Sim era ele. Era o filho da puta do amante da Vanessa. Apertei fortemente o braço de Savannah e logo ela entendeu que tinha algo errado. Quando iamos sair a voz de Joe nos impediu.
- Então Melissa, esse aqui é o meu filho, Eric. - Ele disse apontando para um garoto alto, moreno e lindo. Ele lembrava e muito o Joshua Bowman. Puta que pariu porque eu só arranjo meio-irmão gato? Assim não dá.
- Olá Eric - Disse comprimentando-o com um aceno de cabeça e um sorriso discreto.
- Oi Melissa. - Ele disse me puxando para um abraço. Esse com certeza me daria trabalho. - Você é realmente muito bonita.
- Obrigada. - Disse separando o abraço. - Está é minha prima Savannah.
- Oi Savannah. - Ele disse abraçando-a.
- Oi Eric. - Savannah disse revirando os olhos e afastando-o. - Mel, vamos pegar alguma coisa pra beber.
- Vamos. - Ela pegou em meu pulso e me arrastou até o .
- Meu Deus aquele menino é muito grudento. - Ela disse fazendo careta. - Mas o que era que você queria?
- Então... O Joe... Bem....
- O que, que tem o Joe?
- Ele é... Erm...
- Fala logo Melissa!
- Ele é o amante da Vanessa.
- Como assim amante? E quem é Vanessa?
- Sim ele é o amante. E Vanessa é minha madrasta. Uma loira, alta, magra.
- Eu vi ela na casa do seu pai. Que vagabunda! Ah ela vai ter uma conversa muito seria com a minha mão. Ah se vai.
- Sav, calma. Você não vai fazer nada.
- É logico que eu vou fazer e você vai me ajudar.
- Não Sav, a gente não vai fazer nada. Nós não podemos.
- Não só podemos, como vamos!
- Savannah, nós não vamos fazer nada!
- Por que não?
- Porque se não ela vai acabar com a minha vida.
- E como que ela vai fazer isso?
- Contando de mim e do Keegan pro meu pai.
- E dai? Vocês estão juntos, qual o problema disso?
- O problema é que Keegan é meu meio irmão!
- O que? - Ela falou num tom mais alto que o aconselhável.
- Shh. - Disse colocando o dedo indicador sobre os lábios dela. - Sim ele é filho dela e ela sabe que nós estamos juntos. Se eu faço alguma coisa contra ela ou conto sobre isso, ela conta tudo pro meu pai e...
- E o que? O que tem demais você está namorando com ele? Vocês se conheceram bem antes de tudo isso.
- O negocio é que ela manipula o meu pai. Ela poderia foder com a minha vida num piscar de olhos.
- Mas Mel, você não pode...
- Sav, não precisa. Eu tenho um acordo com ela.
- Mel eu não posso deixar assim.
- Sav, promete pra mim que não vai fazer nada?
- Mel...
- Por favor, prometa.
- Tá, tá. Eu prometo. - Ela disse revirando os olhos.
- Por favor...
- Eu já prometi, Melissa. Eu não vou fazer nada.
- Obrigada. - Abracei-a. - Muito obrigada mesmo.
- De nada, Mel. Mas então, quando que eu vou conhecer seu namorirmão?
- Savannah! - Chamei a atenção dela e logo depois caimos na risada.
Passamos o resto da festa rindo e bebendo. Eu já estava meio tonta devido ao excesso de alcool.
- Vamos filha. - Minha mãe disse pegando em meu braço e me guiando até o carro .
- Eu vou pra sua casa né?
- Sim. - Ela me colocou para dentro do carro, e logo entrou seguida por Savannah.
O carro começou a andar e eu encostei a cabeça no vidro. No rádio começou a tocar uma música calma, senti minhas pálpebras pesarem e logo adormeci.
[...]
Acordei com o meu celular tocando, um barulho irritante e alto soava.
- Alô? - Disse sem o menor animo.
