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História Haikyuu Hogwarts - Capítulo 25 - História escrita por nanaminpartner - Spirit Fanfics e Histórias
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História Haikyuu Hogwarts - Capítulo 25


Escrita por: nanaminpartner e leveneficor

Notas do Autor


Oi bruxinhes, pensaram que não ia ter att hoje né?
Fiquem com esse cap e preparem os coraçõezinhos que lá vem bomba👀

Capítulo 32 - Capítulo 25


   Sugawara suspirou, se apoiando no parapeito de uma das grandes janelas do castelo. Já fazia uma semana desde que tinham dado a festa de comemoração para Hinata, Suga ficava feliz em ouvir o amigo falar sobre o namorado, mas ainda pensava constantemente em Daichi. 

   Naquele dia, ele decidiu que não iria para Hogsmeade com es outres para que o grifano pudesse se divertir com seus amigos, recusando todos os convites des sues amigues, elus precisavam de um tempo pra si também.

   Sempre que estava sozinho seus pensamentos voavam até o garoto moreno e carismático, que sempre costumava estar ao seu lado, e tinha que se controlar para não correr até onde ele estava e pedir desculpas por qualquer coisa que tenha feito, só para poder estar ao seu lado novamente.

   Suspirou e pegou o maço de cigarro dentro do casaco, ele vinha fumando mais que o normal ultimamente, mas não conseguia controlar.

— Ei — Uma voz familiar soou atrás dele, a mesma voz que eu vinha querendo voltar a ouvir fazia semanas — Suga… podemos conversar?

   Suga engoliu em seco e guardou os cigarros novamente, se virando para o dono da voz. Daichi parecia ter corrido até ali, ele estava arrumado e cheiroso, como se pretendesse sair, mas ainda assim estava ali, parado na frente de Suga. Ele também parecia cansado, com olheiras evidentes e uma expressão triste, fazendo o coração de Suga se apertar.

— Oi — Suga conseguiu responder baixinho, cruzando os braços na frente do corpo.

— Eu… você… — Daichi tentou formular uma frase, mas tudo sumia de sua mente naquele momento.

— Desculpa — Suga murmurou, antes que perdesse a coragem de falar e de estar ali.

— O que? Pelo que? — Daichi perguntou, o encarando com confusão.

— Por ser imprudente, você tava certo — Ele disse, sentindo os olhos ficarem marejados novamente.

— Não — Daichi disse com firmeza — Não te desculpo.

— Por quê? — Suga perguntou com a voz por um fio, sentindo o corpo começar a tremer.

— Porque você não fez nada errado — Daichi explicou, se aproximando um pouco dele — Eu tenho que te pedir desculpas… tenho que te pedir perdão. Eu fui ignorante e te magoei e ainda demorei esse tempo todo para perceber meu erro e vir até aqui. Você não precisa me perdoar, Suga, mas eu não queria te perder assim sem nem ter tentado consertar minha idiotice.

   Suga se apoiou na parede atrás de si e começou a chorar, sentindo seu coração ficar mais leve. Ele já sabia que, mesmo que não quisesse, ele já tinha perdoado Daichi e tinha medo de ficar longe dele para sempre. Tinha medo de isso ser tudo culpa dele e estava com medo de que Daichi tivesse ido até ali só para o lembrar que ele não fazia nada direito.

— Aquele dia… aqueles garotos foram transfóbicos comigo — Suga contou, em meio a soluços — Fazia um tempo que isso não acontecia porque eu sempre briguei com eles e você… você brigou comigo por isso.

— Suga… eu não sabia, fui mesmo um idiota — Daichi disse baixinho, se sentindo impotente o vendo chorar.

— Meu coração doeu — Suga admitiu, o encarando com o rosto molhado — Doeu porque fazia tempo que eu não ouvia me invalidarem e ainda mais quando você me olhou daquele jeito.

— Eu… posso te abraçar? — Daichi perguntou, se aproximando dele.

    Suga balançou a cabeça e se deixou ser envolvido por aqueles braços, sentindo o familiar perfume que Daichi usava. Ele quase imediatamente se acalmou e seu corpo parou de tremer, ele gostava de estar entre os braços dele.

— Você é um idiota — Suga disse, com o rosto enterrado em seu pescoço.

— Sim — Daichi concordou.

— Babaca.

— Eu sei.

— Teimoso, cabeça dura — Suga continuou, o apertando de volta no abraço.

— Com certeza.

