Eu estava caminhando pelo festival, quando eu vi Pacífica andando parecendo estar procurando alguém.
Quando me aproximei ela não notou a minha presença até que eu cutuquei seu braço, fazendo-a dar um pulinho de susto e me fazendo rir de seu susto.
– Filho da puta, quer me matar de susto é? – perguntou enraivecida por causa do susto que eu a dei sem querer.
– Para de ser exagerada que nós demônios não morremos – falei revirando meus olhos com todo esse drama que ela estava fazendo só por causa de um susto que nem foi de propósito.
– Isso é modo de dizer imbecil – falou me dando um tapa fraco no ombro.
– Ah que seja – disse me cansando daquela conversa – enfim quem você estava procurando? – perguntei curioso, pois não era todo dia que eu via Pacífica Northwest procurando alguém como se fosse um cachorrinho sem dono.
Depois que fiz a minha pergunta vi as bochechas da loira ficarem completamente vermelhas e um sorriso sínico surgiu em meus lábios.
– N-ninguém importante – gaguejou cruzando os braços e virando o rosto para o outro lado e meu sorriso se alargou.
– Fala para mim maninha – digo chamando-a pelo apelido que eu criei para irritá-la e vejo ela fazer uma expressão zangada.
– Ah – suspirou – tá bom caralho – falou irritada – eu estava... procurando a... a Mabel – falou de cabeça baixa, mas reerguendo-a novamente logo em seguida – você viu ela? – perguntou parecendo meio envergonhada.
– Sim, ela e o pinetree estão conversando sobre algum assunto importante e pediram para mim dar privacidade para eles – falei sem dar muita importância para isso, eu sou curioso mas em assunto de família eu não me meto.
– Tá, então eu falo com ela mais tarde – a loira disse dando de ombros.
Ficamos conversando enquanto andávamos pelo lugar procurando alguma coisa para fazermos.
– O que é aquilo? – pergunto olhando para uma atração onde Stan parecia estar dentro de um tanque de água.
– Ah é um negócio onde eles tentam derrubar o Stan na água – Pacífica disse parecendo não estar nem um pouco interessada naquilo.
– Aposto 200 que consigo derruba-lo – digo fazendo mais uma das nossas apostas idiotas.
– Aposto 500 que não consegue – ela fala com desdém, me olhando com um olhar que dizia "Você não vai conseguir" e um sorriso convencido em seus lábios.
– E aposta feita – digo sorrindo, fazia tempo que não fazíamos uma aposta tão ridícula e imbecil quanto essa.
Fiquei mais ou menos umas duas ou três horas tentando acertar o alvo, até que eu finalmente consegui derrubar o Stan na água e todo mundo que estava lá começou a comemorar, já que toda vez que alguém errava ele começava a rir e a falar o quanto a pessoa era ruim e depois que eu acertei ele falou algo como "Eu vou te matar" o que me fez correr até a Pacífica enquanto eu ria.
– Pode pagar irmãzinha – digo sorrindo enquanto a loira bufava por ter perdido a nossa querida aposta.
Pacífica estalou os seus dedos e cinco notas de 100 apareceram em uma suas mãos e ela logo me entregou com uma expressão emburrada em seu rosto.
Depois disso nós ficamos conversando enquanto íamos em algumas barracas de comida e algumas barracas de jogos.
Até que começou a escurecer e nós resolvemos voltar para a cabana, depois que entramos nós nos demos boa noite e cada um foi para seu quarto.
Entrei no quarto, fui até o guarda-roupa, peguei meu pijama, deixei em cima da cama e caminhei até o banheiro.
Fechei a porta do banheiro, trancando-a, comecei a me despir, depois liguei o chuveiro, esperei dois minutos para a água esquentar, entrei no box e comecei a tomar o meu banho.
Depois de terminar de tomar banho eu desliguei o chuveiro, enrolei uma toalha na minha cintura e caminhei de volta para o quarto que eu divido com o Pinetree.
Entro no quarto, fecho a porta e caminho em direção da cômoda para pegar uma cueca, quando escuto alguém bater na porta do quarto.
