AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! PORQUE? PORQUE? PORQUE? Porque o Rafael tinha que fazer aquilo, HEIN?HEIN?HEIN? Sabe o que aquele maldito fez? SABE?SABE?SABE? Ele simplesmente, em vez de pegar o pincel e melar meu rosto também, o que seria o mais normal e certo a fazer, ele aproximou o rosto do meu, o que fez meu corpo gelar, e passou a ponta do nariz dele no meu! AAAAI MEU DEUS!
Quando o Rafael fez isso, eu quase morro, ele chegou tão perto, com aquela carinha perfeita dele, e encostou a ponta do nariz no meu, o que fez com que eu sentisse a respiração dele, e ele a minha! E pronto, já não tinha mais como evitar, de novo! A gente tava muito próximo, e os dois já estavam melecados de tinta, então depois que ele me sujou, ele ficou lá, BEM próximo de mim ainda, e a gente ficou se encarando com um sorrisinho no rosto, foi a deixa pra acontecer o que aconteceu. MERDA! Acho que eu nem preciso dizer que aquele aproveitador colocou a mão no meu pescoço, embaixo do meu cabelo, me enfeitiçou com aquele olhar e foi se aproximando de mim, ne?
Então, mais uma vez a gente se BEIJOU! E que beijo, viu? Meu Deus, era inevitável, era uma coisa que acontecia entre a gente, que eu não sei explicar! Quando eu ia parar pra analisar, eu já estava aos beijos com o Rafael, não que eu quisesse, de forma alguma! E a gente ficou ali, no chão da sala da casa dele, nos beijando, com o rosto melado de tinta. O Rafael alisava o meu rosto e tinha me puxado pra mais perto dele, e eu mexia naquele cabelo cacheadinho dele, era tão fofinho.
Mas, dessas vez eu percebi que a gente já tava passando dos limites, afinal a gente tava na SALA da casa dele, vai que alguém chegasse e visse aquele agarramento todo ali, eu iria ficar morta de vergonha, ainda mais porque nossas famílias se conhecem, seria um constrangimento que eu iria carregar pro resto da minha vida. Então é claro que eu tinha que dar um jeito de parar aquilo, mas tava tão bom que seria ate pecado parar! Nunca que eu ia imaginar que seria tão legal beijar toda melada de tinta! Só com o Rafael pra eu fazer umas loucuras dessas, viu?
- Rafael, a gente ta na sala da sua casa! – eu empurrei ele.
- Não tem ninguém em casa não, só o Francisco, que ta no quarto dele jogando vídeo game, então não vai descer por tão cedo. – ele me olhou com aquela carinha de pervertido e veio se aproximando de novo.
- Por acaso você planejou isso, Vitti? Ficar sozinho comigo aqui e abusar de mim?
- Ta louca Isabella? É claro que não, meu pai sempre chega tarde e minha mãe saiu, mas já que a gente ta aqui sozinhos, porque a gente não aproveita, hein? E eu não to abusando de você!
- Você ta muito saidinho pro meu gosto! Esqueceu do que a gente tinha combinado? Que hoje seria a ultima vez!
- Mas o dia ainda não acabou, então... – e la vem ele de novo se aproximando.
- Não, não! O combinado foi que a ultima vez seria la na salinha!
- Isabella, para com isso, você quer isso tanto quanto eu, porque evitar?
- Porque eu não acho certo isso tudo Rafael!
- Nem tudo que é certo é o que a gente quer! E você não é daquelas que só faz o que acha certo!
- Ta, não sou! Mas...
Eu não tinha mais argumentos, eu queria, queria muito! Então, so foi eu me calar que o Rafael entendeu muito bem o recado, deu um sorrisinho e me beijou de novo! Aquele abusado, aquele maldito, ai que ódio do Vitti.
Por mais que eu o odiasse eu não conseguia dizer não a cada vez que ele se aproximava de mim! Mas dessa vez a gente conseguiu se controlar mais, não ficávamos o tempo todo nos beijando, como nas primeiras vezes! Mas toda essa empolgação de inicio ainda continuava.
