Nova York - Parte I
Ela estava em seu quarto no hotel, era uma suíte presidencial, tinha uma vista linda da cidade de Nova York e do Central Park. Porém estava como Tóquio, faltando pouquíssimo dias para a entrada do inverno. Tudo parecia sem vida, como ela. Apesar da conversa bacana que teve com Adam no aeroporto, ela não se sentia melhor, e mesmo ter aceitado o convite dele para conhecer a cidade, não a deixava animada. Nada deixaria ela animada mas, seria bom sair e se distrair, mesmo que por algumas horas, conhecer lugares novos... Ocupar a cabeça, seguir em frente.
Ela estava ali, de baixo das cobertas macias e quentes, olhando para o teto que tinha detalhes interessantes em gesso, enquanto apreciava o silencio profundo que estava no quarto. O silencio nunca pareceu tão acolhedor como no momento.
Logo iria amanhecer e ela ainda estava com os olhos abertos, pensando e pensando, já nem sentia mais as lagrimas que escorriam pelos cantos de seu rosto. Dessa vez ela não via nenhum caminho e não sabia nem o que fazer, ela só conseguia pensar em tudo o que deixou para trás. Foi quando ela se lembrou que não mandou noticia alguma para seu irmão e nem para Kagome, e nem para Inu, a quem devia muitas explicações. Ele é seu chefe, seu padrinho e quase seu pai. Se sentia mal por ter ido embora sem avisa-lo, mas precisava. Ela não iria aguentar, iria acabar fraquejando mais ainda e possivelmente iria acabar desistindo de sua saída de Tóquio.
Pegou seu celular e discou o numero de Inu, sabia que pela hora de lá, ele estaria em casa. Imaginou o que faria se Sesshoumaru atendesse... Não impossível, ele nunca atende o telefone no trabalho, por que atenderia o celular do pai e sendo que era ela que estava ligando? Foi tirada de seus pensamentos, quando escutou uma voz rouca e linda a chamando do outro lado da linha.
— Inu...
— Rin, como você some sem falar comigo? Sem falar com ninguém? Tem noção de como eu fiquei preocupado? De como todos nós ficamos preocupados? Kagome quase surtou...
— Inu...
— Inuyasha quase saiu no braço com Sesshoumaru...
— Inu, espere.
— Desculpa...
— Me perdoa, de verdade. Eu me sinto mal por não ter te avisado... Mas eu não consegui. — Então ela não conseguia mas disfarça na voz que segurava o choro em sua garganta. — Eu tive que ir, eu não podia mais ficar, eu não aguentava. Esse ano esta sendo a desgraça na minha vida! Eu estou perdendo tudo, eu perdi a casa aonde vivi minha vida toda, meus pais e quando eu estava bem e recuperada, o meu amor foi tirado de mim.
— Rin, calma, as coisas vão voltar ao normal.
— NÃO! NÃO VÃO! — Ela se exaltou, não queria ouvir que as coisas iriam voltar ao normal, porque não iram! Não queria ter esperanças para depois se decepcionar. — Eu não vou voltar, eu sinto muito! Mas eu não vou voltar, eu não quero mais isso pra mim.
— Você vai! Nem que eu te puxe pelos cabelos, mocinha! Eu prometi que cuidaria de você, lembra?
— Eu sei... Mas ninguém pode me salvar. Nenhuma religião ou crença, nenhum remédio e nenhuma palavra. Só eu posso me salvar. E eu não vou conseguir se eu estiver ai.
— Tudo bem... Onde você esta agora?
— Bem, ainda não amanheceu, então eu estou no hotel próximo ao Central Park... Conheci uma pessoa.
— Que pessoa? Rin! O que você fez?
— Derrubei café dele... Foi por acaso, e adivinha? Ele é o vocalista do Maroon 5.
— Eu não gostei disso.
—Ciumento.
—Preciso ser?
— Não, ele é só uma pessoa que me ajudou.
— Espero.
— Inu, eu vou desligar e tentar dormi... Eu mando noticias.
— Dorme bem. E Rin, cuidado com o orgulho.
