Eu conheço ele?

-Não... Ele atende na mesma clínica que eu.

-E estão juntos há muito tempo?

-Hum... Três anos.

-Nunca ia me contar? Que péssimo amigo é você! –Ele riu. –Qual é o nome dele?

-Yutaka.

-Legal... Convide ele pra almoçar qualquer dia desses. –Ele apertou os olhos para mim. –O que foi?

-O que você quer?

-O que eu quero? Como assim o que eu quero?

-Por que quer fazer isso?

-Porque você é meu melhor amigo, certo? –Takanori estava pensativo agora. –Taka?

-Hum?

-Certo?

-Certo.

-Então não há nada de errado em querer conhecer seu namorado, não é? Mesmo que seja outro cara, ou se fosse uma garota, ia ser legal conhecer alguém com quem você esteja namorando. –Ele me encarou durante algum tempo.

-Você está doente?

-Não.

-Está delirando e falando coisas bonitas.

-Hum. Idiota!  Eu também estou feliz por saber que não é apaixonado por mim. –E ele jogou uma fatia de pão em mim. –Hey.

-Ridículo. Por que diabos eu me apaixonaria por você? Não faz meu tipo. –E nós dois rimos, mais confortáveis agora. Talvez ele tivesse entendido o que eu queria dizer. Se não, não seria um problema dizer a ele que estava tudo bem ser gay.

-Então... Por que não convida ele pra bebermos hoje?

-Beber? Você está ficando maluco?

-É só um pouco. –Eu quase implorei. –Não vai me fazer mal, é sério.

Ele estava me olhando, pensativo, depois cruzou os braços.

-Só um pouco?

-Sim.

-Promete?

-Prometo.

 

 

 

 

-... e então eu perguntei o que deveríamos fazer... e ele ficou me olhando com os olhos arregalados, enormes. –Só eu estava rindo, mas eu estava bêbado, então não me importava.

Embora eu visse Takanori olhar de canto para o tal Yutaka, eu apenas continuava contando seja lá o que fosse e me engasgando de tanto rir.

Estávamos em uma casa de bebida que eu não conhecia. Era um local pequeno e simples, muito diferente do que freqüentávamos, mas eu havia insistido em beber ali.

-Um pouco.

-O quê? –Sequei meus olhos cheios de lágrimas, tentando parar de rir ao menos um pouco.

-Você disse que só ia beber um pouco.

-Eu bebi pouco, você sabe... Você sabe que eu bebo bem mais que isso, você sabe... E vocês dois? Por que estão tensos assim? Vocês nem parecem ser um casal...

Takanori abaixou a cabeça, envergonhado porque muitas pessoas estavam olhando para nós agora.

-Pare! –Pediu Yutaka. –Certo, é melhor levarmos ele para casa...

-Eu não quero ir para casa, eu estou bem...

-Bem... –Takanori riu, me fazendo rir também. –Seu médico vai me matar se souber disso.

-Taka, você também é médico, deve saber que isso não faz mal...

-Não sou médico, sou fisioterapeuta.

-É a mesma coisa. –Ele bufou e nós ficamos em silêncio enquanto eu virava mais um copo, sem saber quantos eu já havia bebido.

-Por favor... É só fazer uma fichinha. Eu sempre bebi aqui, por que não confia em mim?

-Vá para casa Takashima, vá para casa.

-Por favor... Por favor... Só mais uma garrafa, só faça uma fichinha. Eu... Eu trago o dinheiro amanhã...

-Eu não posso fazer isso, você sabe que não vendemos fiado e você já bebeu o suficiente.

Meus olhos agora estavam pregados no magrelo apoiado no balcão. Ele estava ali o tempo todo?

Foi engraçado ver ele erguer o corpo, passando a mão pela testa, afastando o tufo de cabelos bagunçados, se segurando pra não cair, as pernas parecendo prestes a fraquejar.

-Vai se ferrar... –Saiu de perto do atendendo, praguejando e cambaleando, os olhos rodando em busca da saída.