— O idiota mais idiota de todos — Suga continou com seus insultos, sentindo o choro cessar de vez — Eu te perdôo.

— Sério? — Daichi perguntou com incredulidade.

— Mas você precisa aprender a ouvir — Suga fungou, olhando para ele mais de perto.

— Desculpa por te fazer chorar — O moreno disse, beijando a pontinha do seu nariz vermelho.

— Não é culpa sua, eu é que sou uma manteiga derretida — Suga disse e deu uma risadinha, deixando Daichi beijar seu rosto — Faltou um beijinho na boca.

— Senti falta das suas brincadeiras — Daichi disse e riu de leve, passando os braços pela cintura dele.

— Não é brincadeira — Suga resmungou, apoiando os braços nos ombros dele.

   Daichi continuou dando beijinhos em seu rosto e abraçando com força, dizendo o quão arrependido estava, mesmo que Suga falasse sempre que estava tudo bem agora. Eles ficaram ali por mais tempo, às vezes conversando sobre o que aconteceu e às vezes apenas olhando nos olhos um do outro. Suga se sentia muito melhor agora, até conseguia gargalhar das brincadeiras de Daichi.

— Suga! — Uma voz o chamou.

   Suga e Daichi olharam ao mesmo tempo, ainda sem se desgrudar, vendo es amigues se aproximarem dos dois. Assim que elus chegaram perto, Akaashi fez questão de o afastar de Suga e se manter entre eles, fazendo cara feia. Todes pararam ao redor de Suga, o protegendo e cruzando os braços, olhando feio para Daichi.

— A gente sabia que tinha que vir pra cá assim que vimos que o Daichi não tinha ido — Hinata falou.

— Você tá bem? — Akaashi perguntou, se aproximando do amigo.

— Eu tô, a gente tava conversando — Suga contou — Nós estamos bem agora. 

— Mesmo? Você sabe que não tem que perdoar ele — Kenma disse, olhando ameaçadoramente para Daichi.

— A gente já conversou, não era isso que vocês queriam? — Suga perguntou, tentando passar por elus e se aproximar de Daichi novamente. 

— Espera aí! Ele te pediu desculpas? — Yamaguchi perguntou, o mantendo no lugar.

— Eu pedi perdão — Daichi se pronunciou, atraindo a atenção delus — Sinto muito por não ter vindo antes, mas o Suga disse que tá tudo bem agora, sei que vocês não querem que ele se machuque, mas é ele que tem que dizer se tá bem com isso ou não. 

   Todes elus assumiram expressões sérias e o encararam com raiva, mas Daichi ainda se manteve firme sustentando os olhares delus. Seus amigos se afastaram dele, deixando que ele aguentasse aquilo sozinho.

— Você não deveria ter falado isso — Kuroo sussurrou antes de se afastar, depois de ver Kenma estreitar o olhar na direção do amigo.

   Antes que es amigues de Suga pudessem falar algo, ele se afastou e se aproximou de Daichi, passando os braços pela sua cintura e o abraçando. 

— Ele tá certo, a gente tá bem, eu já disse — Suga disse, sorrindo de leve.

   Elus suspiraram, se rendendo depois de ver a felicidade estampada na cara do amigo, mas isso não quer dizer que confiavam plenamente em Daichi novamente. Concordaram em se reunir no salão da sonserina, tentando desgrudar Suga de Daichi, sem sucesso. 

   Quase todos já estavam acostumados com o salão sonserino, Kuroo passava muito tempo lá com Hinata e Kenma, e Kageyama, junto com Tsukishima, iam lá às vezes para ver os namorados. Bokuto e Nishinoya tinham ido na festa que deram lá, então também já conheciam o lugar, apenas Daichi ainda não tinha visto. 

   Suga sorriu para Daichi, feliz por levar o garoto pra conhecer o salão deles, nem se importando com fato de que todo mundo gostava ainda menos do monitor grifano depois da briga. 

— Kuroo, você por aqui de novo — Taya disse assim que elus entraram no salão.

— Você aparece com bastante frequência no nosso “ninho de cobras” — Tooru disse, usando as palavras que o corvino mesmo tinha dito tempos atrás.

— Cuidem da vida de vocês, Oikawas — Kuroo disse, mas se virou para Kenma depois e disse baixinho: — Eu não chamo mais esse lugar assim.

   Kenma balançou a cabeça e sorriu minimamente, deixando Kuroo tranquilo ao saber que o sonserino não tinha ficado incomodado com o comentário.

