História Guardiões demoníacos - Four (Pacífica)

��No dia seguinte��

 

Acordei um pouco tonta, minha cabeça latejava, senti um peso sobre mim, quando eu tentei abrir os meus olhos eu senti eles arderem por causa da claridade e logo os fechei novamente.

 

Quando eu finalmente consegui abri-los eu vi a Mabel deitada em cima de mim, “Fofa” pensei enquanto eu via ela dormir tranquilamente.

 

– Mabel – sussurro seu nome enquanto a balanço devagar – Mabel – a chamo novamente.

 

– Huuum – ouço-a grunhir de reprovação em resposta.

 

– Acorda já é de manhã – digo ainda tentando acorda-lá.

 

– Só mais cinco minutinhos – diz com a voz sonolenta.

 

– Se eu te deixar dormir por mais tempo nós não vamos poder ir ao shopping como você queria – digo usando a única arma que eu podia usar contra a garota de cabelos castanhos.

 

– Acordei – fala um pouco alto demais enquanto se levantava rápido demais e acaba ficando tonta.

 

Me levanto e a ajudo ir até o banheiro pois ela parecia desorientada.

 

Depois de nos arrumarmos fomos até a cozinha e comemos sanduíches de presunto e queijo que a Mabel fez para nós.

 

– Podemos levar os meninos com a gente? – pergunta fazendo um biquinho fofo.

 

– Claro, por quê não? – falo dando de ombros.

 

Fomos até a sala de estar, observamos os garotos dormindo no sofá tranquilamente, Mabel voltou para a cozinha e depois de alguns segundos saiu de lá com uma colher de pau e uma panela.

 

– O que vai fazer com isso? – pergunto confusa.

 

– Vou acordar eles – responde como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

 

Depois de responder a minha pergunta ela começou a bater a colher de pau contra a panela enquanto gritava alto para acorda-los.

 

– ACORDEM JÁ É DE MANHÃ – gritou e eu tive quase certeza que mesmo aquela cabana estando no meio de uma floresta alguém escutou aquele grito.

 

Dipper e Bill acordaram assustados fazendo Dipper, que estava deitado em cima do loiro, cair no chão.

 

– MABEL! – Dipper gritou zangado.

 

– Dipper não temos tempo para as suas crises – disse o ajudando a se levantar – anda vão se arrumar.

 

– Pra quê? – o loiro resmungou e logo em seguida deitou de costa para nós.

 

– Nós vamos ao shopping comprar um celular pra você e pra Pacífica – disse tentando fazer o loiro sair do sofá – e também porque eu quero comprar roupas novas.

 

– Mais você já tem muitas – Dipper falou indignado.

 

– É, mas ela já estão fora de moda – disse como se fosse uma coisa óbvia – e eu também tenho que comprar novos livros de romance e mais material para mim poder continuar desenhando o mangá em que eu estou trabalhando.

 

– Tá, a gente vai – o garoto de cabelos castanhos disse caminhando até seu quarto – mas se você me fizer comprar roupas novas para mim eu vou cair fora daquele lugar.

 

– Fale por você eu vou ficar em casa – Bill diz se aconchegando no sofá.

 

Algum tempo depois Dipper volta para a sala de estar arrumado, ele foi até o sofá e arrastou o meu "irmão" até o quarto que eles dividiam.

 

– Aaaah Pinetree me deixa dormir – resmungou alto.

 

– Nããããão – ouço Dipper responder.

 

Ficamos sentadas no sofá esperando os meninos voltarem, aproveitamos o tempo para podermos conversar e arrumar a sala que estava uma bagunça.

 

– Quando será que eles vão sair de lá? – perguntei para Mabel que estava procurando alguma coisa para assistir na tv.

 

– Conhecendo o Dipper daqui a pouco eles aparecem – disse ainda concentrado na tv.

 

Como se fosse mágica os garotos apareceram como a Mabel havia falado, Dipper puxava Bill pela mão enquanto esse estava com uma expressão emburrada. Igual uma criança quando faz birra por não conseguir o que quer.

 

– Pronto, podemos ir – disse parando na frente da tv – consegui fazer o bebê chorão aqui concordar em ir pro com a gente shopping – disse enquanto apontava para o loiro emburrado ao seu lado.