– Entra – digo ouvindo o barulho da porta sendo aberta logo em seguida.
– BILL! – escuto a voz de Dipper ecoar pelo quarto, olho por cima do meu ombro e vejo o menor com as bochechas coradas e os olhos fechados de vergonha.
"O Pinetree é tão fofo" penso deixando um sorriso de canto surgir em meu rosto enquanto vejo o garoto de cabelos castanhos com os lábios pressionados um contra o outro com os olhos ainda fechados por causa da vergonha que ele estava sentindo.
O menor abre um de seus belos olhos castanhos, mas ao perceber que eu ainda estava do mesmo jeito ele fechou novamente seu olho e quando eu soltei uma risada divertida o mesmo cruzou os braços e fez uma expressão emburrada enquanto continuava com os olhos fechados para evitar me ver com apenas uma toalha em meu corpo.
– Coloca uma roupa – falou com um tom irritado em sua voz – idiota – murmurou, mas eu ainda assim consegui ouvir.
– Para que tanta agressividade Pinetree – falei me aproximando do menor e o abracei pela cintura escutando o mesmo reclamar por causa da minha aproximação e o meu abraço repentinos.
– Sai! Você ainda tá molhado – reclamou irritadiço enquanto tentava me afastar de si, mas como eu era mais forte ele não conseguia me afastar.
– Não fala assim Pinetree – digo sussurrando em seu ouvindo vendo o Pines se arrepiar.
Um sorriso sínico surgiu em meus lábios enquanto eu aproximava meu rosto da curva de seu pescoço, deixava beijos e o menor suspirava.
– P-pervertido – ele disse, sua voz saiu falhada o que só fez meu sorriso sínico crescer mais e mais.
Me afastei do Pinetree, vi seu rosto ruborizar mais e seus lábios estavam levemente separados.
Uma expressão zangada subsitituiu a de segundos atrás e Dipper tentou me bater, mas como seus olhos estavam fechados eu apenas me distanciei um pouco, agarrei seus pulsos com uma de minhas mãos e prensei o corpo do menor contra a parede ao lado da porta.
– Pinetree – chamei o menor recebendo um resmungo como resposta para que eu continuasse a minha frase – lembra do dia que nós fomos ao shopping?
– S-sim – gaguejou a resposta enquanto eu continuava distribuindo beijos pelo pescoço do de cabelos castanhos.
– Então você se lembra que tá me devendo um beijo, né? – perguntei vendo os olhos de Dipper se abrirem e se arregalarem um pouco por causa da minha pergunta.
– E-eu não l-lembro disso não – disse tentando se fingir de desentendido, mas eu sabia que ele se lembrava.
– Tem certeza? – perguntei mordiscando de leve o lóbulo de sua orelha.
– T-tenho – disse com a voz meio trêmula e gaguejando um pouco.
– Então eu vou ter que te lembrar – digo sorrindo enquanto eu aprovava cada vez mais meus lábios dos seus.
Quando eu ia beijar o Pinetree eu escuto a porta se abrir e no mesmo instante eu sinto uma raiva percorrer todo o meu ser.
– Gente o jantar tá... – escuto a voz de Mabel morrer e quando eu me viro vejo-a parada nos encarando estática.
"Filha da puta" penso revirando os olhos com uma expressão zangada se formando em meu rosto.
– OLHA A BOCA IMBECIL – escuto Pacífica gritar lá da sala de estar, a filha da égua tava lendo os meus pensamentos.
– E VOCÊ FICA LONGE DOS MEUS PENSAMENTOS IDIOTA – grito de volta com a irritação clara em meu tom de voz.
Volto a prestar atenção para o que estava acontecendo no cômodo, vejo que a Mabel estava nos lançando um olhar de malícia e sinto Dipper esconder seu rosto na curva do meu pescoço por causa da vergonha que ele estava sentindo.
– O que vocês estavam fazendo? – ela perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas enquanto sorria maliciosamente para nós, cruzava os braços e encostava seu ombro no batente da porta do quarto.
