No dia seguinte, Hinata acordou com seu bom humor matinal costumeiro, dando bom dia para seus amigos e pulando em suas camas para os acordar.
Mas imediatamente percebeu que havia algo errado quando recebeu um grasnado de Sugawara. O amigo geralmente era sempre o segundo a se levantar.
— Não quero levantar — falou com a voz carregada de sono, afundando seu rosto nos travesseiros.
— O que aconteceu? — Hinata perguntou, apertando as sobrancelhas em preocupação.
— Nada.
Bastou aquela resposta para Hinata, Yamaguchi e Kenma se entreolharem. Eles conheciam Suga.
— Tá com dor?
Kenma perguntou preocupado, jogando suas cobertas de lado, assim como Yama, indo os três se sentarem na ponta da cama do amigo.
— Não — Suga respondeu ainda com o travesseiro no rosto.
— Foi algum pesadelo? Pode falar com a gente — Yama falou, passando as mãos nas costas dele sob o cobertor.
— Não vamos sair daqui enquanto você não falar com a gente, alguma coisa deve ter acontecido, você não é faltar aula sem motivo — tentou novamente Kenma, com uma voz resoluta.
— É verdade, nem quando tá gripado você falta aula — apontou Hina.
Suga suspirou pesadamente, ele sabia que seus amigos não iriam desistir. Dormiu muito mal a noite e não se sentia melhor agora. Tirou o travesseiro do rosto e se sentou na cama com os joelhos dobrados a sua frente.
— Não tô com dor e nem tive pesadelo, só não quero ir pra aula — já sentia seu peito pesar novamente.
— Você demorou pra voltar da ronda ontem, aconteceu alguma coisa? — Kenma sempre perspicaz, notou que o rosto do amigo estava mais inchado e seus olhos vermelhos.
— Suga, fala logo, você tava chorando? — Hina já nem tanto delicado inquiriu de uma vez.
— Tudo bem, não me olhem com essas caras, eu vou contar tá bom.
E então ele contou tudo que ocorrera na noite passada até o momento que ele se jogara na cama para dormir.
— Filho da puta, eu vou arrastar a cara dele por todo o chão dessa escola — esbravejou Hinata quando Suga terminara seu relato entre lágrimas.
— Ei, não chora, Suga, vem cá — Yama o abraçou, deixando ele chorar em seu ombro agora, passando a mão por suas costas.
— Ele foi um babaca por agir assim, não esperava essa atitude dele, ele parecia ser racional.
Suga concordou com a cabeça e fungou mais uma vez, ele próprio não acreditava ainda que Daichi o havia tratado daquela maneira.
Isso só fazia ele se sentir pior, ele já tinha admitido para si mesmo que Daichi já ocupava um lugar no seu coração.
Eles não ligaram para o horário e continuaram ali acalmando o amigo e dando o suporte que ele precisava.
Akaashi e Yaku haviam esperado pelos amigos aparecerem no salão principal como de costume, e sentiram um calafrio em seus estômagos. Yaku, que estava brincando com seu baralho, havia derrubado sem querer a carta da lua que indicava coisas ocultas iriam vir à tona.
Não tardou muito para elus irem ao salão comunal nas masmorras e adentrarem o quarto dos amigos.
— O que aconteceu? — interpelou Akaashi ao abrir a porta.
— Vocês não vão acreditar no que aquele filho da puta do Daichi fez. — Hinata se encarregou de contar tudo para elus entre muitos xingamentos.
Depois de ouvirem tudo, es dues foram abraçar Suga e dizerem palavras reconfortantes que pudessem ajudar naquele momento.
Suga se sentia um pouco melhor depois de todes sues amigues estarem ali por ele, o abraçando e apoiando, mas sabia que não poderia passar o dia inteiro naquela cama.
— Tudo bem, eu vou me arrumar e a gente vai pro salão, não quero fazer todes vocês perderem aula — se levantou depois de enxugar o rosto molhado.
— A gente não liga pras aulas! — Hina falou na mesma hora.
— É isso aí! — até mesmo Yaku concordou.
— Tudo bem que os testes NIEM’s estão chegando, mas não vamos te deixar sozinho — resmungou Akaashi.
Suga se trocou rapidamente, vestido com calça e seu uniforme completo, a gravata frouxa em seu pescoço, os cabelos ainda molhados e bagunçados, es amigues pentearam e maquiaram para esconder o melhor possível as olheiras, com ele dando um pequeno sorriso em agradecimento.
Assim que entraram no salão principal para o almoço, foram direto para a mesa da sonserina como haviam combinado previamente, mas isso não impediu es amigues de lançarem um olhar feio na direção de Daichi. Até mesmo os demais alunos, que se encontravam ali, no meio do fogo cruzado de farpas que elus lançavam com os olhares, sentiram o clima estranho.
Desde cedo, durante aquela manhã, os amigos de Daichi sabiam que tinha algo estranho acontecendo, por algum motivo es menines não haviam aparecido, apenas Yaku e Akaashi, e mesmo elus sumiram depois do café da manhã.
Cada um deles sentou-se sozinho para assistir as aulas, estranhando a ausência de suas duplas, quando as aulas da manhã chegaram ao fim, viram os olhares que es menines lançaram para Daichi e foram até ele.
— Daichi, o que tá acontecendo? — Nishinoya foi o primeiro a perguntar sentado ao lado dele quando Kuroo e Tsukishima se juntaram.
— Não foi nada — Daichi respondeu sem olhar para nenhum deles.
— E então porque elus tão olhando feio pra você? — Kuroo interpelou.
— A gente sabe que elus não costumam fazer isso sem motivo — Tsukki encarava o amigo.
— Só fiz o que era certo — bufou Daichi antes de continuar — Ontem a noite, o Sugawara bateu em uns garotos, e isso é errado, certo? Ele não gostou do que eu falei e foi embora, foi isso.
— Foi só isso mesmo? — Bokuto o olhou, prestando atenção na conversa.
— Sim.
Depois disso, Daichi se recusou a continuar falando alegando que iriam se atrasar e eles voltaram para a aula, dessa vez sentados ao lado delus, exceto que Hinata trocou de lugar com Suga e se sentou ao lado de Daichi, não poupando nenhuma oportunidade de o olhar feio e tentar irritar o garoto apertando o tampo de suas canetas ou batendo os dedos na mesa. Enquanto Kageyama ficou praticamente imóvel sentado ao lado de Sugawara sem saber como agir.
A mesma separação entre elus aconteceu durante o jantar, com a diferença de elus contaram para os rapazes tudo que havia acontecido em seus detalhes. Naquela noite, no salão comunal grifano, Daichi estava de mau humor.
— Vamos parar de falar disso, por favor?
— Cara, escuta a gente, você sabe tudo o que aconteceu? — Noya levantou a voz.
— Olha, eu sei que vocês já ouviram o lado deles, mas eu tava lá, eu sei o que aconteceu — Daichi respondeu, irritado.
— Bro… — começou Bokuto.
— Deixa ele Kou, vamo embora — interveio Kuroo.
— Não adianta discutir com cabeça dura, mas a gente tentou — Tsukki disse balançando a cabeça e saindo junto de Kuroo e Bokuto para seus respectivos dormitórios.
Eles achavam que as coisas iriam se resolver rápido, mas semana após semana as coisas continuavam iguais, embora Suga tenha voltado a se sentar ao lado de Daichi durante as aulas, eles não se falavam e ficavam em lados opostos quando estavam reunides com sues amigues.