- Melissa? Cadê você? Por que não voltou pra casa? - Eu tinha esquecido de avisar que iria dormir na casa da minha mãe. Droga.
- Calma pai. Eu tô na casa da minha mãe.
- Calma? Você quer mesmo que eu tenha calma? Melissa, não tem como ter calma. Você passa a noite toda fora, não me avisa que não vai dormir em casa e ainda quer que eu fique calmo? - Ele gritava no telefone.
- Tá pai, eu já entendi que eu deveria ter avisado que iria dormir fora. Me desculpa, eu esqueci caralho. E você nem deve ter percebido até agora a pouco.
- Melissa, não xingue.
- Tá bom, tá bom.
- Quando vai vir pra casa? - Ele disse um pouco mais calmo.
- Não sei. Eu vou me trocar, chamar a Sav, tomar café, ir buscar a Anne e depois eu vou pra casa.
- Elas vão vir pra cá hoje?
- Sim. E elas vão dormir ai também.
- Tudo bem. Não demore.
- Não vou demorar. Tchau.
- Tchau.
Finalizei a chamada e me levantei da cama. Fui até o closet e peguei um short jeans, uma blusa azul com decote canoa e uma sapatilha.
Corri até o quarto de hospedes onde Savannah estava dormindo feito um bebe. Seria uma pena se alguém a acordasse com gritos e tapas.
- Savannah acorda! Savannah, a casa tá pegando fogo. Savannah, acorda você vai morrer queimada. Acorda! Acorda! - Disse segurando seus ombros e a balançando de forma brusca. - Sav, por favor. Eu não quero que você morra. Sav, acorda a casa ta pegando fogo. Tá pegando fogo!
- Que é, Melissa? - Ela disse esfregando os olhos.
- A casa tá pegando fogo! Vamo menina levanta, você vai morrer se continuar ai. Levanta.
- Que? A casa tá pegando fogo? Puta que pariu. - Ela se sentou de forma brusca na cama, para poder levantar enquanto eu ria da cara que ela fez. Ela acabou caindo da cama, o que me fez rir mais ainda. - Do que você tá rindo, sua puta?
- Você precisava ver a cara que fez. - Continuei rindo. - Foi muito engraçado, principalmente quando você caiu da cama.
- Eu já entendi o que tá acontecendo aqui. Sua vadia eu quase morri de susto. - Ela disse se sentando na cama.
- Eu sei. Essa era a minha intenção.
- O que? Me matar?
- Não, te assustar.
- Parabéns, você conseguiu. Mas saiba, isso terá retorno.
- Ui, falando assim eu até fico com medo. - Continuei rindo e ela me mandou dedo. - Tá, parei. - Disse controlando o riso. - Agora vai se trocar, porque a gente ainda tem que tomar café e ir buscar a Anne.
- Tá bom. - Ela entrou no closet e um tempo depois saiu de lá usando um short branco e uma blusinha verde.
Descemos, tomamos café e seguimos para casa da Anne. Quando chegamos lá ela já estava pronta, seguimos direto para a minha casa.
Chegamos em casa, havia uma pequena movimentação na garagem, mas eu nem dei bola. Devia ser o meu pai e alguns amigos. Meu pai tinha a mania de ficar com os amigos na garagem, para poder exibir suas raridades.
- Então, vamos logo pra piscina? - Anne disse jogando sua bolsa em cima do sofá.
- Calma, eu ainda tenho que colocar o biquini.
- Por que você não colocou antes de sair da casa da tua mãe? - Savannah perguntou.
- Porque eu não tenho nenhum biquíni lá e também porque eu quero usar o biquini que eu comprei ontem.
- Para que você comprou outro biquíni, Melissa?
- Sei lá.
- Tá, Melissa. Agora vai se trocar logo, porque eu tô louca pra aproveitar esse sol. -
- Ok. - Revirei os olhos e subi as escadas rapidamente.