 

– Ei! – reclamou olhando para o moreno.

 

– Ah nem vem você sabe que eu estou certo – falou olhando para o loiro.

 

– Melhor irmos antes que eles mudem de ideia – digo me levantando e indo até a porta.

 

Olho para trás vendo os outros virem até a porta, abro-a e dou espaço para que os outros três passem.

 

Pegamos a caminhonete velha do Stan e o Dipper dirigiu para nós até o Shopping, já que ele era o único com carteira de motorista.

 

Quando chegamos no shopping ficamos olhando as lojas de roupas, compramos algumas das roupas e fizemos os garotos carregar as sacolas.

 

Agora estamos sentados em uma das mesas de uma sorveteria, depois de comprarmos celulares para mim e para o Bill, esperando nossos pedidos.

 

– Aqui está – uma das garçonetes disse se aproximando da nossa mesa – dois sorvetes de morango com chocolate, um sorvete de pistache e um de caramelo – disse enquanto entregava os pedidos de cada um.

 

– Obrigado – Dipper falou recebendo um sorriso da garçonete como resposta.

 

– O que é isso? – Bill perguntou nos mostrando um pequeno papel com alguns números nele e a frase "Me liga" do lado deles.

 

– Huuum parece que é o telefone dela – Mabel falou com um expressão maliciosa em seu rosto.

 

– E o que isso significa? – pergunto não entendendo a situação.

 

– Que ela tá afim do Bill – Dipper fala parecendo não gostar muito da situação.

 

– Parece que alguém está com ciúmes – Mabel diz cantarolando enquanto olha na direção do Dipper.

 

Dipper lançou para Mabel um olhar que eu interpretei como "Cala a boca antes que eu te mate", o que me fez soltar uma leve risada.

 

– Será que dar para chamar ela de volta? – Bill falou parecendo, finalmente, perceber a situação.

 

– Pra quê? – perguntou e nesse mesmo momento eu resolvi dar uma espiada na mente dele.

 

"Pra você flertar com ela?" escutei a pergunta não verbalizada na mente do Dipper em minha cabeça e logo em seguida suprimi um sorriso.

 

– Para poder devolver isso para ela – diz se referindo ao papel com o telefone da garçonete.

 

– Claro – falo e logo em seguida me viro na cadeira – com licença pode vir aqui por um minuto – chamo-a e ela prontamente vem até a nossa mesa.

 

– Sim, o que gostariam? – pergunta sorrindo docemente.

 

– Eu gostaria de lhe devolver isso – Bill falou estendendo o papel para a garota.

 

Senti pena daquela pobre garota quando seu sorriso se desfez e uma expressão decepcionada tomou seu rosto, mas ela logo sorriu amarelo para poder disfarçar sua tristeza.

 

– Claro, me desculpa – diz, a tristeza nítida em sua voz, enquanto pegava o papel de volta.

 

A garota voltou para trás do galpão enquanto nós voltamos a comer os nossos sorvetes.

 

Quando terminamos de comer os sorvetes nós decidimos nos separar, enquanto os garotos iriam fazer qualquer coisa que garotos fazem eu e a Mabel iríamos fazer alguma coisa de garotas.

 

– Então o que vamos fazer? – pergunto enquanto os meninos se afastavam de nós.

 

– Que tal irmos na Forever 21 e depois na Tiffany – fala enquanto pensava.

 

– Claro, depois podemos ir na Renner e na Saraiva, já que você quer comprar alguns livros de romance.

 

Fomos até a Forever 21, olhamos algumas roupas e acabamos saindo de lá com três sacolas para cada uma.

 

Quando estávamos indo para a Tiffany a Mabel puxou o meu braço fazendo nós ficarmos atrás de uma das colunas que havia no shopping, olhei para ela quando eu ia perguntar o que estava acontecendo eu vi ela com uma expressão assustada me fazendo ficar preocupada.

 

– Liga pro Dipper – diz um pouco desesperada.

 

– Por que? – pergunto confusa.

 

– Só, por favor, liga pro Dipper – fala e logo em seguida eu disquei o número do Dipper no meu novo celular.