Os destroços das duas naves geram uma fumaça intensa pelos céus, subindo até os mais altos alcances das planícies terrestres, mas seus limites eram ali. De maneira alguma, poderia haver algum sobrevivente, tanto pelo tamanho da nave, quanto pela força do impacto, que conseguiu até mesmo fazer algumas rachaduras no solo do novo planeta. Porém, Beyonder simplesmente não poderia deixar seus peões morrerem tão cedo. Era algo inaceitável para um joguinho tão especial quanto o que propusera. “Certamente, eles retornarão”, Duende disse enquanto se preparava para o impacto contra o solo.
O impacto era certo, e provavelmente seu campo de força protetor não aguentaria. De alguma forma, Duende sabia que seu fim estava próximo, logo fechando seus olhos e o esperando chegar, calmamente. Seu planador havia sido destruído no meio do espaço e não havia meio de locomoção possível para escapar da batida fatal... Ou será que não?
De um momento para outro, o fiel veículo de Norman reaparecera bem abaixo da direção onde caia, emitindo o som que Duende conhecia muito bem. Ele abre seus olhos amarelos, dando um largo sorriso ao ver seu planador parado lá embaixo, como se estivesse o esperando ou coisa assim. “Beyonder se arrependerá de ter feito isso”, dizia em seus mais profundos pensamentos. Sabia que aquele ser podia facilmente ler suas mentes numa escala inimaginável, mas Norman sempre tinha um espaço para guardar alguns tipos de pensamentos confidenciais, tendo treinado firmemente contra alguns tipos de controles mentais para aprender a combatê-los quando a situação exigisse. Duende então faz um movimento no ar, pousando com firmeza em seu planador e começando a olhar o planeta ao redor. O céu laranja e as planícies vulcânicas cobriam toda a paisagem enquanto no solo, dezenas de pântanos cresciam, mostrando criaturas até então nunca vistas ou imaginadas por qualquer ser humano.
Esse seria o lugar em que Norman finalmente alcançaria sua ambição final, o lugar que se tornaria palco de uma batalha que nenhum humano, mortal, entidade ou deus do Universo poderia sequer saber da existência, o lugar que se tornaria o marco de uma guerra mortal...
Uma Guerra Secreta!
Duende então saiu voando para longe da queda das naves, procurando alguma base de operações para se estabelecer e tentar comunicação com os vilões novamente. Certamente, eles não estavam mortos. Norman era perceptivo, e compartilhava do mesmo pensamento de Beyonder em relação ao que acontecera. No local da queda, os destroços e o fogo continuavam a inundar aquele lugar de devastação, mas Duende não estava errado sobre suas suposições, assim como Beyonder estava certo sobre a vida de seus peões. Em meio a toda aquela destruição, alguns destroços começam a ser mexidos de dentro, e Professor Hulk libera a passagem com um soco forte de seu braço esquerdo (o único que permanece não queimado), deixando um grande buraco. De um minuto para outro, todos os heróis que ainda tinham se mantido na nave estavam pisando no solo vermelho do novo planeta. Homem-Aranha já testava algumas pequenas planícies, para testar se seus poderes de escalada se adaptariam a textura, obtendo sucesso e dando um sorriso por trás da máscara.
Capitão América – Todos bem?
Homem de Ferro – Por incrível que pareça, sim – Olha para o planeta – Que lugar é esse?
Falcão – Tá claro que é o novo planeta, né?
Capitã Marvel (observando os céus) – Esse Beyonder criou um ambiente de ar perfeito, mas o planeta em si – Olha as planícies vulcânicas – Dá desgosto de ficar aqui.
Rocket (debochando) – Pode ir embora, então. Você sabe voar pelo espaço – Carol apenas mostra seu punho carregado de poder – Calma, foi só uma zoeira. Cruz-credo!
Wolverine (observando o grupo) – É, mas deu pra alguém perceber que perdemos gente?
Lince Negra – É mesmo. Mas pra onde foram?