Peguei o meu biquíni novo, vesti-o e fui para sala onde as meninas me esperavam.
- Vamo?
- Bora! - As duas responderam em coro.
Fomos para piscina ficamos um bom tempo tomando sol, almoçamos lá mesmo. Depois de um tempo Keeg apareceu acompanhado de 2 amigos, que faltavam nos engolir de tanto que eles nos secavam. Eles começaram a conversar com a Sav e com a Anne, então eu decidi dar um mergulho.
Eu entrei na água fria e mergulhei, fui de um lado ao outro da piscina e quando eu sai da água não tinha mais ninguém. Todos haviam sumido. Até que eu senti alguém abraçar a minha cintura. Eu dei um pulo de susto o que fez com que ele abraçasse minha cintura com mais força.
- Calma, sou eu. - A voz rouca de Keegan soou bem próxima de meu ouvido fazendo-me arrepiar. - Adoro quando você se arrepia. - Ele disse dando um beijo na curva de meu pescoço.
- K-Keeg. - Ele continuou beijando meu pescoço. - Para.
- Por que, Mel? - Ele me virou de frente.
- Porque nós estamos na casa do meu pai, seus amigos tão ai, aho que meu pai também tá. Ele pode aparecer aqui e pegar a gente.
- Não, seu pai não tá em casa.
- Mas... - Ele selou nossos lábios me impedindo de falar.
A cada instante o beijo ficava mais intenso, até que fomos interrompidos por gritos e assobios.
- Olha o incesto! - Sav gritou, me fazendo partir o beijo e virar para ela.
- Vadia! Você vai ver.
- Ah é? E o que você vai fazer? Pular em cima de mim de manhã e falar que a casa tá pegando fogo? - Ela debochou colocando as mãos na cintura e depois entrou na piscina.
- Quem sabe eu não coloque fogo desta vez. - Dei um passo na direção dela com a mãos na cintura. Senti os braços de Keeg envolverem a minha cintura. Lancei um olhar para Sav e ela respondeu com uma risada engraçada. Nós duas começamos a rir feito loucas.
- O que foi isso, Melissa? - Keeg perguntou me encarando serio e a única coisa que eu consegui fazer foi rir mais.
- V-Você precisava ver a s-sua cara. - Eu e Sav riamos cada vez mais. - Foi muito engraçado.
- Melissa você ficou louca? - Parei de rir e ele me encarou serio.
- Calma baby, isso é normal entre nós. - Passei os braços em volta do pescoço de Keeg. - Acho que você precisa de uma cerveja.
- É eu também acho. - Ele selou nossos lábios. - Vou lá.
- Não, Keeg. Eu vou.
- Já que você insiste.
Sai da piscina, me enrolei numa toalha. Fui até a cozinha e peguei cinco cervejas na geladeira, fechei a porta da geladeira e quando me virei quase derrubei todas no chão quando um dos amigos do Keeg apareceu na minha frente, mais perto do que deveria.
- Quer ajuda? - Ele perguntou com os olhos fixos nos meus.
- S-Sim. - Pegou as garrafas da minha mão e as colocou em cima do balcão e depois me prensou contra a porta da geladeira. Ele estava muito, muito proximo e com as mãos na minha cintura. - O-O que você vai fazer?
- Shhh, eu não vou te machucar. - Quando ele falou isso todas as cenas do dia em que Thomas me forçou a ir ao motel com ele passavam como falshs em minha mente. Ele juntou nossos lábios com certa força. As mãos dele percoriam por todo meu corpo e eu chorava.
Ele pedia passagem para aprofundar o beijo, mas eu estava paralisada, a única coisa que eu conseguia fazer era chorar. Depois de um tempo tentando, ele aprofundou o beijo conta a minha vontade. Eu estava travada de mais para impedir.
Eu chorava cada vez mais, até que uma voz fez com que ele partisse o beijo.
- O que está acontecendo aqui, Josh?
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