"Na cidade de Ravenville, existe uma mansão conhecida como Creepy Mansion. É uma mansão que todo ano dá uma festa exclusiva de Halloween, com convidados muito estranhos."
"Existem boatos de que esses convidados são demônios. Outros que são mestres do crime. Eu quero desvendar a verdade."
"Se eu morrer, essa fita é minha garantia do que tem nessa mansão e que se deve investigar melhor."
O jovem terminou de gravar, pôs o gravador numa sacola plástica, a fechou com força e em seguida a escondeu num arbusto. Ele coçou a cabeça com curtos e arrepiados cabelos negros e olhou pra cima, ajeitando o óculos. A mansão preta de madeira estava no topo de uma colina.
Jack conhecia os riscos de ir até o local. Estava escurecendo e ele mentira pra seus pais, dizendo que ia pra uma festa com os amigos. Mas ele não tinha amigos.
O jovem chegou até o fim da colina, parando na porta da mansão. O vento soprava forte e estava nublado. A porta estava fechada e na casa não tinha uma só decoração de Halloween.
--Que estranho...--O jovem murmurou, andando próximo da mansão.--Parece até que aqui está abandonado.
Realmente: A Mansão era muito velha. As portas e janelas tinham rachaduras e a tinta das paredes estava desbotada. Jack deu a volta e na parte de trás da mansão, que dava pra um penhasco, tinha uma janela aberta. Ele olhou pra dentro. Era um quarto cinza, com teias de aranha nas paredes e no chão. Tinha uma cama de metal num canto, com um colchão branco sobre. Em cima do colchão havia o que parecia ser um boneco de pelúcia de um Coringa. Jack entrou no quarto vazio, curioso. Nunca vira a mansão por dentro. Logo ele pegou o coringa de pelúcia. Ele vestia uma roupinha preta e um chapéu com 2 pontas parecidas com chifres, tendo 2 sinos em suas pontas. Ele sorria, com uma expressão malévola costurada em seu rosto.
--Quem diria? Devia ter uma criança morando aqui.--Jack comentou, olhando pro quarto. Não tinha mais nada.--Talvez o choque de perde-la tenha feito o dono da mansão não tirar esse brinquedo daqui...
Jack pôs o coringa de volta na cama e foi até a porta, a abrindo devagar. A porta rangeu bem alto, o que fez Jack não ouvir o boneco de Coringa descer da cama e cair debaixo dela. Jack então saiu do quarto.
O quarto ficava debaixo da escada da mansão, que dava pra sala de entrada. Tudo dentro dela era rústico. Era escuro, mofado e velho. Tudo rangia e o vento corria rápido. Jack olhava tudo quando do nada tudo ficou claro. Várias velas se acenderam em vários pontos da sala, iluminando tudo. Na porta que dava pra sala de jantar agora tinha um homem com uma abóbora na cabeça. A abóbora tinha uma expressão sorridente talhada nela, além de uma vela iluminando seus olhos e boca. Ao lado da vela tinha um jovem da mesma idade que Jack, usando uma roupa negra de Coringa e sorrindo safado.
--Ah... Oi.--Jack falou, muito nervoso.--Me desculpa a festa já vai começar? Eu só estava explorando a mansão e...
--Ah sim tudo bem.--A Abóbora falou, movendo a boca. Isso mesmo: a máscara de abóbora era capaz de fazer expressões faciais. No caso ela agora estava sorrindo de boca fechada enquanto o homem preso a ela ia até Jack.--Nossa mansão tende a assustar mas o Jester está sempre de olho.
--Jester?--O jovem olha pro Coringa, mas ele não está mais lá.--Onde...?
--Ah sim! Você é um humano!--Diz uma voz fina atrás de Jack. Ele olha pra trás e o Coringa está sorrindo pra ele e girando ao seu redor.--Um humano jovem, saudável e com muita coragem de vir aqui no dia da nossa festa anual de Halloween.
--Sim Jester. Ele é um humano.--O Cabeça de Abóbora falou, puxando o Coringa pra perto de si.--Bem, eu não sou de deixar penetras nessa festa, mas acho que como é o primeiro humano a botar os pés nessa casa a 255 anos, eu acho que vou abrir uma exceção.
Alguém bate na porta da mansão. Jester a abre rapidamente e por ela entram um Frankenstein, um vampiro estilo Dracula e um lobisomem vestido de motoqueiro com uma coleira de espinhos no pescoço. Os 3 estão rindo e sorrindo até que vêem Jack. Nesse momento a expressão muda.
