Phoebe
— Podemos ir a El Matador Beach. — Kayla disse animada folheando um guia de turismo distribuído pelo hotel. Eu somente comia meus pedaços de fruta analisando o céu e o mar em uma perfeita sintonia à essa hora da manhã.
— Sou muito mais Malibu Lagoon State Beach. — Justin disse.
— A água de lá é gelada. — Justin virou-se confuso para Kay. — É o que diz o guia. — Kayla disse apontando para o pedaço de papel.
Coloquei um pedaço de abacaxi na boca e fiz uma careta. Argh! Falta açúcar.
— Que tal visitarmos a Pepperdine? — todos me encaram confusos. Como eles não sabem o que diabos é a Pepperdine? — University. — falei, convencida e eles suspiraram assentindo. Ryan não tirava o olhar das minhas pernas. — Poderíamos conhecer o lugar e estudarmos aqui ano que vem. — falei, dando de ombros.
— Eu só me mudaria pra cá se eu fosse virar surfista. — Justin disse e eu rolei os olhos.
— Eu me mudaria pelo bronzeado! Sol todo dia e mar, eu ia ser a deusa de Malibu Beach, meu amor. — Kayla disse com o velho tom convencido e irônico.
— Eu viria só pelas festas. — Ryan murmurou com o olhar vago no mar.
— Então nada de Pepperdine? — negaram todos. — Tudo bem. — voltei a me deliciar com minhas frutas.
— Vamos ao Malibu Píer! — Kayla exclamou extremamente animada.
— O que tem nessa merda? — Justin disse, com as sobrancelhas franzidas como se duvidasse que houvesse algo de bom nesse lugar.
— Casas de gente rica, praia, restaurantes e local ótimo pra fotos. — disse. — Podemos usar os negócios dos remos que compramos hoje de manhã. — ela se referia aos longboards que Ryan e Justin tinham insistido para que comprássemos hoje de manhã na loja de conveniências. Cem dólares a menos.
— Me parece bom. — Ryan concordou, olhando seu celular. — Temos que estar de volta ás seis, já que vamos ao shopping. E agora são a recém oito e dois. — assentimos todos nos levantando das cadeiras e deixando para trás a maravilhosa vista do céu azul, sem sequer uma nuvem e uma bola enorme amarela brilhante — no caso o sol.
[...]
— Me dá os cem, Kay. — murmurei, pegando as notas de Kayla. Iríamos alugar um carro. — Okay... Temos setecentos. Dá pra alugar o Camaro. — Justin e Ryan bateram as mãos em comemoração e eu dei o dinheiro para que Kayla fosse alugar o carro junto de Justin.
Ótimo. Me deixariam sozinha com o Ryan.
Fui até o banheiro retocar a minha maquiagem e logo vi pelo canto do olho ele se encostar no batente da porta enquanto me observava com um olhar um tanto quanto desejoso.
— Tudo bem? — perguntei, simpática.
— Tudo ótimo. — riu, cruzando os braços. — E com você?
— Tudo maravilhoso. — falei, sorrindo para mim mesma no espelho e me virando em direção ao quarto. Onde diabos está minha bolsa?
Ryan me seguiu em passos lentos.
— Viu minha bolsa? — perguntei, já um pouco nervosa por não achar a maldita.
— Não. — respondeu em um tom alegre.
Me abaixei para ver se ela estava de baixo da cama e acho que esqueci o fato de que estava de shorts e isso daria uma visão da minha bunda, mas não da polpa como o de ontem. Senti duas mãos em torno da minha cintura, me girando e me jogando sobre a cama bagunçada de Ryan e Justin. Logo senti o corpo de Ryan sobre mim enquanto ele beijava o local entre meu ombro e pescoço. Dá arrepios.
— Não, Ryan... Vamos. Temos que descer. — murmurei, tentando o afastar mas ele se manteve firme e forte sobre mim.
— Podemos descer depois. — sorriu, colocando sua mão na minha nuca apoiando minha cabeça o possível para que conseguisse tocar meus lábios. Mais um beijo. Quente pra caralho enquanto suas mãos tentavam mais que tudo levantar minha camiseta.
Ao ver a porta se abrir, Ryan pulou de cima de mim que me joguei no chão me pondo a procurar a bolsa. Vi Justin entrando.
— Vamos, porra? — falou, com a mão ainda sobre a trinca da porta.