Foi tão legal, de vez em quando a gente parava, ai ele ficava so me olhando, teve uma hora que eu recostei minha cabeça no ombro dele, tipo, fiquei sentada de costas pra ele, encostada no tanquinho dele, e ele com as mãos na minha barriga, e a gente ficou la, calado por um tempo, ele fazendo carinho na minha mão que estava sobre a minha barriga também!
CARACA, qualquer pessoa que visse aquela cena poderia jurar que a gente era um casal, porque tava bem estranho, nem parecia que a gente se odiava tanto, mas que fique BEM claro que a gente ainda se odeia muito, aquilo tudo foi so a empolgação do momento que fez a gente agir de maneira estranha. E eu tenho que confessar que quando o Rafael resolve ficar quieto e não me pirraçar é ate suportável ficar perto dele! Ele ate consegue ser fofinho de vez em quando, mas so de vez em quando mesmo, BEM DE VEZ EM QUANDO!
- Rafael, você calado fica bem melhor, sabia? – eu resolvi puxar assunto enquanto estava recostada nele ainda.
- Digo o mesmo pra você, Santoni! – claro que ele tinha que rebater.
- Porque você não fica calado sempre, então?
- Porque se eu ficasse assim, você não iria querer me largar! E é muito bom te pirraçar também!
AAAAAAAAAAH IRRITANTE! Isso que ele é, um irritante nojento e asqueroso! Ele tinha que quebrar com o possível clima que poderia estar rolando e fazer piadinha, como se fosse EU que não queria larga-lo! É claro que era ele que não queria me largar e que sempre dava um jeito de abusar de mim! Ai, não tem jeito, a gente SEMPRE vai se ODIAR! SEMPRE!
- Ai Rafael, você consegue ser sempre tão irritante! É impressionante!
- Acho que eu so perco pra você no critério “mais irritante”.
- Epa, eu não sou irritante!
- Claro que é!
- Não sou não!
- É sim, e muito!
- Ah, é? Quer dizer que eu sou muito irritante? Então toma isso!
É claro que eu não ia deixar ele ficar me insultando sem fazer nada, ne? Então eu me soltei dele, peguei o pincelzinho de novo e fiz mais alguns riscos na cara dele, muitos riscos! Mas eram bem melhor que eu não tivesse feito aquilo, bem melhor mesmo! Então depois que eu fiz a minha obra de arte na cara do Vitti, e por incrível que pareça ele ficou parado e permitiu toda aquela minha “traquinagem”, eu fiquei rindo la da cara dele.
- HAHAHA Ta lindo, Vitti! Ta lindo!
- Pronto, já terminou? – ele me olhou serio.
- Calma, falta só um retoquezinho aqui! Pronto, agora ta perfeito!
- Agora, ou você corre ou então se prepara!
Caraca, eu tenho que admitir que aquelas palavras e aquele olhar que ele me lançou me deram medo! O que é que aquele maluco tava pretendendo fazer, hein? Mas por via das duvidas eu não ia ficar la esperando pra ver!
- O que é que você vai fazer, hein seu psicopata?
- Vou contar até 5! Um, dois...
Então eu nem esperei ele acabar, me levantei logo e fui tentar correr, mas eu não sabia pra onde, eu não conhecia a casa daquele idiota, então a única coisa que eu pensei foi em correr pro andar de cima e achar o quarto do Francisco, pra ele me proteger do maníaco com irmão dele! Quando eu me levantei, o Rafael também levantou, continuou contando e rindo, pegou o pincel e foi atrás de mim!
Confesso que eu também comecei a rir, sabia muito bem o que ele ia fazer, aquela situação tava bem engraçada! A gente parecia duas crianças! Enquanto eu corria, o Rafael apenas andava, mas ele sabia que iria me alcançar! Eu fui subindo as escadas da casa dele, gritando pra ele parar e chamando pelo Francisco, que nem me respondeu! E o Rafael so sabia rir!
Eu consegui chegar no segundo andar, mas podia perceber que o Rafael tava bem perto de mim, ele não conseguia parar de rir!
- PARAAAAAAA RAFAEL! Isso é golpe baixo! – eu gritava enquanto tentava andar mais rápido
- Não adianta você correr porque eu vou te alcançar!
