História GN - Querendo Te Encontrar - Culpa

Giovanna saiu da piscina e foi para o vestiário. Caminhou até o seu armário e pegou suas roupas, um short jeans preto com a barra desfiada e um body da mesma cor. Entrou em um dos chuveiros e tomou um banho para tirar o cloro da piscina de seu corpo.

A aproximação de Alexandre querendo saber o que havia acontecido, tinha sido demais para Giovanna. Ela sentia que ele era uma ameaça a sua armadura. Tinha medo de se magoar novamente.

Saiu do vestiário e rumou o quarto 449, que era de Amora e Chris. Chegando lá, bateu na porta.

- ENTRA! gritou Amora do quarto. Giovanna entrou e depois trancou a porta. - Até que enfim hein, deusa! Poxa tu demorou, tava falando com quem? Com o Zayn Malik?

- Desculpa, amiga, é que a conversa com a minha mãe demorou mais do que eu esperava! E ainda teve o mala do Nero...-disse revirando os olhos e Amora a interrompeu.

- OI? Você disse Nero? O que você e o Nero estavam fazendo na piscina sozinhos!

- Ué, Amora, o que a gente faz na piscina, né? Nadando! Ele foi um curioso que foi lá ouvir minha conversa com a minha mãe!

- Só isso mesmo? perguntou desconfiada.

- Claro que foi, eu nem tenho cabeça pra isso hoje! disse cabisbaixa se sentando na cama ao lado de Amora.

- Ihh deusa...o que foi que houve que você tá assim?

- Ah, nada!

- Giovanna...-repreendeu. Giovanna respirou fundo e respondeu:

- Pelo meu pai! Hoje ele...faria cinquenta anos!

- Como assim faria? Ele...-Amora não completa a frase. Já havia entendido do que se tratava.

- Foi tudo culpa minha! disse já chorando.

- Não, deusa, não chora! disse abraçando a amiga.

- Foi tudo culpa minha...se eu não tivesse tido aquela ideia estúpida...

- Calma, olha me conta como foi!

Giovanna respirou fundo mais uma vez e começou:

- Foi a seis meses atrás...ele havia conseguido fechar um negócio muito importante lá na empresa! -sorriu amargamente. - Ai eu...dei a ideia dá gente subir a serra e ir pra nossa casa em Petrópolis! Ele adorou, claro! Ele sempre me tratou feito uma princesa, já que eu era sua única filha! Ai no dia seguinte, partimos de carro num dia chuvoso, minha mãe ainda disse para não irmos mas ele insistiu, quis ir assim mesmo, e então fomos! O caminho tava tranquilo! Até chegarmos em uma descida, a chuva parecia ainda mais forte e foi ai que...foi ai que ele perdeu o controle do carro e capotamos! 

A história estava comovendo Amora que chorava junto com a amiga.

- Foi culpa minha, Amora! Foi culpa de uma ideia estúpida minha que ele morreu! dizia em um tom de voz alterado.

- Não, Giovanna, não foi! Foi um acidente! Não foi culpa sua!

Amora abraçou a amiga fortemente e ela chorou ainda mais a ponto de soluçar. Aquela história atormentava demais sua vida, seus pensamentos, seu coração. Ela achava, realmente, que a culpa era sua e seria assim pelo resto de sua vida.