Ela não entendeu a parte do orgulho, o que ele quis dizer com aquilo? Mas antes de pergunta o porquê, seu padrinho desligou a ligação, aquele malcriado.
Suspirou, não iria conseguir dormi. Apesar de já não ter dormido nada na noite anterior. Pediu pelo telefone, que o serviço de quarto, entregasse um chocolate quente e comprimidos para enjoo, esses remédios sempre a deixa morrendo de sono. Se ele não queria chegar, ela o traria a força, o que ela não podia é ficar mais uma noite acordada com a cabeça vazia e só se torturando com lembranças e perguntas sem respostas. Não demorou muito e o serviço de quarto chegou, ela agradeceu, tomou duas capsulas e se enrolou em uma coberta, pegou a caneca com chocolate quente e caminhou até a varanda. Abriu a porta e encostou-se à cerca de mármore, e deu o primeiro gole no chocolate que estava quente no ponto certo.
Sentia o vento forte sobre seu rosto e não se incomodou, tudo o que queria era observa a cidade que logo iria acorda. Era outono muito forte, então era impossível ver o sol nascer nessa estação. Até isso era triste.
Voltou para cama assim que seu chocolate acabou, sentiu o sono enfim chegar.
(...)
Eram exatamente 2PM quando ela acordou, o quarto estava quase escuro por completo, só não estava pela pequena e fraca luz do dia que entrava pela varanda. Abriu os olhos e encarou o nada, por 7 segundos ela não se lembrou de absolutamente nada, foram os melhores 7 segundos de sua vida, atualmente. Mas logo o motivo de estar ali, voltou. Ela suspirou cansada, parecia que um caminhão passou por cima dela e voltou para verificar o serviço.
Mas ela fez uma promessa a si mesma.
— A parti de hoje eu não vou mais chorar! Eu já chorei 50 mil lagrimas por causa daquele Youkai idiota! Se ele não acredita em mim, foda-se! Eu vou viver a minha vida... Sem... Aquele maldito...
Ela jogou as cobertas que a cobria para o lado, se dirigiu ao banheiro com uma única ideia na cabeça ficar linda como nunca ficou. Uma maquiagem perfeita e uma boa roupa é uma boa mascara para um coração partido, ninguém iria perceber. Tomou um banho bem quente e relaxante, queria estar bem desposta, iria encontrar com Adam no Central Park, não tinha interesse algum nele além de amizade, mas isso não impede que querer estar bem apresentável.
Terminou seu banho com óleos corporais, secou os cabelos, não podia sair com eles molhados em um frio de 6 a 7 graus, passou uma leve maquiagem, e não usou batom vermelho, o deixou de lado e usou um rosa bem fraquinho. Vestiu um jeans, uma blusinha de malha com mangas compridas, colocou um casaco preto e novamente um lenço, não queria que as pessoas vissem a marca que ainda era visível.
3:45PM... Ela ainda não conseguia entender porque nunca consegue se arrumar em menos de 1hora, mas um dia iria conseguir. Pegou sua carteira e celular, desceu para o restaurante do Hotel, mas não almoço, tomou café da tarde, o que deveria ser da manhã, esse era o mal de acorda tão tarde.
Tomou seu café tranquilamente, sem presa. Mas parecia que o tempo não queria ajudar e não tinha a mínima ideia do que fazer até as 6PM, que era quando encontraria Adam. Ela achava uma loucura se encontrarem ali, já que é um lugar movimentado e algum paparazzi irritante poderia criar boatos com o nome de ambos. Se tem uma coisa que ela odeia, é imprensa. Tudo bando de gente sem o que fazer.
Terminou seu café, ficou olhando para o nada.
— Ah eu não vou ficar aqui sozinha mesmo!
Pronto, agora ela deu para ficar falando sozinha.
Se levantou e foi embora, tudo ficaria na conta do quarto. Saiu e pensou o que fazer. Ela estava em Nova York, não tinha como ficar parada. Andou pelas ruas, não foi muito longe e percebeu uma lojinha pequena, uma livraria. Ela não trouxe nenhum de seus livros, na verdade há muitos anos, ela não lia livro nenhum, á não ser de faculdade ou livros de arquivos do escritório.
