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História Green Day - Apenas OneShots - Ninguém é bom, senão Satan (Jeff Matika x Jason White) - História escrita por IAmSherlockHolmesYet - Spirit Fanfics e Histórias
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História Green Day - Apenas OneShots - Ninguém é bom, senão Satan (Jeff Matika x Jason White)


Escrita por: IAmSherlockHolmesYet

Notas do Autor


Opa... hoje teremos um Watika, de leves, com toques de melancolia e satanismo. Mas não se preocupem, vocês não terão pesadelos à noite. Hehehe. Leia com sabedoria.

Capítulo 4 - Ninguém é bom, senão Satan (Jeff Matika x Jason White)


Fanfic / Fanfiction Green Day - Apenas OneShots - Ninguém é bom, senão Satan (Jeff Matika x Jason White)

Se você pensar bem, todos nós temos um lado demoníaco. Nem todos nós conhecemos quem somos. Os instintos e desejos mais profundos da mente. A abominação. Tudo aquilo que nem sequer nosso subconsciente quer que exista. Se nem os mais elaborados e complexos cálculos são decifrados com facilidade, quem dirá um organismo tão peculiar, minuciosamente construído e constituído por praticamente noventa e oito quilômetros só de artérias e veias?

Nossa mente guarda segredos que nos é revelado ao passar do tempo. Cada um de nós guardamos um universo dentro de si, e, se compararmos com o universo real, não sabemos absolutamente nada sobre nós mesmos, tendo em vista que, em todos esses anos, só 4% do universo pôde ser observado.

As pessoas se desesperam tanto, se entorpecem, deturpam seus corpos que são templos de adoração aos deuses, apenas por estarem perdidas. Tudo isso é digno de pena. O livro dos cristãos até cita que, as pessoas perecem por falta de conhecimento. Elas enlouquecem. Elas matam uns aos outros, matam à si mesmas, por míseras migalhas, e perdem a oportunidade de terem os prazeres mais astutos e almejados por todos. Elas perdem a paz. Ninguém pensa, ninguém raciocina, ninguém reflete sobre o que vive, e ninguém vê a realidade. Ninguém é bom. Ninguém é suficientemente bom.

Ninguém é bom, senão Satan.

E ele está lá. O abismo de Dianus Lucifero era o lugar favorito dele. A única luz que tinha ali, vinha dos raios e relâmpagos. Não tinha cor. Caminhou lentamente observando o nada, enquanto limpava a poeira de cinzas das asas negras que carregava em suas costas. Fincou sua foice numa das árvores secas e se sentou. Sobreveio um vento muito forte, e de repente, Baphomet o visitou.

- Saudações, Jeff. Ou como preferir. Satan Matika.

- Me chame do que quiser, majestade. Menos de Jesus. - Jeff respondeu num tom debochado.

Baphomet riu baixo, se aproximando.

- Vejo que está desocupado. Quero lhe dar uma missão. - Ele disse, enquanto se sentava ao lado de Jeff.

- O que quiser que eu faça, farei.

Baphomet apenas apontou para o chão, e ali se fez um portal. Um portal que aos poucos revelou a terra. Jeff já bufou incomodado. Praticamente odiava aquele planeta. O único lado bom dali era a comida e a música.

- Quero que acolha um anjo. - Baphomet disse. - Este anjo.

Ele apontou pra um ponto específico da terra, onde logo revelou um jovem debruçado numa varanda. Era branco, de cabelos levemente cacheados, e bagunçados. Seus olhos eram azuis e sua boca era avermelhada. Ele parecia ser mesmo um anjo. Mas um anjo em forma de humano. Só de ver aquele rosto, Jeff estremeceu.

- Por que eu devo acolher ele? Não há outro que você possa convocar?

- Não. Você é o escolhido. Não importa quantos anjos das trevas existam. Entre milhares, você irá. E o ame.

- Amar? Ele merece ser amado? Acha que o amor é algo simples que posso trabalhar instantaneamente num humano que... nem conheço?

- Ame a Jason White. Ele precisa de amor. Faça ele experimentar o prazer de ser amado. Ele merece conhecer.