Quando não estava com Akaashi ou Kenma, Suga ia procurar um lugar para ficar sozinho e poder fumar em paz, às vezes estavam todes juntes quando Yaku ou Yama não estavam grudades em seus namorados. Hinata também passava seu tempo entre Suga, Kage ou Kuroo arrastando-os para qualquer coisa que ele estivesse fazendo.
Kageyama e Hinata costumavam receber bronca dos professores por dormirem na sala ou não estarem prestando atenção, os dois também sumiam depois do almoço e reapareciam como se nada tivesse acontecido.
— Ei, cabeça de vento — Kuroo falou certa tarde em que estavam com horário livre e tinha deixado Hinata ao lado de sues amigues.
— Hum? O que é? — perguntou Kage, levantando os olhos do exercício em dupla que estava copiando.
— Que horas você vai criar vergonha de falar com o baixinho?
— Sobre o quê? Eu falo com ele todo dia — respondeu Kage, sem entender, fazendo Kuroo bufar.
— Já confessou o que sente?
— Ahn… não… — ele respondeu com o rosto ficando vermelho.
— E tá esperando o quê? — Kuroo deu um tapinha na cabeça dele.
— Tô esperando o momento certo, ok?
— Se você não for rápido outras pessoas podem achar o tempo antes de você, sabe… Pela fama dele… — Tsukki falou se metendo na conversa que estava apenas escutando até então, vendo Kageyama fechar a cara imaginando aquela possibilidade.
— Ei, não pressionem ele, vai no seu tempo, Kags — Bokuto falou ao lado de Tsukishima.
— Sobre o que vocês tão falando? — perguntou Hina chegando com Yamaguchi ao seu lado.
— Uma conversa muito interessante sobre… — começou Tsukki.
— Nada! — cortou Kage, lançando um olhar ao amigo que soltou uma risadinha.
— Ahn… então tá — Hinata apertou as sobrancelhas e deu de ombros para o assunto, chegando perto de Kageyama e o abraçando por trás, deixando um beijo na bochecha dele. — Quer dar uma volta? — convidou.
Kageyama corou furiosamente com o simples beijo na bochecha que fez seu coração disparar, toda vez que Hinata o beijava ele esquecia totalmente sobre qualquer assunto, aquele era o motivo do porque ele não havia se confessado ainda, toda vez que ele olhava para Hinata e o quão lindo ele era, sua mente ficava em branco.
— Não posso… tenho treino agora — ele falou se atrapalhando com as palavras, embora ele quisesse muito ir brincar com Hinata, vendo o ruivo fazer um som contrariado e esconder o rosto no seu pescoço, gesto que o fez sorrir minimamente achando a reação dele fofa.
— Deixem de melosidade aqui — reclamou o loiro corvino fazendo careta, embora Yama tivesse ido se sentar em seu colo e ele estivesse com uma das mãos ao redor de sua cintura.
— E você pode falar muito né? — Kuroo ironizou desdenhando de Tsukishima.
— Fica na sua — resmungou ele, arrancando sorrisinhos de Yama.
— Tsukki, quer que eu limpe seu piercing? — o sonserino perguntou, fazendo carinho no rosto de seu namorado.
— Se você não tiver ocupado…
— Claro que não, vem! — Yama se levantou de um pulo e estendeu a mão para Tsukki, tirando-os dali rapidamente.
— Duvido muito que eles vão fazer só isso… — resmungou Kuroo.
— Ei, Kags! Vamos pro campo, o pessoal já tá indo — avisou Noya ao lado de Tanaka. Tanaka ia ao lado do menor pedindo conselhos amorosos sobre como chegar no jogador lufano que ele achava fofo.
Kageyama se levantou contra sua vontade, saindo dos braços do ruivo, se virando para ele.
— Ahn, mais tarde então? — perguntou vendo a cara amuada de Hinata.
— Sério? — Hinata levantou os olhos brilhantes pra ele com um sorriso, sabendo que Kageyama sempre reclamava que estava muito cansado depois dos treinos. Viu o moreno acenar em concordância. — Tá bom então, combinado! Vai logo pro seu treino.
O grifano ainda sentia seu coração inchar por ver o rosto feliz de Hinata, e se virou rapidamente para ir para o treino, ele deu alguns passos e percebeu que não havia se despedido adequadamente e se virou para dar um tchau para o ruivo e vê-lo retribuir.
Mais a frente, alcançou Nishinoya e Tanaka, mas não prestou atenção em nada do que falaram.
No salão principal, Hinata se sentou ruidosamente ao lado de Kuroo, jogando as pernas para cima do sofá, embora ainda estivesse com uma cara de felicidade.
— Será que você pode ser feliz mais pra lá? — Kuroo empurrou os pés de Hinata quando o menor tentou colocá-los no seu colo.
— Eu nem falei nada! — reclamou Hinata.
— Nem precisa, sua cara já diz tudo, baixinho. — Kuroo desdenhou, mas com um sorriso nos lábios.
Hinata se remexeu, tentando achar uma posição confortável e como dizer o que queria.
— Hum… você acha que ele gosta de mim? — o ruivo falou olhando para os lados, de repente se sentindo tímido.
Kuroo se virou imediatamente para o menor, levantando as sobrancelhas em descrédito.
— Vocês tão se beijando há duas semanas e ainda pergunta? Olha a cara dele de idiota perto de você.
— E daí, isso não quer dizer nada, e se não significar nada demais? — Hina se virou o encarando.
— Nada demais? Ele nunca teve tanta intimidade assim com alguém, e se ele não gostasse, você sabe que ele ia falar — rebateu Kuroo, tendo notado que Kenma o encarava do outro sofá ao lado, com certeza ele havia escutado a conversa e tinha um sorriso de aprovação nos lábios.
Kenma achou que ele havia agido bem? Ele quase nunca recebia elogios ou comentários bons vindo do sonserino, mas as poucas vezes que acontecera seu rosto ficara em chamas como agora, seu estômago revirando com mil borboletas.
— É, acho que você tem razão, ele iria falar né? Mas ele é muito devagar. — bufou Hinata, se levantando tão rápido quanto havia sentado — Pensar demais não é meu forte, então vou atrás do Suga ver como ele tá, tchau.
Kuroo nem tentou entender aquele furacão ruivo que passava, mas ainda estava com um sorriso no rosto, ele podia até negar mas gostava da companhia dele.
Bastou Hinata sair para Kenma se levantar e deslizar para o local em que ele estava, sentado bem próximo a Kuroo com uma revista aberta. Há algumas semanas atrás quando Kenma o intimou para ver o piercing que ele havia colocado, algumas coisas haviam acontecido, primeiro ele não esperava a reação do loiro depois de ver o local que ele o colocara, que foi Kenma sorrindo para ele, um pequeno sorriso de aprovação e depois o beijou até deixar a mente de Kuroo em branco.
Ele sabia que havia feito então algo certo, porque Kenma nunca o beijava, era uma das regras dos encontros deles, eles evitavam ficarem íntimos demais, as relações deles era mais como um jogo de poder, um cabo de guerra em que Kuroo sempre acabava perdendo e implorando por alívio ou contato do loiro, apenas para ficar nas mãos e boca hábeis dele.
A segunda coisa que Kuroo vinha passando agora era que desde que ele sentira o gosto da validação de Kenma, ele queria sempre mais daquela sensação de agitação e de comichão em seu estômago, era difícil admitir, mas o único motivo dele ter feito aquele piercing idiota era pra ter o perdão do sonserino e sua aprovação foi um bônus, mas agora ele se via sempre querendo mais daquela sensação.
