❛❛Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.❜❜
— ρℓαтãσ
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ESTADOS UNIDOS – CALIFORNIA – MALIBU
sᴇɢᴜɴᴅᴀ-ғᴇɪʀᴀ – 19:00
Seus dedos despejaram as estrelinhas coloridas em cima do delicioso doce que estava a sua frente, tão açucarado e tão apetitoso. E não era apenas um, eram vinte e quatro. Todos feitos de uma vez, sendo aguardados pelas pessoas para serem devorados com pudor e imensa fome.
O suor escorreu de sua testa e foi limpo imediatamente com a costa de sua mão esquerda. Trinta e oito horas consecutivas de trabalho não era para qualquer um. Especialmente para ela que não dormiu em nenhum desses dias, o trabalho não permitia.
Mas como ela aguenta? A resposta: nem ela sabia.
Aquela era a arte de ser apenas mais uma confeiteira, de preferência: ᴀ coɴғᴇıтᴇıʀᴀ! Muitas pessoas elogiavam seus doces. Cozinhar não era uma arte que quando criança gostava, pelo contrário, achava completamente sem graça e havia preguiça.
Até que em meio de termos e precisão, precisava usar o que tinha em casa e fazer os doces. Sua vida era muito conturbada, cheia de cicatrizes que ainda doíam, fizeram-na ter essa prática em questão de doces e outras guloseimas.
— Pedido quatro mil e trezentos! — suas mãos levantaram a bandeja.
Rapidamente Luke, seu parceiro de trabalho, segurou o objeto firme para não correr o risco de tudo ir para os ares.
Seus olhos pararam no rosto de sua colega analisando-os "disfarçadamente", e piscou algumas vezes.
— Faz quantas horas que você não dorme? — questionou. As mãos da confeiteira limparam a bancada ilustrando-a enquanto escutava a frase. — Parece um zumbi.
— A sua forma de elogiar me comove. — comentou sarcástica terminando de ilustrar o mármore e despejando o pano, desta vez, dobrado em cima da pia. — Olha para ser sincera, única vez que consegui descanso foi na hora do almoço de ontem, e nem foi para descansar, tive que limpar a cozinha.
— Katerina disse para todo mundo estar na sala dela agora. Só entregarei esses pedidos e fechar que já vamos. Por favor me espere, não quero chegar atrasado. — o loiro pediu.
A mesma pulou o balcão e pegou alguns pratos com bolinhos e cafés, e, rapidamente, entregou na mesa dos clientes. Mais alguns minutos, a loja foi esvaziando até que o último cliente se retirou da loja e puderam subir até a sala da chefia.
Ao chegarem, deram de cara com um homem de jaqueta preta, suas vestes lembravam um playboy do qual ela já detestou de cara. Cabelos castanhos escovados para baixo, olhos da mesma cor e uma barba desenhada.
A sua chefe estava sentada em sua mesa com uma expressão do qual não era uma das melhores, porém não era expressão séria, mas sim uma expressão triste, como se tivesse sido obrigada a fazer alguma coisa.
— Agora que estão todos aqui, eu posso começar. — ela levantou-se de sua cadeira ficando no centro da sala. — Todos sabem que passamos por uma crise que quase estava no levando a uma falência, e com isso, eu não tive outra opção a não ser colocar a nossa confeitaria a venda e infelizmente ou felizmente ela foi comprada em um valor muito bom. Um valor que quitará todas as nossas dívidas.
— Com licença. O que quer dizer com isso? — perguntou uma das funcionárias a chefe.
— Que a confeitaria está vendida e todos vocês não trabalham mais para mim. E sim para este homem aqui, do qual, com certeza, já devem conhecer. — apontou para o homem que apenas escutava tudo em silêncio.
Os funcionários começaram a questionar entre si. Por mais que a chefe estivesse tentando esclarecer o que estava acontecendo, os mesmos não entendiam nada, não entendiam o que queria dizer, como que ficaria dali pra frente.
Até que a confeiteira mais importante do comércio, resolveu se manifestar.
— Desculpe senhora, mas eu não o conheço. — levantou a mão para falar e em seguida, abaixou.
O comprador da confeitaria caminhou à frente da funcionária e retirou seus óculos escuros a olhando de cima a baixo.
— Tony Stark, docinho. — esbanjou seu nome dando uma piscada.
O apelido "docinho" era pelo fato de ela trabalhar na confeitaria, fazendo, obviamente, doces.
— Ainda assim não faço ideia de quem você seja. Ah, e é Elizabeth. — ela respondeu a altura dando uma piscada também.
Luke deu uma cotovelada no braço da colega que o olhou feio e confuso ao mesmo tempo levando a mão imediatamente ao local.
— O cara das armas... Indústrias Stark... — cochichou no ouvido dela disfarçadamente. Ainda assim ela negou com a cabeça. — O HOMEM DE FERRO, Elizabeth!
— Exatamente, garoto. — confirmou Stark. Elizabeth olhou para os olhos castanhos do playboy a sua frente e arqueou a sobrancelha mantendo ainda um olhar debochado sobre a sua pessoa, que não durou muito. — As necessidades de vocês não serão mais precisas aqui, isto não vai ser mais confeitaria e sim um galpão.
— Como é que é? — gargalhou Elizabeth de nervoso. — É piada? Calma, hoje não é primeiro de abril.
— Vocês estão todos demitidos. — Tony estava falando sério.
E então a Maximoff percebeu que o que ele estava falando era verdade.
Seu sorriso se desfez e então olhou para todos que abaixavam a cabeça. Alguns começaram a chorar pois era aquele emprego que colocava a comida na mesa. Outros, eram imigrantes, então como poderiam mandar dinheiro para as famílias que precisavam?
Como iriam se sustentar?
Todos eram amigos dela, ela não podia deixar aquilo barato. O lugar do qual ela trabalhou por tanto tempo, que se dedicou a vida, como fora entregado de mãos abertas assim?
❝alguém entra em seu mundo
de repente, seu mundo mudou para sempre
não, não existem outros olhos
que poderiam me ver por dentro❞
ᴅᴇмı ʟoνᴀтo – нᴇᴀʀт вʏ нᴇᴀʀт
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