Era uma belíssima manhã, um dia ensolarado com poucas nuvens no céu, porém Sakura não conseguia tirar sua cara do travesseiro ou reunir forças para se levantar. Seu cérebro ficava repassando as imagens da noite anterior tão nitidamente que ela desejou ter bebido mais para ter esquecido de tudo. Não acreditava que havia levado um tombo e sido carregada por Kakashi até seu quarto, onde tentou beijá-lo. E havia sido rejeitada!
Não sabia se aguentaria a vergonha de olhar na cara dele na Academia, achava melhor só existir em seu quarto até esquecer tudo o que havia acontecido. Porém, ainda podia sentir os braços dele a segurando com facilidade, a mantendo segura. Seu cheiro, a maciez de seu rosto, a intensidade em seus olhos, pensar em tudo isso a fazia suspirar, desejando algo que não poderia acontecer.
Percebeu que ficar ali com suas frustrações não ajudaria em nada, então se levantou e se preparou para o dia como sempre fazia. Iria fingir que nada havia acontecido, e talvez assim a lembrança da humilhação passasse na próxima semana. Assim que pisou na Academia, recebeu uma mensagem de Tsunade informando que ela e Ino seriam as responsáveis pelo interrogatório de Deidara. Agradeceu mentalmente por ter algo para fazer e não precisar ficar pensando em Kakashi.
Ino estava de pé no corredor da sala de interrogatório, com a cara fechada e os braços cruzados, claramente irritada. Tentou imaginar o que poderia ter acontecido na noite passada, mas só se lembrava de ver a loira entrando no carro de Naruto com Genma.
— Tá atrasada, Testuda.
— Bom dia pra você também. O que te deixou mal humorada desse jeito?
— O de sempre, homens! — Ino bufou e Sakura precisou conter uma risada. — O Genma acabou ficando na minha casa, e eu jurava que iríamos fazer um puta sexo gostoso. Acontece que assim que a gente entrou, ele só vomitou no meu tapete e dormiu no sofá!
A kunoichi soltou a risada mais genuína que poderia existir, imaginando a cena de Ino completamente excitada e pronta para transar, e Genma só apagando antes que pudessem fazer qualquer coisa. Não havia sido só ela que tivera um fim de noite frustrante.
— Mas ele sabia que você planejava transar?
— É claro que sabia, a gente foi se pegando o caminho todo até meu apartamento! Naruto está traumatizado até agora — a loira balançou a cabeça. — E como foi a sua noite? Deu uns pegas no Kakashi?
— Ino! É claro que não, de onde tirou isso? — Sakura sentiu seu rosto queimar.
— O Genma e eu fizemos uma aposta depois que chegamos e o Kakashi ficou te olhando todo bobo. Eu disse que se ele desse em cima de você, o Kakashi ficaria com ciúmes, e ele disse que não ia rolar. E, para a surpresa de ninguém, eu estava certa e ele fuzilava o Genma com o olhar sempre que estava muito perto de você.
A rosada ficou pasma ouvindo isso, não tendo percebido que seu colega estava de fato flertando, e que tudo havia sido um plano dele e de sua melhor amiga para provocar o Hatake. Pensando melhor, Kakashi havia impedido o outro shinobi de entrar no carro com ela, na hora pensou ser só porque não queria aguentar as brincadeiras bobas dele. Será que seu parceiro estava mesmo com ciúmes?
— Vocês são dois se merecem, dois idiotas — agora foi a vez de Sakura fechar a cara. — Se quer saber, Kakashi não quer nada comigo, porque teve todas as chances de fazer algo e abertamente me rejeitou.
— Ele estava sóbrio e você não, se tivesse feito algo, eu mesma teria acabado com a vida dele — Ino apontou. — Só mostra que ele é um cara decente e respeita você.
— Pare de criar expectativas, nada vai acontecer entre nós. Já foi difícil fazer ele me aceitar como parceira, não vou forçar mais a barra dando em cima dele!
— Relaxa, Testuda, não estou mandando vocês se casarem, mas uma boa transa te faria bem.