Satan não gostou muito daquela conversa, mas, ao prestar atenção, percebeu o que estava havendo. O humano não estava somente olhando a paisagem. Ele estava chorando. Matika pensou profundamente. Fechou os olhos e suspirou. Sentiu o cheiro de bálsamo e rosas negras entrarem intensamente em seu olfato. Ele expôs suas pupilas negras, novamente, e olhou Baphomet.

- Eu irei.

- Voe até lá, e faça seu trabalho. Ninguém te enxergará, senão ele.

Jeff pegou sua foice, e levantou vôo. O vento o refrescava e balançava seus cabelos, bem como as penas de suas asas. Com a foice, ele cortava os galhos que impediam seu caminho, na floresta abandonada que tinha ao lado do abismo. Cheia de árvores espinhosas e criaturas demoníacas que vinham de intrusas, lá da casa de Rhysand, essa floresta era milenar. Diziam que até os nefilins habitaram ali.

Aos poucos aquela vegetação descolorida e obscura foi cessando, dando lugar à um lago. E nesse lago, ele desceu na beira. Ele tirou as vestes escuras, a glória sombria que escondia sua nudez, expondo seu corpo desnudo. Jeff entrou e se deliciou com a prazerosa sensação das águas envolvendo sua pele e banhando seu corpo que era ausente de imperfeições, e era totalmente pálido. As penas de suas asas pesaram, mas ele tinha força o suficiente para se manter confortável ali. A fragrância de cinzas, fumaça, e rosas negras, foi sumindo. Se tornou inodoro, conforme a água levava as impurezas de sua pele. Não era normal um anjo das trevas se banhar em águas límpidas, mas Jeff não seguia regras. Ele ditava as regras.

A água o levou, aos poucos, ao fundo. Ele fechou os olhos e descansou diante da sensação fria que a correnteza causava. Mas ele lembrou que tinha uma missão. Nadou com um pouco de dificuldade até o topo, e saiu dali. Era frio, tão frio, que seu corpo se arrepiou. Encostado numa pedra, ele sacudiu as asas para tirar o excesso de água, e esperou.


Era tudo tão injusto. A mágoa de Satan era essa. Todos colocavam a culpa nele. Sendo que ele sequer fazia alguma coisa. O defeito do mundo, segundo todos, era Satan. Os malefícios do mundo, segundo todos, era Satan. Se alguém praticava o mal, a culpa era de Satan. Se o mal existia, a culpa também era de Satan. Mas não foi Satan, que comeu o fruto proibido. Não foi Satan, que bebeu álcool deliberadamente e causou um acidente que matou uma família. Não foi Satan, que tinha dívida de drogas e foi morto. Mas a família fazia questão de dizer que a culpa foi dele. Satan apenas ceifou as vidas de quem deveria morrer. Maltratou as almas que maltratam. Jurou morte a quem causou morte. Satan perdoou 666 vezes, mas essas, não foram suficientes para adquirir misericórdia.

Ele refletiu por bons minutos. Seu corpo secou, e ele se ergueu, voltando a pôr suas vestes. Ele balançou as asas. Estas já estavam enxutas. Assim, pôde levantar vôo, sendo guiado pelo instinto, se aproximando do local que deveria chegar. Little Rock, em Arkansas. Em uma das casas, ele encontrou a varanda. Ela era familiar pra ele. Assim, ele cessou o vôo, parando ali, apenas olhando dentro do quarto. Jason ouviu o barulho de asas, mas jurava ter sido um pássaro. Ele mesmo foi até a varanda e se assustou. Era um homem de estatura mais alta e forte, do que um humano comum. E tinha... asas?

- Quem é você? O que você quer aqui? Bil-

White iria gritar o nome de seu marido, Billie, porém, Jeff cobriu a boca dele.

- Eu sou seu protetor. Me enviaram aqui. Não precisa temer.

Jason olhava fixo nos olhos de Jeff. Estava assustado. Seu coração acelerou tanto que pensava que sua morte seria agora, mas, Satan foi paciente. Não iria se alterar com um mero humano. Aos poucos, White respirou fundo, e acalmou. Ele sentia uma energia tão estranha. Estava confuso do que havia acontecido.

- Por que você estava chorando?

Após aquele questionamento, Jason respirou fundo, e começou a apontar para cortes recentes, em seus braços. O sangue nem tinha coagulado ainda.

- Quem fez isso?