Achei a maldita bolsa e peguei meu celular sobre a cômoda seguindo pra fora do quarto junto dos dois.
[...]
— Porque o Justin dirige? — indaguei, incomodada com o fato dele se apoderar do volante do carro. Pelo qual TODOS tínhamos pagado.
— Sou o mais experiente com carros aqui... E com toda certeza não queremos estragar esta belezinha. — sorriu, passando a mão sobre o painel do carro, apreciando o interior do Camaro. Que foi caro pra caralho! — Não é, Sandra? Papai não vai deixar ninguém te machucar.
— Sandra? — Ryan perguntou risonho. — Você deu um nome para um carro que nem é seu, JB? Sandra? Porra cara! — Ryan riu e Justin o encarou enojado.
— Isso mesmo. Sandra! Ela tem que se sentir amada, mano. Ela já é muito especial pra mim. — sorriu pro carro.
— Se fode, JB. — Kayla disse desviando pela primeira vez o olhar da paisagem.
[...]
— Olha aquela casa! — Kayla disse apontando para uma casa linda que tinha em uma espécie de "morro", mas é claro, só com casas enormes e chiques. — Oh meu deus! Tire uma foto minha na frente dela, Phoe. — assenti pegando seu celular e esperando ela se posicionar ali. Tirei a foto e ela voltou sorrindo e tomando o celular de mim.
Virei-me visualizando o fundo do píer vendo Justin encharcado ao lado de Ryan que também pingava. Com toda certeza eles tinham se jogado dali de cima!
Marchei até eles, vendo Kay acompanhar meus passos totalmente distraída com seu celular.
— Mas que diabos vocês estão fazendo? — perguntei, vendo os dois me encararem surpresos. — Se jogando da porra de um píer com essa idade?
— Cola-velcro virou mamãe agora. — Justin disse debochando.
— Mamãe seu cu. — esbravejei. — Tem crianças aqui! E lá embaixo tem várias pedras, acham que é legal? — falei, me referindo aos meninos que olhavam admirados os dois.
— Não nos importamos com eles, Phoe. — Ryan disse, espremendo a sua camisa. — As mães que deem limites. Nós somos apenas garotos de dezessete anos curtindo uma viagem à Malibu com os colegas. — ele e Justin riram.
Dois idiotas.
— Eu vou dar uma volta. — avisei à Kayla que assentiu, ainda distraída com o celular.
Segui pro começo do píer e peguei uma escada que levava até a parte de baixo, no caso a parte em que ficava o mar e a areia. Despi meus pés e segurei minhas sandálias começando uma longa caminhada em direção ao nada.
Hoje é terça e eu já fiquei com um. Ótimo. Agora eu preciso ampliar essa lista. Com qualquer um. Só preciso sentir o gosto da vingança, ou qualquer coisa. Só sei que me deixa feliz.
Vi um jipe azul quase me atropelar e me joguei em encontro à areia. Merda.
Ótimo dia para você, Phoebe McQueen.
— Oh meu deus! — ouvi a voz doce de uma garota e vi uma loira alta correr em minha direção. — Você está bem? — murmurou, colocando minha cabeça sobre suas pernas.
Olhos azuis e os cabelos platinados. Me lembra Abigail, é tão linda. Meu deus, Phoebe, agora você se apaixona por quem atropela você?
— Garota, hei, hei. Meu amor-r-r-r-r-r-r-! — falou, com a voz ronronada e eu voltei à mim, saindo da embriaguez dos seus olhos.
— Oi...Sim...estou bem. — falei, me sentando na areia fofa e a vendo me encarar. Tonteei um pouco o que pareceu preocupá-la.
— Não me parece tão bem quanto diz. — sorriu torto me analisando.
Ela vestia um top rosa e uma saia branca, suas pernas — bonitas por sinal — estavam totalmente bronzeadas.
— Venha, vou te ajudar. — se levantou, me auxiliando a levantar também. — Te compro um sorvete pelo dano, okay? — sorri, aceitando a gentileza.
Se ela me levasse pro meio de uma caverna agora, eu daria pra ela sem parar. Mesmo que ela só tenha dedos para me satisfazer.
[...]
— Você jura que só tem dezoito anos? — berrei, surpresa e animada enquanto a via assentir com a cabeça se lambuzando com o sorvete.
— Estudo na Pepperdine. — era o que eu esperava.
— É legal lá? — perguntei, curiosa.
— É ótimo! Mesmo que eu seja horrível em tudo....