— Que tal pararmos de falar sobre as nossas intimidades no corredor? — Sakura apontou para seus arredores, o local super público onde vários ninjas passavam e poderiam pegar partes de sua conversa. — O que estamos esperando para interrogar o criminoso?
— O Capitão disse que estava a caminho, mas conseguiu se atrasar mais do que você.
Alguns minutos se passaram até que Kakashi aparecesse, e Sakura mordeu o lábio inferior pensando no quão próxima esteve dele há algumas horas. Já havia reparado que ele ficava muito sexy com aquele uniforme da Anbu, que valorizava seus braços e pescoço, mas tinha a impressão que depois de ter estado em seus braços, ele parecia ainda mais irresistível do que o normal. Queria que alguém jogasse um balde de água fria nela para parar de pensar aquelas loucuras.
— Bom dia, Capitão — ela disse e ele acenou com a cabeça, mantendo os olhos nos dela por alguns segundos.
— O objetivo do interrogatório é descobrir os objetivos dessa organização criminosa e seus membros. Caso ele não queira colaborar, Ino tem total permissão de utilizar sua técnica para vasculhar a mente dele — Kakashi apontou para a segunda porta do corredor. — Estarei ali dentro caso precisem, mas tenho certeza de que não serei necessário. Boa sorte.
Quando o shinobi finalmente virou as costas para elas, Sakura soltou uma leve respiração e percebeu que Ino a encarava com um sorriso irônico no rosto. A rosada apenas revirou os olhos e a empurrou em direção a sala de interrogatório.
Deidara trajava roupas cinza e tinha o único braço restante preso por uma algema que o cobria por completo. Agora de perto, a rosada notou que ele não tinha um dos olhos, e em seu lugar existia uma prótese de metal que havia sido removida durante a revista de segurança. Mesmo tendo sido derrotado, ainda tinha um sorriso arrogante em seu rosto e não parecia nem um pouco disposto a cooperar.
— O grandão desistiu de tentar me fazer falar? Bem que eu ouvi que vocês da Folha são uns fracos — o loiro ironizou.
— Ibiki é um ótimo shinobi, mas quando usa todas as suas habilidades, os interrogados costumam não sair vivos — Ino explicou, puxando uma cadeira para se sentar à frente dele, enquanto Sakura permanecia de pé. — Você deu sorte, pois ainda precisamos de você vivo. Mas você não é burro, sabe como te derrotamos, como eu entrei na sua mente e o prendi facilmente dentro dela. Quer fazer do jeito fácil ou do jeito difícil?
O sorriso dele vacilou por um segundo, porém a confiança em seu olhar se manteve.
— Vocês acham que me derrotaram, mas não fazem ideia do que está por vir. Pode usar seu truquezinho da mente para me torturar, jamais saberá o que eu sei.
Ino e Sakura trocaram olhares e a rosada conteve um leve sorriso. Ino era possivelmente o membro mais forte do Clâ Yamanaka atualmente, aquele cara não fazia ideia disso. O interrogatório terminaria mais rápido do que eles imaginavam.
— Última chance de contar o que o seu grupo quer e quem são os membros dele — Sakura disse, seu tom firme. Ino já havia se levantado e andava para ficar atrás dele.
— Vai se foder, sua puta! — ele mal terminou a frase e a palma de Ino já havia acertado sua testa com força suficiente para soltar um estalo.
Quando Deidara tentou se desvencilhar dela, Sakura segurou firmemente seu braço algemado sobre a mesa. As mãos de Ino brilharam em azul e ela começou a vasculhar a mente do criminoso, demorando alguns minutos antes de conseguir algo significante.
— Eles se chamam Akatsuki, seu objetivo é libertar todas as Bestas com Cauda para que elas destruam o mundo — a loira franziu o cenho. — Consigo ver rostos, um homem com uma máscara laranja. Um segurando uma foice, outro com uma espada gigante. Hidan e Kisame. E tem outro, um que parece familiar.
Sakura olhou em direção ao vidro atrás dos dois, onde sabia que Kakashi estava.
