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História Give your heart a break - After the shock - História escrita por amrina - Spirit Fanfics e Histórias
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História Give your heart a break - After the shock


Escrita por: amrina

Notas do Autor


O capítulo de hoje é cheio de reviravoltas. Nem vocês vão acreditar em que caminho isso vai seguir. É louco e eu adorei.
Vamos lá, espero que curtam.

Capítulo 43 - After the shock


Fanfic / Fanfiction Give your heart a break - After the shock

— Água! NÓS PRECISAMOS DE ÁGUA!  — Kayla gritou, me empurrando com as duas mãos em direção à cozinha. Abby vinha logo atrás. Tudo começava a ficar embaçado pra mim, mas eu sabia que todos os meus familiares deveriam estar me encarando assustados. Principalmente a minha mãe.  — E CADÊ A BOMBINHA DELA?  — fui jogada contra uma cadeira e senti duas mãos sobre os meus ombros, abri os olhos apenas o suficiente para ver Tom me encarando horrorizado. Minha mãe parecia correr de um lado pro outro, junto de Bethany e meu pai.

— Eu nem mesmo sabia que ela tinha asma!  — minha avó gritou, parecendo mais assustada do que todos. Sua voz saía esganiçada e quase falha.  — Pelo amor de deus! 

— É emocional. Asma emocional... ahn... quando ela...  — Bethany explicava, mas parecia perdida nas próprias palavras. Eu ouvia o barulho das coisas sendo remexidas. Algo parecia queimar dentro de mim e eu só conseguia buscar por mais ar, não conseguindo alcançá-lo.  — eu não sei aonde tá a maldita bombinha!  — ela se aproximou de mim, em dois passos no máximo e parou na minha frente.  — Phoebe, amor, aonde está a sua bombinha? Me diz, por favor!  — se eu conseguisse enxergar melhor diria que seus olhos estavam molhados.

— ACHEI!  — meu pai gritou, enfiando o aparelho em uma das minhas mãos. Kayla me auxiliou à colocá-lo na boca e logo tudo pareceu melhorar um pouco. Minha visão voltou ao normal e eu podia ver Tomas com os olhos esbugalhados ao meu lado, apreensivo e todos os outros sentados na mesa pareciam ter visto alguém morrer e voltar à vida.  — Pelo amor de deus, Phoebe! O que aconteceu?  — meu pai colocou a mão sobre o peito, tentando acalmar-se, tendo um pouco de sucesso. 

Minha mãe surgiu da porta que vinha do quintal e eu me perguntei o que diabos ela estava fazendo lá fora? Eu não era tão desastrada à ponto de deixar minhas coisas jogadas lá fora. Ainda mais a bombinha que eu não usava à anos! Como eu a deixaria do lado de fora e como ela estaria lá depois de tanto tempo? Nós até mesmo reformamos o quintal. Kayla massageava meus ombros e Abby me encarava ansiosa, querendo que eu falasse alguma coisa.

Eu não havia dito nada desde que elas me contaram. Tudo simplesmente ficou escuro por um minuto e logo o ar começou a faltar. As duas, mais pálidas do que água, me arrastaram até aqui. Justin vai ser pai. O meu ex-namorado vai ser pai. Justin Bieber, meu ex-namorado, vai ser pai. E A MÃE SERÁ DIANNA! 

Podia ser eu. Era a única frase que circulava pela minha cabeça. Eu poderia estar grávida, tendo um filho do Justin. Eu poderia estar junto dele. Seria bem melhor para ele e para a criança se a mãe fosse eu e não Dianna! Dianna, pelo amor de deus. Um aperto surgiu no meu coração. Quando tudo ficou tão confuso?

— Pode dizer algo, Phoebe? Kayla? Abigail?  — minha mãe exclamou, parecendo mais calma. Sua voz ainda carregava uma certa espécie de preocupação, mas estava melhor do que antes.  — Meninas, digam algo!  — gritou.

— Justin vai ser pai.  — a voz de Bethany invadiu a conversa e todos se viraram para ela. A família que ainda estava sentada na mesa tinha uma expressão de curiosidade.  — É isso?  — minha irmã tinha o telefone em mãos e parecia surpresa, mas não tão chocada quanto eu. Kayla murmurou um sim e meu pai pareceu quase desmaiar, de alívio, acho.