Escritório...
Nunca pensou que ficaria longe do trabalho assim, mesmo que por poucos dias. Deu graças por deixar seus trabalhos principais salvo em uma conta da empresa, que quem dava o suporte para o servidor era a Microsoft. Assim, iria poder trabalhar com se estivesse em Tóquio com uma grande diferença, ela estaria em paz e sozinha.
Entrou na livraria devagar, e escutou um sininho ser tocado assim que a porta foi aberta. Ficou encantada com o lugar, diferente da maioria livrarias de Tóquio, era menos organizadas, tinha um ar mais antigo, como se fosse apenas literatura clássicas. Olhou para as prateleiras altas e viu que realmente só tinham clássicos. Era como uma biblioteca, tudo separado por ordem alfabética. Olhando para cima ela pode ver um que chamou atenção dela, nunca tinha lido, mas sempre teve vontade, Eu Sou a Lenda. Ela tentou pegar, mas ficava muito alto para ela, mesmo estando de saltos.
— Como eu odeio a minha altura.
Ela olhou para os lados para achar algo que a ajudasse, um banco uma cadeira, qualquer coisa mas não tinha nada e só um moço que estava no caixa, lendo e fingindo que não estava a vendo. Tentou a todo custo ficar nas postas do pé, esticou seu braço e dedos e quando estava conseguindo toca-lo, uma mão grande com unhas cortadas bem curtas pegou o livro primeiro. Ela desistiu e suspirou frustrada, isso não era raro de acontecer, mas as pessoas a ajudavam e não ‘roupam’ dela.
Mas que pessoa sem educação!
Ela se virou para ir embora e foi pega de surpresa, ele estava ali estendendo o livro para ela, calado e com um sorriso encantador no rosto.
—Adam-Kun...
— Oi?
— Ah me desculpe, é coisas da minha língua nativa...
— Hum, Eu sou a Lenda hein?
— É. — Ela estendeu a mão e pegou o livro. — Sempre quis ler, mas nunca li. Ah muito anos eu não pego em um livro que não seja da faculdade ou livro de arquivos da empresa. Acho que parei de viver muitas coisas.
— Eu a entendo. Então como está nessa noite, melhor?
— Melhor e vou melhorar mais! Só vou pagar o livro e podemos ir? — Ela esboçou um sorriso para o homem a sua frente.
— Claro. — Ele aumentou o sorriso e deixou transparecer seus dentes perfeitos.
Ela passou por ele e caminhou até o caixa, pagou pelo livro e voltou até onde Adam a esperava.
Parou ao lado dele e mediu a diferença de altura.
— Definitivamente eu não entrei na fila na altura. — E começou a andar para fora da livraria sendo acompanhada por Adam.
— Mulheres pequenas são encantadoras.
— Você é muito gentil, Senhor Levine, ou será apenas que esta atuando?
— Só estou tentando te impressionar mesmo. — Disse com ar divertido e tirando uma risada gostosa de Rin, que já não pensava em tudo o que aconteceu.
— Ah eu sabia! Mas então... Já escureceu, o parque ainda é seguro?
— É sim, mas não poderá ver tudo com muito detalhe.
— Não tem problema, só o fato de ficar ao ar livre, vai me fazer bem.
— Então vamos.
Ele foram andando para o parque que não estava longe, ficavam conversando sobre qualquer coisas, a cada 5 minutos falavam sobre algo diferente, Adam contava suas historias sobre os Show, que sempre acontece alguma coisa de diferente, ás vezes engraçadas outras desconfortáveis, muitas pessoas invadem muito a vida pessoal dele.
— Bem, eu acho que entendo. Meu pai e meu padrinho sempre estavam em jornais, sempre dando entrevistas, assim coisas relativamente normais, ás vezes eu os acompanhava, para aprender a lidar com esses parasitas. Odeio esse povo. — Ela soltou uma risada. — E só piorou depois que os jornais postaram coisas horríveis do enterro dos meus pais.
— Parasitas... É uma boa definição! Mas aprendi a me acostumar.