– Nada que é da sua conta – digo ácido enquanto um sorriso irônico surgia em meus lábios.
– Aí, tá bom agressivo – ela falou erguendo seus braços em sinal de rendição – eu só vim avisar que o jantar está pronto – falou novamente saindo do quarto logo em seguida.
Depois que a porta se fechou eu me afastei um pouco do Dipper e o vi tampar o rosto com as duas mãos.
Soltei um riso nasalado, segurei suas mãos, as afastei de seu rosto, deixei um beijo em sua testa e ergui seu queixo.
– Você vai indo para a cozinha enquanto eu vou me trocar tá? – perguntei e ele apenas assentiu como resposta.
Me virei, caminhei até a cômoda, peguei uma cueca box preta e fui até a cama onde estava meu pijama.
– Espera – escuto Dipper dizer, me viro e olho para ele – depois do jantar eu queria conversar uma coisa com você.
– Sobre o quê? – perguntei curioso.
– É sobre o que a Mabel conversou comigo hoje de tarde – falou e eu assenti em resposta vendo-o sair do quarto logo em seguida.
Me virei novamente, eu estava prestes a tirar a toalha, quando eu escuto novamente a porta se abrir, olhei por cima do meu ombro e vi o garoto de cabelos castanhos parado com a porta entreaberta segurando a maçaneta.
– E não é para você aparecer lá só com a parte de baixo do pijama – disse e eu revirei meus olhos em resposta – eu to falando sério, é para você aparecer lá de camisa ou eu vou tirar seu celular por um mês e nada que você fizer vai me convencer a devolve-lo.
– Tá bom, mãe – falei com um tom entediado em minha voz.
– Idiota – ele disse soltando uma risada gostosa logo em seguida.
Assim que eu escutei a porta ser fechada, tirei a toalha, a deixei em cima da cama, coloquei meu pijama e comecei a caminhar até a cozinha.
Quando cheguei lá, Mabel estava de frente para o fogão colocando um pouco de ensopado de carne em cada prato e todos os outros estavam sentados na mesa de jantar.
Me sentei do lado do Dipper, que me olhou como se quisesse dizer "ainda bem que você sabia que eu não estava blefando e resolveu colocar a parte de cima do seu pijama" enquanto sorria de um jeito gentil que eu retribui com um sorriso simples.
– E aqui está o jantar – Mabel falou sorrindo de um jeito alegre enquanto andava de um lado para o outro pegando os pratos e colocando os mesmos na frente de cada um de nós.
⚠️Quebra de tempo⚠️
– Isso estava uma delícia querida – Ford falou enquanto Mabel pegava o prato de todos, a ansiedade brilhando em seus olhos na espera de saber o que todos haviam achado de seu prato.
– Já da para ser uma chefe profissional – Stan disse, provavelmente bajulando a mais nova para ela poder cozinhar mais vezes, e Mabel soltou uma risadinha meio escandalosa em resposta ao comentário de seu tivô em relação a sua comida.
– Obrigada tivôs – ela disse e desviou seus olhos castanhos para mim, o Pinetree e a Pacífica – e vocês? O que acharam do meu ensopado?
– Eu adorei Mabel – Pacífica falou sorrindo para a menor que retribuiu com um sorriso alegre e animado.
– Onde esteve todo esse seu talento, quando o papai e a mamãe nos deixavam sozinhos e nós quase queimávamos a cozinha tentando fazer o nosso almoço? – Dipper falou e Mabel coçou a própria nuca, indicando que a mesma sabia do que o Pinetree estava falando.
Senti os olhares de todos sobre mim, um esperançoso de Mabel e os outros eram olhares curiosos para saber o que eu iria dizer para a de cabelos castanhos.
– Se eu pudesse eu te contrataria para cozinhar para mim todo dia – falei sendo totalmente sincero.
– Own, que fofo – Mabel disse vindo em minha direção e me envolvendo em um abraço desajeitado por eu estar sentado e por ela estar em pé – só por causa disso eu prometo fazer seu prato favorito no almoço de amanhã.