— Kage! — Natsuo gritou, se aproximando do grifano mais alto e o abraçando — Você trouxe algum doce pra mim hoje?

   Kageyama balançou a cabeça e tirou um doce do bolso, estendendo para a menina e sorrindo junto com ela. Hinata olhou para a cena, se sentindo enciumado, tanto pela irmã, quanto pelo namorado. Ele se aproximou dos dois e cruzou os braços, chamando a atenção deles. 

— Kage? Desde quando vocês se gostam? — ele perguntou, os encarando. 

— Desde quando ele tá namorando você e de quando ele me dá doces sempre — Nat respondeu, sorrindo para o cunhado.

— Por isso você sempre anda sem doces? — Hinata perguntou, fazendo uma careta ofendida — Desde quando andam juntos?

— Desde que você passa muito tempo ocupado com seu melhor amigo — Kageyama disse, apontando para Kuroo. 

— Mas vocês não podem ser amigos pelas minhas costas! — Hinata disse, bufando — Nat, eu sou seu irmão você tem que me contar tudo.

— Eu contei prê Tooru-san, elu disse pra eu aproveitar os doces — Natsu contou, deixando Hinata ainda mais enciumado — E me ensinou pronomes neutros. 

— Eu podia te ensinar isso! — Hinata exclamou, ele era super protetor com a irmã mais nova, mesmo que ela cuidasse bastante dele também.

— Já era, chibi-chan, eu assumi o posto de irmane, você perdeu — Tooru disse, bagunçando os fios da garotinha.

— Eu de irmã, nós adotamos ela — Taya completou, rindo da careta do ruivo.

   Hinata afastou es dues da irmã e a abraçou apertado, falando que ela não podia ser irmã de mais ninguém além dele e nem podia roubar os doces de Kageyama, por que assim ele ficava sem nenhum.

   Terushima, Atsumu e Suna se aproximaram do grupo, Suna parou e cruzou os braços, encarando Daichi, que logo ficou incomodado com o olhar. 

— Posso ajudar? — Daichi perguntou para o garoto moreno, assim que Suga parou de falar sobre seu salão.

— Você é o monitor da grifinória — Suna afirmou, com a voz fria.

— Sim, algum problema? — Daichi perguntou, percebendo que todo mundo agora prestava atenção na conversa deles.

— O mesmo monitor que fez nosso Suga chorar — ele afirmou novamente, fazendo Daichi ficar tenso.

   Todes es sonserines ali presentes assumiram uma expressão fria, lançando olhares cortantes para Daichi.

— Por que você tá aqui? — Taya perguntou, sua voz geralmente era gentil e animada, mas agora estava cortante, já que ela não gostou nem um pouco da presença do monitor chefe da grifinória.

— Eu trouxe ele — Suga disse, entrando na frente do moreno — A gente já conversou, estamos bem.

— Como é? — Tooru se aproximou de Suga — Ele te fez chorar por vários dias, Suga!

— Eu choro por qualquer coisa, não sou tão durão quanto vocês pensam — Suga disse, mantendo elus longe de Daichi.

— Ele foi babaca — Atsumu lembrou.

— Eu sei disse. Ele sabe disso. Todo mundo já sabe e ele já pediu perdão, podem esquecer isso? — Suga suplicou, ele tinha medo de começar uma briga porque ele sabia que não conseguiria controlar todos caso acontecesse.

— Se ele te machucar de novo, nós não vamos deixar pra lá — Suna avisou, dando tapinhas no ombro do amigo.

   Suga suspirou aliviado e sorriu de leve para Daichi, que parecia um pouco menos tenso agora. Todes es sonserines conheciam Suga, por ele ser monitor chefe e por causa de sua reputação, e a maioria delus gostavam bastante dele também. Se Suga estivesse magoado com alguém, toda a sonserina odiaria aquela pessoa até os fins dos tempos por ter machucado o garoto, mesmo que ele dissesse que aquilo tudo não era necessário.

   O clima que antes estava leve, agora estava pesado e cheio de tensão, deixando todo mundo sem saber o que fazer. 

— Ei, vocês tem que conhecer nosso quarto — Hinata disse, para os amigos, desviando o assunto e fazendo todes respirarem com alívio.

— O Tsukki já conhece — Yamaguchi disse, com uma risadinha maliciosa.

— Que nojo, espero que vocês não tenham transado na minha cama — Hinata disse, fazendo uma careta.