- Não vai nada, o Francisco vai me ajudar! Chicoooooo!
- Ele nem vai escutar, deve ta com o fone do Ipod no Maximo, ele sempre faz isso quando ta jogando vídeo game!
- Eu vou conseguir achar o quarto dele!
- Vai tentando ai, quem sabe você acha!
Eu tava me sentindo naqueles filmes de terror, sabe? Tipo Pânico, que o assassino sempre andava super calmo e a mocinha indefesa saia correndo feito louca, mas sempre era alcançada pelo tal psicopata! Nesse caso, eu era a mocinha em perigo e o Rafael o assassino, maníaco psicopata, mas a arma do crime não era uma faca não, era apenas um pincel melado de tinta!
Eu fui abrindo todas as portas que vinham na minha frente, mas sempre errava, uma era o banheiro, outra era o quarto de visitas, uma tava trancada e pra minha infelicidade era a porta do quarto do Francisco, porque tinha uma plaquinha na porta escrito o nome dele, eu ate tentei bater mas ele não abriu e o Rafael tava se aproximando, então eu desisti de ser salva pelo Francisco e corri pra abrir a outra porta, que era o quarto do Rafael, então o que eu pensei? Vou entrar aqui e trancar a porta!
E foi o que eu tentei fazer! Corri pro quarto dele, mas quando eu fui fechar a porta, adivinha? O MANIACO CONSEGUIU ENTRAR! AIIIIIIIIII MEU DEUS! EU TAVA PERDIDA! Ele conseguiu empurrar a porta, então eu soltei e corri por outro lado do quarto e fiquei encostada na parede, enquanto ele fechava a porta!
- Para Rafael! Essa brincadeira já ta indo longe demais! – eu tentava usar o meu poder de persuação.
- A brincadeira ta só começando! Você não achou legal desenhar na minha cara? Agora é a minha vez!
- Saaaai Rafael, por favor! Por favor! – eu tentava mas também não conseguia parar de rir.
- Ou vai ser por bem ou vai ser por mal! – ele ia se aproximando de mim.
Caraca, eu tava ferrada! Não tinha pra onde fugir, e aquele animal já tava bem perto de mim! Ai, eu me meto em cada uma, viu?
- Ta, eu deixo você pintar meu rosto!
- E quem disse que eu preciso da sua permissão, hein?
- Aff, seu animal, seu grosso, seu estúpido.
- Xii, fica quieta!
Eu tentei correr pra perto da porta, mas o Rafael me agarrou pela cintura, a gente dava gargalhadas, apesar de tudo eu tava me divertindo como nunca, era tão bom. Com o Rafael eu podia ser quem eu realmente sou, sabe? Eu podia fazer as minhas merdas, podia pintar o rosto dele de tinta, não precisava ficar fazendo tipo, porque era dessa forma, sendo quem eu sou, que eu iria me divertir. E apesar de odiá- lo eu conseguia me sentir tão bem perto dele, era inexplicável! Eram diversas sensações que passavam sobre mim a cada momento que aquele insignificante se aproximava de mim! Ai meu deus, to começando a fica preocupada com tudo o que ta acontecendo!
- ME SOLTAAAAAA! SOCOOORROO! O PSICOPATA QUER ME AGARRAR! – eu comecei a gritar!
- XIIIIII, fala baixo Isabella, eu tenho vizinhos, o que eles vão pensar, hein? – ele continuava me segurando pela cintura com uma das mãos e a outra segurava o pincel.
- Vão pensar que você é um maníaco que quer se aproveitar de mim!
- Você sabe que eu não vou fazer nada com você, não é? – dessa vez ele falou mais serio.
Ah, é claro que eu sabia que ele não iria fazer nada pra me prejudicar, só me melar de tinta! Mas o Rafael ficou preocupado, ele achou que eu poderia ta pensando que ele queria tipo... abusar de mim! É claro que isso não tinha passado pela minha cabeça, em nenhum momento!
- Rafael presta atenção, eu te odeio, você só tem defeitos, mas eu sei que você não seria capaz de tentar fazer nada contra mim, não a esse nível, eu sei que você não é mau caráter Vitti, então relaxa, eu também só to brincando, ta? – eu me virei e falei olhando nos olhos dele, o que o deixou com uma expressão mais aliviada.