O preço por tudo isso era alto, já que agora Kuroo se via tendo que lidar com as provocações de Kenma sempre que eles ficavam a sós, ou longe de sues amigues, Kenma parecia ter um prazer muito grande em deixá-lo excitado em lugares públicos agora, mesmo que ele tentasse fugir, acabava sempre encurralado.
Depois de todos esses pensamentos passarem a sua mente, ele voltou a realidade de Kenma o encarando no sofá.
— Foi legal o que você disse pro Hina — ronronou Kenma.
— N-não foi nada demais… — o corvino respondeu sentindo seu rosto corar com o elogio.
— É sim, você mudou, Kuroo — Kuroo abriu a boca para rebater aquilo e dizer que não havia mudado, mas acabou congelando em seu lugar e mordendo o lábio inferior quando Kenma subiu a mão em sua perna e apertou, fazendo-o ficar tenso.
— Gatinho… — murmurou num pedido silencioso.
Kenma retirou sua mão lentamente, e se aproximou do ouvido de Kuroo, achando fofo como o rosto dele ficava vermelho nas bochechas.
— Até que eu gosto desse novo Kuroo — sussurrou Kenma, antes de se levantar em seguida e deixar o salão.
Só então Kuroo voltou a respirar normalmente, encostando a cabeça para trás no sofá, sentindo seu rosto e seu coração aquecidos.
Assim como havia prometido, depois do treino, Kageyama cumpriu sua promessa de ir passear com Hinata, caminharam até achar um lugar para ver os primeiros vagalumes aparecerem sob as árvores.
— Você não tá cansado mesmo? — Hina perguntou enquanto eles comiam os últimos biscoitos de chocolate que haviam pegado da mesa de jantar para comerem a sós.
— Só um pouco, mas eu prometi que ia passear — respondeu, virando o rosto para o ruivo e o vendo comer animadamente, um pequeno sorriso enfeitando seu rosto só por vê-lo e estar com ele.
— Por que tá me olhando assim? Quer me beijar? — Hina perguntou de brincadeira, mas ainda assim sentindo um friozinho no estômago por ter a atenção do moreno sobre si. — Você vai comer isso? — apontou, mudando de assim, nervoso, para o último biscoito intacto nas mãos dele.
Kageyama entregou o biscoito a ele, sem responder imediatamente, sua mente ficava em branco rapidamente quando ele olhava para o ruivo e como ele era lindo.
— Quero, mas tô esperando você terminar de comer — falou por fim, vendo Hinata tossir e ficar vermelho em seguida.
Hinata jogou para o lado o último pedaço rapidamente e olhou para Kageyama em seguida.
— Terminei, pode me beijar.
O grifano se virou estendendo a mão até encaixá-la no rosto dele, ele gostava de como cabia perfeitamente em suas mãos, observando o brilho suave dos piercing no rosto dele, diante da lua no céu.
— Você vai me beijar hoje ou amanhã? — Hinata reclamou, sentindo seu rosto esquentar levemente diante do olhar atento do outro.
— Idiota — Kageyama respondeu, mas com uma voz suave antes de colar seus lábios com o do ruivo e o beijar devagar, saboreando o gosto doce em sua boca e os lábios macios dele.
Hinata se deixou levar, fechando os olhos ao sentir ele o beijando e suspirando em seguida, ele que nunca suspirava daquele jeito apenas com um beijo, se aproximou mais para poder colocar suas mãos atrás na nuca dele e o puxar mais para si, beijando-o até os dois ficarem sem ar.
Se encararam, ainda os rostos próximos e vermelhos depois do beijo.
— Será que tem problema se eu comer o biscoito do chão? — perguntou Hinata.
— Tá sujo, você não pode comer coisa do chão! — argumentou Kageyama, balançando a cabeça.
— É pra criar anticorpos.
Kageyama revirou os olhos, soltando uma risada do comentário e levantando-se em seguida, estendendo a mão para Hinata se levantar.
— Vem, a gente tem que voltar.
— Mas já? — Hinata fez um biquinho, segurando a mão dele e sendo puxado para cima, sacudindo as migalhas de suas roupas.
— Não quero ouvir o Daichi reclamando — ele suspirou, se lembrando de como o amigo monitor parecia bem mais irritado com tudo.
Hinata acenou em concordância, não querendo que Kageyama escutasse broncas por sua causa, puxou o grifano para frente, sem largar da mão dele.
Kageyama sorriu, sentindo-se feliz com o gesto simples.
— Você vai devolver meu casaco? — ele perguntou depois de chegarem até o corredor em que teriam que se separar. Hinata ainda usava o casaco dele com frequência desde o dia que emprestara para ele no lago.
— Não pretendo, ele é quentinho. — Hinata respondeu mostrando a língua para ele. Kageyama não queria de volta realmente, ele gostava de ver o ruivo com seu casaco, ficava fofo nele mesmo sendo grande.
— Até amanhã. — Kageyama deu um selinho nele e em seguida Hinata se jogou em seus braços o beijando apropriadamente.
— Boa noite.
O ruivo se despediu, caminhando a passos leves com um sorriso que insistia em permanecer em seu rosto enquanto descia em direção às masmorras cantarolando. No último andar para o caminho até o salão sonserino, ele encontrou com Suga fumando próximo a uma grande janela em arco, sorriu caminhando o mais silenciosamente que podia e pulando em cima dele em seguida.
— BOO!
— AÍ! Porra, que susto, Hina! — o amigo deu um tapinha no ruivo vendo-o rir do susto que levara.
— O que tá fazendo, chaminezinho? — perguntou o ruivo, vendo o cigarro na mão dele.
— Terminei a ronda mais cedo. E você, voltou do seu encontro só agora? Toma cuidado com grifanos, ok? Não quero ver ele te machucando de novo.
— Não foi culpa dele, aquilo foi acidente, Suga. E fica tranquilo, ok? Você quer um abraço? — Hina abriu os braços pra ele com um sorrisinho vendo a expressão preocupada do amigo.
Sugawara suspirou, ele apagou o cigarro e abraçou Hinata. Ele sabia que não era justo descontar em Kageyama, o garoto não saía do lado de Hinata e isso deixava seu amigo feliz. O grifano até mesmo falou que não concordava com o que Daichi havia feito, junto com os outros.
Isso era o mais doloroso para Sugawara porque todos eles, que nem tinham tanta intimidade com ele, haviam se solidarizado com ele, menos Daichi.
— Ei, nada de chorar — o menor falou, passando as mãos nas costas dele.
— Eu não vou — Suga respondeu, fungando em seguida e limpando o canto dos olhos.
— Vamo embora, então — Hina o puxou e eles foram caminhando — Ah, eu tenho um negócio aqui pra você, pera.
— O que é? — perguntou Suga, olhando de lado, vendo-o mexer no casaco grande e tatear os bolsos.
— Espera um pouco… Aqui, toma — o menor tirou do bolso um pacotinho e entregou para ele — É de menta, não tinha de pimenta, mas é parecido né?
Suga riu dele e o abraçou de lado.
— Obrigado, onde você conseguiu?
— Peguei do estoque do Tobio — Hina sorriu.
— É claro que sim.
— Ei, o que quer dizer com isso?
— Você tá todo apaixonadinho, é fofo — Suga respondeu apertando Hinata em seus braços, o ouvindo reclamar.
— Não sou fofo, sou gostoso, incrível, inteligente…
E assim eles continuaram discutindo até chegarem ao salão.
A semana havia passado tão rápido e elus mal haviam percebido, os professores estavam pedindo muito mais trabalhos para entregar e mal tinham tempo de descansar entre um e ter que fazer os outros.
Com o horário livre naquela tarde, elus estavam aproveitando para descansar um pouco.