— Isso eu não posso prometer que não aconteceu — Ele disse, rindo da cara do amigo e deixando Tsukishima vermelho.

— Vou matar vocês dois se isso tiver acontecido mesmo — Hinata disse.

— Você nunca vai saber — Yamaguchi disse e saiu na frente, puxando o namorado.

   Elus deixaram os colegas no salão comunal e foram apenas ês doze para o quarto de Suga, Hinata, Yamaguchi e Kenma. Assim que chegaram ao quarto, Hinata se jogou em sua cama e puxou Kageyama, deixando Kuroo se sentar perto de seus pés. Aos poucos, cada um foi achando um lugar para se sentar, fosse em uma almofada no chão ou se espremendo nas camas estreitas, admirando o cômodo.

— Ah! Porra, Bartolomeu — Kenma xingou e deu gritinho, fazendo Kuroo se levantar em um pulo.

— O que houve? — ele perguntou, olhando para a cama de Kenma, vendo o gato deitado.

— Olha que gato nojento, ele pegou uma barata — Kenma apontou, fazendo careta e se afastando um passo da cama — Joga isso fora.

— É só uma baratinha, Kyanma — Kuroo disse e riu, pegando o inseto com uma mão e jogando fora.

— Lava essa mão — Kenma disse, torcendo o nariz para ele e começando a tirar os lençóis — Bartolomeu, você não vai dormir na minha cama hoje.

— Não seja malvado, ele só tava brincando — Kuroo disse o ajudando depois de lavar as mãos.

— Se tá com pena, leva ele pra dormir com você — Kenma disse, de cara fechada.

— Posso mesmo? — Kuroo perguntou, com os olhos brilhando e sorrindo, depois que Kenma concordou — Vem cá com o papai.

— Gatinho nojento — Kenma brigou, quando Kuroo o pegou nos braços — Você tem muitos brinquedos, pra que pegar barata?

— Não liga pra ele, comigo você pode pegar quantas baratas quiser — Kuroo disse para o gatinho em seus braços.

— Para de mimar ele, por isso que ele tá assim — Kenma brigou.

— Você é o pai malvado, eu tenho que ser o pai legal — Kuroo se defendeu.

— Ele é meu filho, não seu — Kenma disse, fazendo carinho no gato. 

    Es amigues observavam a cena com incredulidade, em parte porque não sabiam que Bartolomeu podia se dar bem com outra pessoa além de Kenma, mesmo parecendo muito tranquilo nos braços de Kuroo e brincando com Kenma, e também porque os dois realmente pareciam ser um casal brigando pelo filho.

— Como esse gato endemoniado gosta tanto de você? — Hinata perguntou, chegando perto deles, mas mantendo distância do felino.

— Ele é só um bebe — Kuroo disse, dando um beijinho no gato — Você é o bebê do papai, né, Bart? 

   Hinata tentou fazer carinho nele, mas o gato o arranhou assim que viu que não era a mão de Kuroo ou de Kenma.

— Tá vendo?! Ele é horrível! — Hinata choramingou, voltando para perto de Kageyama.  

   O namorado o consolou, enquanto ele dava um escândalo por causa do pequeno corte. Kuroo ignorou completamente o olhar curioso de Akaashi, adiando o quanto podia a enxurrada de perguntas que viria mais tarde no salão deles. 

   Enquanto isso, Suga mostrava com bastante entusiasmo seu espaço para Daichi, falando sobre seus desenhos e sobre as coisas que tinha ali. Daichi observou que todos os presentes que já tinha dado para Suga estavam ali e parecia que foram guardados com muito carinho. Sentiu seu coração afundar imaginando Suga sentado ali e chorando quando estava magoado com ele, e então o abraçou novamente, o apertando em seus braços.

   Suga se sentia feliz em abraçar Daichi, ele não se sentia nem um pouco arrependido de ter o perdoado, apenas queria continuar assim com ele. Sues amigues insistiam em dizer que ele não deveria confiar tanto em Daichi, não era a primeira vez que tinham brigado e que ele tinha sido babaca, mas Suga sabia que ele não era assim. Daichi era gentil com ele e cuidava dele sempre, só era teimoso demais. 

   Não se importava em deixá-lo o abraçar sempre, Suga sabia que a linguagem amorosa de Daichi era o toque, ele já tinha percebido isso. Conforme os dias se passavam, sues amigues deixaram aquilo de lado e confiaram nas palavras do amigo.