— Não me parece uma menina que goste de estudar, Srta. Belcourt. — murmurei, irônica.
— Me chame de Anna, Phoe. — sorriu e eu assenti. — Eu odeio estudar! — concluiu. — Mas minha mãe é médica, o que faz com que eu tenha que ser alguma coisa importante... Nem sei que curto estou fazendo. — resmungou.
— Como não sabe que curso está fazendo? — perguntei, horrorizada.
— Nem vou ás aulas. Inclusive tinha uma agora. — colocou o copo de sorvete de lado, cruzando os braços abaixo dos peitos o que me chamou a atenção. — Estuda aonde, Phoebe?
— R.H King Academy. — seus olhos azuis pareceram brilhar e um sorriso largo se formou em seu rosto. — Toronto, Canadá.
— King? — assenti. — A escola modelo? — assenti novamente. — Ótima escola. — sorriu maliciosa. — À escolheu por algum motivo particular?
— Para poder namorar com a minha namorada em paz, sem ser olhada de forma estranha. — falei, como se fosse totalmente normal se abrir assim para uma desconhecida que quase te atropelou com um jipe.
— Namorada? — focalizou o olhar sobre meus peitos e subiu novamente para o meu rosto quando eu respondi que "sim".
[...]
Senti minha pele arder por onde as unhas de Anna passaram. Sentir dor nunca foi tão bom. Ela posicionou suas mãos sobre a minha bunda, já descoberta e incitou-me a quicar mais sobre o seu colo e sobre seu vibrador.
Eu gemia e a caverna em que ela havia nos metido ecoava. Sim, estou em uma caverna transando com uma desconhecida. Viemos para cá logo depois do sorvete e da nossa conversa sobre "namorada".
Impulsionei sua cabeça para cima, permitindo a mim beijá-la enquanto a mesma beliscava meus mamilos, o que me dava algum tipo de dor e também um estranho tipo de prazer. Sentia o vibrador — ENORME! — arrombar tudo que ainda havia para ser arrombado dentro de mim. Enquanto eu quicava, ela mesma se movimentava, proporcionando mais prazer ainda à mim.
— Vamos lá, Phoebe... — murmurou ela, entre gemidos e com a voz falha. — Pode soltar.
Permiti-me gozar e me sentei ao seu lado, vendo ela posicionar sua mão sobre a minha coxa enquanto se enroscava em mim, beijando-me do busto até os lábios. Com a outra mão, brincava com o meu clitóris.
— Sua vez. — murmurei, sorridente e ela correspondeu. Peguei o vibrador que estava largado no chão e o prendi à mim, vendo ela observar tudo com um sorriso malicioso entre os lábios.
— Pode vir. — ela sorriu largamente se posicionando sobre mim e começando com leves quicadas que aumentaram rapidamente, fazendo com que eu mesma mexesse meu corpo, somente pelo embalo do dela que parecia sedenta por aquilo. Parecia ser o que ela mais queria no momento.
— Oh, Anna.... — gemi.
— Calada. — disse, beijando meus ombros e arranhando minhas costas. — Apenas foda comigo.
[...]
Senti a mão de Anna apertar fortemente a minha coxa. Aquilo com toda certeza deixaria um roxo, o que me faria lembrar dos toques dela o que seria maravilhoso.
— É aqui? — perguntou, se referindo ao hotel que ficava logo ao lado de onde ela havia estacionado seu jipe azul, sujo de areia.
— Sim. — sorri, me virando para a mesma que prendeu suas mãos no volante, tentando não olhar para mim. — Me dá seu número?
Ela parecia esperar por isso e pediu pelo meu celular, à entreguei e ela anotou. Anotei no dela também. Ficamos por alguns segundos nos observando, até ela tomar atitude e vir me beijar.
Tocou lentamente minha nuca com suas unhas, o que me fez sentir leves arrepios. Impulsionou meu rosto para a frente o que facilitou o encontro de nossas bocas. O beijo começou tranquilo e como um simples ato de quem havia acabado de transar loucamente em uma caverna. Depois, foi esquentando e quando ela já ia arrancar minha blusa fora — o que eu permitiria, totalmente — eu me afastei, vendo-a sorrir culpada.
— Até mais, Anna. — sorri, abrindo a porta do jipe e saindo.
— Até mais, Phoe. — ligou o carro e saiu. Eu me virei e segui em direção ao hotel que já tinha as luzes ligadas — afinal já é de noite.
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