— Me dá a tortinha de limão, Kuroo — Hinata estava tentando arrancar o doce das mãos do outro, sem sucesso.
— Não! Você é um buraco sem fundo, sabia? — Kuroo o empurrou para a cadeira atrás dele e Hinata bufou.
— Você nem gosta de doces de limão que eu sei, me dá!
— E daí, não é pra você! — Kuroo viu o outro se ajeitar na cadeira com um brilho no olhar.
— Pra quem você tá guardando?
— P-pra ninguém! — respondeu ficando vermelho.
Duas garotas da grifinória haviam se sentado perto deles, desviando o foco de Hinata que ia responder, e Kuroo agradeceu mentalmente por isso.
— Você vai assistir o treino dos jogadores amanhã? Quero ver o Bokuto, ele é sempre tão fofo! — uma delas perguntou para a amiga.
— Vou! Quero ver o Kageyama.
— Não é aquele que tá sempre de cara fechada?
— É, mas eu acho ele fofo.
Depois disso, Hinata expirou com o rosto vermelho de irritação, batendo na mesa que eles estavam jogando xadrez, Kuroo estava tentando ensiná-lo a jogar sem muito sucesso.
— Eu tenho que resolver uma coisa, depois a gente se fala — o ruivo levantou de uma vez.
— Espera, o que você vai fazer? Hinata! — Kuroo o chamou mas já era tarde demais, o ruivo saiu marchando pelos corredores.
Hinata foi atrás de Kageyama, ele sabia que o garoto estava lá pegando os livros que iriam precisar para os trabalhos em dupla. Kageyama ainda continuava carregando os livros para ele, mesmo Hinata tendo dito que estava sarado.
Kageyama o avistou e acenou para o ruivo assim que ele entrou na biblioteca, mas estranhou quando viu a expressão dele.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, sem entender nada.
Hinata tirou o livro que ele segurava e o puxou pela mão até um dos corredores que estivesse vazio.
— Ei, ei, calma aí, o que-
Kageyama foi interrompido com Hinata o empurrando contra uma das estantes.
— Tobio — começou Hinata o encarando com um ar sério que fez Kageyama sentir seu coração começar a disparar. — Você gosta de mim?
Kageyama sentiu seu rosto arder com a pergunta, abrindo a boca sem conseguir dizer nada, ele estava ensaiando como se confessar apropriadamente e agora ele estava em pânico, todas as palavras que havia treinado fugindo de sua mente.
Hinata o viu ficando vermelho como um pimentão, mas sem dizer uma palavra, o que o deixou apreensivo, sentindo o turbilhão no seu estômago aumentar.
— Não? — se afastou um pouco, dando espaço para ele.
O grifano viu uma expressão triste assumir o rosto do ruivo e inspirou criando coragem.
— Não, não, espera!
Hinata tinha dado mais um passo para trás olhando para os lados. Kageyama o segurou pela mão, puxando-o para perto novamente.
— Tá tudo bem se não…
— Eu gosto de você, muito, eu… droga, não sei como falar, porque… — ele sentia seu rosto ficando mais quente a cada momento — Porque quando eu te vejo as palavras somem da minha mente e eu tava esperando o momento certo pra dizer isso.
O grifano continuou a falar se atrapalhando com as palavras até que Hinata avançou e o beijou, segurando no rosto dele, o beijo era desajeitado e intenso, os dentes se chocando enquanto seus peitos batiam furiosamente.
Kageyama colocou as mãos na cintura dele, apertando-o contra si e esquecendo tudo ao redor, se separaram apenas quando faltava ar para respirar.
— Então… se você gosta de mim e eu gosto de você, você quer namorar comigo? — Hinata perguntou com um sorriso que atingiu diretamente o coração do moreno.
— Eu quero namorar com você, idiota.
Kageyama deu um pequeno sorriso, segurando o rosto dele em suas mãos e o beijando delicadamente dessa vez, virando-o contra a estante que ele estava encostando, enfiando as mãos nos cabelos dele suavemente.
Hinata estava na ponta dos pés, mas ele se sentia nas nuvens beijando os lábios do moreno, sem conseguir mensurar sua felicidade naquele momento.
— Ei, vocês aí, é proibido se beijar na biblioteca! Saiam daqui! — a funcionária da biblioteca olhou feio para eles e os enxotou dali, eles Kageyama sentiu a vergonha tomar seu rosto mas Hinata estava mais do que feliz em sair de mãos dadas, caminhando pelos corredores com ele.
— Ahn, então só mais uma coisa — Hinata começou, virando o rosto para ele.
— O quê? — perguntou o grifano, vendo o rosto feliz do outro e sentindo seu coração cantar.
— Não tira a camisa nos treinos, tá?
— Ahn… ok? — ele concordou sem entender, mas não reclamou depois de Hinata o encher de beijos em seguida.
Quando o grifano chegou em seu salão comunal, ele sentou ao lado de Nishinoya, ainda com a cabeça nas nuvens, ou melhor em Hinata.
— Que cara é essa? — perguntou Kuroo, estranhando a expressão dele.
— A cara normal dele de idiota — Tsukishima deu uma risadinha ao falar.
— Idiota é você! — respondeu Kageyama despertando de seus devaneios e entrando na provocação do loiro.
— Ei, não comecem com isso, por favor — Daichi pediu, olhando-os sérios. Os dois se calaram, não querendo lidar com o mau humor do amigo que já durava semanas.
— Você tava com cara de feliz, Kags, aconteceu algo? — Bokuto contornou a conversa levando a atenção de volta para Kageyama.
— Uh, sim…
— Conta, conta logo! — interrompeu Noya animado, sacudindo o amigo.
— Deixa ele contar! — Kuroo o segurou.
— Okay… er… tô namorando — o moreno falou passando a mão atrás da nuca, ficando com vergonha de toda a atenção dos amigos sobre ele.
— Finalmente você pediu ele em namoro! Então foi de você que o baixinho foi atrás! — Kuroo foi o primeiro a reagir, bagunçando os cabelos de Kageyama que fez careta em seguida.
— Parabéns, bro, vocês são muito fofos juntos — Bokuto também se juntou à comemoração, abraçando ele, assim como Nishinoya.
— É, conta como foi! — Nishinoya pediu com empolgação.
— Parece que somos dois namorando sonserinos agora — Tsukishima também o parabenizou depois, ele tinha um pequeno sorriso mesmo não sendo muito de demonstrar afeto físico.
— Na verdade foi ele quem me pediu… — falou com o rosto vermelho.
— Parabéns, Kags. Tô feliz por você — Daichi o parabenizou, dando um tapinha em suas costas depois de se levantar — Bom, tá na hora da gente ir pra ronda.
— Onde foi? — Nishinoya continuou perguntando, ignorando o amigo.
— Na biblioteca, e depois fomos expulsos de lá — ele contou, relembrando os acontecimentos.
— A bibliotecária pegou vocês não foi? — Tsukki perguntou, segurando o riso.
— Não acredito que o baixinho teve que te pedir e você não usou nenhuma das nossas dicas — Kuroo revirou os olhos, também se levantando, mas ele estava feliz pelos dois.
— Tomara que você não passe pelo mesmo que a gente com o Sugawara-san ou o Akaashi demorando pra aceitarem a gente — Noya comentou e Tsukishima balançou a cabeça concordando.
— O Akaashi não ia fazer mal a ninguém, tenho certeza — Bokuto também se levantou depois de falar.
— Já falei pra você não cair nas conversas dele — Kuroo alertou, se lembrando que o outro corvino estava sempre no seu pé fazendo perguntas, ele parecia desconfiar dele com Kenma.