- M-meu marido... Ele bebe muito e.. Quando tento tirar a garrafa dele.. ele me esfaqueia...

- Eu vou resolver isso. Agora.

Jeff se moveu para sair do cômodo. Ele iria atacar o sujeito. Porém, Jason agarrou seu pulso com força, o roubando um olhar penetrante. Sentiu arrepios só de encarar Jeff.

- Não vá.. Ele..  Ele vai te atacar também... - White disse, assustado. Pela primeira vez, um humano se preocupou com um anjo das trevas, de grande porte. Jeff definitivamente não podia ser comparado com os outros anjos. Eles tinham uma estatura próxima da de humanos, mas Jeff era maior, e mais tenebroso. A cabeça de Jason chegava apenas à altura de seu quadril. Apesar disso, Satan se admirou com a atitude, e apenas acariciou a mão de White.

- Não se preocupe. Sei me defender. E ele não vai conseguir me ver. Só você me vê. Vá. Me leve até ele e me mostre do que ele é capaz. Eu irei puni-lo.

Jason teve que concordar, caminhando em passos lentos até a sala, onde Billie estava. Ali parecia uma verdadeira zona. Garrafas de cerveja por toda a sala e a televisão ligada, no último volume, num jogo de futebol americano.

- Por que quer tanto falar com ele? - Jeff questionou, calmo. A expressão do rosto de Jason se tornou neutra, mas ao mesmo tempo, se via decepção em seu olhar.

- É que... queria que ele soubesse... meu diagnóstico... - White sussurrou. - Eu tenho câncer. Mas.. eu fui falar com ele e.. ele não me dava atenção..  então eu.. tent-

Armstrong ouviu Jason falando "sozinho" e se levantou. Embriagado. Andava em passos atrapalhados, quase caindo. Ele interrompeu a fala de seu marido, agarrou os cabelos de White e o prensou na parede.

- Além de insignificante, fica falando sozinho, não é, Jason White? - Ele sussurrou no ouvido de Jason, e riu maléfico. Jeff não aguentou. Pegou sua foice e simplesmente mirou a lâmina em Billie, aproximando ela da área do coração dele. Em poucos segundos, um grito de dor tomou a sala. Joe caiu no mesmo instante, com o corpo duro, no chão.

Jason, assustado, se virou para olhar o que houve, e cobriu o rosto, horrorizado, enquanto Jeff sorria. Ele sorria de forma tão genuína que quase ria. Encarar o sangue que começou a ser liberado dos lábios, nariz, e olhos do homem falecido ali, foi uma cena pitoresca, para ele. Mas, havia algo mais importante ali. Jason chorava desnorteado, indo ao quarto. Agora era o momento de dar amor para ele. Matika o seguiu, e logo o viu, encolhido na cama, assustado com tudo o que viu. Ele realmente era um anjo.

Jeff o acolheu, juntando-se a ele na cama, e o abraçando. Aos poucos, White cedeu, e se confortou no afago. Dessa forma, Jeff o cobriu com suas asas, o protegendo, e esperando que ele cessasse o choro. Estava preocupado. Satan não sabia que ele reagiria assim à morte de um homem que só lhe fez mal.

- Por que se aflige tanto? Seu agressor, está morto.

- É que... eu o amava... - Jason respondeu, aos soluços.

- Você só pode amar quem merece amor, Jas. Eu mereço, você merece. Ele não merece.

White olhou para Jeff por um tempo. Ninguém o chamou de Jas naquele tom, desde o dia em que perdeu seu falecido marido. O marido que teve, antes de Billie Joe. Os olhos azuis se fincaram nos olhos negros do anjo. Foi um olhar tão profundo que Matika sentiu até a alma de Jason lendo a sua. Um leve arrepio tomou de conta de Satan, quando ele sentiu aquela mão tão delicada e pura, o tocar. A mão percorreu seu peitoral, lentamente. Os olhos de Jason não desgrudaram dos de Jeff.

- Então, você merece amor. - Jason sussurrou, logo se aproximando para beijar os lábios do anjo das trevas. Mas logo ele foi impedido.

- Não podes me beijar. Se me beijares, você morrerá. - Jeff o alertou.