   Logo mais uma semana de aula se passou, com o clima mais leve e a amizade entre eles persistia. Suga se sentia feliz em voltar a usar a tiara que tinha ganhado de Daichi e voltado a olhar carinhosamente o desenho que tinha feito do garoto.

— Tô tão aliviado que vocês voltaram a namorar — Hinata disse para Suga, enquanto esperavam os outros.

— A gente não namora — Suga disse. 

— Só porque o Daichi não pediu — Yamaguchi cantarolou. 

   Eles não notaram que es outres estavam chegando e perto o suficiente para os ouvir, escutando a conversa deles.

— E pensar que antes você só se aproximou dele pra ele parar de ser chato e largar do nosso pé — Hinata comentou, percebendo a presença des outres e se calando rapidamente.

— Você sabe que não é bem assim, Hina — Suga repreendeu, notando o olhar dos amigos — Que foi? 

   Kenma apontou para trás deles, com o rosto sério, fazendo o coração de Suga errar algumas batidas. Ele se virou e captou o olhar frio de Daichi, sentindo seu corpo ficar tenso.

— Se não é bem assim, então como é, Sugawara? — Ele perguntou, com a voz cortante e o rosto sério.

— Daichi… — Suga disse, se aproximando alguns passos ao mesmo tempo em que ele se afastava — Não se afasta de mim.

— Pra que eu deveria ficar perto de você? Pra você conseguir me manipular mais de perto? — Daichi disse e Suga ficou estático, não conseguindo responder — Tenho uma pergunta, Sugawara, por acaso você ficou rindo com sues amigues depois de me usar? 

— Daichi… — Kenma chamou, percebendo que Suga não conseguia falar nada e que Daichi estava nervoso.

— Por acaso você gostou de rir da minha cara depois de ganhar os presentes que comprei pra você? — Daichi continuou, ignorando completamente os chamados de Kenma — E por acaso as lágrimas do outro dia eram verdadeiras? Ou eram falsas igual-

   Daichi foi interrompido no meio das suas palavras, recebendo um tapa estalado no rosto. Kenma se cansou de chamá-lo para que ele se calasse e repensasse, mas não foi o caso. Todos ficaram imóveis, vendo Kenma exalar fúria, sabendo que ele quase nunca perdia a calma.

— Escuta aqui, seu idiota — Kenma começou, puxando seu colarinho e encarando seu rosto repleto de incredulidade — Eu não ligo se você é a porra do monitor da grifinória. Eu não ligo se você é alto ou musculoso. Eu não tenho medo de você e não vou deixar você abrir a porra da boca pra falar assim do Suga novamente. Não é a primeira vez que você é um babaca completo e você tem uma puta sorte de eu não quebrar a porra do seu nariz. Eu espero muito que você se arrependa de cada maldita palavra que saiu da sua boca e que elas te atormentem todas as vezes que botar os olhos nele, porque você não vai tocar ou sequer falar com ele antes de se arrastar implorando para ele te perdoar. 

   Kenma terminou de dizer, sentindo alguém os separar e o puxar para longe. Sorriu amargamente quando viu um fio de sangue escorrer pela bochecha de Daichi, saindo de um fino corte causado por um dos anéis que ele usava.

— Me larga, Kuroo, eu ainda não acabei — Kenma pediu, ele não precisou desgrudar os olhos furiosos de Daichi para saber que era Kuroo que estava o carregando para longe. 

— Ei, gatinho, olha pra mim — Kuroo pediu, entrando em seu campo de visão.

   Kenma olhou para seu rosto, respirando fundo e apreciando o toque quente das mãos de Kuroo em suas bochechas. Respirou fundo e tocou uma das mãos dele, a mantendo no lugar. 

— Tá mais calmo agora? — Kuroo perguntou, acariciando a maçã de seu rosto.

— Eu nunca perco a calma — Kenma disse, sorrindo de leve com a preocupação de Kuroo.

— É, percebi que você tava bem calmo — Kuroo disse, rindo de leve.

— Não vai ver seu amigo? — Kenma perguntou, se permitindo apreciar o toque, mesmo sabendo que não deveria.

— Você também tem que cuidar do Suga — Kuroo disse, o puxando de volta — Um tapa com esses seus anéis deve ter doído muito.

— Tomara que tenha mesmo — Kenma disse com desdém.