— Vamo comemorar isso! — Nishinoya pulou, se levantando.
— Só se for aqui, não se metam em problemas enquanto a gente tiver na ronda — respondeu Daichi olhando para Noya em advertência.
— Você é tão chato — bufou Noya se jogando no sofá de novo.
— A gente não vai — prometeu Kageyama, ao se despedir dos outros, ele estava feliz demais para se importar com qualquer coisa, mas também estava cansado do longo dia.
Enquanto isso, assim que Hinata adentrou o portal em arco para dentro do seu salão, ele bateu palmas.
— Aí, queria avisar que quem pegou pegou, quem não pegou não pega mais.
Todes es presentes se viraram para ele, tentando entender o que estava acontecendo.
— Do que você tá falando, Hina? — perguntou Suga que estava se preparando para sair para a ronda.
— Não me diz que… — Yama começou.
— Tô namorando! — Hinata terminou dando pulinhos muito feliz antes de ser sufocado por todes sues amigues que correram e gritaram para o abraçar.
— Tava torcendo muito pra isso acontecer faz tempo! — Yaku o abraçou também animade.
— Só faltava oficializar né, vocês já tavam saindo tem semanas — Kashi falou depois de o soltar do abraço.
— Eles crescem tão rápido, ontem ele era desse tamaninho e tão inocente — Suga também o soltou e abraçou Kashi de lado.
— Ele ainda é desse tamaninho — riu Yama recebendo um cutucão nas costelas de Hinata. — Aí!
— Que bom que vocês se confessaram, Hina — Kenma foi o próximo a abraçar o ruivo brevemente.
— É verdade mesmo? Nosso ruivinho foi fisgado? — Atsumu comentou, sendo um dos vários alunos esperando para falar com Hinata.
— Não fui fisgado nada, eu que pesquei meu peixe porque ele é lerdo demais pra isso — Hinata respondeu com um sorriso apaixonado no rosto.
— A gente avisou pra você namorar alguém da corvinal, eles são inteligentes — Tooru chegou juntamente com sua irmã e es dues abraçaram o ruivo.
— É aquele que você me apresentou outro dia? Ele é fofo. — Taya sorriu gentilmente para ele.
— O rei delus se aposentou? Sempre acreditei em milagres — Teru chegou colocando uma mão na cintura de Taya e sorrindo de lado para o ruivo.
Hinata demorou vários minutos conversando com todes elus e então voltou a se sentar com sues amigues.
— Cansei, como diz o Suga, tô precisando do meu sono de beleza — Hina se jogou no colo de Kashi.
— Ei, Hina, tava aqui pensando e a gente tem que comemorar essa data! — Yama respondeu com brilho nos olhos.
— Uma festinha? — Yaku se animou batendo palmas.
— Onde? — perguntou Kenma.
— Que tal na sala precisa? — Akaashi forneceu.
— Amanhã a gente pensa nisso, vão dormir e não precisam me esperar — Suga falou apontando para Hina e Yama, levando Akaashi e Yaku para seus salões.
No dia seguinte, elus mal tiveram tempo de pensar em outras coisas além dos trabalhos para entregar, ainda por cima as duas aulas de história da magia havia acabado com todes.
O último tempo do dia era livre e Sugawara havia reservado a quadra naquele horário para o treino da sonserina, haviam voltado às práticas sozinhes.
Foi ali no vestiário, depois dos treinos que elus decidiram que iriam comemorar o namoro de Hinata no salão delus.
— A gente tem que avisar eles! — lembrou Hinata, ainda em seu uniforme de jogo.
— Podemos levar nossos namorados também? — perguntou Atsumu, colocando um braço no ombro do ruivo.
— Claro! Podem chamar todo mundo! — Hinata disse empolgado.
— Hina… — começou Suga, se aproximando deles com ar abatido.
— Relaxa, Suga, ninguém vai chamar ele. — Yama disse tocando no ombro do amigo que deu um aceno com um meio sorriso.
— Até parece que a gente ia deixar ele chegar perto de você, eu ia era quebrar a cara dele! — Hina esbravejou, batendo uma mão na outra arrancando sorrisinho de todes por perto.
— Vamos espalhar a notícia então! — Oikawa bateu palmas liderando o grupo para fora dos vestiários.
Depois de algumas horas, todas as pessoas que poderiam estar presentes haviam sido convidadas.
Quando a noite chegou, Nishinoya e Kageyama já estavam mais do que arrumados, assim como Tsukishima que os esperava para irem juntos verem sues namorades.
— Então… a gente tá indo, beleza? — Noya anunciou, sem conseguir esconder sua empolgação.
— Até mais, pessoal — Kage se despediu dos amigos que ficaram no salão.
— Vamo logo, não quero chegar quando o lugar tiver cheio — reclamou Tsukki os apresentando, antes de saírem os três juntos.
Somente Daichi, Kuroo e Bokuto haviam ficado no salão da grifinória, os dois últimos foram convidados mas não queriam deixar o amigo sozinho. Os dois últimos lançando olhares entre si, diante do mau humor do amigo.
Bokuto se remexeu em seu lugar no sofá em que estava sentado, sem conseguir mais esperar, se levantou rapidamente.
— Bom gente, então já vou indo… Ahn… dormir — ele mentiu, Akaashi o tinha convidado para a festa e ele queria ver o corvino.
Kuroo o encarou com cara de traído, balançando a cabeça para ele ficar. Bokuto se comunicou com o olhar, pedindo desculpas e saindo dali rapidamente. O corvino bufou, mas permaneceu no mesmo lugar.
— Quer jogar alguma coisa? — ele suspirou, perguntando para o amigo. Estava dividido entre querer ir para a festa, ele queria ver Kenma, mas estava dizendo a si mesmo que era apenas para falar com Hinata. Embora não quisesse deixar Daichi sozinho.
— Pode ir, Kuroo — suspirou Daichi que fingia ler um livro, embora estivesse com as fotos que ele havia ganhado de ano novo com Suga.
— Tem certeza? — Kuroo perguntou, se levantando num instante.
— Tenho, se divirtam, eu tô cansado mesmo — Daichi mentiu, também se levantando e indo para seu dormitório.
Nos dormitórios da sonserina, es menines estavam se arrumando, embora a festa já tivesse começado. Elus estavam tentando convencer Kenma a usar alguma roupa que não fosse preta.
— Tá bom, vocês venceram… — Kenma falou e todes elus comemoram felizes e ele riu revirando os olhos. — Mas eu não vou usar rosa, não combina comigo.
— Eu também achava isso no começo, mas olha como tô vestido agora! — Hina falou apontando para a saia rodada e o cropped de alcinha rosas claro.
— E tá lindo assim. A gente escolhe outra cor pra você, Ken, que tal azul? — Suga sugeriu.
— Que tal essa? — Yaku remexeu nos montes de roupas que elus tinham colocado sobre as camas para decidirem o que usaria. Elu mostrou um vestido azul decotado na frente. Kenma fez careta.
— Ainda preferia preto, mas é bonito.
— Você pode usar as botas pretas, essa aqui cano alto — Yama enfiou nas mãos do loiro e Yaku o levou até o banheiro para ele se trocar.
— Eu faço sua maquiagem e cabelo quando sair — anunciou Kashi preparando as maquiagens.
Depois de deixar sues amigues o arrumarem completamente como se fosse uma boneca, Kenma foi o primeiro a sair para o salão comunal e ver a pequena multidão aglomerada ali, ele falou com algumas pessoas inclusive com os namorados de sues amigues avisando que elus estavam terminando de se arrumar.