- O que eu posso fazer? - White questionou desnorteado, acariciando o rosto de Satan, suavemente. Ele queria dar carinho a Satan. Estava tão solitário que a carência o afetava.

- Você é um ser repleto de luz e pureza. Você não pode me beijar. Eu sou das trevas. Eu não tenho sua pureza. Eu tenho apenas ambições. Ambições que me levam apenas ao prazer. Eu não maltrato ninguém com elas.

Jason não pensou nem duas vezes. Beijou incessantemente, o rosto de Satan. Não só o rosto, mas pescoço, mandíbula, clavícula. Tudo aquilo fazia até as penas das asas de Jeff, se arrepiarem.

- A cada beijo que você der em minha pele, um dia de sua vida está sendo retirado. Você está ciente disso? - Matika questionou. - Eu sou Satan.

- Eu não me importo. Eu quero você. Eu quero amar você. Eu quero que você me possua, Satan. Nem que seja a última coisa que eu faça em vida.

- Sabe que isso é proibido, não é? Somos incompatíveis. Eu não sei se posso te dar prazer assim. Mas é a única coisa que quero. Não quero sua dor, eu quero sua satisfação.

Jason estava quase fora de si. Ele teve a ousaria de agarrar a glória sombria de Jeff. O tecido escuro e macio que o cobria. E puxou-a, fazendo com que Jeff se aproximasse ao máximo.

- É tudo que eu quero. Que você me possua. Que me tenha pra você. Que me deturpe, e me use, Satan.

Jeff não entendia, mas aos poucos as lembranças vieram em sua mente, deixando tudo mais claro. Jeff era um anjo incomum. O pecado da luxúria pairava nele. E por essa razão, apenas ouvir a voz desse anjo, era como um afrodisíaco. Jason se perdeu sem querer, mas por dentro, ele realmente queria ter relações com um anjo das trevas, pois, esse anjo o tratou bem melhor em poucos minutos, do que seu próprio marido Billie, em todos esses anos. Jason queria se entregar, entregar o próprio corpo, como gratidão. Era algo íntimo demais, mas era significativo para Jeff.

Matika se desfez de suas vestes, exibindo o corpo pálido e escultural. Aquele espetáculo era digno de ser esculpido pelos deuses. White sorriu o admirando. E aquele sorriso não era puro. Era propriamente carregado de malícia e libertinagem. Jason só não sabia como aquilo iria entrar nele. Era óbvio que a diferença de tamanho entre um anjo e um humano, não era pouca. Ainda mais um anjo de grande porte.

Jason iria sofrer.

Muito.

White não precisou fazer nada. Jeff fazia por ele. A agressividade de seus movimentos excitava-o cada vez mais. Satan o arrancou as vestes, deixando apenas retalhos e mais retalhos ao chão. Ele agarrou o corpo delicado do rapaz e o pôs de bruços na cama. Anjos não faziam preliminares. Mas Jeff percebeu que iria precisar disso, pela primeira vez em sua vida. Entrar em Jason naquela situação seria como um avião entrando em uma pequena janela. Seria impossível. A língua, firme, molhada, e treinada de forma minuciosa para dar prazer, se fincou na entrada pequena de Jason. Aquele orifício anal foi estimulado de forma frenética, e White não conteve seus gemidos, agarrando o tecido da cama e se contorcendo algumas vezes. Quase que ele atrapalhava Satan, daquela forma, mas, Satan agarrou suas nádegas com uma força brutal, e continuou.

Aos poucos, aquela entrada foi relaxando, se tornando mais flexível. Ele aproveitou a chance, se ajeitou atrás de White, mas, primeiramente, ele pegou os pulsos do rapaz, os apertando contra a cama. Queria ter certeza de que ele não fugiria. Jason acabou gemendo de dor, só com o agarre em seus pulsos, mas ele soltou um grito quando Jeff introduziu a glande de forma abrupta. Apenas a glande.

White estava com o rosto totalmente corado. De tesão, e de desespero. Ele não sabia que seria tão difícil assim.

- Por favor... por favor! Tenha pena de mim.. Eu sou tão frágil... - Jason sussurrou, já suado. Aquela dor era aguda.

- Por acaso... - Matika foi introduzindo o resto de seu membro. Ou digamos. Pelo menos até a metade. - Você está desistindo? Em cima da hora? - Sussurrou no ouvido de White.