E sabe o que eu fiz? SABE? SABE? SABE? Preciso falar que eu só fiz aquilo para dar mais ênfase ao meu discurso e quem sabe, fazer o Rafael desistir de me pintar de tinta! E claro, pelo plano! Ah, que nada, a uma altura dessas, eu nem lembrava mais de plano nenhum!
Depois de ter falo aquilo tudo pra ele, eu me aproximei dele e dei um rápido, mas demorado selinho. O Rafael ficou meio sem reação, mas correspondeu ao meu selinho, lógico! Caramba, eu só podia ta ficando louca!
- Pronto, agora você já pode me soltar! – eu falei satisfeita e dando um sorriso.
- Não não, dona Isabella! Ta achando que vai se livrar é?
- Mas Rafa! – eu ate chamei ele de Rafa pra ser mais convincente e fiz aquela cara do gatinho do Shrek!
- Não adianta me chamar de Rafa e nem fazer essa carinha, você não me convence!
- Esqueci que você é um grosso, irritante e que não sabe tratar bem uma garota.
- Você acha mesmo que eu não sei tratar bem uma garota? – ele me olhava com aquele olhar 43, e ainda me segurava pela cintura.
- Só de vez em quando! Bem que agora você poderia demonstrar o seu cavalheirismo e não me pintar, né? Afinal eu também já to com o rosto sujo.
- Mas agora eu não to afim de ser cavalheiro não, então, deixa eu começar a minha obra de arte antes que a tinta do pincel seque.
É claro que eu tentei fugir mas ele me segurou de novo! Então eu achei melhor me render de uma vez, uma tintinha no rosto não ia fazer mal a ninguém, né? E tava ate sendo bem divertido! Ele então começou a pintar meu rosto, e tava dando muita risada da minha cara de raiva!
- Melhora essa cara ai, Isabella!
- Não to afim!
- Ta ficando bem legal!
- Eu te odeio!
- Eu sei disso, mas mesmo assim ta ficando legal!
- Vá a merda, Vitti!
- Olhaaa, não foi isso que seus pais te ensinaram!
Ta, eu tentava me manter seria e compenetrada, mas não dava, não tinha como! O Rafael falava umas coisas que mesmo eu sendo a melhor atriz de drama do mundo, eu não conseguiria ficar seria! Ele sempre sabia como me fazer rir! QUE MERDA! MALDITO! MIL VEZES!
- Pronto! Ficou ótimo! Vem aqui ver!
Então aquele abusado pegou na minha mão e me levou ate o banheiro, pra eu me ver no espelho! E quando eu cheguei la eu levei um super susto! Meu rosto tava todo sujo! E sabe o que aquele asqueroso escreveu na minha testa? SABE?SABE?SABE? Ele escreveu RAFA! Isso mesmo! Na minha testa estava escrito RAFA, com direito a um coração ao lado! ELE SO PODIA TA MALUCO, SO PODIA!
- Vem cá! O Que significa esse RAFA aqui na minha testa, hein?
- Ficou bem legal, ne? – ele falava rindo.
- Ficou horrível! Fala serio! Mas já que você colocou isso na minha testa... – eu falei com cara de perigosa – Me passa o pincel!
- Pra que?
- Passa logo Rafael! – eu falei com tom autoritário e ele não teve como negar.
Então, eu levantei o cabelo dele que ficava jogadinho sobre a testa e comecei a escrever também! É lógico que eu escrevi BELLA e ainda fiz um coraçãozinho! Ficou bem legal, bem mais que o dele.
- BELLA? – ele ria enquanto olhava no espelho!
- Ficou lindo! – eu cruzei meus braços de forma orgulhosa e encostei na parede.
Depois disso, o Rafael ficou me olhando, aquele olhar que ele sempre me lançava antes de se aproximar de mim e me agarrar! Ta, eu tenho que admitir que eu já tava conhecendo o jeitinho Vitti de conquista! Já sabia tudo o que ele fazia, e o que cada ato ou olhar dele representava!
