Depois que encontrei Anthony naquele Banker, tivemos uma muito breve conversa, ele estava muito alterado, não me surpreende que não se lembre.
— Ele rompeu o laço... — Não tinha interesse em tocar no assunto naquele momento, ele parecia realmente mal, apenas saiu.
— É... você também é um alfa... — ele me olhou de cima abaixo, com certo desprezo. — É bonito, quantas vezes usou disso para desfazer laços? — Tentei não me afetar por suas palavras, ele claramente não estava em condições normais — Já traiu alguém?
— Nunca... mas nunca me interessei em alguém a ponto de querer marcá-la.
— Entendo... é melhor do que passar uma vida com alguém e depois traí-lo na primeira oportunidade. Pior do que a traição, é mentir para a pessoa, sabe? Todos os alfas são mentirosos assim?
— Você precisa descansar... durma um pouco, vai estar melhor quando acordar. Tem alguém que devo chamar para te ajudar? — Ele hesitou.
— Bruce...
— Ele é ômega? — Ele me olhou, mas parecia não me ver. Talvez tenha pensado que eu fosse outra pessoa
— Saia daqui. Não apareça na minha frente nunca mais! — Apesar de suas palavras não serem direcionadas para mim em específico, ainda me afetou.
— Eu... eu sou seu destinado! — Novamente as palavras voaram para fora de minha boca antes que pudesse processá-las, não deveria ter dito aquilo, não naquele momento. Ele soltou uma risada amarga.
— Sempre achei que Steve fosse o mais próximo de um destinado que eu teria... olha só onde eu acabei. Saia da minha casa! Destinados, a maior ilusão da humanidade. Friday, chame Bruce.
— Sim, sr. Stark.
— Sa-! — Não podia deixar ele daquele jeito, divagando... fiz um feitiço para que ele pudesse dormir, dei um beijo em sua testa, logo abrindo um portal para o Sanctum.
— Wong! — Chamei — Wong, Rogers desfez o laço!
— O que aconteceu? O Sanctum está sendo atacado? — Chegou assustado — Quem morreu?! — Parou, abrupto. Ao ver que fez a escolha errada de palavras — Meu Deus, Stephens! Você está péssimo, o que aconteceu?
— Wong, Stark... Rogers desfez o laço... ômegas com laços desfeitos...
— Ok, isso é ruim. — Disse calmamente, com uma expressão de quem não estava entendendo.
— Eu preciso fazer alguma coisa... ele parece tão...
— Quebrado? — Assenti — Stephen, se acalma. Deixe ele se recuperar, ele acabou de sair de um relacionamento... meu Deus! Quem diria... o Capitão América!
— Vou matá-lo.
— Você vai é dormir! Olhe para você, você está péssimo. Não adianta querer ajudá-lo se não consegue cuidar de você mesmo.
— Wong...
— Vou dar uma olhada por aí, quando acordar, te ajudarei a lidar com isso.
— Posso fazer enquanto durmo-
— Stephen! Pare com isso! Você sempre foi um homem racional, por que está agindo assim por causa de um ômega?!
— Ele é meu destinado, Wong.
— Vá dormir. — Ele hesitou — Talvez eu tenha um jeito... mas só direi se ir dormir. E quero dizer, realmente — enfatizou— dormir, Stephen. Descanse sua mente. Stark parece ser um homem forte, irá superar, ele tem amigos para cuidar dele, não estará sozinho. Você entendeu? — Não respondi — Você irá dormir ou terei que te botar para dormir, Stephen?
— Eu irei. — Me dei por vencido, subindo até meu quarto. Coloquei meu corpo para descansar, mas não consegui descansar minha mente. Fui ver como Stark estava; dormindo calmamente, suspirei aliviado. Fiquei ali por mais um tempo, esperando até que Bruce chegasse, ele não é um ômega. Tive receio de deixá-los sozinhos, mas percebi que ele não aproveitaria de Tony, então os deixei sozinhos.