- Não! Oh.. eu te quero.. por favor... - Jason disse num desespero só.

- Eu realmente vou te possuir. Até ver sangue.

Jeff não sentia dor. Ele só sentia prazer com o aperto enquanto entrava em White. Estava louco pra começar. Mas iria ser misericordioso com o humano. A sorte é que o líquido que seu membro liberava enquanto se introduzia, era o suficiente para lubrificar todo o ato. Até algumas gotas vazaram dali durante a penetração. Aos poucos, a dor aguda de Jason foi sumindo. Mas não de uma vez só. Apenas de forma gradativa e lenta. Satan não se incomodou. Ele teria a eternidade inteira para foder Jason. Ele não tinha pressa.

- Vai... começa.. por favor... - White pediu. E pediu num tom de súplica. Seus pulsos já doíam de tanto Jeff os apertar, mas não reclamou. Ele gostava da sensação de ser dominado por um ser tão incrível como aquele. Aquilo foi o suficiente para Matika iniciar seus movimentos, já apressados, carregados de desejo. Ele sussurrava obscenidades no ouvido de Jason. White enlouquecia nos braços do anjo, enquanto sorria. Sorria de prazer e de dor.

- Você é um humano perverso, sabia? Tão perverso que preferiu se entregar para um anjo das trevas. Você geme como vadia. Se entrega como uma prostituta, porém, gratuitamente. - Sussurrou no ouvido de Jason. Suas estocadas afiadas não davam espaço de fala para White. Ele apenas gemia e choramingava de prazer. - É isso, não é? Você é uma vadia. - Jeff sussurrou. Jason gemia enquanto concordava com a cabeça. Ele gemeu mais alto ainda quando sentiu a forte mordida de Matika, em seu pescoço. A mordida foi tão forte que Jeff sentiu gosto de sangue. Lambendo o líquido de seus lábios, ele potencializou cada uma de suas investidas. A cama batia contra a parede, e aos poucos, a cabeceira quebrou. Mas nenhum dos dois notou.

White estava num desespero de prazer, acabando por se jogar contra o membro de Jeff. Este, logo introduziu-se por completo dentro do humano, e deu mais rapidez ao que fazia. Jason revirou os olhos de prazer. Ele estava entrando num estado de delírio. Estava quase rouco de tanto gemer. Era só isso que saberia fazer com êxito.

- S-Satan! Não pare! Oooh... Oh!

Aquele gemido fez as penas de Satan arrepiarem. Ele gostou tanto de ouvir que investiu cada vez mais forte. Seu pau estava duro feito pedra e acertava o ponto de prazer de Jason, com muita eficiência. Com violência sua glande se batia ali. Cada espasmo de prazer fazia Jas se contorcer, mas Jeff o agarrava com força. Tomou todo o domínio daquilo, apoiando os cotovelos na cama.

Agora White estava totalmente imóvel. Seu rosto já estava suado e avermelhado pelo ato, mas o prazer compensava. Ele estava feliz. Estava feliz em pecar daquela forma. Anjos e humanos não podiam ter relações, mas Jason pouco se importava. Sua pureza agora era apenas uma lembrança.

Jeff saiu de dentro de Jason, que gemeu frustrado. Ele queria mais.

- De frente.

White se ajeitou na cama, ficando de frente e abrindo as pernas para Matika. Logo ele se introduziu dentro de Jason, com violência. Apoiou os cotovelos na cama enquanto voltava a estocar de forma afiada e feroz, olhando fixamente nos olhos de White. Ele voltou a gemer de prazer, e fez carinho nas asas de Jeff. Queria tanto beijá-lo. Mas ao invés disso, descontou seu desejo em outros lugares. Beijou sem parar, o rosto de Jeff, e seu queixo. Depositava amor a cada beijo. Jeff até sorriu o olhando. Não sabia que um humano poderia ser tão doce e libidinoso ao mesmo tempo.

- Eu te amo, Satan... - Jason sussurrou. Ele não sabia o grau de perigo que aquelas palavras tinham.

- Saiba que, Satan também lhe ama. - Matika respondeu, sorrindo. Eles encostaram as testas, em sincronia. Ambos sabiam que não podiam se beijar. Os lábios ficaram apenas encostados, enquanto ambos trocavam de gemidos abafados e carregados de prazer.