— Itachi Uchiha está com eles — as palavras de Ino fizeram o sangue sumir do rosto de Sakura.
Imediatamente a imagem do jovem de cabelos negros que sempre tinha um sorriso amigável no rosto lhe veio a mente. Aquele que foi gentil com ela quando ninguém mais se deu ao trabalho, que a ajudou a se adaptar e a superar a separação de sua família, que foi como seu irmão mais velho durante toda a sua vida. Aquele Itachi fazia parte de um grupo terrorista que planejava destruir o mundo.
Ino soltou Deidara e o criminoso começou a soltar uma onda de xingamentos, porém Sakura não conseguiu ouvir uma palavra sequer. Estava paralisada no lugar, o nome ressoando várias vezes em sua mente, junto com as lembranças de cada dia que passou dentro do Clâ Uchiha.
Voltou à realidade quando a porta de metal se abriu e dois Anbu entraram para tirar Deidara dali, e quando a passagem estava livre, ela também deixou o local. Queria correr para longe, queria entender o que estava acontecendo, queria perguntar a ele por que estava fazendo isso. Porém entendia que precisava se manter firme e centrada naquele momento, ou Tsunade não a deixaria participar mais da divisão.
— Sakura? — a kunoichi se virou para Kakashi, que olhava preocupado para ela. Ino estava um pouco atrás, mas tinha uma das mãos na cabeça tentando diminuir a dor que sentia nela. — Você está bem?
— Sim, eu só… — ela respirou fundo, forçando o nó em sua garganta a sumir. — Eu conhecia um deles.
— Itachi Uchiha, — não era uma pergunta. — Vou fazer o relatório do interrogatório e entregá-lo para a Presidente. Me encontre no terraço em duas horas.
Ela abriu a boca para questioná-lo, afinal Ino e ela seriam as responsáveis pelo relatório. Também queria saber por que deveria encontrá-lo no terraço depois da revelação, mas apenas assentiu e seguiu em direção a sua amiga para ajudá-la a se recuperar.
Duas horas depois, estava de pé no terraço da Academia, ansiosamente andando de um lado para o outro.
Uma parte dela quase estava aliviada por saber que Itachi estava vivo, o que a fazia se perguntar se Sasuke também estaria. Aquela noite havia deixado cicatrizes profundas nos três, e enquanto ela se voltou para seu treinamento médico, Itachi havia se unido a um grupo terrorista. Se perguntava se Sasuke estaria entre os dois extremos, se havia se tornado uma pessoa boa ou um criminoso.
Estava na borda do prédio, olhando para baixo e tentando conter o turbilhão de pensamentos, quando ouviu o som de passos e se virou.
— Parece melhor — Kakashi comentou, parando ao lado dela. — Quando ouviu aquele nome, ficou tão pálida que achei que fosse desmaiar.
— Não exagera, só fiquei surpresa.
— Ino me contou sobre o seu passado com os Uchiha. Espero que não seja um problema, não sei detalhes, apenas que vocês eram prometidas aos filhos do Clã — agora ela tinha certeza de que estava prestes a desmaiar. Ino precisava fechar aquela boca grande!
— Ela não deveria falar da minha vida assim, mas acho que eventualmente você descobriria — Sakura suspirou e passou a mão no rosto, pensando o quanto gostaria que ele soubesse. — Eu entrei no programa matrimonial aos cinco anos. Minha família não era de um Clã importante e esse seria o melhor jeito de me dar uma vida melhor. Aos treze anos, fui escolhida para ser a noiva de Sasuke Uchiha, e honestamente foi a melhor notícia que recebi na minha vida, pois eu era apaixonada por ele desde que éramos crianças.
A rosada se lembrava da primeira vez que o viu, um jovem emburrado e lindo, que chamava a atenção de todas as meninas da sua idade. Seu jeito frio e distante só a fazia querer impressioná-lo mais, e isso quase acabou com sua autoestima em certo ponto.