— Eu sempre soube que esse garoto não era boa companhia.  — ele resmungou, se levantando e colocando-se ao lado da minha mãe, que parecia mais branca que papel.  — Eu não disse, Kim? Não disse que nossa filha havia se livrado de uma baita encrenca? E se fosse ela, grávida agora? Hm? O que faríamos?  — ele parecia ao mesmo tempo aliviado e ao mesmo tempo nervoso. Eu nunca entenderia Richard McQueen.

— Richard, por favor. Não vê que Phoebe está abalada? Não é momento para falar sobre isso.  — mamãe se aproximou, me levantando pelo braço.  — Vamos subir, meu amor. Eu te levo a janta depois. Venha, venha...  — falava como se eu fosse um bebê recém saído do ventre.  — Meninas, podem ir agora. Eu e Bethany cuidaremos dela. Seus pais devem estar preocupados.

Não me despedi das duas, mas as ouvi dizendo tchau para todo mundo. Amanhã, com toda certeza, nos falaríamos. Além da minha mãe e de Any, Tom vinha comigo. Ele não parecia disposto a me deixar. 
 

Quando acordei, já havia sol lá fora. Tomas dormia serenamente ao meu lado, sem fazer nenhum barulho. Só sabia que ainda estava vivo pelo movimento do seu peito, subindo e descendo. Tateei o criado-mudo atrás do meu celular e o achei, vendo que haviam mensagens tanto de Kay e Abby quanto de Ryan, Chaz e Chris. Eles todos pareciam preocupados comigo. E Ryan também me chamava para uma festa na sexta. 

Chequei que eram dez horas e me senti culpada por não ter ido na aula. Mas acho que todos com toda certeza não esperavam me ver lá. Iriam debochar, dizendo que eu havia me livrado de um grande problema assim como meu pai disse. Meu pai. Eu nunca soube que ele não gostava de Justin. Mas ele também nunca falou com Justin  — ou viu Justin, eu acho. 

Na verdade, acho que ninguém, além de Bethany e Tom viram Justin. Minha família nunca conheceu meu namorado. O que pensariam sobre ele? Sou boba. Sou burra! Estúpida! 

Tomas se remexeu, abrindo os olhos devagar. Quando me viu sentada, abriu um pequeno sorriso torto, sentando-se assim como eu. Ele não usava camiseta o que deixava seu abdômen definido todo á mostra. O que não era de jeito nenhum ruim, mas também não me animava. Pelo menos, não hoje. 

— Bom dia.  — murmurei, sentindo minha voz sair um pouco ríspida demais. Ele passou as mãos pelas minhas costas, fazendo uma espécie de carinho. Se não fôssemos quem somos, pareceríamos marido e mulher acordando juntos.  — Bom dia.  — ele respondeu.  — Como você está?  — continuou.

— Bem. Na medida do possível.  — bufei, sentindo tudo dentro de mim se remexer em confusão. Minha cabeça dava nós e nós. Como eu deveria me sentir em relação à isso? Será que eu devo mesmo ficar tão afetada?  — Eu não deveria me importar tanto com isso. Eu não estou grávida e eu não estou namorando com o Justin. Eu sou só a ex...

— A ex que se importa. O que mostra que gosta dele o bastante para se preocupar. Ele é um idiota, mas não duvido que vocês dois tenham passado por muito juntos.  — encarei Tom, vendo uma outra metade dele. Mais calmo, tranquilo, parecendo tão profundo. Nunca havia visto meu primo como uma fonte de conselhos seguros e aceitáveis daqueles que você quer seguir.  — Deveria falar com ele. Perguntar como ele está. Acho que seria importante para você. Diminuiria o peso das suas costas. 

Soltei um sorriso tímido. Ele dizendo algo assim.  — É exatamente o que eu vou fazer.  — ele então sorriu para mim e me deu um beijo na bochecha antes de se levantar. Não quis dar atenção para isso, então apenas peguei o celular e enviei uma mensagem.