Então, como eu já previa, o Rafa envolveu os braços dele na minha cintura, me puxando da parede e me abraçou! Eu então coloquei os meus braços envolta do pescoço dele e a gente ficou alguns segundo abraçados, ele acariciando as minhas costas e eu o cabelo dele! E antes dele me beijar eu fingi que ia beija-lo e passei meu rosto sobre o dele, para mela-lo mais de tinta!
- Poo, assim não vale Isabella!
- Tava achando que eu ia te beijar, né?
- Tava, tava mesmo!
- Eu sou mais esperta que você, Rafael!
- Aham, você sempre me surpreende Isabella!! – ele falou olhando nos meus olhos.
Depois daquele pequeno papo, ai sim a gente voltou aos agarramentos! Ai, minha mãe não ia gostar nadinha de saber que eu estava no banheiro do Rafael me agarrando com ele, já pensou? Com certeza ela desistia de vez daquela idéia absurda de uma possível amizade entre nós! Mas que fique bem claro que não tava acontecendo nada demais! O Rafael era muito respeitador e nunca tinha tentado nada comigo, nem a famosa mão boba!
Depois do banheiro, a gente voltou pro quarto, ele sentou na cama e eu sentei do lado, e a gente ficou recostados na cabeceira da cama. Ah, uma coisa que eu reparei é que o quarto do Rafael era bem legal! Todo em tons azuis, o que parecia lembrar os meus olhos. E a cama king-size? PERFEITA! Me diz pra quê que o Rafael queria uma cama daquele tamanho, hein? Será que ele levava companhias pra dormir lá com ele? Espero sinceramente que não! Não falo isso por ciúmes, de forma alguma, é só que eu acho uma falta de respeito isso! Só isso!
Então, a gente tava lá naquele clima “in-love”, não que a gente tivesse apaixonados, de forma alguma, claro que não, mas já que a gente tava ficando naquele momento, é claro que eu seria um pouco gentil com ele, né? Eu ficava reparando nas fotos que tinha num mural.
- Rafa, quem são aquelas duas com você?
- Minhas primas!
- E aquela outra ali, te abraçando?
- Uma ex-namorada la de Washington!
- Ahh, e aquele menininho com você, na foto, vocês dois pequenos, é o Francisco?
- Aquele ali? – ele apontou.
- É! É você e o Chico?
- Er, - ele me pareceu um pouco nervoso, mas acho que foi so impressão mesmo – não, é um amigo de infância que eu nunca mais vi! É isso!
- Ahh, você ficou nervoso, Rafa? É porque vocês brigaram?
- Nervoso, eu? Não! To não! Mas é sim, a gente brigou e nunca mais se falou, por isso que eu fiquei meio assim que você perguntou dele. Mas agora vamo parar de papo, né? Tem coisa mais interessante pra gente fazer!
E aquele aproveitador veio de novo abusar de mim e me deixar tonta com os seus beijos! E la se foram mais alguns minutos ate que alguém bateu na porta.
- Caramba, Rafael! E agora? E se forem seus pais? Com que cara eu vou ficar? – eu falei nervosa.
- Calma, - ele olhou no relógio – ainda são 7:30 com certeza meus pais ainda não chegaram, fica ai!
- Quem é? – ele perguntou perto da porta.
- Sou eu Rafa, Chico!
- O que você quer pirralho?
- Queria perguntar a Bella o numero da casa dela, eu tava precisando falar com a Nina!
- Como é que você sabe que a Isabella ta aqui comigo, hein?
- Eu escutei os gritos de vocês e não abri a porta de propósito! Mas agora abri ai que eu preciso falar com a minha cunhada, vocês tão vestidos, né?
Tava parecendo a Nina! É claro, o Francisco é a versão masculina da pequena peste, por isso eles se deram tão bem! E que historia é essa de me chamar de cunhada? Só se for pela parte da Nina, porque se depender de algum relacionamento entre eu e o Rafael era melhor ele ir esquecendo.
O Rafa então abriu a porta e deu um tapão na cabeça do irmão.
- Isso lá é coisa que você pergunte, Francisco?