— Quando fiz dezesseis anos, eles oficialmente me aceitaram no Clã — ela hesitou por um segundo, porém moveu sua mão até as bandagens em seu braço e as puxou para baixo, revelando a pequena tatuagem do símbolo dos Uchiha. — Eles me marcaram como se eu fosse gado, uma propriedade deles, e eu me odeio por ter permitido isso. Acho que foi ali que percebi que não desejava mais me casar, ou fazer parte de um Clã como aquele, mas só tive forças para fugir quando fiz dezoito anos.
A vergonha não permitia que ela olhasse nos olhos de Kakashi, até sentir o toque suave e quente dos dedos dele em seu ombro. Ele olhava atentamente para a tatuagem, mantendo sua expressão neutra, porém ela podia jurar que viu um flash de irritação passar por seus olhos.
— Itachi era a única pessoa naquele lugar que me tratava bem, que me ajudou mais do que posso me lembrar. Não faz o menor sentido ele estar trabalhando com a Akatsuki — ela desviou o olhar e cobriu a tatuagem novamente, ainda sentindo os dedos dele em seu ombro. — Mas eu sei mais do que ninguém que as pessoas mudam. Não vou deixar que meu passado com ele nublar meu julgamento. Por favor, não me tire da divisão.
Sakura se virou para o mais velho, que franzia o cenho.
— Eu não pretendia afastá-la a menos que desejasse isso. Nosso trabalho não é capturar criminosos, Deidara foi um caso especial porque queríamos informação. Somos assassinos, e caso nos mandem atrás dos membros da Akatsuki, será para trazemos as cabeças deles de volta — ela engoliu seco ouvindo as palavras sérias dele. — Preciso que confirme que entende isso antes de participar de uma missão que envolve alguém importante para você.
— Eu entendo. Prometo não deixar a situação se tornar pessoal.
O olhar dele se suavizou ouvindo as palavras da kunoichi.
— Você foi muito corajosa por fugir. Da forma que descreveu, estava dentro de um culto.
— Foi o Itachi que me ajudou a fugir, — Sakura deu um sorriso triste. — Ele descobriu algo terrível que estava prestes a acontecer e tirou Sasuke e eu de lá, arriscou a própria vida para isso. Acabamos nos separando no caminho e foi quando conheci a Presidente Tsunade.
— O homem que você descreve realmente não parece ser do tipo que entraria para uma organização terrorista — Kakashi passou a mão pelo cabelo, pensativo. — O que vou dizer fica entre nós. Posso garantir que haverá uma investigação da minha parte para confirmar a culpa de Itachi Uchiha. Caso ele seja inocente, eu mesmo tomarei precauções para que ele tenha um julgamento justo.
Sakura mal acreditou no que estava ouvindo. Seu coração chegou a bater mais forte em seu peito, pensando que Kakashi estava disposto a quebrar regras para ajudar Itachi. E que ele estava fazendo isso por ela, porque era alguém importante para ela. Ele a surpreendia mais a cada dia.
— Obrigada, Kakashi — ela sorriu e tinha a impressão de que ele também estava sorrindo sob a máscara.
Eles ficaram algum tempo em um silêncio confortável, Sakura processando tudo o que havia ouvido durante o dia e tentando se manter focada no seu objetivo de encontrar os irmãos Uchiha. Em certo ponto, Kakashi limpou a garganta ao seu lado e seus olhares se encontraram novamente.
— Sobre ontem a noite…
— Por favor, vamos esquecer que aconteceu! — ela o interrompeu, seu rosto aquecendo imediatamente. — Eu não deveria ter feito aquilo, foi inapropriado, mas prometo que não vai acontecer de novo.
— Sakura, está tudo bem, você não fez nada de errado. Eu não deveria ter ido tão longe, e peço perdão por isso — ela estreitou os olhos, confusa. Foi ela quem tirou sua máscara para tentar beijá-lo, enquanto o Hatake só estava sendo um cavalheiro a ajudando.
Será que ele havia sentido algo também? Talvez Ino não estivesse louca e Kakashi tinha algum interesse na rosada. Se fosse o caso, Sakura adoraria estar pendurada no pescoço dele naquele momento, descobrindo se aquela boca era tão boa beijando quanto era a provocando. Ela precisava se controlar urgentemente!