– Obrigado Mabel – sorri para ela, meus olhos provavelmente estavam brilhando, e a garota sorriu de forma amável e me abraçou mais forte.
– Por que só ele ganha tratamento especial – Stan reclamou fazendo todos rirem e Ford balançar a cabeça negativamente por causa da birra do seu irmão gêmeo.
– Boa noite crianças – Ford falou arrastando Stan para fora da cozinha.
Depois da ida dos Pines mais velhos, eu e Dipper demos boa noite para Mabel e para a Pacífica depois da Pines mais nova insistir em lavar a louça e a loira ficou para ajudá-la.
Fomos até o quarto que dividimos, quando entramos eu fui até a cama e o Pinetree foi em direção a cômoda.
– Então, o que você queria conversar comigo? – perguntei atraindo a atenção do manor para mim.
– Eu tenho que tomar banho, não dá para você esperar eu sair do chuveiro? – ele perguntou meio cansado.
– Vai por mim, se você tomar banho eu esquecer completamente de conversar e do jeito que você tá você vai acabar dormindo assim que se sentar na sua casa – falei e inconscientemente acabei imaginando o meu Pinetree usando apenas uma toalha.
“Um dia eu vou morrer por causa desses meus pensamentos” falei para mim mesmo em minha cabeça.
– Tá bom – ele falou se aproximando da cama e se sentando ao meu lado – bom é que a Mabel me falou uma coisa e eu queria que você me ajudasse com uma coisa que eu queria fazer em relação a isso que ela me contou.
– Tá – falei ainda meio confuso – e o que ela te contou? – perguntei curioso para saber o que Mabel havia o contado.
– Ela me contou que gostava da Pacífica e eu queria a sua ajuda para planejar um encontro para as duas.
– E o que te faz pensar que eu sou a pessoas certa para te ajudar? – perguntei não entendendo onde eu me encaixava nesse plano dele.
– Bom é que você é meio-irmão dela e porque eu sei que ela não ia gostar que eu contasse isso por ela para as amigas e para os tivôs – respondeu enquanto olhava para as suas mãos que estavam repousadas sobre seu colo.
– Tá eu te ajudo, já que eu conheço um pouco sobre ela por ter vivido com a mesma durante uns três séculos – falei vendo o Pinetree me olhar um pouco assustado pela a última coisa que eu falei na minha frase.
– Quantos anos você tem? – perguntou surpreso por eu ter morado com a criatura que eu sou obrigado a chamar de irmã.
– Eu respondo a sua pergunta outro dia, agora vai tomar seu banho Pinetree – falei fazendo ele se levantar e empurrei levemente o menor na direção da porta.
– Tá, calma – ele falou se afastando um pouco de mim – eu só preciso pegar o meu pijama, uma cueca e eu já falei para você para parar de me chamar assim.
– E eu já falei que eu não vou parar de te chamar assim – falei sorrindo enquanto eu o observava ir até a cômoda e depois ir até a porta do quarto.
Depois de alguns minutos o Pinetree entrou no quarto vestindo seu pijama, que o deixou muito fofinho.
– Você parece um bonequinho de pelúcia vestido assim sabia? – perguntei vendo ele corar com o meu comentário.
O menor olhou para mim e depois olhou para cima, parecendo pensar em alguma coisa que me envolve.
– Me corrija se eu estiver errado, ok? – ele perguntou e eu assenti – você é um demônio que sabe fazer magia, certo?
– Sim.
– Então por que você não cria uma cama para você ao invés de dormir na minha cama comigo? – perguntou meio indignado com a conclusão que o seu pensamento chegou.
– Porque eu não quero – eu disse simplista fazendo o de cabelos castanhos revirar os olhos pela minha resposta.
– Vai para o lado vai – ele falou empurrando de leve meu ombro depois de se aproximar da cama.
– Boa noite Pinetree – falei lhe dando um beijo na bochecha.
– Boa noite – ele respondeu bocejando logo em seguida.
Os pijamas deles: foto da capa.
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