Nishinoya, Kageyama e Tsukishima estavam sentados juntos num dos cantos do salão, os dois últimos de cara fechada por não gostarem muito de lugares cheios. Tsukishima estendeu o copo para Noya.
— Vai buscar mais gente, por favor — ele pediu e logo Kageyama estendeu seu próprio copo também.
— Por que eu? — Noya levantou as sobrancelhas.
— Tem muita gente perto da mesa de bebidas — falou Kageyama e o loiro ao seu lado concordou com a cabeça.
Nishinoya encarou os dois e revirou os dois se levantando em seguida, pegando os copos deles.
— Sabe, vocês tem que socializar mais — disse dando as costas.
Ele se aproximou da mesa de bebida, havia bebidas alcoólicas e sem álcool, ele encheu o copo dos dois com suco já conhecendo os gostos dos amigos, sem perceber a aproximação de uma garota ao seu lado.
— Oi… você tá sozinho aqui? — ela perguntou com voz doce olhando pra ele.
— Oi! Ahn… não, tô com meus amigos ali esperando…
— Você é fofo, quer dançar? — ela o interrompeu se aproximando.
Nishinoya se afastou para trás, balançando as mãos em negativa energicamente.
— Desculpa, eu já namoro.
— É mesmo? — ela insistiu.
— Sim, namorando, namorando, eu tenho que ir — ele pegou os copos rapidamente e saiu dali o mais rápido possível. Viu os amigos rindo dele de onde estavam sentados, ele bufou, dando os copos para eles.
— O que ela queria? — provocou Tsukki, com ar debochado.
— Dançar… sem chances! — ele falou resoluto.
— Coitada, não sabe que você é o maior gado de todos — o loiro comentou fazendo Kageyama se engasgar com a bebida e rir.
— Querem calar a boca, não vou pegar mais nada pra vocês — ele bufou.
— O que aconteceu? — Yamaguchi chegou ao lado de Yaku.
Yama estava com uma calça preta rasgada em vários lugares e bem justa em seu corpo, usando uma regata transparente, assim que Tsukki o viu ele sentiu suas bochechas corarem com o sorriso que seu namorado estava lhe dando.
— O que você tá bebendo aí? — o sonserino perguntou se sentando no colo do loiro.
— Suco… ahn… quer? — Tsukki falou sentindo sua língua pesar e seu rosto esquentar.
— Quero — Yama respondeu, pegando o rosto do loiro e o beijando lentamente.
Kageyama fez careta olhando de lado, a sua frente Nishinoya não estava muito diferente, ele decidiu ir procurar outro lugar, deixando eles pra trás.
Nishinoya estava sem palavras para a roupa curta de sue namorade com um vestido preto, os cabelos de cores neon soltos. Yaku deu um sorrisinho vendo a reação de seu namorado e mordeu os lábios.
— Você tá bonito com o cabelo preso — elu elogiou o namorado que também estava deixando seu cabelo crescer chegando quase em seu queixo e preso atrás.
— Ah… Morisuke-kun, você… uau — ele suspirou, com sua mente em branco. Yaku se aproximou dele dando um beijinho.
— Quer dançar? — elu perguntou, mas já estava arrastando o namorado pela mão para a pista de dança.
Bastou um olhar para onde ficava a parede de vidro esverdeada que era como um aquário do lago negro para Kenma se surpreender com Kuroo, ele o havia convidado, mas não acreditava que ele iria aparecer realmente.
— Você veio — exclamou Kenma, um tanto surpreso.
Kuroo se virou ao ouvir o som daquela voz, ficando de boca aberta ao olhar para o loiro, ele estava usando um vestido azul com um decote considerável, notando também as protuberâncias nos mamilos dele.
— Você… tá usando outra cor e esses são os piercings novos? — ele perguntou sem conseguir tirar os olhos do menor.
Desde que Kuroo havia colocado seu próprio piercing eles não haviam transado desde então. Kenma tinha dito que queria ter certeza que o piercing dele estava bem cicatrizado. Ele entendia, mas era difícil se controlar com o loiro o provocando sempre que tinha a chance.
— Meio que não tive escolhas — o loiro revirou os olhos, depois de ter cedido aos amigues. Kenma olhou para o corvino vendo como ele também estava bonito com uma camisa preta justa, notando que ele o encarava sem mal piscar — Você não pode me encarar assim, todo mundo vai perceber, lobinho.
Kuroo sentiu suas bochechas esquentarem, pigarreando ao desviar o olhar com vergonha, ele sempre ficava sem saber como reagir diante daquele apelido.
— Desculpa, mas é um pouco difícil não olhar — disse dando um pequeno sorriso envergonhado.
— Você gostou tanto assim? — Ken perguntou, erguendo as sobrancelhas, mas achando fofo o rosto vermelho dele.
— Eu adorei — com Kuroo sinceridade, sentindo seu coração borbulhar ao ver que Kenma havia ficado corado com algo que ele havia dito. Naquele momento ele estava repensando seriamente o pedido que havia feito sobre a confidencialidade da relação deles e o beijar.
Foi a vez de Kenma desviar o olhar, respirando profundamente para se acalmar, voltando ao seu controle.
— Tanto faz, você quer alguma bebida?
— O que você quiser eu quero — Kuroo respondeu sem pensar.
— Kuroo… — Kenma soou com tom de advertência, olhando para ele.
— O quê? Eu só disse que o que você quisesse eu tambem quero — disse notando o brilhos nos olhos âmbar do menor.
— Você não sabe o que eu quero — Kenma disse baixo causando arrepios em Kuroo.
Antes que ele pudesse responder, foi interrompido por Akaashi, afastando-se alguns centímetros do loiro, sem perceber, eles haviam ficado praticamente cara a cara.
— Ei, Ken, você quer escolher alguma música pra por na playlist? — Akaashi perguntou, parando e olhando entre os dois, analisando-os, vendo como Kuroo estava vermelho. Ele já vinha desconfiando de algo entre os dois mas ainda não havia conseguido nada, já que Kuroo sempre o evitava e Kenma sabia como disfarçar as coisas perfeitamente.
— Eu quero sim, vamos lá? — Ken puxou o amigo para longe, lançando um último olhar ao mais alto antes de se virar.
Kuroo bufou com a interrupção da conversa deles e foi se sentar em um dos lugares vazio, ele ouviu um miado que conhecia bem e sorriu ao encontrar Bart, o gato de Kenma pulando em seu colo e acomodando-se ali. Embora estivesse revirando os olhos para Akaashi colocando suas garras em seu amigo Bokuto e o chamando para a pista de dança.
Kenma passou o restante da noite ao lado de Sugawara, dançando algumas música com ele, ou apenas conversando, embora Kenma estivesse sempre mantendo um olhar em Kuroo de longe.
Kageyama estava sentado sozinho em uma poltrona com seu copo de bebida na mão, tirou do bolso o pirulito que havia trazido para dar para Hinata.
Ao invés disso, ele se deparou com a versão menor o cutucando.
— Você é mesmo o namorado do meu irmão? — Natsuo, a irmã mais nova do ruivo perguntou, olhando o grifano nos olhos como se estivesse o avaliando.
— Sou… — ele concordou, sem desviar o olhar da pequena.
— E você gosta dele? O mano falou que foi um acidente você ter derrubado ele naquele jogo, você não vai machucar meu irmão, né? Ou eu acabo com você. — ela fechou a cara, tentando parecer ameaçadora mas sendo apenas adorável.
— Eu gosto dele de verdade e vou proteger ele tá bom? Prometo.
A pequena ficara o encarando como se estivesse avaliando a veracidade da resposta, os dois sendo surpreendidos quando Tooru Oikawa se aproximou, botando as mãos na cabeça dela.