— Bom, eu estou me desculpando por tentar beijá-lo. Porque eu queria beijá-lo, e isso não pareceu apropriado porque você se afastou na hora, — Sakura aproveitou a onda de coragem que a acometeu e continuou falando. — Você está se desculpando porque queria o mesmo?
Os olhos escuros se arregalaram de forma quase cômica na opinião dela, porém a tensão do momento não permitiu uma risada. Ele a analisava cautelosamente, como se esperasse alguma brincadeira ou pegadinha na pergunta, e enquanto fazia isso, ela só conseguia admirar a curva da sua mandíbula e pensar como gostaria de beijar aquele ponto.
— Acho melhor voltarmos — foi tudo o que ele disse, sua voz falhando levemente.
Antes que ela pudesse confrontá-lo sobre a resposta, Kakashi já estava andando em direção a porta das escadas. Ela o seguiu com a certeza de que havia algo que ele não estava lhe contando, e que possivelmente o Hatake estivesse tão atraído por ela quanto ela estava por ele.
— Eu voltei Kakashi! — Sakura ouviu um homem gritar no momento em que pisaram na área comum da Academia, e em seguida viu a figura trajando roupas verdes correndo na direção do seu parceiro.
— Quem é aquele? — ela perguntou e Kakashi apenas revirou os olhos.
— Maito Gai, ele foi meu colega de turma.
— E eterno rival! — Gai gritou no momento em que parou na frente deles. — É um prazer conhecê-la, senhorita Haruno, ouvi falar muito de você!
— Espero que só boas coisas — Sakura deu uma risada e apertou a mão dele.
— Mas é claro! Soube que derrotou Kakashi em uma luta, isso é um grande feito — ele fez um sinal positivo para ela. — Meu rival precisa de desafios quando estou longe, ou pode acabar ficando fraco.
— Eu nem percebi que você tinha saído em missão — Kakashi disse e a expressão indignada de Gai foi hilária.
Sakura observou um jovem trajando roupas semelhantes às do mais velho se aproximando, com a mesma empolgação também.
— Sensei, todos os equipamentos já foram entregues como pediu! — o jovem gritou e prestou continência.
— Excelente, Lee! Já conheceu a senhorita Haruno?
— Muito prazer, me chamo Rock Lee — o jovem apertou a mão estendida dela animadamente, seu sorriso tão brilhante que quase a cegou.
— O prazer é meu, Lee.
— Todos estão comentando sobre a sua luta contra o Ninja Copiador, e também sobre como derrotou um grupo terrorista e salvou Gaara Sand. Você é incrível! — a animação dele já estava começando a deixá-la sem ar, mas ainda era adorável.
— Não exagere, foi um trabalho em equipe — ela riu, um pouco sem graça com a atenção.
— Gostaria de ouvir mais sobre os seus feitos e conhecê-la melhor, senhorita Haruno. Seria uma honra se aceitasse almoçar comigo hoje — ele se curvou e Sakura ficou sem palavras. Ele a estava chamando para sair na frente de seu sensei e de Kakashi?!
— Hum, eu não sei… — a rosada olhou para seu parceiro com o canto do olho e não viu reação. — Acho que tudo bem.
Se aquele rapaz pudesse ficar mais feliz, teria explodido. Gai deu uma alta risada de aprovação e deu dois tapinhas no ombro do aluno.
— A amizade na juventude é sempre algo lindo de se ver! Não acha Kakashi?
— Hum — foi tudo o que ele respondeu, como se nem estivesse prestando atenção na conversa. Sakura queria socá-lo. — Bom, vamos deixá-los para aproveitar seu almoço. Até mais tarde.
A kunoichi observou sem palavras conforme Kakashi e Gai se afastavam. Como ele poderia ficar com ciúmes de Genma quando estava sendo amigável com ela, porém não demonstrava reação quando um jovem energético a chamava para sair na sua frente?! Aquele homem iria deixá-la maluca, disso ela tinha certeza. Por hora, tentaria aproveitar a companhia de Lee e não pensar no shinobi sexy de olhos escuros e braços fortes.
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