História Go! Go! NGK - Sempre e para sempre capitulo 7: Hinata

- Isso me parece estranho - minha mãe disse enquanto eu me arrumava para sair.

- O que tem de estranho? - perguntei.

- Antes você não queria ver esse garoto nem pintado de ouro, por que vai sair com ele?

- Por que vamos trabalhar juntos temos que nos dar bem - falei.

- Eu sei, mas eu sinto que tem algo mais por trás disso.

Ela era muito inteligente.

 Eu havia pensado muito para decidir como eu me vingaria do loiro e ele me deu a chance de mãos beijadas.

- Não se preocupe, nem o papai se importa que eu saia com ele.

- Seu pai adoraria te ver casada com ele.

Eu bufei se sete anos atrás eu tivesse sugerido algo do tipo ele me deserdaria com toda a certeza.

- Eu casada com Naruto por Deus - fiz pouco caso.

- Hinata - Hanabi bateu na porta e entrou - seu Namo...amigo chegou.

- Eu já estou indo.

Minha mãe suspirou atrás de mim.

 Isso por que ela nem imaginava o que eu faria essa noite.

 Me olhei no espelho meu vestido era rosa bem comportado eu usava sapatilhas em vês de saltos. Deixei o cabelo como estava.

 Desci as escadas lentamente e ouvi uma discussão entre Hanabi e Naruto.

- Eu juro que vou te bater de novo - ela prometeu, ele riu.

- Sossegue pirralha.

- O que está acontecendo aí - perguntei.

Quando entrei na sala vi que Hanabi o encarava com um bico e ele com um sorriso convencido, que ficou bobo quando me viu.

 Eu sorri satisfeita, mas não pude deixar de reparar que ele estava muito bem, camisa branca de mangas compridas que ele havia arregaçado até o cotovelos e calça e sapatos escuros.

 Sem querer me lembrei do beijo.

 Porque ele não era apenas bonito, também tinha pegada.

- Você parece uma boneca - ele disse para mim ignorando Hanabi totalmente.

- Obrigada - sorri - vamos?

- Vamos.

O restaurante em que ele me levou, não era nem o mais caro nem o mais chique de Tokyo o que me confusa.

 Por que ele me traria para um lugar tão simples se na teoria ele queria me impressionar.

- Oi Naruto como vai! - o garçom perguntou animadamente enquanto Naruto apertava sua mão.

 - Muito bem. Olhe quero que conheça Hinata Hyuga.

- É sua namorada? - ele perguntou.

- Não, não - ele se apressou em dizer - talvez um dia, mas agora não.

Ele brincou.

Respirei fundo.

 Pensando bem aquele lugar era a cara dele, bem popular onde as pessoas pediam o prato no grito.

 Era bem simpático, Naruto sempre foi humilde de mais para um garoto rico.

- Ouvi muitas história de como você desafiou meu pai quando entrou para empresa. Eu queria saber qual a sua versão dos fatos - pedi.

- Foi em um dia frio, bem diferente deste dia por que era inverno. Me disseram que eu deveria entregar um relatório até o final da tarde quando eu não havia feito nem metade por que seu pai acabou precisando dele com antecedência. Eu encarei aquilo como desafio e fiz de tudo para terminar, mas quando já estava no limite do tempo e percebi que era impossível terminar me lembrei de você.

- De mim? - perguntei incrédula.

- Em tudo que você já havia tido que suportar por causa das loucuras do seu pai. Um dia você me disse que eu falava bem, então eu resolvi desafiar o velho e graças a isso eu descobri qual era o caminho que eu deveria seguir - ele sorriu para mim - não acha curioso que tenhamos pendido para o mesmo lado mesmo separados.

- Isso foi um acaso - fiz pouco caso.

- Ou destino.

- Aqui está a sobremesa - o garçom voltou.

 Eu arregalei os olhos quando vi o prato.

- Bolinhos de feijão doce, são os seus preferidos não é?

Eu não respondi, ele se lembrava... Não, eu não podia deixa-lo jogar melhor do que eu.

- Isso foi muito fofo da sua parte - simulei para ele.

- Eu sabia que iria gostar.