— O que tá fazendo aqui, Natty? — elu perguntou, olhando entre os dois.
— Só tava falando com o namorado do meu irmão, ele é bobo, às vezes não sabe escolher as coisas direito — ela disse tranquilamente.
— Meu nome é Kageyama, pode me chamar assim — o grifano falou, estendendo a mão e apertando a mãozinha dela.
— Eu sou a Natsuo — ela se apresentou em seguida. Ê Oikawa havia acabado de chamar sua irmã gêmea que apareceu ali rapidamente.
— Nat? Você devia tá na cama, sabe que vocês dos primeiros anos não podem participar das festinhas. Vem, eu te levo pro seu dormitório — a morena falou, passando as mãos nos fios ruivos dela, vendo a garotinha se virar para Kageyama mais uma vez.
— Mas você parece legal, então cuida dele, ok? — a menor disse para ele quando se aproximou para se despedir, notando o doce que ele tinha nas mãos.
— Você quer? — ele ofereceu depois de perceber o achar.
Ela acenou, pegando o pirulito e dando um abraço nele, despedindo-se de Tooru e Kageyama antes de sair com Taya.
— Olha, seu namorado vem aí! E eu vou atrás do meu também, tchauzinho — Tooru se despediu chamando o nome de seu namorado assim que o avistou.
Kageyama olhou na direção que elu havia apontado, sentindo-se congelar no instante em que seus olhos pousaram no ruivo.
— Oi! Você tava falando com ê Tooru? Não acredita em nada que elu falar sobre mim, é tudo mentira — Hina chegou pulando na frente dele com um sorriso enorme e feliz.
— Ah… é… eu tinha um doce — ele falou atrapalhado, sentindo sua mente começar a entrar em branco, Hinata estava usando uma saia rosa rodada e um cropped branco com estampas rosas, ele estava tão fofo que Kageyama não conseguia nem mesmo dimensionar ou pôr em palavras.
— Cadê? — perguntou o ruivo, sentando no colo dele e procurando o doce nas mãos dele.
— Ah… Dei pra sua irmã, desculpa — disse o grifano encabulado, respirando com dificuldade ao sentir o garoto sentar em seu colo, desviando os olhos para o rosto dele e vendo que ele também usava uma maquiagem leve de tons claros, seu coração errou algumas batidas vendo-o.
— A Nat tava aqui? Onde? — ele perguntou olhando para os lados procurando.
— Já foi… com a…
Hinata o encarou, apertando as sobrancelhas achando estranho o jeito dele e vendo como o rosto do moreno estava vermelho e ele o encarava sem mal piscar.
Ele se aproximou, fechando a distância entre eles e selando seus lábios com os dele devagar.
— Você é fofo — Hina sorriu, olhando nos olhos dele, vendo-o corar com vergonha.
— Você tá… bonito — respondeu Kageyama sem fôlego.
— Quer dançar? — Hina perguntou, ainda o encarando, colocando as mãos apoiadas nos ombros dele.
— Acho que não… — Kage respondeu deslizando os olhos pelos piercings no rosto do ruivo, depois fixando nos lábios dele querendo muito beijá-lo.
— Ótimo — Hina deu uma risadinha, mordendo a boca, em seguida encaixando suas mãos na nuca dele e o beijando lentamente.
Kageyama sentiu os lábios macios dele contra os seus, sentindo o ruivo mordiscar seu lábio inferior, ele aproveitou para colocar as mãos na cintura dele, apertando levemente e ouvindo Hinata gemer.
O ruivo se remexeu, sentando sob as pernas dele, separando o beijo e enterrando seu rosto no pescoço dele quando ouviu o moreno gemer.
— Você tem que me dizer pra parar agora — sussurrou, apertando os braços dele.
— Você não quer? — o moreno perguntou com a voz rouca.
— Eu que devia te perguntar se você quer, não quero te pressionar se não quiser — Hinata vinha sendo paciente desde que eles haviam começado a namorar, sabia que Kageyama poderia ficar tímido e fugir, mesmo que quisesse muito transar com ele, respirou fundo, deslizando para o lugar ao lado dele.
— Só se você tiver com vontade — Kageyama respondeu aquilo sentindo todo seu rosto entrar em chamas.
— Tava rebolando no seu colo, o que você acha? — Hinata falou com uma risadinha vendo o rosto dele.
— Idiota — Tobio respondeu bufando sem conseguir pensar em nada melhor para dizer.
— Isso é um sim? — o ruivo perguntou e o grifano acenou o encarando sério. Hinata sorriu, saltando de seu lugar e estendendo a mão pra ele. — Vem comigo.
Rapidamente o menor os tirou da festa, ninguém nem mesmo pareceu notar. Kageyama correu atrás dele sendo puxado pela mão, ele nunca havia andado por aquela parte do castelo que ficava no subsolo, havia muitas salas em desuso.
Hinata abriu uma delas e o empurrou para dentro, tudo que Kageyama viu antes era o lugar era uma sala de estar com móveis antigos, depois disso o ruivo o fechou a porta o empurrando contra ela e beijando-o apressadamente.
O moreno pegou o menor instintivamente contra si e o ouviu gemer durante o beijo, separando seus rostos para respirar. Ele aproveitou aquele momento para inverter as posições e colocá-lo contra a porta, apreciando o rosto corado do ruivo e seus lábios inchados como se estivessem implorando para que ele o beijasse.
E foi o que ele fez, porém gentilmente, deixando o ruivo controlar deslizando a língua contra sua, colocando uma das mãos no rosto dele, se concentrando unicamente na sensação dos lábios quentes e macios e do corpo dele contra o seu.
Eles pararam apenas para respirar, arfando juntos sem nunca desviar o olhar um do outro. Hina se aproveitou, dando uma risadinha e empurrando-o para trás até um sofá de couro negro, enfiando as mãos no casaco dele e puxando-os para se livrar das peças de roupa.
O ruivo sentiu Kageyama hesitar, travando com o rosto vermelho, percebendo que ele estava nervoso.
Levantou o rosto do moreno, colocando-o entre suas mãos enquanto estava parado em pé no meio das pernas dele, dando alguns beijinhos nele.
— Quer que eu tire a minha primeiro? — perguntou puxando o cropped colado para cima lentamente ficando apenas de sutiã e jogando a peça de lado.
O moreno assistiu ele tirar a blusa, sentindo que tinha perdido todo o ar, até perceber que estava segurando a respiração enquanto o encarava, ele viu o sutiã rosa claro de renda delicada que combinava perfeitamente com a pele dele e as sardas que ele tinha espalhadas pelos ombros.
— Você não tá com… — ele começou, sem conseguir tirar os olhos dele.
— O binder? Só uso com o uniforme, não ia combinar com essa blusa, você… uh- — Kageyama o puxou pela cintura antes de o beijar, ele tinha acabado de constatar que achava muito sexy quando ele usava roupas fofas e nunca havia sentido aquilo antes.
— Espera aí — Hina colocou a mão no peito dele, empurrando-o para trás, ele tirou o pacote de camisinha e jogou ao lado do sofá, depois colocando uma perna de cada lado das dele, subindo no colo dele e se acomodando ali com um sorrisinho de canto.
— Tira o seu casaco agora — comandou o ruivo, colocando as mãos nele e empurrando a peça para trás.
Kageyama fez o que ele pediu, sentindo todo seu corpo vibrar, ele sentia a ansiedade corroê-lo por dentro, ele não sabia o que fazer com os braços nem onde colocá-los, ele podia ver claramente como Hinata era experiente naquilo.