Eles chegaram ao parque, Rin ficou encantada apesar de sua visão está limitada devido a noite que chegara. Se sentaram em um banco no meio do Parque, não tinha quase ninguém ali. E continuaram a conversa que fluía naturalmente, passavam longe no assunto de relacionamentos.
Ela estava adorando ficar na presença dele e ela na dela.
Mas de repente Sesshoumaru pareceu em sua mente e novamente sentiu o cheiro dele, como se ele estivesse próximo de si. Mas não deixaria transparecer que aquilo afetou-a, iria cumpri com a sua promessa. A hora passou e decidiram jantaram, mas não em restaurantes comuns, ele a levou para o Burger King, um famoso fast food.
Ela nunca comeu fast food mais saboroso, no Japão não há tanta carne como nos outros países e ela simplesmente amou o baacon.
— Mesmo ter vindo para Miami não comeu em fast food?
— Não, minha mãe não gostava dessa ideia, então íamos a restaurantes normais.
Então eles acharam melhor encerrarem a noite, que foi muito agradável para ambos. Ele a deixou em frente ao hotel em que estava hospedada.
Adam segurou o rosto de Rin com as duas mãos e deu um singelo beijo no rosto dela que ficou um pouco corada e sabia muito bem o motivo. Adam é um homem exótico e muito atraente de uma forma diferente e o gesto de carinho a pegou de surpresa. Mas retribuiu com um beijo na bochecha do homem que tinha sua barba por fazer, fazendo uma leve cocegas nos lábios de Rin. E o homem não pode deixar de notar o quanto ela ficava fofa enrubescida.
Entrou no hotel torcendo para que nenhum paparazzi tenham os vistos e subiu para o seu quarto. Jogou os sapatos no canto, retirou toda aquela roupa e colocou uma roupa qualquer. Se jogou em cima da cama e ligou a Tv em mais um programa de humor, e sem perceber pegou no sono, melhor do que na noite anterior. Nova York estava a fazendo bem, mas nada faria com que esquecesse Sesshoumaru, nada faria com que esse amor acabasse, nem os desvios, nem os planos sujos e nem o orgulho.
Investigações Encerradas - Parte II
Ele estava preste a embarca no avião quando seu celular começou a tocar, ele de primeiro momento não deu importância, mas o celular voltou a tocar... Por um momento pensou que poderia ser ela, mas ao ver numero desconhecido desistiu da ideia. Mas que saco, parecia que tinha esperança de qualquer momento ela ira parecer, ligar ou voltar. Atendeu o celular com sua voz seria de sempre, não estava interessado em falar com ninguém.
— Sesshoumaru-Sama, sou Paul, o delegado.
—O que quer?
—Sabe como posso falar com Rin? Ela parece que sumiu do mapa e nem com o seu pai consigo falar.
—Ela não esta no país, o que quer com a minha noiva?
— Depois de muito tempo, conseguimos fechar o caso do incêndio, e acho que vocês iram se surpreender.
— O que aconteceu?
—Venha até a delegacia, lhe explicarei.
Ele desligou o celular, ele não podia perde esse vôo, precisava ir atrás de sua humana, mas era a morte dos pais de Rin que estava em questão. Precisava saber o que aconteceu e levar essa noticia para ela. Pegou seu carro e correu para a delegacia. Esse delegado o pagara muito caro, caso o tenha feito perde o vôo para nada, por besteiras. Chegou na delegacia e foi direto para a sala do delegado que deixou avisado que o Taisho logo chegaria.
— Bom dia Sesshoumaru-Sama.
— O que descobriu?
— Até essa semana não tínhamos nada, nada mesmo. — O delegado parecia um tanto quanto decepcionado com suas próprias palavras. — Conversamos com muitos vizinhos na época, amigos etc, mas todos diziam que o domingo foi só mais um domingo comum e sem nenhuma novidade no decorrer do dia. — Ele fez uma pausa e Sesshoumaru o olhou para que ele desse a continuidade ao relato. — Mas uma mulher, uma vizinha, veio até a delegacia essa quarta-feira prestar uma denuncia.