Olhei para meu próprio copo por um tempo, deslizando o dedo sobre a borda. Evitei olhar para Takanori embora soubesse que ele me olhava fixamente agora.

“Eu não ligo se você está carregando o coração de Yuu... Eu não quero que me procure e não quero te ver de novo... Por favor, respeite isso.”

-Não parece alguém que não se importa... –Eu disse baixinho.

-O quê? –Me levantei sem responder Takanori e depois fui para fora da casa de bebidas sem me preocupar com o fato de que ele me gritava e me xingava, e xingava Yutaka por não deixá-lo me seguir.

Do lado de fora a silhueta esguia seguia cambaleante mais a frente, se apoiando na parede quando o corpo pendia para o lado.

Eu estava apenas seguindo ele de longe. Apenas observando. De alguma forma eu me preocupava em vê-lo naquela situação e contanto que ele fosse para casa, eu poderia segui-lo silenciosamente até lá apenas para garantir que ficasse bem.

Takashima parou algumas vezes durante o caminho, se apoiando na parede para tentar se recuperar da tontura, voltando a andar em seguida, mas em uma das vezes ele simplesmente escorregou até o chão, olhando de um lado para o outro como se temesse que alguém pudesse vê-lo ou apenas confirmando que ninguém nunca o veria, então abraçou os próprios joelhos. Vi seu corpo tremer com um espasmo e então ele começou a chorar alto, desesperado.

Dei um passo rápido para frente para hesitar logo em seguida.

-Eu sinto muito... Sinto muito Yuu...

Meu coração estava doendo.

Estava doendo como se tivesse sido esfaqueado.

Me aproximei mais lentamente agora, me abaixando ao lado dele para me sentar em seguida e ele me surpreendeu, segurando meu braço para deixar a cabeça no meu ombro, escondendo o rosto.

Ficamos em silêncio por tanto tempo que eu até mesmo estava me esquecendo da situação em que nos encontrávamos.

-Está me seguindo?

-Não. Foi por acaso.

-E desde quando alguém como você freqüenta esse tipo de lugar?

-Desde que eu ganhei um novo coração... –Ele levantou a cabeça para me olhar, mas eu não o olhei. -Você não entende, não é? Eu também não entendo... Mas as coisas estão estranhas pra mim.

-Eu posso imaginar...

-Não, não pode... –Ele me olhou mais uma vez. –Vem, eu vou deixar você em casa.

-Não... –Ele resmungou quando eu me levantei, segurando sua mão para puxá-lo.

-Vem logo.

-Não quero... –Ele tombou a cabeça para frente, quase me derrubando junto. Eu ri um pouco antes de puxá-lo mais uma vez para levantá-lo e ele jogou os dois braços nos meus ombros, me abraçando para não cair.

-Você está bem...?

-Não... –Eu ri de novo, ajeitando o braço dele sobre meu ombro, começando a caminhar. Ele tentava se manter de pé, mas as vezes quase levava nós dois para o chão.

Não havia ninguém na recepção do prédio onde ele morava então nós apenas subimos.

-Você está com a chave? –Ele não me respondeu. –Takashima? Eu preciso da chave... Takashima?

Ótimo! Ele estava desacordado. Encostei ele na parede, deixando que ele escorregasse até estar sentado no chão, depois enfiei as mãos em seus bolsos, encontrando uma chave presa a um chaveiro vermelho.

Mais uma vez me esforcei para puxá-lo para dentro, afinal eu não estava totalmente são.

O apartamento era minúsculo, apenas um cômodo dividido entre quarto e cozinha e uma porta que provavelmente seria o banheiro. Estava bastante bagunçado, a grade móvel estava jogada no chão e as bijuterias espalhadas por todo lado.

Em cima da cama bagunçada estavam várias roupas reviradas e garrafas de bebida vazias. Também havia várias garrafas no chão. A geladeira estava aberta, a luz interna provavelmente estava queimada, mas ela tava vazia de qualquer forma.

-Deus... Tudo bem se eu colocar você debaixo do chuveiro? –Mais uma vez ele não respondeu então eu o arrastei até a outra porta.