Tudo chegou num ponto em que Jason, não aguentava mais. Ele se derramou nos braços de Satan. Deu um longo gemido enquanto soltava seu líquido que comprovava seu ápice de prazer. Enquanto isso, Jeff não precisou se conter. Ele liberou todo seu sêmen dentro de White. E não era pouco. Jason abraçou o pescoço de Jeff enquanto sorria, aproveitando daquela sensação. Todas as suas forças se esgotaram, e, enquanto compartilhavam daquele abraço, Jason apagou, totalmente.















...
















Hospitais eram lugares estranhos. Jeff nunca gostou de lá. Nunca gostou de ver alguém morrer por motivos naturais, pois pra ele, todos os bons deveriam ser imortais. Mas ali estava seu anjo. Um aparelho ligado ao seu corpo, que emitia sons agudos, em sincronia. Contavam as batidas de seu coração. Jason estava morrendo. E Jeff era o culpado. Dessa vez, a culpa era de Satan. E foi na situação que ele menos esperava.

- S-Satan.. - Jason sussurrou. Matika estava bem perto dele, o protegendo com suas asas, enquanto nenhum enfermeiro ou médico entrava ali.

- Não se esforce. Por favor, Jason.. Você..  Você vai ficar bem..

- Não vou. Não vou, Satan.

- Matika. Me chame de Jeff Matika. É o meu nome.

Jason acabou sorrindo em meio ao problema que estava passando. Seu coração quase saiu pela boca. Como ele não havia percebido antes?

- Jeff? Amor? É... É você? Por isso era tão parecido!

Pela primeira vez, Jeff sorriu de forma genuína. Espontânea. Ele sentiu uma felicidade fluir de seu ser. Ele concordou com a cabeça, imediatamente, olhando Jason e acariciando sua mão.

- Sou eu, Jas. Sou eu!

Jeff o abraçou, acolhendo-o enquanto sorria contra seu pescoço.

- Eu senti tanto sua falta, amor. Eu pensei que nunca mais voltaria. Por que se suicidou, Jeff?

- Porque... eu não tinha paz. Mas agora, eu sou seu anjo, amor. Não tenha medo. Eu estou com você.

Jason lacrimejou, olhando nos olhos de Jeff.

- Você não vai estar aqui pra sempre. Eu sei disso. - Ele disse. - Jeff. Me beija. Me beija, agora.

Matika não sabia mais o que fazer. Ele não queria obedecer Jason. Não queria.

- Eu não posso fazer isso! Você morrerá!

- Eu prefiro morrer nos teus braços, do que viver sem você, Jeff. E não é a morte que vai nos separar.

White avançou nos lábios de Jeff, num beijo profundo, e carregado de paixão e amor. O anjo retribuiu, abraçando a cintura de seu amado. À cada saliva compartilhada, o corpo de Jason foi desfalecendo. Suas mãos perderam a força e suas pernas não respondiam mais. Seus órgãos, aos poucos, falharam no funcionamento. Esse era o perigo de beijar um anjo das trevas.

Por fim, o coração de Jason parou. O aparelho ligado aos seus batimentos soou alto e constante. Assim, Jeff soltou seu amado, que agora, estava completamente morto. Ele levantou vôo, saindo dali, e de longe, viu os médicos em desespero, entrando no quarto. Eles tentaram de tudo, mas nada faria Jason viver novamente.

O anjo saiu voando, em lágrimas, e o céu se tornou fechado. O tempo escureceu, do mesmo modo que a vida de Jeff perdeu a cor, novamente. Cada lágrima que caía era um trovão. A mágoa em seu coração era altíssima, de forma que, um anjo que vivia na escuridão, agora se sentia realmente triste. O coração mais frio e sem cor tinha acabado de reviver, e agora sofria de amor, pelo amado. Ele voltou ao abismo de Dianus Lucifero, em lágrimas, e encostou numa das árvores secas, em posição fetal. Ele sentia cheiro de cinzas, novamente. E essas cinzas, eram de Jason White. Jeff não entendia o porquê. Não conseguia compreender como aquilo tinha que acontecer.

Satan se levantou, limpando as lágrimas, e olhando para cima. O silêncio ensurdecedor voltou. Sem amor. Sem os beijos de White em seu rosto. Sem carinho.

