- Bom dia, Fabiula! disse Alexandre ao entrar na cozinha e ver Fabiula fazendo seu próprio café da manhã. Fabiula havia se recuperado do câncer e estava bem, finalmente. O seu transplante infelizmente veio de forma trágica: um rapaz que morreu e a família estava de acordo em doar seus orgãos e tudo mais o que pudesse para poder salvar a vida de outras pessoas. O rapaz sempre tinha deixado claro que essa era a sua última vontade e foi atendido.
- Bom dia, Nero!
- Fabiula, hoje você sabe o que tem, não sabe?
- Não, o que? se fez de desentendida.
Alexandre respira fundo e responde:
- Hoje chega os papéis do divórcio, Fabiula, eu assinarei primeiro e você depois, tá bem assim?
- Nero, acho que não vai dar não, sabe? Acho que meu pulso abriu, ai já viu, né?
- Fabiula, para de mentir, você adiar isso, não vai me fazer mudar de ideia!
- Nero, eu ainda tenho esperanças de que você vai mudar de ideia! -vai se aproximando de Alexandre. - Eu ainda acho que nos amamos, que merecemos mais uma chance! tenta beija-lo mas ele se esquiva.
- Por favor, Fabiula! Espero que você assine esses papéis porque querendo ou não, acabou! Agora vou para o trabalho, tenha um bom dia!
E sai, sem nem tomar café. Vai até a garagem e resolve ir dirigindo hoje para a empresa para poder distrair-se um pouco.
Chega rápido já que o trânsito estava calmo naquela manhã nublada no Rio de Janeiro. Entra na empresa com cara de poucos amigos. Em todos esses meses, Alexandre não esboçava nenhum sorriso a ninguém, não era mais como quando estava com Giovanna e sorria até para as plantas do corredor. Alexandre se tornara um homem fechado mais uma vez.
- Seu Alexandre, tem um rapaz a sua espera na sua sala, ele disse que precisava conversar com o senhor e eu o deixei esperando na sua sala, fiz mal? disse a secretária assim que viu Alexandre.
- Não fez não, depois você chama o Otaviano, tá? Precisamos marcar uma reunião com os acionistas.
- Pode deixar!
Alexandre entra em sua sala.
- Oi, o que você...-para de falar quando vê Rafael virando, sentado em sua cadeira de presidente.
- Olá, Alexandre! diz.
- Rafael? O que você faz aqui, seu fela da puta? Ainda mais na minha cadeira? disse enfurecido.
- Calma, eu só vim conversar! levanta-se, ajeita seu terno e vai sentar-se na cadeira de visitante. - Me desculpe mas é que eu tenho um fraco por grandes e importantes cargos, não é atoa que quero ser o governador do Rio, aliás, já sabe em quem votar?
- Sínico! O que você quer aqui, hein? -senta-se em sua cadeira. - Veio jogar na minha cara que você está com a Giovanna? É isso? Pois quer saber de uma coisa?
- O que?
- Eu tô pouco me fudendo pra vocês dois, tá bom? Você ganhou a Giovanna, parabéns, ela é...-Rafael o interrompe.
- A Giovanna está grávida!
- Ela tá...ela tá grávida?
- Uhum!
- E porque isso é do meu interesse? diz transtornado, achando que tinha perdido a Giovanna de vez.
- Porque esse filho é seu, Nero!
- Esse filho é meu?
- É, eu e a Giovanna não temos nada, absolutamente nada! Claro, eu fiz uma chantagem barata com ela mas me arrependi e por isso estou aqui te comunicando algo que ela não disse a ninguém por medo de mim...ela está de três meses mas eu não sei o sexo do bebê, só ela sabe!
- Eu não acredito...
- Mas acredite, você vai ser pai! Mas, Nero eu só quero te pedir uma coisa que a Giovanna já aceitou, só procura ela depois das eleições, por favor, Nero! Ganhar essas eleições é o meu maior sonho e elas já são nesse mês, espera um pouco antes de procura-la, por favor!
- Eu não sei, Rafael...
- Nero, eu te imploro, por favor! insisti.
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