--Lanterna! Isso é um humano?--O Vampiro pergunta ao Cabeça de Abóbora, apontando pra Jack.--Eu estou de dieta, você sabe!
--Este humano é meio magrinho não?--O Lobisomem fala, tocando em Jack com suas mãos grandes e peludas e o erguendo acima do chão.--E ele parece fora de forma.
--Humano... Perigoso...--O Frankenstein murmura, olhando pra Jack.--Lanterna... Qual o nome dele?
--Eu nem perguntei. Qual seu nome humano?
--É Jack. Jack Ravensbrook (Autor: Não ele não é o Jack de Halloween Gótico)
--Ora que coincidência! Eu também me chamo Jack. Jack Lanterna ao seu dispor.--A Abóbora faz uma reverência, sorrindo para todos.--Bem, hoje não comeremos humanos e nem nada do tipo. Hoje festejaremos o Halloween como ele deve realmente ser comemorado!
Do nada Jack Lanterna ganhou um terno roxo e uma capa imensa, além de uma cartola sobre sua cabeça. Jester riu e bateu palmas, enquanto Jack Ravensbrook ficou impressionado.
--Que comece a festa!--Lanterna falou, abrindo uma porta.
Dentro da porta tinha um salão de festas com decorações de Halloween por toda a parte. Jack olhava tudo fascinado, Jester saltitando atrás dele e rindo enquanto via o Vampiro e o Lobisomem brigarem na mesa de ponche e o Frankenstein encher um prato enorme de petiscos. Jack logo focou seus olhos em um canto, onde uma moça de cabelos roxos permanecia sentada no chão. Ele foi até ela.
--Oi. Está tudo bem?--Jack perguntou, se surpreendendo com os olhos da moça. Eram roxos como seus cabelos.--Meu nome é Jack...
--Eu sou Sarah.--A Moça respondeu, flutuando diante dele e sorrindo.--Bu.
--Um fantasma?
--Como não se assustou?
--Eu acabei de ver um Vampiro, um Lobisomem e um Frankenstein, além de um Coringa supersinistro e um cara com Cabeça de Abóbora. Achou que isso ia me assustar?
--Tem razão, foi pouco.
Os 2 riram e logo se ouviu uma música. Tinha um piano no canto do salão. No piano tinha um esqueleto que tocava uma música de Halloween enquanto uma mulher verde cantava lindas músicas. O salão agora estava cheio de gente, ou melhor, monstros.
"Uau! Então essas são as festas que essa mansão dá todo ano!" Jack pensou, fascinado com tudo aquilo. Ele não estava com todo o medo que achava que teria. Estava era fascinado. "Isso é incrível eu... Nem sei o que dizer..."
--Ei, humano! Vamos festejar!--Jester exclamou, pulando na frente de Jack.--Essa noite é única! Mas aceitamos visitas toda segunda, terça, quarta, quinta, sexta...
--Não ligue pra ele.--Sarah falou, pegando na mão de Jack.--Ele só tá feliz que achou um amigo novo com quem brincar.
--Olha eu não sei se eu vou voltar depois dessa noite...--Jack falou quando do nada Sarah o beijou.--Eh?!
--Agora você tem motivo pra voltar.
Sarah riu e começou a voar junto de vários outros fantasmas que estavam no teto do salão. Jack, tomado de uma súbita alegria, imediatamente começou a dançar com Jester e os outros convidados, que apesar de monstruosos não eram nada selvagens. Observando tudo isso e cronometrando num relógio, Jack Lanterna esperava a hora que teria que acabar com aquele tão espetacular evento...
QUEBRA DE TEMPO: DIA SEGUINTE
Jack acordou em seu quarto, na sua casa, com uma baita enxaqueca e muita dor no corpo. Ele não se lembrava da noite de ontem, apenas de um estranho sonho relacionado a mansão Creepy Mansion.
--Ui... Que sonho maluco.--Jack comentou consigo mesmo.--Uma festa cheia de monstros na mansão Creepy. Eu devo ter comido doce demais e ido dormir... Onde eu deixei meus óculos?
Jack pegou os óculos no criado mudo ao lado de sua cama e logo viu algo: Tinha um papel com uma abóbora pintada no seu criado mudo, com uma rosa negra do lado. No papel tinha escrito:
"Estamos sempre abertos. Venha nos visitar sempre que quiser."
Jack Lanterna, Sarah e Jester.
"PS: Traga as batatinhas que prometeu na festa. O Jester quer provar."
A PARTIR DAQUELE DIA, A VIDA DE JACK NUNCA MAIS FOI A MESMA...
FIM.
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