— Denuncia?
—Hai. A mulher contou que na manhã de domingo depois que a família saiu de casa, um rapaz vestido de encanador entrou na casa, ela não sabe quanto tempo ele passou dentro da casa. Ela fez a descrição para reconhecemos. — Ele virou a uma folha para Sesshoumaru, onde tinha um homem que ele nunca viu na vida. —Conhece?
— Não.
— Ele só foi um capanga, o cara que faz o serviço sujo.
— Está me dizendo que o acidente foi proposital? E por que essa mulher só abriu a boca só agora?
—Na época ela não achava nada demais, mas por algum motivo ela achou que seria melhor contar agora, Parece que ela estava tendo muitos pesadelos com o incêndio e a morte dos Uzumaki.
— Maldita humana!
— Fomos atrás desse cara, o encontramos em um prédio do subúrbio da cidade, o prédio era decadente, o aprendemos e o trazemos para interrogatório, depois de muito esforço e de algumas ameaças necessárias, ele confessou que foi Suzuki Ichiro que o mandou mexer na parte elétrica da casa.
Suzuki Ichiro.
Então foi ele, ele matou os pais da Rin, ele arquitetou tudo! Mas por quê? O que aquele merda tem na cabeça? Ah sim é um doente, obsessivo por uma mulher que nem é dele. Que nunca foi, se fosse ela não teria terminado com ele, antes mesmo de Sesshoumaru voltar para Tóquio. Ódio? Não, não era isso que sentia, era pior, ia além do ódio. Ele matou os pais da mulher que Sesshoumaru ama, ele assinou sua sentença de morte. Sabia muito bem que Ichiro ainda estaria vivo, mas não por muito tempo.
Não, Sesshoumaru não percebeu que o ódio foi instantâneo e avassalador que já estava com suas garras mais longas, seus caninos estavam saltando e seus olhos estavam inteiramente vermelhos e suas retinas azuis celestiais. Ele iria voando atrás de Ichiro e termina o que começou.
— EU VOU MATA-LO!
—Calma Sesshoumaru-Sama. — O delegado já presenciou muitas manifestações de youkais, isso não o deixava abalado. — É por isso que eu o chamei.
Sesshoumaru tentou se controlar e conseguiu sem muito esforço.
— Essa lei entre Youkais e Humanos, é bem complexa. Temos duas opções Sesshoumaru-Sama, o jugamos conforme as leis humanas da nossa constituição. Ou... Vocês se resolvem. Ele matou humanos e é um humano, mas mexeu com toda uma família de youkais.
— Ele tentar estuprada a noiva de Youkai favorece o lado do Youkai?
— Hai.
— Vocês o prenderam?
— Não, pode ir atrás dele se assim preferir.
E então ele saiu da sala do delegado sem dizer mais absolutamente nada. Tudo o que ele queria fazer, era matar Ichiro, não tortura-lo, o deixar em picadinhos, fazer o que seu sangue Youkai suplicava, que era sujas suas mão com o sangue imundo dele. Mas ele iria precisar de ajuda, ele tinha que ir atrás de Rin antes de qualquer coisa, pois a conhecendo tão bem, sabe que ela nunca o perdoaria se ela não pudesse culpar Ichiro de todo o mal que aconteceu em sua vida.
Foi para empresa, sabia que iria encontrar seu pai lá, dirigiu tão rápido que com certeza uma multa iria aparecer em sua casa, mas ele não se importava com isso, só se importava com vingança.
Correu para sala de seu pai, passou pelos funcionários que parecia que tinham medo do jeito tão frio de Sesshoumaru. Inu percebeu seu filho de longe, sentia a energia maligna dele que nunca esteve tão manifestada, ficou preocupado com o seu filho e do que poderia ter acontecido.
E quando o Youkai passou pela porta Inu notou seu olhar assassino, olhar de quem tinha sede de sangue.
— Sesshoumaru...
— FOI ELE, ELE MATOU OS PAIS DA RIN!
—Do que você esta falando?
— DO ICHIRO! AQUELE VERME MATOU OS PAIS DA RIN! E EU VOU MATAR ELE!