Rexarts – Acho que não tem necessidade de se preocupar. O planeta pode ser enorme, mas o Sonic pode sentir nossas energias, então deve ser fácil para ele nos encontrar – O grupo olha para ele – Se não tiverem ido pra longe.
Johnny (desconfiando) – Tá botando nossa esperança de sermos localizados nas costas de um ouriço de traje de luta? – Começa a faiscar.
Susan – Calma, Johnny. Não precisa se descontrolar – Olha para Rexarts – Me desculpe pelo meu irmão, ele é meio ignorante.
Rexarts – Tranquilo – Susan assente e volta para o seu grupo.
Enquanto o grupo todo conversava, tanto Reed quanto Xavier faziam análises e avaliações mentais de toda a situação, além de uma pequena contagem de quem continuava ali. Haviam perdido no total, 14 membros, aos quais nem sabiam das habilidades possíveis e como poderiam ser úteis em uma luta, mas a julgar pelas expressões dos Vingadores, fariam bastante falta. Bom, mas o foco não seria se lamentar sobre possíveis perdas, e sim contar o número de sobreviventes. ”Vamos lá”, dizia Reed. Dando uma rápida olhada, logo ele havia conseguido os números e os nomes de todos, como se em apenas meia-hora após se conhecerem, já soubesse de todos e seus nomes, sem nem mesmo ter perguntado a todos.
Entre os sobreviventes, havia todo o Quarteto Fantástico, o que causava um alívio enorme a Reed; quase todos os Vingadores, com exceção de Thor, Valquíria, Ben, Gwen e Kevin, ambos jogados para outro lugar do planeta na queda; todos os X-Men também estavam presentes; já os Miraculous e os Guerreiros Z, também sofreram o mesmo destino de Thor e companhia. A pergunta seria: Onde eles estão? E o que eles fariam agora? As perguntas enchiam a mente de Reed enquanto ele observava toda aquela paisagem nada agradável.
Reed (pensando alto) – Bom, nada de inimigos pelo menos.
Johnny (ouvindo) – Tá falando do que, Reed? Tem um bem ali! – Aponta para Magneto.
Soldado Invernal (apontando sua arma) – É verdade, mas parece que com ele podemos ter uma conversa antes do pau quebrar.
Rexarts – Certo, mas acho errado um assassino estar no grupo – Magneto fecha seu punho.
Magneto (irritado) – Você ousa julgar-me? – Rexarts apenas dá de ombros enquanto forma um escudo – Matei, e matarei o quanto for possível pelo bem da raça mutante! Acredito que qualquer extremismo em defesa das vidas de sua espécie seja algo bom. Você faria o mesmo pelos humanos!
Coisa e Professor Hulk apenas faziam uma posição mais bruta, esperando uma possível luta contra o Mestre do Magnetismo. Praticamente quase todos os heróis dali estavam preparados para lutar com Magneto, se assim fosse exigido. Rhodes estava meio incomodado e desconfiado quanto aos argumentos defensivos que o mutante havia apresentado. Já havia ouvido muitos megalomaníacos dizerem quase a mesma coisa sobre o assunto e dar muita coisa ruim em seguida, mas Xavier estava pronto para apaziguar os ânimos.
Xavier (ficando perto de todos) – Não é hora para brigas sem sentido, nem julgamentos. Se Erik foi colocado junto de nós, deve haver um motivo.
Ciclope – Conhecemos Magneto melhor que todos vocês. Não concordamos com os métodos dele, mas sabemos que... – interrompido por uma encarada olho no olho feita por Sam.
Falcão – Olha, acho que é melhor sair da frente e não ficar do lado desse cara. Senão eu passo minha asa nesse seu óculos bonitinho aí e te arrebento todinho.
Wolverine (estendendo as garras) – Afaste-se, cara.
Ciclope – Não, Logan. Eu posso cuidar disso por mim mesmo – Encara Sam seriamente.
Johnny (se aproximando rápido) – Eu também posso. Em chamas! – Voa por cima dos mutantes – Olha, pelo que vimos na nave, já podemos deduzir que o Magneto não é um bom rapaz. Então, que tal nos livramos de mais um problema?