 

Quer conversar? 

 

Ele respondeu mais rápido do que eu esperava. Havíamos marcado de nos encontrar no parque mais distante possível tanto da minha casa quanto da dele e do colégio. Não queríamos encontrar nenhum conhecido que fosse começar a dizer merda sobre nós dois juntos ainda mais depois dessa notícia. Fora de casa estava frio o suficiente para me fazer colocar minhas uggs e meias até as canelas. Graças à deus ele não perceberia. Eu pareceria infantil? 

Me despedi de Tom e segui para fora de casa, passando longe de qualquer outro familiar. Tomas explicaria meu sumiço  — mentindo claro. Apenas Bethany sabia o que eu estava indo fazer. Que merda eu estava indo fazer. 

Chegar ao Waterfront foi fácil. Eu não costumava vir muito para esse lado da cidade, mas eu continuava a conhecendo na palma da minha mão. O parque não poderia estar mais vazio. Haviam apenas alguns cachorros e seus donos correndo de um lado para o outro tentando espantar o frio. E nuvens anunciando chuva para mais tarde  — tomara que caia depois, quando eu estiver em casa. 

Avistei o carro dele estacionado cinco carros depois do meu. Era impossível não reconhecer aquele vermelho quase cegante. Sai do meu me forrando com confiança e tentando me impedir de chorar em qualquer momento. Não quero me demonstrar fraca. Eu sou forte. 

Passei os olhos sobre o lugar e, parecendo de certo modo atraída à ele, o encontrei. Usava um moletom cinza, calças de moletom pretas e um tênis branco. Como sempre tinha um boné cobrindo os fios loiros tão bonitos e macios. Parecia encolhido de tanto frio, mas talvez estivesse apenas nervoso. Assim como eu. 

Travei no começo, mas depois de cinco passos parei de idiotice. Eu chegaria lá não importava a velocidade. Decidi andar normalmente, chamando sua atenção. Quando me viu, não expressou nenhuma reação. Parecia indiferente. Ok. Posso ser indiferente também. Enfiei minhas mãos nos bolsos do casaco e me aproximei dele, escorando-me no murinho em que ele estava e sentindo minha bunda gelar. Nenhuma palavra foi dita por pelo menos dois minutos. 

— É bom ver você.  — ele disse, quebrando o gelo e virando para me olhar. Seu olho continuava roxo e suas bochechas estavam coradas. Não duvido de que as minhas estejam também. 

— Já nos vimos várias vezes desde que... você sabe.  — dizer ainda doía um pouco e o frio era uma ótima desculpa para encurtar minhas frases. 

— Em nenhuma delas eu estava sóbrio.  — uma agonia subiu pela minha garganta, sentindo medo pelo que ele fazia com a sua vida.  — E aí, já soube das novidades?  — levantei o olhar, encarando-o fixamente, olho no olho. Nunca vi seu olhar tão sem brilho quanto agora. Mordi a boca, sem dizer nada.  — Pode falar o que você quer, Phoebe. Não vou julgá-la se você não me julgar. O que é, meio impossível. 

Ele exalava um cheiro bom, mas diferente. Deveria ter mudado o perfume. Dianna deve ter escolhido o novo. 

— Como você está com tudo isso?  — a pergunta saiu antes que eu pudesse pensar direito sobre ela. Não sabia se ele não estava feliz. Justin é insano. 

— Tranquilo. Não é como se meus pais fossem me deserdar ou coisa assim.  — resmungou, cheio de ironia na voz. Havia até mesmo me esquecido da recente morte do seu pai. Tanta coisa já aconteceu com ele. Como pode ser tão azarado?  — Mas também não é como se fossem me ajudar. Tia Ava dará apoio, mas é claro, eu terei que trabalhar. O que não é legal não. 

— Dianna trabalhará também?  — enxerida, pensei. 

— Só depois de um ano. Ela quer ficar perto dela.

— Dela? Já sabem o sexo?  — ele sussurrou um sim.  — Então, não é recente?  — virou o rosto, olhando para o nada, evitando me encarar de todo modo. 

— Não. Já tem uns quatro meses. Ela só não havia se ligado ainda... Nem eu.