— Me conte que merda tá acontecendo, porra! É DO ASUMA QUE VOCÊ TA FALANDO!
Sesshoumaru jogou tudo pra fora, contou tudo o que descobriu com o delegado. A cada palavra que saia de sua boca, era como se estive saindo lavas de um vulcão. Ele tinha raiva, odeio, desejo de matar, cede de sangue.
Inu não ficou nada calmo, ele é muito pior que Sesshoumaru quando estava com raiva. Seus anos a mais faziam isso, parecia que a cada ano que se passa, mais forte ele ficava mesmo sem praticar muito uma vida de Youkai, já que vive pacificamente. Ele rasgou a gravata que usava, ele fechava cada vez mais seus punhos, suas garras estavam começando a ganhar mais tamanho e sendo cravadas em sua pele alva.
Ele estava com raiva, muita raiva.
Sem pensar no que perderia, chutou a mesa ainda tentando controla sua força, a mesma foi em direção a Sesshoumaru que desviou rapidamente e a mesa de se despedaçou na parede na sala, nem o computador escapou. Ele socou com força a parede criando um buraco entre a sala dele e a do filho.
— MERDA!
— Pai.
— EU VOU ACABAR COM ELE! ELE MATOU O MEU MELHOR AMIGO! A MINHA MELHOR AMIGA!
— Temos que ir agora.
— Sesshoumaru... Vam... — E então ele parou. Depois de descarregar um pouco da sua raiva de alguma maneira, ele raciocinou. Não aquilo não envolvia apenas a morte de seus melhores amigos, mas também a morte dos pais de Rin... e de Shippou, a morte dos pais de sua afilhada. — Shippou e Rin...
— Depois...
—Depois porra nenhuma Sesshoumaru! Shippou e Rin perderam os pais por causa desse canalha! Eles precisam saber disso. Eu tenho que falar com Shippou e você tem que ir atrás dela. Mas antes, o que vamos fazer com Ichiro?
—Matar, é obvio.
— Não podemos matar antes de Rin voltar, sabe disso, eu sei que sabe. Vamos pega-lo, joga-lo em um galpão trancado. Eu e Inuyasha vamos ficar de vigia e você vai concerta o seu erro.
—Perdi o vôo.
— Contrata a porra de jato, temos dinheiro pra que cacete?
— Pare de falar palavrão cacete!
— Nossa filho, que correto você!
Eles saíram da sala o secretario de Inu estava visivelmente... Aterrorizado. Os dois Youkais estavam com olhos assassinos, deixavam transparecer a raiva que estavam sentido.
— Katsuo!
— Sim Taisho-Sama!
— Arrume a bagunça da minha sala, quando eu voltar, quero tudo em perfeito estado!
— Hai Taisho-Sama!
Eles desceram para o estacionamento as pressas, foram pelas escadas porque assim seria mais rápido.
— Inuyasha sabe onde ele mora, ele com certeza ainda está vivo. Eu vou busca-la.
— Você tem 36horas para estar de volta com ela.
Ele não respondeu, já falou muito com seu pai por um único dia, cada um entrou em seu carro. Sesshoumaru voltou para o aeroporto e Inu foi para a faculdade buscar seu filho para se fossem atrás de Ichiro.
Sesshoumaru não demorou mais que meia hora para chegar no aeroporto, contratou um jato e sem mais demandas, conseguiu enfim partir para Nova York atrás de sua pequena.
Inu ligou para Inuyasha que não entendeu a voz raivosa de seu pai o pedindo para sair da aula e ir resolver um assunto importante com ele. E assim o hayou fez, entrou em seu carro e seguiu o de seu pai. Ele não estava entendo absolutamente nada e tinha medo que fosse alguma coisa com sua esposa ou filho. Mas seu pai estava seguindo para o subúrbio. Isso significava que era algo haver com Ichiro.
— Quer merda ele aprontou dessa vez? — Perguntou a si mesmo enquanto não tirava os olhos no carro de seu pai.
Eles pararam o carro em frente ao prédio de Ichiro.