   Eles se separaram, indo cada um para seu próprio grupo, torcendo para que ninguém tivesse visto o momento dos dois. Kenma correu atrás des amigues, que estavam acompanhando Suga, correndo para o banheiro. Assim que elus chegaram no banheiro, Suga deixou as lágrimas rolarem pelo seu rosto, tentando conter o soluços. 

— Você não deveria chorar por causa de desse idiota — Akaashi disse, o apertando em seus braços enquanto o consolava.

— Suga… desculpa — Hinata disse, apertando a mão do amigo.

— N-não foi culpa sua, Hina — Suga disse, em meio a soluços — Ele só foi um babaca.

— Mas eu não deveria ter falado aquilo, nem de brincadeira — Hinata insistiu, o abraçando junto com Akaashi.

   Elus ficaram ali até que Suga se acalmasse, mesmo que ele sempre insistisse para irem tomar café e se preparar para a aula, mas elus nem cogitaram deixar ele ali naquele estado. 

   Os amigos de Daichi o levaram até a enfermaria, aguentando seu mau humor durante o caminho.

— Você tá bem? — Noya perguntou assim que a enfermeira o liberou. 

— Sim — Daichi respondeu em tom seco.

— Vai ir falar com ele? — Bokuto perguntou.

— Por que eu deveria? — Daichi perguntou e começou a andar até sua aula.

— Por que você errou — Nishinoya disse, fazendo Daichi parar e se virar pra ele — Não me olha assim, você sabe que eu tô certo. 

— Vocês estavam lá, ouviram o que o Hinata disse e ainda vão ficar do lado dele? — Daichi perguntou para os amigos, olhando para as expressões relutantes de cada um deles.

— Pode apostar que eu vou — Noya respondeu — O Suga é um cara legal, ele sempre foi bom com a gente e com você, mesmo que eu tenha escutado, eu não ouvi o lado dele. Ao contrário de você, eu prefiro ouvir o que ele tem a dizer.

— Vocês pensam assim também? — Daichi perguntou para os outros, vendo-os acenar com a cabeça — Então podem ir ver elus.

— Por mais que você esteja tomando uma série de decisões erradas, somos seus amigos e vamos ficar ao seu lado — Kuroo disse, dando tapinhas em seu ombro e o puxando pelo corredor.

   Eles foram até suas salas, mas seus professores disseram que deveriam ir até a sala do diretor imediatamente. Eles foram, sentindo a tensão pesar em seus ombros, chegando lá e encontrando es outres espalhades pelo escritório do diretor. 

— Finalmente todes aqui — Ukai disse, passando os olhos nelus.

   Ele soube que tinha acontecido uma briga mais cedo, soube também que fora alguns dos alunos daquele grupinho, mas não tinha chegado até ele que tinham brigado entre si. Estava claro que algo tinha acontecido, elus estavam separades em dois grupos, como no começo do ano, e não como estavam acostumades a ficar.

— Alguém vai me explicar? — Ukai perguntou, esperando alguém se pronunciar. 

— Daichi foi um babaca com o Suga, então eu bati nele — Kenma confessou. 

— E por que brigaram? — Ukai perguntou novamente, notando o rosto vermelho e inchado de Suga. 

— Porque o Daichi é um idiota completo — Yamaguchi disse, olhando com raiva para o grifano.

   Ukai suspirou e se recostou em sua cadeira, ele sabia que hora ou outra iria surgir um conflito entre elus, só esperava que se resolvessem sem precisar de violência.

— Certo, eu gosto de vocês, rapazes, mas eu não posso ignorar uma briga — Ukai disse, olhando para o curativo no rosto de Daichi — Para ser justo, vou dar detenção só para vocês dois, um dia. 

   Ukai disse e nenhuma reclamação foi ouvida, deixando-o preocupado com a seriedade da situação.

— Vocês vão ficar bem? — O velho diretor perguntou, ouvindo algumas respostas desanimadas — Então podem ir para suas aulas.

   Elus saíram da sala do diretor e se separaram, Suga e sues amigues não tinham a menor intenção de ir pra aula e ficar perto de Daichi, então apenas acompanharam o amigo até seu dormitório. Ficaram com ele e o deixaram deitado na cama, descansando e o deixando dormir abraçado naquele maldito desenho. Ele estava acostumado demais a ficar triste daquela maneira. 

 

 


Notas Finais


Esse Daisuga não acabam com o sofrimento do povo né? o casal mais provável de rolar e também o mais difícil
Espero que tenham gostado e até domingo que vem! <3


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