Ele segurou os braços do ruivo, fazendo-o sentar-se em seu colo, vendo a expressão de confusão no rosto do ruivo, Kageyama inspirou profundamente.
— Você sabe que eu sou… — começou, lutando contra a vontade de querer enfiar seu rosto num buraco.
— Eu sei — Hina acenou, mas não riu dele como Kageyama achou que ele iria fazer quando contasse.
— É tão óbvio?
Hinata acenou com um sorriso de lado.
— Não precisa ter medo, eu vou pegar leve.
— Eu não tô com medo! — Kageyama fechou a expressão, o encarando.
— Ah é? Tira a blusa, então! — provocou o menor, sentando no colo dele.
Kageyama puxou a camisa que estava usando para cima, jogando-a em qualquer lugar antes de puxar Hinata para frente pela cintura, enfiando a mão nos cabelos dele e o beijando com vontade, tirando aquele sorrisinho do rosto dele, os dois tentando dominar o beijo.
Hinata estava sentindo seu corpo ficar totalmente elétrico com toda a adrenalina, fechando os olhos com força ao sentir as mãos em seu cabelo. Ele se esfregou contra o moreno, gemendo ao sentir que ele também estava excitado embaixo dele.
O moreno agora se concentrada em passar as mãos por todo o corpo dele, sentindo a pele macia, deixando pequenos beijos em seu maxilar, descendo ao pescoço e por suas omoplatas, gostando de sentir os suspiros do ruivo acima dele, ele enfiou o dedo em uma das alças do sutiã, empurrando para baixo para poder continuar a se concentrar na pele ali. Com a outra mão, tocando o piercing novo que o ruivo havia feito entre os seios, vendo como o peito do ruivo subia e descia rapidamente.
— Tobio, você pode ser fofo depois, eu quero foder — resmungou o menor com impaciência embora seu rosto estivesse vermelho, ele não era do tipo paciente, ficando de joelhos para poder tirar a saia e jogá-la de lado, não gostava de roupas o atrapalhando. Ele percebeu o olhar do moreno descendo por seu corpo, ficando vermelho também — Você ainda pode desistir agora — Hina falou com um sorriso travesso.
— Eu não vou, idiota — respondeu fechando o cenho, embora suas mãos estivessem tremendo e seu coração estivesse acelerado, viu Hinata se esticar para pegar a camisinha ao seu lado enquanto ele empurrava suas calças para baixo.
Hinata olhou para baixo, piscando algumas vezes olhando para o tamanho e agradecendo a qualquer deus acima.
— Vai colocar isso ou não, idiota? — resmungou Kageyama, sentindo o olhar do ruivo sobre ele que fazia todo o seu sangue ir direito para baixo.
— Cala a boca, tô te fazendo um favor — Hina respondeu no mesmo tom, colocando a camisinha nele com rapidez praticada, se aproximando do ouvido do moreno, colocando uma das mãos sobre o ombro dele para se equilibrar. — Agora vou sentar no seu pau.
Kageyama sentiu um calafrio percorrer sua espinha, ele gemeu abertamente apenas com Hinata pegando seu membro e o guiando para dentro dele, ele se sentia entorpecido com a avalanche de sensações o dominando, Hinata apertava seu ombro descendo devagar com gemidos suspirados, ele nunca havia ligado muito para sexo, mas sentir o calor de Hinata e as dobras dele se abrindo para acomodar seu pau, o fizeram repensar.
Quando o ruivo chegou ao fundo, e o encarou com o rosto vermelho e respirando audivelmente, o olhar que ele tinha de desejo fez Kageyama colocar suas mãos nas coxas dele, avançando para frente e capturando os lábios dele num beijo necessitado. Hinata deslizou para a frente, rebolando em cima dele ouvindo o moreno fechar os olhos e grunhir.
— Vou me mexer — ele avisou no instante em que começou a subir devagar, gemendo ao sentir o apertando das mãos do maior em seus quadris, ele se sentia quente, com o coração acelerado e com vontade de descer em Kageyama com tudo, foi o que ele fez, enfiando as mãos no cabelo dele e descendo para a nuca para se apoiar.
— Porra, Hinata! — o grifano praguejou com o movimento súbito, Hinata apertava suas paredes internas e isso o fez jurar ter visto tudo ficar branco em sua mente, ele sabia que o ruivo estava o provocando pelo sorrisinho que ele tinha em seu rosto mesmo que estivesse respirando com dificuldade, cavalgando em cima dele.
Kageyama enfiou uma das mãos no cabelo dele e puxou para trás arrancando um gemido alto do ruivo que o encarou depois de perder a expressão superior, sentindo ele diminuir as estocadas.
— Cansou? — provocou o moreno dessa vez, ele viu os olhos do outro brilharem diante disso, empurrando a mão que Kageyama tinha em seus cabelos e se mover para frente para o beijar com vontade, cada um mordiscando os lábios do outro, deslizando uma língua sobre a outra.
Hinata subiu uma das mãos no rosto dele acariciando levemente, e depois as enfiou nos cabelos dele exatamente como Kageyama havia feito puxando para trás ao mesmo tempo que ele aumentou sua velocidade, descendo e subindo com pequenas reboladas, se deleitando com os gemidos do maior embaixo dele, sabendo que era ele quem o fazia gemer daquele jeito.
O moreno se sentia cada vez mais perto de sua libertação, apertou as coxas do ruivo, subindo as mãos para a cintura dele, nenhum deles conseguindo falar, apenas gemer enquanto se encaravam, até Tobio o ajudar a ir mais rápido com suas mãos e depois fechar os olhos quando Hinata o apertou com mais força gemendo seu nome e aquele foi seu limite, sentindo todo seu corpo tremer ao Hinata continuando mais algumas estocadas até gozar em cima dele.
— Merda — praguejou o menor, arfando e se jogando para frente, encaixando seu rosto na dobra do pescoço de Kageyama. — Você tá bem?
Ele podia sentir o coração acelerado do moreno, o dele próprio também disparava na mesma velocidade, sentindo-se como se fosse uma nuvem flutuando no céu, saiu o mais cuidadosamente que conseguiu, se livrando da camisinha e dando um beijinho no moreno quando ele assobiou por ele ter tocado seu membro ainda sensível.
— Isso foi… — Kageyama jogou a cabeça para trás, fechando os olhos e deixando sua respiração se acalmar, tendo um sorrisinho em seu rosto.
— Quer ir de novo? Eu tenho mais uma camisinha — Hinata sorriu a mostrando para ele, enchendo o pescoço dele de beijos e pequenas mordidas.
— O quê? A gente acabou de… eu preciso me recuperar — Tobio virou para ele, descrente com o que ele sugeriu, achando que era brincadeira, só podia ser.
Hinata deu uma risadinha que o fez se arrepiar, se ajoelhando entre suas pernas, apontando para uma mesa de carvalho próxima.
— Tá vendo aquela mesa? Eu quero que você me foda lá.
Kageyama riu em descrença, ele mal havia se recuperado.
— Eu acabei de… não vou conseguir ainda, em pelo menos meia hora.
— Isso você deixa comigo, Tobio.
O sorriso devorador que Hinata o lançou, foi o seu fim, o que ele achava impossível, o ruivo fez acontecer e não o deixou em paz até ele estar totalmente esgotado. Quando eles voltaram ao salão comunal de volta para a festa, Kageyama duvidava que iria responder seu nome caso alguém perguntasse, mas com certeza os beijos e abraços do ruivo depois eram um bônus muito bem vindo. Mas ele duvidava que iria se acostumar com aquilo em sua vida.
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