— É aqui onde Ichiro mora?
—Hai, pai o que esta acontecendo?
— Filho... Ichiro matou os pais de Rin.
— ELE O QUE?
— Hai.
— Ele matou a Tia Kushina...? — Inuyasha não sabia o que fazer, sua única reação foi deixar uma lagrima escorrer no canto de seu rosto. — Tia Kushi... Eu vou mata-lo! — E então o mesmo odeio avassalador que estava por dentro de Inu e Sesshoumaru, tomou conta de Inuyasha que nunca teve tanta necessidade de bater em alguém.
—Entra pra fila. Sesshoumaru foi buscar Rin, não podemos mata-lo antes que eles voltem. Então nos vamos cuidar de por enquanto.
— Certo... —Disse com a voz baixa ao tentar se controlar.
Eles entraram no prédio e subiram as escadas, não demorou para encontrarem o apartamento de Ichiro trancado, já com a porta arrumada. Arrombaram a porta na base do chute e a porta foi arrancada do batente e voou contra a parede. Ichiro se assustou com todo o barulho, mais uma vez sua porta é arrombada.
— Qual é? Você adoram arrombar uma porta né? — Ele falava entre os gemidos de dor. O plano de Sesshoumaru o deixar morrendo ao poucos com o veneno dele estava dando muito certo. Dores de cabeça constantes pelo corpo, seria o que mais lhe afetaria se não fosse sua febre de 40graus.
Inuyasha correu até o humano e o jogou contra a parede.
— SEU FILHO DA PUTA! COMO VOCÊ TEVE CORAGEM?
— Não fiz nada... Rin que se entregou pra mim...
— Todo mundo sabe que foi mais um plano sujo seu. Não foi o suficiente matar os pais dela?
— Nani?
— VOCÊ MATOU ELES! VOCÊ ICHIRO MANDOU MATA-LOS. E VOCÊ NÃO SABE O QUANTO DESEJAMOS MATAR VOCÊ AGORA.
Ichiro engoliu em seco, então eles descobriram. Mas como? Nem mesmo a policia tinha conseguido, se escondeu por baixo dos panos muito bem para não ser descoberto. Agora aqui esta ele, descoberto, com um hayou e um Youkai querendo a cabeça dele. Medo, era isso o que sentia e a febre não estava ajudando, estava perdendo as poucas forças que tinha e assim acabou por perde a consciência.
Inu caminhou até ele e moveu a cabeça dele com o pé.
— Nem pra ficar acordado esse verme presta. Vamos leva-lo.
Inuyasha pegou Ichiro e o jogou em seu ombro, saíram rapidamente do prédio decadente, o jogou no porta-malas do carro e seguiram para longe dali, para um galpão bem afastado da cidade, um lugar deserto. Não tinha nada ali, além de um colchão velho, que deveria ser usados por algum morador de rua. E foi ali que Inuyasha o jogou. Inu procurou por alguma torneira até que a encontrou pegou um pote qualquer que estava jogado no chão e o encheu com água. E despejou a água sobre Ichiro que acordou sufocado.
— Pensas que vai ficar aqui dormindo? Se foi homem para matar duas pessoas, terá que ser para aguentar tudo o que iremos fazer com você.
— E por que não me matam logo? Não é isso o que tanto querem?
— Tem uma pessoa faltando para a festa ficar completa.
— Ah claro, como eu pude me esquecer do primogênito Taisho Sesshoumaru?
— Por que não fica calado, verme? — Inu socou o rosto de Ichiro que apagou novamente. Decidiram deixa-lo apagado, talvez assim o tempo passasse mais rápido e assim logo Sesshoumaru estaria de volta com Rin e poderia enfim terem acerto de contas.
Inu saiu do lugar, ficando parado na entrado do mesmo, olhando para o céu acinzentado deixando que um filme passasse em sua cabeça com as incríveis lembranças que tinha de seus amigos, mas que infelizmente tiveram esse final, trágico, tudo por causa de uma maníaco. Mas agora tudo seria acertado, ele pagaria com sangue toda a sua divida.
— Volte logo Rin.
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