- Aii, foi mal ai! – ele passou a mão sobre a cabeça e eu tive que controlar meu riso – Mas e ai cunhadinha, o que aconteceu com vocês, hein? Que cara suja é essa?
- Er, a gente tava fazendo o trabalho e ai, a gente se melou sem querer!
- E foi sem querer também que tem escrito RAFA na sua testa e BELLA na testa do meu irmão?
- Cala a boca, diz logo o que você quer, hein? – o Rafa quis fazer com que o chico parasse, eu já tava bem sem graça!
- Calma cara, Bella me da ai o telefone da sua casa, por favor? To precisando falar com a Nina!
- Huuum, por acaso você e minha irmã estão de paquerinha, é?
- Não, a gente é amigo! Esse papel a gente deixa pra vocês dois!
- Francisco, acho que você ta entendendo as coisas de forma errada, eu e o Rafael não estamos... – eu fui interrompida.
- Isabella, não precisa explicar nada pra esse pirralho não, Chico você ta sendo inconveniente, da pra se retirar por favor?
- Desculpa ai, eu não queria atrapalhar! Só me da o numero Bella?
Eu anotei num bloquinho que tinha do lado da cama do Rafael, arranquei o papel e entreguei pro Rafael.
- Pronto, agora to indo antes que o Rafa me mate, e desculpa ai Bella, tchau cunhada!
O Rafael bateu a porta tão forte e rápido que nem deu tempo deu responder ao Francisco, caramba o Rafael tinha ficado bem furioso.
- Isabella, olha, desculpa as coisas que o Chico falou...
- Ei Rafael, eu não fiquei chateada, ta tranqüilo! Mas agora ta na hora de eu ir embora, já ta tarde! – eu falei levantando da cama.
- Não, não precisa você ir só por causa disso. Fica mais vai, tava tão bom! – ele me segurou pela cintura.
- Não é só por causa disso Rafael, é que pode parecer estranho eu estar aqui ate agora, ainda mais no seu quarto! E já era pra gente ter acabado o trabalho, que por sinal a gente não acabou.
- Pode parecer estranho pra quem?
- Ah, sei la! Para todo mundo, é serio, eu preciso ir! Pode deixar que eu acabo a minha parte e a sua em casa, vou ligar pro meu motorista!
- Não, deixa eu pelo menos te levar?
- Não precisa Rafael!
- Por favor? – ele então segurou na minha mão.
- Ta, tudo bem então! Mas vamo lavar o rosto primeiro, porque ta bem sujo! As pessoas vão se assustar se verem a gente assim!
A gente então foi pro banheiro do Rafael e eu tenho que confessar que foi bem difícil tirar toda aquela sujeira, primeiro porque era muita tinta e segundo porque o Rafael não deixava eu tirar a tinta, ele ficava brincando de me agarrar, jogava água em mim enquanto eu tentava limpar o rosto dele! Foi bem divertido, mas a gente fez a maior bagunça no banheiro dele, tinha água e tinta pra todos os lados e a gente quase leva a maior queda!
Depois de alguns minutos na tentativa, eu consegui! Então a gente foi pegar as coisas e o Rafael foi me levar pra casa. A maior parte com caminho a gente foi calado, mas como a casa dele não era longe da minha, em menos de 20 minutos eu já tava na minha rua e o Rafa estacionando na porta da minha casa.
- Bom, eu vou acabar nossos cartazes e levo na próxima reunião, mas agora acho melhor eu entrar. Boa noite, Rafael! – eu falei já me colocando a mão na porta pra abrir.
- Isabella, me desculpa por qualquer coisa.
- Ei, eu já disse pra você ficar tranqüilo! Agora eu preciso ir!
Então eu fui dar um beijinho inocente na bochecha dele, mas como sempre, o Rafael foi mais rápido e a gente acabou se beijando, de novo! Mas dessa vez ele interrompeu.
- Isabella...
- O que foi?
- Eu preciso te pedir uma coisa! – ele parecia misterioso.
- Fala, ué? – e eu bem curiosa.
- É que, eu queria te pedir pra não me fazer prometer que essa vai ser a ultima vez, igual a você faz sempre! Porque eu não vou poder cumprir isso! – ele me olhava serio.
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