- Meu amor? pergunta Giovanna com as mãos na cintura. - Tu tá de brincadeira, né?
- Pietro, meu filho, você pode nos deixar a sós e ir pro seu quarto? Já já o papai pede pro tio Kleber subir com um presente que comprei pra você! disse sorridente para o garoto.
- Presente? Que irado, pai! Eu vou pro meu quarto sim mas não demora muito, tô muito ansioso agora! disse indo para o quarto todo animado. Quando a porta se fechou, eles começaram:
- Achou mesmo que eu não iria vir visita-la?
- Eu já esperava por isso! Você sempre manda seu capacho de quinta me investigar igual a um cão e descobre onde eu moro, agora isso é ridículo pois eu daria meu endereço pra você sem nenhum problema!
- Prefiro fazer surpresa! disse se sentando no sofá. - Afinal, você se lembra como era quando nós eramos casados, né?
- Sim, sempre me surpreendendo: nos primeiros meses de casamento eram flores ai depois passaram a ser super faturamento em obras públicas!
- Ow, nada foi provado até hoje! disse se gabando.
- Como você é sem escrúpulos, Rafael!
- E você, Gio?
- Como assim?
- Acha que eu não li os sites de fofoca? Aquele tal de Alexandre Nero saindo sorrateiramente do seu prédio logo de manhã? -ele se levanta e caminha até Giovanna. - Ah Giovanna, um homem casado enquanto tem um livre aqui te querendo! disse acariciando o rosto da loira. Ela foge do carinho dizendo:
- A minha vida particular não é da sua conta!
- Claro que é, afinal de contas o meu filho mora aqui! O que o juiz pensaria se soubesse que você anda se esfregando com um homem casado onde mora um de menor?
Giovanna já estava com os olhos marejados pelas ofensas de Rafael.
- Para! pediu com a voz de choro.
- Ah Gio, finalmente, você está aqui...-estendeu a mão e passou o dedo indicador em cima. - Na palma da minha mão!
- Fabiula, trouxe uma canja pra você comer! disse Alexandre entrando no quarto com o prato fundo com a canja cheirosa.
- Foi a Rita que fez, né?
- Sim, perai você está por acaso dizendo que eu não cozinho bem, dona Fabiula? disse fazendo-a mesma rir.
- Não, Nero, é que eu sei que eu tô preocupando todos vocês aqui com essa doença e até os empregados estão sensibilizados!
- Todo mundo gosta de você aqui, Fabiula!
- Menos quem eu queria que gostasse...-deixa no ar a frase.
- Fabiula, eu gosto de você só que não é mais a mesma coisa que sentíamos antes das crianças nascerem!
- Você ainda gosta dela, né?
- Dela quem?
- Da Giovanna! jogou uma foto dos dois jovens na cama ao lado de Alexandre. O mesmo coça a cabeça e respira fundo antes de responder.
- Fabiula, essa minha história é complicada!
- Tão complicada que você tinha que me por como corna pro Brasil inteiro, né? Sim, eu vi a notinha do Teo Pereira! Como você pode fazer isso comigo, Nero?
- O que você pretende fazer? pergunta Giovanna.
- Nada...ainda, mas logo logo você saberá meu preço, meu amor! Rafael pega o telefone e disca o número de Kleber. - Kleber, pode subir com o presente de Pietro! -tira o telefone de perto do ouvido. - Olívia, querida, libere a entrada de meu motorista, por favor!
- Pode deixar, seu Rafael!
- A Olívia autorizará sua entrada, Kleber! disse e desligou a chamada.
- Você é um monstro! disse Giovanna já chorando.
- Nã, eu não sou um monstro, sou alguém querendo sua família de volta, aquela que você destruiu, Giovanna! O que tem de mal um homem de família, honesto querer isso?
Giovanna ri para não chorar.
- Eu nunca vou voltar pra você e sabe porque? Porque eu tenho nojo de você, eu sinto vontade de vomitar quando chego perto de você, Rafael e eu amaldiçoou o dia em que eu gostei de você! Eu amo o Alexandre e assim que sair o divórcio dele, meu querido, eu vou ser dele! disse com poucos centímetros de distância entre os rostos.
- Veremos! se aproximou mais e tentou roubar um beijo de Giovanna.
Kleber chegou e deu o pacote nas mãos de Rafael. O político foi para o quarto de Pietro e passou a tarde lá. Giovanna foi para o seu quarto chorar, chorar até cansar. Infelizmente estava mesmo nas mãos de seu ex marido.
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