— Você não irá ver o Stark hoje? — Questionou Wong, entrando na Biblioteca.
— Vou.
— Você tem certeza que é isso que quer fazer?
— Não tenho outra escolha, tenho?
— Na verdade, tem... não marcá-lo.
— Essa não é uma opção. Eu tive dois anos para pensar sobre isso, Wong. Você não me fará mudar de idéia agora. — Fechei o livro e coloquei sobre a mesa — Vou ver como ele está.
— Stephen, você está péssimo.
— Não importa. — Abri o portal e entrei calmamente, antes que ele continuasse com sua tentativa de me fazer desistir.
Assim que atravessei, um cheiro delicioso, embora forte, me atingiu; Anthony estava em meio ao cio, nunca tinha presenciado um ômega liberando tanto feromônio, nem mesmo em meus dias no hospital, onde frequentemente chegavam ômegas no cio. Engoli em seco ao vislumbrar a imagem em minha frente, a olhei com atenção, foi inconsciente lamber os lábios, estou duro.
Anthony se contorcia na cama, enquanto se masturbava, pude reparar em um vibrador enfiado em seu interior até a metade. Seus gemidos exagerados invadindo meus tímpanos, tão lindo, tão... delicioso.
— Você está bem, Anthony? — Ele finalmente notou minha presença — Dói?
— D-doer? Isso... Isso é só o começo. — Me aproximei dele — Não quero que me toque... eu... eu posso fazer sozinho. Não quero... Sai daqui...
— Sinto muito, Anthony. — Me inclinei sobre ele, começando um beijo, não foi correspondido de imediato, mas o suficiente para o distrair. Passeei minha mão por sua barriga, descendo até sua encontrada, minha mão encontrando com o vibrador, o tirei lentamente. Tony soltou um gemido em meio ao beijo.
— Para... — Pediu, me empurrando, está sem forças, sequer conseguiu se mover ao tentar fugir. Seu toque é tão bom, macio. Parece ter sido feito para mim.
— Já está molhado assim? — Um sorriso malicioso surgiu em meus lábios, comecei a distribuir beijos em seu abdômen, ele é tão lindo. — Quanto tempo dura seu cio? — Ele não respondeu — Seria melhor se parasse de tentar lutar.
— Eu nunca...
— Não doerá se me deixar fazer isso. — Evitei olhar em seu rosto todo o tempo, tenho certeza de que não é a imagem que quero ter dele. Comecei a chupar sei peito, arrancando gemidos contidos de seus lábios. — Você está roçando seu pau em mim... quer que eu te toque?
— N-não... por favor... — Me ajoelhei no meio de suas pernas, desabotoando minha calça, espondo meu membro rijo.
Enfiei meus dedos em seu interior, me certificando de que estava dilatado o suficiente.
— Não posso! — Percebi que ele estava encarando meu membro, se virou de bruços pronto para fugir, não posso deixar que ele faça isso.
Segurei seu corpo, ele me lançou um olhar assustado, lágrimas escorriam de seus olhos, já não eram mais lágrimas de prazer.
— Não posso me vincular... Bruce... — Chamou
— Você está na cama comigo e chama outro homem?!
— Não quero um laço... não quero um filho, Bruce, me ajuda... Fri- Ah! — Talvez eu tenha me deixado levar por suas palavras, vê-lo chamando por outro homem não era o que eu esperava. Eu imaginei que pudesse fazer isso ser o menos doloroso para ele, mas...
— Você irá me odiar, Anthony. — Me debrucei sobre ele, o marquei. Uma mordida entre seu pescoço e ombro, um lugar que ficará escondido com qualquer camisa. Ainda há resquícios da marca de Rogers, se o remarque for um sucesso, sua marca sumirá por completo.
Depois da mordida, ele lutou mais uns minutos, mas imagino que o cio tenha ficado forte o suficiente para se entregar ao desejo.
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