O coloquei sentado debaixo do chuveiro, ligando-o em seguida para vê-lo finalmente despertar, quase gritando com a água gelada batendo sobre sua cabeça.

Takashima passou as mãos pelo rosto, assustado, tentando se arrastar para fora do chuveiro, mas eu me abaixei, o segurando, tentando mantê-lo ali mesmo que ele empurrasse minhas mãos.

-E-está frio.

-Eu sei. Fique aí. Prometo que vai se sentir melhor e até me agradecerá depois. –Sorri para ele, tentando acalmá-lo, mesmo que minhas roupas já estivessem totalmente molhadas também. Olhei em volta, as paredes não eram pintadas e estavam mofadas, mas não havia nenhuma toalha ali.  –Vou pegar uma toalha pra você, okay?

Sai do banheiro apressado, sem saber onde exatamente eu encontraria uma toalha no meio daquela bagunça, revirando várias coisas antes de encontrá-la, voltando correndo para o banheiro para encontra Takashima encolhido, chorando mais uma vez.

Desliguei o chuveiro, mas ele não me olhou. Estava tremendo e puxando o ar com força.

-Me desculpe... –Ele disse baixinho quando me agachei frente a ele, jogando a toalha sobre suas costas. –Me desculpe...

-Não precisa se desculpar. –Ajudei Takashima a se levantar e o rosto dele estava vermelho. Abaixei a tampa do vaso sanitário para que ele se sentasse então puxei a toalha para seus cabelos e ele me olhou, descendo os olhos em seguida para a palheta pendurada no meu pescoço.

-Por que... Por que escolheu essa?

-Eu não sei... Só escolhi. Era especial pra você? –Ele riu um pouco, a voz estava muito fraca.

-Era dele.

-Dele?

-Yuu... Ele fez isso. Ele sempre me pedia pra ajudar, então um dia ele fez isso. A única que fez...

-E por que vendeu ela? –Ele me encarou.

-Porque era você quem estava comprando... –Ficamos em silêncio por um tempo e foi massacrante, porque ele estava me encarando e eu estava com o coração disparado. –É estranho, não é? Porque Yuu era assim e você é exatamente igual... Não falo da aparência... Mas são iguais. Isso me dá medo.

Pousei minha mão sobre meu peito, apertando um pouco, me sentindo angustiado.

-Você acha que pode... Que pode ter sido...

-Acho. Acho que ele está bem aqui agora. –Ele estendeu a mão, colocando-a por cima da minha. –Posso?

-O quê...

Ele me puxou um pouco para que eu me curvasse, então encostou a cabeça no meu peito, fechando os olhos.

-Olá Yuu... Eu sei que você consegue me ouvir bem. –Me apoiei na parede, catatônico, meus olhos embaçados pelas lágrimas estavam ardendo. –Eu sei também que eu estou agindo feito um idiota, me desculpe, eu ainda não sei como lidar com isso... Mas você sabe o quanto é difícil acordar pela manhã e não encontrar você sorrindo pra mim? Mesmo naqueles dias ruins você estava sorrindo e me dizendo que ia dar um jeito... Eu sei que você estava tentando o quanto podia, eu também estava... Eu sinto muito por ter gritado com você daquela forma. Eu estava errado... E eu perdi você por causa desse erro... Se eu não tivesse sido tão estúpido... –Ele estava chorando de novo. Por mais que eu me segurasse eu estava chorando também, porque vê-lo daquela forma me machucava, como se estivesse suplicando a mim. –Me desculpe...

-Tudo bem... –Eu respondi baixinho, quase sem pensar e ele chorou ainda mais alto, entendendo o que eu queria dizer.

Me abaixei, sentindo meu coração doer, e sem me olhar ele me abraçou, desesperado e mesmo sem saber o que estava acontecendo com ele e comigo mesmo, eu o abracei de volta, dando um tempo a nós dois até que tudo pudesse parecer um pouco mais claro.

 


Notas Finais


Gostaria de lembrar que eu tenho fama de não escrever finais felizes. Então, até o próximo?


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