Eu o adulei um pouco com a história do doce para deixa-lo mais confiante.

- Você ainda come ramem na barraca do Teuchi - perguntei enquanto saíamos do restaurante.

- Eu praticamente moro lá desde que sai de casa, eu sou um desastre na cozinha e não posso chegar na casa da minha mãe pedindo comida.

Eu ri, tinha que imaginar um marmanjo desse na casa da mãe implorando por um prato de comida.

- Por que não vamos beber em algum lugar - sugeri.

- Hum, se você quiser, mas já vou avisando que eu não bebo.

- Não bebe? - perguntei surpresa.

- Tive uma péssima experiência a muito tempo atrás, prometi a mim mesmo que nunca mais beberia.

Isso parecia estranho, mas tudo bem seguindo com o plano.

Quando íamos descendo a calçada fingi ter caído.

- Ah meu pé - gemi.

- Hinata - você está bem? - ele me perguntou parecendo realmente preocupado.

- Acho que torci meu tornozelo.

Ele me tirou do chão me pegando no colo.

- Vou te levar para um hospital agora mesmo - ele disse.

- Não, precisa de tanto - falei passando os braço pelo pescoço dele.

 Quantas vezes eu não havia sonhado estar ali tão perto, e agora...

- Se você não quer hospital, vou te levar para Yuki ela é medica.

- Não quero medico - falei olhando nos olhos dele - queria saber por que você sempre me tratou como uma zero a esquerda, para você eu sempre fui invisível.

- Não é verdade, você era minha melhor amiga e eu te adorava.

- Se me adorava por que me disse aquelas coisas? Não pensou mesmo que me machucaria?

 Ele respirou fundo.

 Me segurei para não sorrir eu iria atormenta-lo, ele merecia isso.

 Naruto não era capaz de responder essa pergunta a verdade é que nunca foi e por isso eu não podia perdoa-lo.

- Ainda naquela época, Umi-sama me fez uma pergunta que me obrigou a pensar - ele disse após um longo silêncio.

O que ele estava aprontando agora? Ele começou a caminhar na direção do carro.

- Ela me perguntou, se alguma vez eu havia amado alguém de verdade.

- E você falou da Sakura - apontei.

- Não - ele fez uma careta - Gostar da Sakura, foi uma coisa boba de criança, você via eu ficava com uma e outra sempre que surgia a oportunidade.

Dessa vez quem fez a careta foi eu, as lembranças não eram as mais agradáveis.

- Sua mãe me disse que eu havia feito isso com você porque eu não entendia nada sobre o amor e ela tinha razão, eu nunca vou esquecer daquele dia, foi quando eu decidi que faria de tudo para que quando nos encontrássemos você visse o melhor de mim - ele me colocou devagar no chão encostada no carro - Acredite em mim, eu mudei por você.

Estreitei os olhos, não conseguia acreditar em nada.

- Por que? - perguntei.

- Porque você viu mais em mim do qualquer um do eu mesmo, e você não merecia o que eu fiz.

- Bom eu já disse que isso não importa mais - menti se não importasse eu não o estaria atormentando.

- Eu não acredito em você - ele disse olhando em meus olhos.

-  Ah não, então prove que eu estou mentindo - desafiei.

Ele me prensou contra o carro, me fazendo arregalar os olhos.

- Foi você quem pediu - ele disse com a testa colada na minha e me beijou.

 Não foi um beijinho medíocre era um verdadeiro amasso. Meu coração quase parou.

Eu o empurrei ofegante.

- Você não tem esse direito - falei.

- Eu sei que não - ele admitiu - mas quer saber de uma coisa - ele se aproximou de novo falando bem perto do meu ouvido - Não ligo mais.

- Não liga mais - falei passando os braços ao redor da sua cintura - mas eu ligo.

Tirei a chave do carro do bolso dele e fui abrir a porta.

- Seu pé melhorou rápido não é - ele disse.

 Eu não disse nada apenas entrei.

O que ele estava planejando? Agora pelo menos eu sabia que não estava lidando com o mesmo Naruto de tempos atrás esse era bem mais esperto, eu teria que ser bem mais que ele.