Ele me traiu. O safado me traiu. O filho da puta me traiu. 

— Não fique me xingando ai dentro dessa sua cabecinha, ok? Eu nem mesmo lembro como isso pode ter acontecido. Não lembro de ficar com ela enquanto eu e você estávamos juntos. 

— Sabe se esse filho é mesmo seu, Justin?  — indaguei. Ele me olhou parecendo assustado.  — Nem mesmo pensou nessa possibilidade? 

— Mesmo se não for meu, eu vou assumir. Não é como se os outros namorados de Dianna fossem melhores do que eu. E eu preciso de uma razão pra viver ainda, você não acha?  — respirei fundo, sentindo borboletas voarem dentro de mim. Borboletas de agonia, de medo. De dor.  — E não precisa me perguntar se eu vou parar com o álcool e tudo isso, porque eu vou, pelo menos diminuir. Chega de viver que nem um alucinado. Daniella precisa de mim.

— Esse vai ser o nome? Daniella?  — a vontade de chorar voltou com mais força ainda. ELES TEM UM NOME! E eu sou só a enxerida. Ele confirmou, balançando a cabeça.  — É bonito. Você que escolheu?  — perguntei, querendo cessar nada mais do que uma dúvida boba se esse poderia ter sido um dia, o nome da nossa filha. 

— Não. Ela. Eu não tenho um voto muito ativo nessa relação... mas eu gosto de Daniella. Karen também gosta. 

— E como estão os dois? Johnny e Karen? Sinto saudades dos dois.

— Eles também sentem sua falta. Mas agora que... estamos, meio de bem, você pode ir lá, visitar. Podemos ser amigos, PH.

— Nunca me chamou de PH.

Um cachorro passou latindo, impedindo-o de responder.

— Sempre gostei do apelido. E do seu nome também. Votaria para esse nome se Dianna tivesse sugerido. 

Como ele pode ser assim? Tão desgraçado e depois tão... Justin? Ele é fofo, ele é complicado, ele é tudo que há de bagunçado nesse mundo. E tudo dentro de mim, de certa maneira, reage a ele loucamente. Meu corpo inteiro parece ser dele. Minha vida parece de certo modo estar conectada à dele. 

— Obrigada, eu acho.  — minhas bochechas coraram e ele pareceu perceber, olhando para elas.  — Vai na festa do Ryan, sexta?

— É claro. Eu e ele ainda somos melhores amigos, você sabe.  — pela primeira vez rimos juntos e isso pareceu tão estranho quanto estar aqui fora conversando com ele.  — Você vai? 

— Acho que sim. Kayla provavelmente vai me arrastar até lá. 

— Ela já falou em me perdoar?  — ele perguntou, desencostando-se do muro e ficando parado na minha frente.  — Brigamos feio na última vez em que nos vimos. Foi bastante perturbador.

— Duvido que ela vá ser que nem eu. Querendo conversar com você que nem eu estou fazendo. Mas um dia ela com toda certeza se renderá ao seu charme de novo.  — brinquei, fazendo-o sorrir.  — Podemos andar de novo juntos. Voltar a ser a grande turma unida pra sempre. Sinto falta disso. Éramos grandes amigos, Justin, antes de tudo isso. Eu amava isso.  — deixei sair tudo que eu havia reprimido, salvando meu coração de explodir de angústia. 

— É claro que podemos. Além de tudo, somos amigos, PH. E eu gosto muito de você. 

— Eu também gosto muito de você, Justin. 

A conversa acabou por ali e nós nos despedimos. Marcamos de reunir a turma no dia seguinte, explicando tudo para eles. E então ele se foi, me deixando ali. Primeira conversa sensata que temos depois de muito tempo.

Espero que possamos ter mais. 
 


Notas Finais


Legal, hm? Phoebe e Justin sociáveis de novo — sociáveis, não amigos íntimos. A turma vai se reunir e tudo mais e acho que tudo pode — quase — voltar ao normal. Menos a parte do nascimento da Daniella, que é uma adorável acrescimento à história.
Comentem, me dizendo o que acharam e nós nos vemos capítulo que vem.
Beijos.


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