Magneto (ainda mais irritado) – Como ousa?! – Faz um gesto brusco.
O gesto brusco de Magneto acaba por fazer Tocha Humana ser jogado contra o chão com brutalidade, batendo sua cara e ficando caído no solo vermelho, atordoado. Com isso, o resto dos heróis assume uma posição de luta, seguindo o que Coisa e Professor Hulk fizeram. Homem de Ferro e Pantera Negra já ameaçam começar a atacar com rajadas de energia de seus trajes. Magneto subitamente ergueu um pedaço de terra recheado de metais no solo, grande o suficiente para, com um golpe, mandar os dois heróis para longe. Eles se recuperam com um pouco de dificuldades, mas logo ficam prontos para lutar. Tony tem certa dificuldade por conta do ferimento causado pelas Joias do Infinito, tentando não forçar seu braço direito para não machucar. Magneto então se viu cercado por Rexarts e Homem-Aranha, mas três X-Men se entrepuseram a frente do mutante.
Ciclope (colocando sua mão a frente) – Parem! Ouviram Xavier! Não é hora para brigas e julgamentos!
Soldado Invernal (preparado para atirar) – Dane-se! Ele tá mostrando quem é... Igualzinho a vocês – Atira, mas Magneto para as balas em pleno ar – Ah, é claro que isso ia acontecer.
Capitão América (com o escudo preparado) – Mantenham o foco!
Professor Hulk – Foi mal, X-Men. Mas o Bucky tá certo.
Wolverine – Então vai ter que passar por mim pra chegar até ele – Prepara para atacar enquanto a sombra do verdão o cobre – Olha pra você, monstrão. Num corpo tão bombado, mas perdido na personalidade.
Magneto (irritado) – JÁ CHEGA! – Forma um campo de magnetismo ao seu redor – Não quero sangue mutante derramado por minha causa aqui! Por isso, eu vos abandono de agora em diante. Acredito que podem seguir sem mim.
Tocha Humana (ironizando) – Que figura...
Aos poucos, Magneto se foi embora ao longe do novo planeta, deixando os heróis a se entreolharem. Os X-Men certamente estão incomodados quanto à posição dos Vingadores e do Quarteto Fantástico em relação a Magneto. Mais um membro do time fora perdido por culpa de julgamentos sem sentido e, um pouco preconceituosos. Porém, o foco agora era ter um líder para a equipe, para que pudessem se organizar melhor quanto a vários assuntos que poderiam se seguir. Xavier então olhou para Reed, que retribuiu apenas balançando a cabeça.
Reed – Acredito que eu não seja o adequado para uma equipe tão grande. Que tal você, Xavier?
Xavier – Posso até ser um líder, mas sou melhor lidando no campo de conselhos, atuando como um conselheiro, assim como faço com meus X-Men. Steve – Steve olha para ele – Me parece que você tem amplos conhecimentos na área de liderança em combate e vários outros tipos. Vingadores, poderiam responder?
Quase todos os Vingadores (em conjunto) – Sim.
Xavier – Então acredito que o mais adequado a liderar seja você, Steve.
Steve (pensativo) – Certo, é uma responsabilidade grande. Mas farei o meu melhor.
Wolverine – Não sei não. Steve pode até ser um bom líder, mas não curto muito, caras certinhos. É capaz de pensar no que é bom apenas para os Vingadores – Steve olha para ele – Nada contra, mas ainda me cheira estranho.
Steve (com um leve sorriso no rosto) – Não se preocupe, Logan. Farei o possível para garantir segurança a todos, incluindo os X-Men – Observa o horizonte e a fumaça da outra nave – Acho que é melhor checarmos nossos amigos.
Wolverine – Você que sabe.
Steven – Tenha respeito pelos mais velhos – Coloca os braços atrás da cabeça, começando a seguir Steve.
Tony (olhando desprezando Steven) – Foi exatamente o que você me disse naquele tempo.
Steven – Tá, nem precisa voltar no assunto. Só segue o homem – Tony balança a cabeça e começa a voar – Cara estressado, poxa.
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