- Baphomet!

Ele gritou, chamando a criatura, desesperado. Ele queria explicações.

- Baphomet! Venha à minha presença, agora!

Dentro de alguns segundos, um vento sobreveio, intensamente, como uma tempestade, e Baphomet surgiu da fumaça de cinzas.

- Por que me chamas, senhor?

- Onde está meu amado? Onde está o meu anjo!? - Ele questionou, indignado.

- Ele morreu, senhor. Você o matou.

- Não! Não, não, não! - Jeff caiu em si, ficando de joelhos, diante do chão. Derramava mais lágrimas diante do solo de cinzas.

- Você o amou, não é? Você o amou de verdade, senhor.

Satan concordou com a cabeça, de coração partido.

- Esqueceu que você é um ceifador de almas? Vá, tome a alma de Jason, e faça dele um dos seus.

Jeff cessou as lágrimas, encarando a criatura. Foi bom lembrar daquilo. Ele sorriu suavemente, se levantando.

- Me ajude, Baphomet. Me ajude a resgatar meu amado.

Baphomet se aproximou, acariciando o ombro dele.

- No lago das almas. Onde você lavou seu corpo. Lá você encontrará paz.

- Mas..

Não deu tempo. Baphomet saiu da presença de Jeff. Satan estava desolado e confuso, mas, levantou vôo novamente, indo ao lago que estava anteriormente. O mesmo trajeto, ele fez, cortando os galhos secos da floresta com sua foice, ansioso. Seu coração estava acelerado. Ao chegar no lago, ele pousou, deixando a foice numa pedra. Tirando as vestes escuras, ele se deitou na água. Aos poucos, a água o puxou para o mais profundo. Tudo ali estava escuro. Ali, vieram as memórias. Ele fechou os olhos, se concentrando.

Ali, ele lembrou da vida. Do êxtase. Do dia que conheceu Jason White, quando era um humano. Tudo era tão mágico e bonito. Tão novo e profundo. Ele não mudou nada. Seus olhos azuis tinham o mesmo brilho, desde quando ambos trocaram o primeiro beijo, naquela varanda. A mesma varanda que Jeff se jogou, tirando a própria vida. Foi feito um dos anjos do exército sombrio. Ele se acostumou com isso. Mas seu senso crítico ainda pulsava por justiça. Ele ainda queria paz. Sua alma não relaxou um só instante.

No meio das águas, ele sentiu algo o puxar. Acabou acordando de seus pensamentos, e prestou atenção no caminho que estava percorrendo. Abriu os olhos em meio ao espetáculo submerso, e viu quem o puxava. Era ele. Era Jason White. Em instantes, ambos chegaram à beira do lago, e Jeff sacudiu as asas, notando que White tinha as mesmas asas. Seu corpo havia mudado. Ele continuava sendo pequeno de estatura, mas, agora ele realmente era um anjo. Jason sorriu para Jeff, e ambos trocaram de um beijo. Intenso e impetuoso de paixão. Parecia até que os barulhos úmidos de seus lábios emitiam declarações de amor, e ambos os corpos nus se encostaram numa das pedras perto das águas. Eram apaixonados.

Aos poucos, o beijo cessou, mas sorriam, um para o outro, de testas encostadas.

- Eu te disse que, não era a morte que nos separaria. - Jason sussurrou. Ambos tomaram suas glórias sombrias, vestindo-as, e voaram de mãos dadas, de volta ao abismo. Pegaram o caminho pela avenida dos sonhos despedaçados, passaram pelo agrupamento de demônios no purgatório, e chegaram ao jardim de rosas negras, onde Jeff gostava de estar. Tudo era escuro, e sem cor. Mas, os olhos azuis de Jason White, traziam cor suficiente ao mundo de Jeff. E nesse mundo, eles seriam felizes, por toda a eternidade.


Notas Finais


Este foi o capítulo melancólico de hoje. E sim. Os dois morreram. Mas, quis passar essa visão diferente da morte, pra vocês.

Claro que, nada é baseado em fatos reais, apenas o fato de Jason White já ter tido câncer. Não se assustem, na vida real, os dois estão bem.

Obrigada por ter lido até aqui, te vejo em breve!


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